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Registro de autoridade
Pessoa

Aristides Pedro da Silva

  • Pessoa
  • 1921-2012

Aristides Pedro da Silva (1921-2012), mais conhecido por V8, nasceu na fazenda Atibaia, distrito de Sousas. Caçula de uma família de oito filhos, sua mãe, Presciliana Silveira, trabalhava para as famílias da elite local e seu pai, Benedito Pedro da Silva, era administrador de fazendas. Em meados de 1928, seus pais foram trabalhar na Fazenda Hotel Fonte Sônia, em Valinhos, de propriedade do então prefeito Orozimbo Maia, onde permaneceram até 1937, quando se mudaram para Campinas. Sua mãe montou uma banca no Mercado Municipal e seu pai faleceu nesse período. Antes de tornar-se fotógrafo, Aristides trabalhou na Leiteria Santana e na Fundição Gerin Neto. Além disso, também abriu um estabelecimento comercial, a “Lavanderia V8”, na casa onde residiu por quase toda a sua vida, na Rua Júlio Frank, no bairro do Botafogo. Anos depois, esta casa foi transformada em estúdio fotográfico. Seu interesse pela fotografia, há indícios, de que este teve seu início por meio da pintura. No período em que vivia na Fonte Sônia, Aristides fez amizade com um hóspede francês que pintava e passou a acompanhá-lo pela fazenda carregando seus apetrechos. Essas excursões ajudaram a moldar o seu olhar e a despertar o gosto pela arte. Desta forma, ainda jovem, cursou, por pouco tempo, uma escola de pintura em Campinas. Foi registrando partidas de futebol que V8 começou a fotografar em 1947. O futebol era a outra paixão de Aristides: jogou como amador e foi técnico do juvenil do Guarani F. C., entre 1950 e 1960. A origem do apelido de Aristides é um tanto vaga. A raiz está no logotipo do Ford V8, cujo desenho de um V (referência à forma do possante motor com oito cilindros) constava nos carros da indústria. Segundo Aristides, seu irmão ganhou este apelido no campo de futebol devido ao recorte do seu calção de jogador. Tempos depois, o apelido foi transferido para ele, Aristides, o irmão mais novo. Outra versão da origem do estranho apelido, mais condizente com a sua trajetória de fotógrafo, é que o referido desenho figurava em uma de suas máquinas fotográficas. Aristides não se casou e não teve filhos. Dedicou-se a cuidar de sua mãe na casa da Rua Júlio Frank até 1967 quando se deu o seu falecimento. Continuou no mesmo endereço até 2004, quando foi morar em São Paulo, sob os cuidados de familiares. V8 faleceu em 1 de setembro de 2012, devido à problemas decorrentes da idade avançada e foi sepultado na capital do Estado.

Arsênio Oswaldo Sevá Filho

  • Pessoa
  • 1948-2015

Arsênio Oswaldo Sevá Filho nasceu na cidade de Campinas, São Paulo, em 18 de agosto de 1948. Concluiu o antigo ensino ginasial no Colégio Culto à Ciência, época em que ingressou no movimento estudantil secundarista. Graduou-se em Engenharia Mecânica de Produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) em 1971, e obteve o mestrado na mesma especialidade na COPPE/UFRJ, em 1974. No ano seguinte e em parte de 1976, trabalhou comissionado no então Ministério de Educação e Cultura, no Departamento de Assuntos Universitários. Entre 1976 e 1986, atuou como professor do Centro de Tecnologia da UFPB, em João Pessoa. Obteve o doutorado em Letras e Ciências Humanas pela Universidade de Paris-I Panthéon-Sorbonne, em 1982, com pesquisa sobre os aspectos políticos e geográficos dos investimentos internacionais em eletricidade, mineração e metalurgia. Em 1988, obteve por concurso o título de Livre-Docente na área de Mudança Tecnológica e Transformações Sociais do Instituto de Geociências da Unicamp. Em 1991, foi admitido no quadro docente permanente da universidade, integrando o Departamento de Energia da Faculdade de Engenharia Mecânica, onde também fez parte, até 2007, do corpo docente pleno na área de pós-graduação em Planejamento Energético. Na mesma faculdade, criou a disciplina Energia, Sociedade e Meio Ambiente e a linha de pesquisa correspondente, na qual orientou várias teses de doutorado e dissertações de mestrado. Foi credenciado como docente colaborador em cursos de pós-graduação no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp: em 2007, no departamento de Antropologia, na área de concentração Processos Sociais e Territorialidades; e em 2008, no de Ciências Sociais, na área Processos Sociais, Identidades e Representações no Mundo Rural. A trajetória de Oswaldo Sevá foi marcada pela militância – cotidiana e institucional – na defesa dos direitos das pessoas e do meio ambiente frente aos abusos e devastação consequentes dos grandes empreendimentos de produção e distribuição de energia, principalmente no setor hidrelétrico. Nesse sentido, foi pesquisador de destaque no cenário nacional e internacional em questões relacionadas ao meio ambiente, realizou o mapeamento de riscos ambientais em diferentes regiões brasileiras e trabalhou junto a diversas entidades ligadas à causa ambiental. Também se tornou uma referência por assessorar movimentos sociais populares como o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), e de trabalhadores das grandes obras e empreendimentos dos setores energéticos. Atuou interdisciplinarmente nas áreas de saúde do trabalhador e de conflitos ambientais decorrentes de projetos e ações desenvolvimentistas. Junto às comunidades e povos atingidos, construiu formas de produção de conhecimento sobre seus territórios e os conflitos que os envolviam, instrumentalizando-as, dessa maneira, em suas lutas por direitos. Morreu em 28 de fevereiro de 2015.

Arthur Bernardes

  • Pessoa
  • 1875-1955

Arthur da Silva Bernardes nasceu em Viçosa, Minas Gerais, no dia 08 de agosto de 1875. Iniciou o estudo universitário como aluno ouvinte no primeiro ano da Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais, em 1896. Após se transferir para a Faculdade de Direito de São Paulo, formou-se advogado em 1900. Em 1903, casou-se com Clélia Vaz de Melo, filha de Carlos Vaz de Melo, importante político da Zona da Mata mineira, Deputado e Senador da República. Após a morte do sogro em 1904, Bernardes assumiu o comando da política municipal e também da direção do jornal da cidade de Viçosa. Iniciou sua carreira política como vereador e presidente da Câmara Municipal, em 1906. Pelo Partido Republicano Mineiro (PRM), foi eleito deputado federal (1909 e 1915) e presidente de Minas Gerais (1918-1922), além de ter sido nomeado secretário das finanças do estado ainda em 1910. Durante esse período, fortaleceu a economia e a política mineira e reformulou o PRM, tornando-se seu principal líder. Eleito Presidente da República para o período de 1922 a 1926, seu mandato foi cumprido em ambiente político tenso, governando praticamente sob estado de sítio e ameaça revolucionária por parte do movimento tenentista. Enfrentou grave crise econômico-financeira, reorganizou o crédito bancário, realizou a reforma do ensino, criou o Conselho Nacional do Trabalho, instituiu a Lei de Imprensa e propôs uma divisão nos Códigos Penal e Comercial. Ao deixar a Presidência, foi eleito senador (1927-1930) e atuou como um dos líderes da Revolução Constitucionalista de 1932. Derrotado o movimento, foi preso e permaneceu exilado em Portugal por dois anos. Anistiado, retornou ao Brasil e foi eleito mais uma vez deputado federal (1935-1937), quando ocorreu o golpe do Estado Novo. Foi um dos signatários do manifesto dos mineiros em 1943, manifestação contrária à ditadura de Getúlio Vargas. Após o período ditatorial, elegeu-se deputado federal pela quarta vez (1946-1955), agora pelo Partido Republicano (PR), posto que ocupou até o seu falecimento em 23 de março de 1955, na cidade do Rio de Janeiro.

Arthur Nazareno Pereira Villagelin

  • Pessoa
  • 1929-2000

O jornalista Arthur Nazareno Pereira Villagelin (1929-2000) nasceu e faleceu em Campinas, SP. Seu pai, José Villagelin Netto, foi professor da Escola Normal Carlos Gomes e também jornalista. Arthur Villagelin formou-se em Jornalismo pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Católica de Campinas, atual Pontifícia Universidade Católica (PUC-CAMP). Trabalhou em diversos órgãos da imprensa campineira, como a revista “Palmeiras”, os jornais “Correio Popular”, “Diário do Povo”, “A Defesa” e “Jornal de Campinas”. Foi diretor de redação do jornal “City News”, auxiliar da sucursal do “Diário da Noite” e “Diário de São Paulo”, e diretor da sucursal do jornal “Última Hora”. Trabalhou, também, no Serviço de Sericultura da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, na Secretaria dos Negócios da Fazenda, na Singer do Brasil S/A, na União dos Viajantes e Representações Comerciais e na Prefeitura Municipal de Campinas. Foi conselheiro e diretor da Associação Campineira de Imprensa (ACI) e sócio-fundador da Associação de Cronistas Esportivos de Campinas (ACEC). Iniciou sua pesquisa sobre a origem dos nomes dos logradouros da cidade de Campinas (ruas, avenidas, travessas e praças) durante o seu trabalho na Prefeitura Municipal.

Astrojildo Pereira

  • Pessoa
  • 1890-1965

Astrojildo Pereira Duarte da Silva nasceu em Rio Bonito, Rio de Janeiro, no dia 8 de novembro de 1890, filho de Ramiro Pereira Duarte Silva e Isabel Neves da Silva. Iniciou sua vida política na Campanha Civilista com sua filiação ao Centro de Resistência Operária, em Niterói, aproximando-se dos anarquistas. Sua atividade sempre esteve ligada ao jornalismo político e literário. Foi colaborador e diretor de inúmeros periódicos anarquistas e comunistas, entre eles, "A Guerra Social", "A Barricada", "O Debate", "Crônica Subversiva", "Germinal", "Spartacus", "A Classe Operária", a revista "Movimento Comunista", entre outros. Foi um dos fundadores do Partido Comunista Brasileiro durante o congresso realizado em março de 1922. Preso em razão do golpe militar de 1964, foi libertado no ano seguinte por problemas de saúde, vindo a falecer em 21 de novembro de 1965.

Ayda Ignez Arruda

  • Pessoa
  • 1936-1983

Ayda Ignez Arruda nasceu em Lajes, Santa Catarina, no dia 27 de junho de 1936, filha de Lourenço Waltrick Arruda e Izabel Pereira do Amarante. Bacharelou-se em matemática em 1958 e concluiu a sua licenciatura em 1959, ambas na Faculdade de Filosofia da Universidade Católica do Paraná.
Iniciou a sua carreira acadêmica como professora contratada para a cadeira de Análise Matemática e Superior da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Federal do Paraná, em 1960.
Em 1966, na Universidade Federal do Paraná, obteve o título de doutora e livre-docente com a tese Considerações sobre os Sistemas Formais NFn, produzida sob a orientação do professor Newton C.A. da Costa.
Em 1968 foi contratada como professora titular na área de Lógica e Fundamentos da Matemática no Instituto de Matemática, Estatística e Ciência da Computação da Unicamp, dando início ao Grupo de Lógica de Campinas, com os seguintes professores: Newton C.A. da Costa, Andréa Loparic, Antonio M. Sette, Elias H. Alves, Itala M. L. D'Ottaviano, Luiz Paulo de Alcântara, Luis Henrique L. dos Santos, Oswaldo Porchat Pereira e Roberto Cignoli.
Durante a visita de Alfred Tarski, renomado matemático polonês, feita à Unicamp, em 1975, a professora Ayda I. Arruda, organizou o Simpósio de Lógica Matemática, de 3 a 5 de março, no IMECC. Este evento abriu as portas do IMECC para que, em 1976, ocorresse o III Simpósio Latino-Americano de Lógica Matemática, também organizado por Ayda.
Foi chefe do Departamento de Matemática do IMECC, de julho de 1979 a abril de 1980, e assumiu a direção do instituto em 16 de abril de 1980 permanecendo no cargo até seu prematuro falecimento em 13 de outubro de 1983, com 47 anos.
Por quase vinte anos estudou e criou sistemas não-clássicos de lógicas paraconsistentes, publicando vários trabalhos científicos. Foi a primeira colaboradora do professor Newton C.A. da Costa, com quem trabalhou durante muitos anos e publicou diversos artigos em periódicos internacionais.
Durante a sua vida, teve contatos importantes com lógicos e matemáticos brasileiros e do exterior. Dentre eles destacamos os professores: Mário Tourasse Teixeira da Faculdade de Filosofia de Rio Claro, São Paulo; Marcel Guillaume, da Université de Clermont-Ferrand da França; Antonio Monteiro, da Universidade de Bahía Blanca, Argentina; e, Andrés Raggio, da Universidade de Córdoba, Argentina.
Foi professora visitante e conferencista em diversas universidades nacionais e estrangeiras, dentre as quais citamos: Université Claude-Bernard, na França; Uniwersytet Mikolaja Kopernika, em Torún, Polônia; Pontificia Universidad Católica de Chile; Universiteit Gent, na Bélgica; etc.
Orientou vários alunos de mestrado; foi membro de bancas organizadoras; participou de várias bancas julgadoras de doutorado, incluindo as dos professores Antonio Mário Antunes Sette, Ítala Maria Loffredo D'Ottaviano e Elias Humberto Alves; foi membro fundador do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência da Unicamp e da Sociedade Brasileira de Lógica, da qual foi vice-presidente e presidente.
Nos últimos anos de sua vida, interessou-se e analisou exaustivamente os artigos publicados por Vasil'év, em particular por suas relações com a lógica paraconsistente. Ayda I. Arruda foi a primeira pesquisadora a formalizar as idéias de Vasil'év, obtendo, como resultado as lógicas paraconsistentes.
Como homenagem póstuma à professora Ayda, a Unicamp, em 1985, organizou o VII Simpósio Latino-Americano de Lógica Matemática, dedicado à sua memória. E, em 1990, foi publicado o livro N.A. Vasiliev e a Lógica Paraconsistente (vol. 7 - Coleção CLE), organizado pela professora Ítala Maria Loffredo D'Ottaviano.

Azis Simão

  • Pessoa
  • 1912-1990

Filho de imigrantes libaneses, Azis Simão nasceu em Bragança Paulista, São Paulo, no dia 1 de maio de 1912. Na adolescência, perdeu a vista esquerda. Por recomendação médica, deixou os estudos e dedicou-se ao mercado de café e atacadista, porém sem sucesso. Seus primeiros contatos com o jornalismo ocorreram entre 1928 e 1929 com o movimento operário, via Federação Operária de São Paulo (FOSP) e União dos Trabalhadores Gráficos (UTG). No ano de 1934, fundou a Escola Proletária Noturna, gratuita e aberta a todo trabalhador sindicalizado, onde foi professor. No ano de 1932, formou-se pela Escola de Farmácia. No ano seguinte, ingressou no Partido Socialista. Em fins de 1935, sofreu outro descolamento de retina, perdendo posteriormente a visão direita. Em 1939, ingressou na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da USP como aluno ouvinte, vindo a completar o curso de Sociologia como aluno regular em 1950. Em 1951, foi convidado para integrar a FFLCH-USP como Auxiliar de Ensino e Pesquisa. Devido à deficiência visual, foi contratado somente em 1953, por lei especial do Governo do Estado aprovada pela Assembléia Legislativa. Tornou-se Livre-Docente pela FFLCH-USP em 1964 e professor titular, pela mesma faculdade, em 1973. De 1969 a 1982, ano de sua aposentadoria, desempenhou diversas funções administrativas na FFLCH-USP. Faleceu em 19 de julho de 1990, na cidade de São Paulo.

Benedito Evangelista

  • Pessoa
  • 1902-2000

Benedito Evangelista nasceu em 28 de fevereiro de 1902 na fazenda Rio das Cabras, distrito de Sousas, em Campinas, São Paulo, onde seu pai fora escravo. Estudou no Colégio São Benedito, tendo como colegas Lix da Cunha e Moisés Lucarelli, tornando-se, depois, professor e diretor na mesma instituição. Ingressou no Corpo de Bombeiros, onde permaneceu por sete anos, até 1947, chegando ao posto de sargento. Trabalhou, ainda, na Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, como mecânico de máquina. Foi membro ativo das entidades negras fundadas na cidade, entre as quais a Corporação Musical Campineira dos Homens de Cor, a Liga Humanitária dos Homens de Cor e a Federação Paulista dos Homens de Cor, da qual foi presidente. Casado com Risoleta de Lima, teve dois filhos, José Benedito Evangelista e Maria José Evangelista Antualpa. Benedito Evangelista faleceu em Campinas no ano 2000.

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