Área de identificação
Código de referência
Título
Data(s)
- 1924 - 1990 (Predominantemente décadas 40 e 50 do (Produção)
Nível de descrição
Coleção
Dimensão e suporte
Textuais: 396 manuscritos/datiloscritos e 2.906 impressos
Área de contextualização
Nome do produtor
Biografia
Entidade custodiadora
História do arquivo
Em seu projeto de edição das 'Obras reunidas de Brito Broca' Alexandre Eulalio compilou a obra dispersa do crítico e a organizou em pastas que, hoje, compõem a Coleção Brito Broca (BB). O material impresso foi recolhido, em sua maioria, em bibliotecas públicas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Passados mais de 20 anos da entrada do acervo do professor Eulalio no CEDAE, não foi possível resgatar os critérios adotados na separação da Coleção Brito Broca do material que comporia o Fundo Alexandre Eulalio (AE). Recentemente a equipe do Processamento Técnico, em conjunto com a Direção do CEDAE, encontrou documentos no Fundo AE (Po 81 e Pc 580) que sugerem que a Coleção BB deveria fazer parte do acervo pessoal de AE. Por outro lado, foi preciso levar em consideração que a Coleção BB se consolidou como referência entre os pesquisadores da área da cultura e da literatura brasileira. Com base nesse fato, a equipe do Centro julgou que seria difícil explicar o aparente desaparecimento da Coleção e, mais ainda, destacar a sua inserção na descrição do Fundo AE. Foi com o objetivo de não causar esse estranhamento que se manteve a descrição da Coleção separada da descrição do Fundo AE.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
O acervo foi doado por Fernando César Pimenta da Cunha em 1988.
Área de conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
Composta majoritariamente por artigos escritos por Brito Broca veiculados na imprensa e por versões manuscritas dos mesmos e por um pequeno conjunto de cartas trocadas entre o titular e escritores, amigos e editores. Constam também anotações de Alexandre Eulalio realizadas durante seu planejamento da edição das 'Obras reunidas de Brito Broca' e artigos sobre a vida e a obra de Broca.
Avaliação, seleção e eliminação
Ingressos adicionais
Sistema de arranjo
Parte da organização seguiu o projeto editorial 'Obras reunidas de Brito Broca', elaborado por Alexandre Eulalio; nesse caso, a numeração das pastas segue o número correspondente ao volume proposto por ele e a ordenação dos textos nas pastas seguiu, quando existente, o índice também elaborado por Eulalio. Respeitando essa lógica, não foi formada a pasta número 3 porque não foi encontrado o material nem índice que pudesse orientar a reunião. Há, ainda, uma numerosa documentação não relacionada ao conteúdo do projeto editorial que foi ordenada posteriormente.
Área de condições de acesso e uso
Condições de acesso
Consulta livre.
Condiçoes de reprodução
Consulte as normas gerais de reprodução de documentos do CEDAE.
Idioma do material
- espanhol
- francês
- italiano
- português do Brasil
Script do material
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
421 documentos impressos necessitam de leitora de microfilmes.
Instrumentos de descrição
Inventário da Coleção Brito Broca.
Área de materiais associados
Existência e localização de originais
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
Nota de publicação
ANDRADE, Paulo José de Castro. Memória, ficção e aforismos: o cronista Brito Broca em formação. 2008. 168 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.
Área de notas
Nota
Esta Coleção faz parte do Fundo Alexandre Eulalio.
Na Biblioteca de Obras Raras Fausto Castilho - BORA/Unicamp constam 3000 volumes da biblioteca de Brito Broca.
Biografia: José Brito Broca nasceu no dia 6 de outubro de 1903 em Guaratinguetá, SP, filho de André Broca e de Benedita Marieta de Brito Broca. Realiza seus estudos na cidade natal e diploma-se pela Escola Normal em 1923. Quando ainda era estudante, colabora no jornal “Correio Popular”, semanário local, que circulava aos domingos. Após uma polêmica entre ele e o político Antônio Paula Rodrigues Alves, causada por uma crônica que publica no jornal local “O Pharol” em 1924, em que critica a atuação do político, muda-se para São Paulo. Em 1927, utilizando o pseudônimo de Lauro Rosas, inicia sua carreira como jornalista profissional, no jornal A Gazeta e passa a conviver com escritores e intelectuais na capital paulista. Em 1930, após a revolução, deixa de colaborar com a “A Gazeta” e passa a escrever no jornal “O Tempo” e, dois anos depois, no jornal “A Razão”. Em 1935, com o pseudônimo de Alceste, Broca passa a se dedicar à crônica literária, quando retorna ao jornal “A Gazeta”, cria uma página literária neste jornal, assumindo a direção da mesma. Em fins de 1937, muda-se para o Rio de Janeiro, onde ocupa um cargo no então recém-criado DNP - Departamento Nacional de Propaganda. Colabora também com a Livraria José Olympio Editora, como redator de notas sobre as edições da casa, tradutor e prefaciador de obras literárias. A partir de 1940, trabalha exclusivamente na imprensa, escreve então seguidamente no “Diário Carioca”, em “Cultura Política”, “Dom Casmurro”, “Leitura”, “Autores & Livros” e nos três suplementos de “A Manhã” (“Letras & Artes”, “Pensamento da América” e “Semana Política”). Ao mesmo tempo, continuou a colaborar para “A Gazeta”. Em 1944, publica “Americanos”, onde foram reunidos sete ensaios sobre escritores e temas latino-americanos. Por volta de 1946, secretaria Jorge Lacerda em “Letras & Artes” e, a convite dele, viaja para Buenos Aires onde escreve várias reportagens para o Caderno. 1946 é o ano que também começa a colaborar em caráter efetivo no “Correio da Manhã” (no qual ingressará como redator efetivo em 1960), no “Jornal de Letras”, onde atuou como redator-chefe entre 1954 a 1961, e no “Suplemento Literário” de “O Estado de São Paulo”, onde é encarregado da rubrica “Letras Francesas” desde o aparecimento dele. Em 1956, torna-se colaborador da “Revista do Livro”, órgão do Instituto Nacional do Livro, e publica “Raul Pompéia” e “A Vida Literária no Brasil - 1900”, livro que projeta seu nome para todo o país e com o qual recebe quatro prêmios: Prêmio Paula Brito, entregue pela Secretaria de Educação do Rio de Janeiro; Prêmio Sílvio Romero, atribuído pela Academia Brasileira de Letras; Prêmio Fábio Prado, oferecido pela Sociedade Paulista de Escritores; e o Prêmio Luisa Cláudio de Sousa, conferido pelo Pen Club do Brasil. Em 1957, integra o Conselho de Redação da “Revista do Livro” e passa a colaborar com outras publicações oficiais, como a “Revista MEC”. Nesse ano ainda publica dois novos volumes: “Horas de Leitura” e “Machado de Assis e a Política e Outros Estudos”. Em 1958, como separata do n.º 10 da “Revista do Livro”, publica “No Arquivo de Coelho Neto”, que se constituía de uma ampla reportagem sobre a correspondência passiva do autor, arquivada na Biblioteca Nacional. No ano seguinte, juntamente com Alexandre Eulalio, torna-se redator da “Revista do Livro”, posição em que permanece até a morte. Em 1960, saiu a segunda edição, revista e aumentada, de “A Vida Literária no Brasil - 1900”. Quando se preparava para lançar “A Época Modernista”, faleceu de forma acidental em 20 de agosto de 1961.
Brito Broca deixou centenas de artigos dispersos em jornais e revistas que foram sendo reunidos por amigos. Foi assim que Francisco de Assis Barbosa publicou em 1968, sob o título “Memórias”, parte do “Quando havia província”, livro que o titular deixou inacabado. No ano seguinte, Barbosa publica também “Letras Francesas”, reunião de artigos que saíram no “Suplemento Literário” de “O Estado de São Paulo”. Dez anos depois, Alexandre Eulalio lança “Românticos, Pré-Românticos e Ultra-Românticos: Vida Literária e Romantismo Brasileiro”, primeiro volume do seu plano de edição das “Obras Reunidas de Brito Broca”. Eulalio publica ainda “Ensaios da mão canhestra” (1981) e “Machado de Assis e a Política e Mais Outros Estudos” (1983), respectivamente os volumes 11 e 14 do projeto. Depois do falecimento de Eulalio em 1988, outros livros do projeto foram publicados seguindo a edição estabelecida por ele: “Papéis de Alceste” (1991), “Naturalistas, Parnasianos e Decadistas: vida literária do Realismo ao Pré-Modernismo” (1991), “Horas de Leitura” (1992), “Teatro de Letras” (1993), “Escrita e Vivência” (1993), “O repórter impenitente” (1994) e “Americanos” (1998). Cinco títulos do projeto editorial ainda não foram publicados. Além da colaboração na imprensa, não se pode esquecer as traduções, assim como os prefácios e as introduções escritas por Brito Broca tanto para obras clássicas como para livros brasileiros contemporâneos.
Nota
Localização Física: Ar13, C3-C4
Identificador(es) alternativos
Pontos de acesso
Pontos de acesso de assunto
Pontos de acesso local
Ponto de acesso nome
Pontos de acesso de gênero
Área de controle da descrição
Identificador da descrição
Identificador da entidade custodiadora
Regras ou convenções utilizadas
Estado atual
Final
Nível de detalhamento
Completo
Datas de criação, revisão, eliminação
17/07/2006
Revisado em 2019 e em junho/2024.
Idioma(s)
Sistema(s) de escrita(s)
Fontes
Nota do arquivista
Descrição na ISAD (G) elaborada por Ligia Belém e Marco A. P. Domingues. Revisada por Cristiano Diniz e Roberta de Moura Botelho em 2019. Revisada por Maria Valéria Barbosa e Patrícia Saad em junho de 2024.