Mostrando 10738 resultados

Registro de autoridade

Campus Avançado Cruzeiro do Sul

  • CACS
  • Entidade coletiva
  • 1970-1994

O Campus Avançado de Cruzeiro do Sul (CACS) localizava-se no município de Cruzeiro do Sul, Estado do Acre, e foi resultante de um convênio firmado entre a Unicamp, o Governo do Estado do Acre, a Prefeitura Municipal de Cruzeiro do Sul, a Prelazia do Alto Juruá e a Fundação Projeto Rondon, em 04.02.1971. O "Campus" Avançado de Cruzeiro do Sul (CACS) estava subordinado à Reitoria e tinha como objetivos transformar a região em polo de desenvolvimento; favorecer a aplicação prática de conhecimentos adquiridos na universidade, que fossem de utilidade para a população; realizar estágios supervisionados em graduação e em pós-graduação; promover cursos de extensão universitária e de formação profissional, entre outras. Com a extinção da Fundação Projeto Rondon pela Lei 7.732/89, de 14.02.1989, suas atribuições passaram a ser de responsabilidade da Universidade Federal do Acre; dessa forma, encerrou-se também a participação da Unicamp naquela região. Entretanto, a universidade ainda manteve contato com o CACS até 1994, de forma a resolver problemas referentes a bens patrimoniais, de pessoal e administrativos.

Brito Broca

José Brito Broca nasceu em 06 de outubro de 1904, em Guaratinguetá, filho de André Broca e de Benedita Marieta de Brito Broca. Seus primeiros estudos foram realizados na "escolinha" particular de Dona Cardealina e, em seguida, transferiu-se para a escola Modelo, em sua cidade natal.Diplomou-se pela escola Normal em 1923. Ainda estudante, colaborou no jornal "Correio Popular", semanário local, que circulava aos domingos. Após uma polêmica entre ele e o político Antônio Paula Rodrigues Alves, causada por uma crônica que ele publicou em um jornal local em que criticava a atuação do político, foi obrigado a mudar-se, em 1924, para São Paulo.Em 1927, ele assumiu o cargo de repórter no jornal "A Gazeta", onde ele escreveu sob o pseudônimo de Lauro Rosas a crônica de abertura da seção social. Depois da revolução de 1930, ele deixou "A Gazeta" e passou a colaborar no jornal "O Tempo", folha do tenentismo, e na "A Razão", órgão ligado à Legião Revolucionária. Em 1935 voltou "À Gazeta", agora como responsável pela seção literária. Dessa época datam as crônicas que escreveu sob o pseudônimo de Alceste. Em 1937, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde passou a trabalhar no antigo DIP. Logo depois ele foi chamado a colaborar com a Livraria José Olympio Editora, como redator de notas sobre as edições da casa, tradutor e prefaciador de obras literárias. Ao mesmo tempo, continuou a colaborar para "A Gazeta", agora, como redator sucursal. No ano de 1944 ele publicou "Americanos", no volume 15 da coleção "Caderno Azul", da Editora Guaíra Ltda. Esse livro foi impresso na forma de uma pequena brochura, composto em papel de baixo custo, onde foram reunidos sete ensaios sobre escritores e temas latino-americanos. Em 1946, viajou para Buenos Aires a convite de Jorge Lacerda, do jornal "A Manhã", onde pode escrever várias reportagens para o caderno "Letras & Artes" do mesmo jornal. Em 1956, aparece seu ensaio "A Vida Literária no Brasil - 1900", esse livro projetou o nome do escritor para todo o país e, por este livro, foi quatro vezes premiado: pela Secretária de Educação do Rio de Janeiro (Prêmio Paula Brito); pela Academia Brasileira de Letras (Prêmio Sílvio Romero); pela Sociedade Paulista de Escritores (Prêmio Fábio Prado); e pelo Pen Club do Brasil (Prêmio Luisa Cláudio de Sousa). Nesse mesmo ano publicou também um outro trabalho: "Raul Pompéia", no vol.n.º 21 da coleção "Grandes Vultos das Letras". No ano seguinte ele publicou dois novos volumes: "Horas de Leitura", pelo Instituto Nacional do Livro, e "Machado de Assis e a Política". Em 1958, como separata do n.º 10 da Revista do Livro, da qual era redator desde 1957, foi publicou "No Arquivo de Coelho Neto", que se constituía de uma ampla reportagem sobre a correspondência passiva do autor de "Sertão", arquivada na Biblioteca Nacional.Em 1960, ano em que saiu uma segunda edição de seu livro "A Vida Literária no Brasil - 1900", revista e aumentada pelo autor, e ele se preparava para lançar "A Época Modernista", faleceu de forma acidental em 20 de agosto de 1961. Obra póstuma: "Quando havia província, Pontos de Referência", (1962) coletânea de ensaios. "Memórias", vol. 135 da coleção "Documentos Brasileiros" da José Olympio Editora e "Letras Francesas".

Oswald de Andrade

José Oswald de Souza Andrade nasceu no dia 11 de janeiro de 1890, na cidade de SP, filho de José Oswald Nogueira de Andrade e Inês Henriqueta de Souza Andrade. Sua educação inicialmente se deu com professores particulares, passando, em 1900, à escola Modelo Caetano de Campos e, no ano seguinte, ao Ginásio Nossa Senhora do Carmo e em 1903 ao Colégio São Bento onde conclui os estudos em Humanidades em 1908, ano que ingressa na Faculdade de Direito do Largo do São Francisco e interrompe o curso, que só concluirá em 1919. Em 1909 inicia sua vida profissional como redator e crítico de teatro para o jornal "Diário Popular". Monta, em 1910, junto com o pintor Oswaldo Pinheiro, um ateliê. Nesse ano ele conhece o RJ onde fica hospedado na casa de seu tio, o escritor Inglês de Souza, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. No ano seguinte, usando recursos financeiros de sua mãe, funda o periódico "O Pirralho". Embarca para a Europa em 1912, onde conhece vários países e a jovem dançarina Carmen Lydia. Nesse período trabalha como correspondente do "Correio da Manhã". Em setembro desse ano sua mãe falece. Volta ao Brasil com a estudante francesa Henriette Denise Bouflers, a Kamiá, e reassume o posto de redator de "O Pirralho" até o fim desta publicação em 1917. Em 1913 publica "A Recusa" (drama). No ano seguinte Kamiá dá à luz a seu primeiro filho, José Oswald Antônio de Andrade, o Nonê. Em 1915 chega ao Brasil, Carmen Lydia com quem mantém rumoroso envolvimento. Dois anos depois participa com Mário de Andrade, Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto e Di Cavalcanti, do primeiro grupo modernista e realiza com vários colaboradores a composição de "O Perfeito Cozinheiro das Almas desse Mundo...". Em fevereiro de 1919 morre seu pai. Casa-se "in extremis" com Maria de Lourdes Castro Dolzani de Andrade (Miss Cyclone), que havia colaborado em algumas de suas obras. Foi um dos principais idealizadores da "Semana da Arte Moderna" de 1922. Nesse ano começa sua amizade com Tarsila do Amaral, no ano seguinte viaja com ela pela Europa. Em 1924 sai no "Correio da Manhã" seu "Manifesto da Poesia Pau Brasil", período em que excursiona, em companhia de outros intelectuais brasileiros e do poeta francês Blaise Cendrars, pelas cidades históricas de Minas Gerais. Publica "Memórias Sentimentais de João Miramar". Viaja pela Europa e assume endereço definitivo em Paris na companhia de Tarsila, onde vive até 1929. Em 1925 publica "Pau Brasil" (poemas). No ano seguinte, numa visita ao Brasil, casa-se com Tarsila. Publica ainda nesse ano "Serafim Ponte Grande" na "Revista do Brasil". Em 1927 publica "A Estrela do Absinto" e o "Primeiro Caderno de Poesia do Aluno Oswald de Andrade" e, no ano seguinte, o "Manifesto Antropofágico" na "Revista da Antropofagia". Em 1929 rompe com Tarsila e parte em viagem para a Bahia acompanhado de Patrícia Galvão, Pagú, com quem se casaria em abril de 1930 em cerimônia realizada em um cemitério. Pagú dá à luz Rudá Poronominare Galvão de Andrade. Oswald publica várias obras de cunho político, engaja-se no Partido Comunista e lança "Serafim Ponte Grande" como livro. Em 1934, deixa Pagú e une-se a pianista Pilar Ferrer. No mesmo ano, publica "A Escada Vermelha" e "O Homem e o Cavalo", e assina contrato antenupcial com regime de separação de bens com Julieta Bárbara Guerrini, com quem se casaria em 1936. Escreve, em 1937, "O País da Sobremesa" e publica as peças "A Morta" e "O Rei da Vela". Dois anos depois escreve "O Lar do Operário". Em 1942 publica "Cântico do Cânticos para Flauta e Violão", obra dedicada à Maria Antonieta d´Alkmin, com quem se casaria em 1943, e "Marco Zero I: A Revolução Melancólica". Em 1945 sai "O Sentido da nacionalidade no Caramuru e no Uruguai" e "A Arcádia e a Inconfidência" e nasce sua filha Antonieta Marília. Lança uma coletânea de artigos intitulada "Ponta de Lança" e publica "A Sátira na Poesia Brasileira", "Poesias Reunidas" e "Marco Zero II - Chão". Lança um manifesto ao "Povo de São Paulo, Trabalhadores de São Paulo, Homens Livres de São Paulo", e escreve "Canto do Pracinha Só". Rompe definitivamente com Carlos Prestes e com o Partido Comunista. Publica "A Lição da Inconfidência" e "O Escaravelho de Ouro". Em 1948 nasce seu filho Paulo Marcos e, no ano seguinte, viaja com o escritor francês Albert Camus pelo interior do Brasil para assistir a festa do Divino. Em 1950 escreve "O Antropófago" e lança "O Santeiro do Mangue", em versão definitiva. Participa de concurso para provimento da Cadeira de Filosofia na FFLCH/USP, ocasião em que defende a tese "A crise da filosofia messiânica", sem êxito. Candidata-se a deputado federal pelo PRT. Escreve, em 1952, "Introdução a antropofagia" e, dois anos depois, publica o primeiro volume de "Memórias - Um homem sem profissão" e é indicado para ministrar um curso de cultura brasileira em Genebra. No dia 22 de Outubro de 1954, falece em sua residência na cidade de SP, onde está sepultado em jazigo da família no cemitério da Consolação.

Sem título

Abílio Pereira de Almeida nasceu em 26 de fevereiro de 1906, na cidade de São Paulo, filho de Olegário Pereira de Almeida e de Maria de C. Pereira de Almeida.
Realizou seus primeiros estudos na cidade natal - Colégio Stafford, Escola Modelo Caetano de Campos e Colégio São Luiz - e, em 1925, ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Interrompe o curso dois anos depois devido ao seu alistamento voluntário no 2º Batalhão do 5º Regimento de Infantaria.
Em 1928, ingressou na Escola de Aviação Militar, diplomando-se como sargento aviador da aeronáutica um ano depois. Retomou, então, seus estudos e se diplomou em direito em 1932.
Casou-se em 25 de janeiro de 1933, com Lúcia Gama Wright, com quem teve dois filhos.
Dois anos depois de formado, tornou-se catedrático de Prática Jurídico-Administrativa da Escola de Comércio Álvares Penteado e publica "Práticas Jurídico Comercial", livro que escreveu junto com José de Queiroz Mattoso. Fundou, no ano seguinte, com dois outros professores, a "Revista Judiciária de São Paulo", periódico editado até fevereiro de 1939. Assumiu o cargo de juiz do Tribunal de Impostos e Taxas entre 1938 e 1939.
No início da década seguinte, ingressou no Grupo de Teatro Experimental de São Paulo (GTE), fundado por Alfredo Mesquita em 1943. Em 1946, escreveu sua primeira peça, "Pif-Paf", que foi levada a público, pelo GTE, no Teatro Municipal de São Paulo, sob sua direção e também com uma participação sua como ator.
Dois anos depois, tomou parte na fundação do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), que foi inaugurado com a apresentação de sua segunda peça: "A Mulher do Próximo". Abílio a dirigiu e também atuou. Essa peça também foi apresentada na inauguração, em 1949, do Teatro Copacabana no Rio de Janeiro. Além de dramaturgo, foi também diretor artístico do TBC (1957), onde permaneceu por cerca de dez anos como primeiro secretário. Diversas outras peças de sua autoria foram montadas no TBC: "Paiol Velho" (1950), "Santa Marta Fabril S.A." (1955), "Rua São Luís 27, 8º" (1957) e "A dama de copas" (1958).
Participou da criação da Companhia Cinematográfica Vera Cruz (1949), onde desenvolveu trabalhos como ator, diretor e produtor. Como ator, participou, em 1950, da primeira produção da Vera Cruz, "Caiçara", filme dirigido por Adolfo Celi. No ano seguinte, foi encarregado da adaptação de sua peça "Paiol Velho" para o cinema, o que se transformaria no próximo filme da companhia, "Terra é Sempre Terra", sob a direção de Tom Payne. Em 1952, dirigiu e atuou no filme "Ângela" e redigiu o roteiro da comédia "Sai da Frente", primeiro filme do comediante Mazzaropi no cinema. Nos dois próximos anos, ainda com Mazzaropi, dirigiu "Nadando em Dinheiro" (1953) e "Candinho" (1954).
Estruturou, em 1955, a Cinematográfica Brasil Filme Ltda., empresa na qual foi diretor durante quatro anos. A Brasil Filme realizou oito filmes, entre os quais "Ravina", de Rubem Biáfora, "Rebelião em Vila Rica", dos irmãos Santos Pereira, e "Estranho Encontro", de Walter Hugo Khouri.
No mesmo ano Abílio foi eleito presidente da Associação Profissional da Indústria Cinematográfica de São Paulo (APICESP).
Com o intuito de ajudar na coprodução franco-brasileira "Copacabana Palace" (1962), fundou o Consórcio Paulista.
Foi também membro da Comissão Estadual de Cinema e empresário no ramo do teatro, do cinema, da indústria e do setor imobiliário, além de produtor rural. Foi também roteirista e argumentista de televisão, escrevendo vários programas como, por exemplo, "Ritinha Salário Mínimo".
No início dos anos 70, foi colunista nos jornais "Última Hora" e "Aqui São Paulo".
Escreveu o livro "Contos Maiores e Menores à Moda Paulista", ainda inédito.
Faleceu em 11 de maio de 1977, no município de São Paulo.

Resultados 1 até 10 de 10738