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Registro de autoridade
Pessoa

Antonio Mário Sette

  • Pessoa

Antonio Mário Antunes Sette nasceu em Pernambuco. Casou-se com Neide Maria Durães Sette, com a qual teve três filhos. Sette, como é conhecido no meio acadêmico, formou-se Bacharel em Matemática pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPe) no ano de 1967. Fez seu mestrado na Universidade Estadual de Campinas, sob a orientação do Professor Newton Carneiro Afonso da Costa. Em 1977, doutorou-se pela Universidade de São Paulo, também sob a orientação do Professor da Costa. Iniciou sua atividade profissional em 1966, como professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Em 1968, foi contratado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e logo depois, em 1969, pelo Instituto de Matemática Estatística e Ciência da Computação (IMECC) da Unicamp. Voltou à sua cidade natal, para lecionar na UFPe, a partir de 1971. Nessa Universidade, além das atividades acadêmicas, desempenhou também as funções de Vice-Coordenador de Pós-Graduação do Departamento de Matemática e de Chefe desse Departamento, ambos em 1979. Mas, em 1979 recebe um novo convite para lecionar na Unicamp, e aqui permanece até o seu falecimento.Foi orientando do Professor Leopoldo Nachbin, no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), no Rio de Janeiro. E, quando esteve em Marseille, na França, na década de 70, trabalhou com o Professor R. Fraissé.Membro fundador da Sociedade Brasileira de Lógica (SBL), criada em 14 de fevereiro de 1979, foi seu primeiro Vice-Presidente, durante a gestão de 1979-1980 e Tesoureiro de 1981-1982.Em 1983, titulou-se Professor Livre Docente. Passou a ser membro do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência da Unicamp, em 1982.Na Unicamp exerceu alguns cargos administrativos, entre os quais destacamos o de Diretor e Vice-Diretor do IMECC, de 1984 a 1986, o de Presidente da Comissão Deliberativa do Vestibular, de 1986 a 1990 e o de Pró-Reitor de Graduação, no período de 1986 a 1990.Suas pesquisas e trabalhos foram nas áreas de Álgebra da Lógica, Teoria de Modelos, Método Algébrico em Teoria de Modelos, Aspectos Geométricos das Linguagens Lógicas, Traduções e/ou Interpretações entre Lógicas e Lógicas Não-Clássicas.O Professor Antônio Mario Sette integrava o Grupo de Lógica do CLE/ IFCH-Unicamp.
Participou de aproximadamente 20 Seminários e Simpósios, além de inúmeras participações em bancas examinadoras. Muitas de suas publicações foram com seus pares, dentre eles podemos citar: Ayda Ignez Arruda, Itala Maria Loffredo DOttaviano e Walter Alexandre Carnielli, os três da Unicamp, com Newton C. A. da Costa, Rolando Chuaqui, Xavier Caicedo e Daniele Mundici. O XIII Encontro Brasileiro de Lógica, ocorrido na Unicamp em maio de 2003, foi dedicado à sua memória. O Professor Xavier Caicedo, da Universidade de Los Andes-Colômbia, rendeu-lhe homenagens e destacou as atividades desenvolvidas por Mário Sette enquanto membro do CLE e os vários trabalhos que os dois realizaram na área de lógica.

Marco Morel

  • Pessoa
  • 1960-

Marco Morel nasceu em 1960 e, no fim dos anos 1970 e meados dos anos 1980, tinha uma atividade mista de pesquisa e militância na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), em movimentos de educação popular e alfabetização de adultos e em movimentos na favela, próximos da Igreja ou de associações de moradores. De gravador em punho, registrou alguns comícios, palestras, debates e programas eleitorais que surgiam no processo de crise do regime militar. Segundo Marco Morel, era uma perspectiva intelectual de retomar e repensar, na prática política, os movimentos que haviam sido interrompidos pelo golpe de 1964. Em 1981 organizou, na ABI, o Seminário "Repensando o Centro Popular de Cultura", do qual os depoimentos sobre o tema geraram também gravações ou entrevistas. Às vésperas dos 40 anos da Revolução Cubana (1989) realizou entrevistas sobre o tema. Graduou-se em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985) e fez Mestrado e Doutorado em História na UFRJ e Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne, respectivamente. É professor Associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e atua na área de História do Brasil Império, com ênfase nos temas da história política, cultural e da imprensa.

José Correia Leite

  • Pessoa
  • 1900-1989

José Benedito Correia Leite nasceu no dia 23 de agosto de 1900, em São Paulo. Teve origem pobre, trabalhando desde muito jovem como entregador de marmitas, lenheiro e cocheiro. Autodidata, teve incentivo de uma antiga patroa, professora, para que estudasse. Um dos mais importantes ativistas da imprensa negra do Brasil, aos 24 anos tornou-se um ativista, sendo co-fundador, com Jayme de Aguiar, do jornal “O Clarim”, que recebeu mais tarde o nome de “O Clarim d’Alvorada”, publicado de 1924 a 1932. Como idealizador do projeto, foi o diretor responsável, redator, repórter e gráfico do periódico que na época ficou conhecido como um jornal feito por negros para a comunidade negra. Correia Leite simpatizava com o ideal de um socialismo democrático e em seus artigos articulava história e política, relacionando a exclusão social experimentada pelos negros com o processo de implantação do trabalho assalariado e a aceleração do capitalismo e da industrialização no país. Participou das atividades do Centro Cívico Palmares, integrou o Conselho da fundação da Frente Negra Brasileira (FNB) em 1931, entidade com a qual rompeu mais tarde por divergências ideológicas, e em 1932 participou da idealização e fundação do Clube Negro de Cultura Social, tornando-se um dos secretários e orientadores. Em 1945, colaborou na fundação da Associação dos Negros Brasileiros (ANB) e foi editor do “Alvorada”, jornal da entidade. A ANB encerraria suas atividades em 1948. Em 1956, fundada a Associação Cultural do Negro (ACN), Correia Leite assume a função de presidente do Conselho Deliberativo por quase 10 anos. Em 1960 participou, ainda, da elaboração da revista “Niger”. Além de atuar nos jornais e associações citadas, José Correia Leite escreveu também para outros órgãos da Imprensa Negra. Além da militância, na qual foi uma referência, José Correia Leite tinha a preocupação de construir um diálogo com os pesquisadores que se debruçavam sobre a questão racial. Assim, ele colaborou com depoimentos e material bibliográfico para diversos trabalhos sociológicos. Foi entrevistado para a realização de documentários cinematográficos como “O Negro da Senzala ao Soul”, da RTC, “A Escravidão”, de Zózimo Bulbul, e outros. Depois de se aposentar, dedicou-se à pintura, fazendo uma exposição em 1978 e outra em agosto de 1983, na Galeria da Secretaria de Estado de Cultura de São Paulo. A biografia de José Correia Leite foi escrita por iniciativa do intelectual Luiz Silva Cuti, intitulada “E disse o velho militante José Correia Leite”. Correia Leite faleceu em 27 de fevereiro de 1989, em São Paulo, aos 88 anos de idade.

Regina Müller

  • Pessoa
  • 1950-

Nascida na cidade de Americana, São Paulo, em 1950, e graduada em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP) em 1971, Regina Müller é mestra em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), doutora em Ciências Humanas (Antropologia) pela Universidade de São Paulo (USP), pós-doutoramento no departamento de Performance Studies pela New York University (NYU) e livre-docente em Antropologia da Dança pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Sua carreira acadêmica foi desenvolvida na área de Antropologia, com ênfase em Teoria Antropológica, Antropologia da Performance e Etnologia Indígena, atuando principalmente nos temas: artes indígenas, Asurini do Xingu, ritual, performance e dança. Foi Mestre Antropóloga da Funai de 1978 a 1982. Hoje, Regina Müller é docente aposentada do Departamento de Artes Corporais do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Mariza Corrêa

  • Pessoa
  • 1945-2016

Mariza Corrêa nasceu na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 1 de dezembro de 1945 e formou-se em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ingressou no mestrado em Ciências Sociais na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), onde defendeu sua dissertação “Os Atos e os Autos: Representações Jurídicas de Papéis Sexuais” em 1975, sob orientação de Verena Stolcke. Em 1982, defendeu sua tese de doutoramento em Ciência Política, “As Ilusões da Liberdade - a Escola Nina Rodrigues e a Antropologia no Brasil”, na Universidade de São Paulo (USP), sob orientação de Ruth Cardoso, na qual abordou a trajetória do médico legista, antropólogo e professor Raimundo Nina Rodrigues e de seus discípulos; refletindo sobre a formação do campo das ciências sociais e da elite intelectual brasileira. Professora e pesquisadora do Departamento de Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCH) da Unicamp durante 30 anos, formou mais de 50 pesquisadores em mestrado e doutorado, dentre eles, Néstor Perlongher, Heloisa André Pontes e Adriana Piscitelli. Ainda na Unicamp, coordenou o “Projeto História da Antropologia no Brasil” (PHAB) e um Projeto Temático da FAPESP sobre gênero e corporalidade. Entre 1994 e 1996, foi diretora e, entre 1996 e 1998, presidente da Associação Brasileira de Antropologia (ABA). Foi casada com Plínio Dentzien, com quem teve um filho. Mariza Corrêa faleceu em 27 de dezembro de 2016, aos 71 anos, em Campinas, São Paulo.

Maria Isabel Baltar da Rocha Rodrigues

  • Pessoa
  • 1946-2008

Maria Isabel Baltar da Rocha Rodrigues nasceu em Pernambuco em 1947. Graduou-se em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 1969. No ano seguinte, especializou-se em Dinâmica Populacional pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Concluiu o mestrado em Ciência Política também pela USP em 1980 e o doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas em 1992, com a tese “Política Demográfica e Parlamento: debate e decisões sobre o controle da natalidade”. Posteriormente, realizou o pós-doutorado pelo Centro de Estudos Demográficos da Universidade Autônoma de Barcelona, Espanha, em 2000. Entre os anos de 1976 e 1995, atuou na Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo em diversas atividades direcionadas à política populacional, saúde pública e, principalmente, saúde da mulher. A partir de 1981, atuou como colaboradora da Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP), tendo sido membro de seu Conselho Consultivo a partir de 2007. Em 1982, integrou o quadro funcional da Unicamp como pesquisadora do recém criado Núcleo de Estudos de População (NEPO), passando a fazer parte de seu Conselho Superior em 2002. Pela mesma universidade, participou do Comitê de Redação da revista "MultiCiência", publicação dos Centros e Núcleos Interdisciplinares da Unicamp, além de ter sido professora colaboradora e membro do Conselho do Programa de Pós-graduação em Demografia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Foi consultora de diversos periódicos científicos e integrante do Grupo de Pesquisa em População e Saúde do CNPq. Entre 2001 e 2002, foi secretária-executiva da Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos. Participou do Conselho Diretor (2001-2002) e do Conselho Consultivo (a partir de 2003) da Red de Salud de las Mujeres Latinoamericanas y del Caribe (RSMLAC). Entre os anos de 2004 e 2006, integrou o Comitê Assessor Nacional da Comissão Intergovernamental de Saúde Sexual e Reprodutiva do Mercosul, ligado ao Ministério da Saúde. Atuou também como membro-associado da organização Católicas pelo Direito de Decidir. Em sua focada atuação profissional e acadêmica, Bel Baltar, como era carinhosamente conhecida, procurou centrar-se na análise do processo político de discussão e decisão no Congresso Nacional sobre questões relativas à saúde reprodutiva e sexual da mulher – com ênfase no aborto – e regulamentação do trabalho, avaliando o contexto da participação de atores políticos e sociais. Destacou-se como militante do movimento feminista nacional nas lutas em defesa dos direitos humanos, dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e, mais especificamente, pela descriminalização do aborto. Morreu em 14 de outubro de 2008 em decorrência de um acidente automotivo.

Patrícia Galvão

  • Pessoa
  • 1910-1962

Patrícia Rehder Galvão nasceu São João da Boa Vista. Com apenas 15 anos foi trabalhar no jornal "Brás Jornal", de São Paulo, com o pseudônimo de "Pathy". Nas décadas de 1920 e 1930 participa do Movimento Modernista, alista-se na militância do Partido Comunista e edita o jornal esquerdista "O homem do povo" onde assinava a coluna feminista "A mulher do povo", com ilustrações, cartuns e até histórias em quadrinhos. Tempos depois lançou o romance "Parque Industrial", obra que reflete sua solidariedade com o proletariado e conclama o comunismo como recurso salvador. Em 1931, participa do comício dos estivadores em Santos e acaba sendo presa. Viajou pelo mundo como jornalista correspondente. Em Paris estuda na universidade de Sobornne, mas é presa como comunista. Volta ao Brasil é novamente presa e sofre torturas. Decepcionada desliga-se do PCB em 1940. A nova fase foi dedicada ao jornalismo, à cultura e à família. Torna-se crítica de teatro, literatura e televisão do jornal A Tribuna de Santos. Teve relevante importância cultural na cidade: foi fundadora da Associação dos Jornalistas Profissionais e a primeira presidente da União de Teatro Amador de Santos. Participou na organização do Segundo Festival de Teatro Amador e traduziu para o teatro a peça de Tonesco, "A cantora careca". Traduziu e dirigiu a peça de Arrabal "Fango e Lis" (59) com um grupo amador (essa peça teve estreia mundial em Santos, sendo vista até em Paris), ficando mais de dez anos em cartaz.

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