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Registro de autoridade
Pessoa

Cacilda Lanuza de Godoy Silveira

  • Pessoa
  • 1930-2018

Cacilda Lanuza de Godoy Silveira, filha de José De Albuquerque Silveira e Lanuza de Godoy Silveira, nasceu em Campina Grande, em 1 de setembro de 1930 e faleceu em São Paulo, em 17 de junho de 2018. Mãe de Sevani e Marcelo e avó de Amanda, Gabriel, Rafael e Tomás, Cacilda Lanuza foi atriz de rádio, cinema, televisão e teatro. Desde 1978, aposentada de sua profissão, dedicou-se integralmente às questões ambientais, principalmente à luta antinuclear. Organizou o primeiro evento público em defesa das baleias no Brasil em 1979. Autora e intérprete da peça “Verde que te Quero Verde”, em 1982 escreveu o livro “A Semente na Palma da Mão”, também de informações ecológicas. Fundou e presidiu por 13 anos o Grupo Seiva de Ecologia, cujo “boletim” também elaborava. Teve atuação decisiva na inclusão do Artigo 204, de proibição da caça, na Constituição de São Paulo em 1989, após longa e árdua batalha. Recebeu do CGE - Grupo Consciência Ecológica, o título de General na Ecologia. Foi mencionada no livro “Galeria dos Ecologistas” em 1997.

Celeste Fon

  • Pessoa
  • 1944 -

Fundado em 12 de maio de 1978, em São Paulo, o Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA-SP) foi constituído por representantes de entidades, sobretudo sindicais, que formavam núcleos profissionais dentro da organização. Em julho de 1978, divulgou uma carta de princípios e seu programa mínimo de ação. Em setembro do mesmo ano, diversos CBAs participaram do “I Encontro Nacional de Movimentos pela Anistia”, aprovando a Carta de Salvador, a qual explicitava os objetivos da anistia ampla, geral e irrestrita, e reivindicava liberdades democráticas e reformas políticas. O encontro também deliberou pela realização, no mês seguinte, do “I Congresso Nacional pela Anistia”, em São Paulo. Celeste Fon atuou na Comissão de Familiares de Presos Políticos do Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA-SP), envolvida na luta de seus familiares, os prisioneiros políticos Antonio Antonio Carlos Fon e Aton Fon Filho. Aton Fon Filho foi, no final de 1969, preso e torturado por sua atuação na Ação Libertadora Nacional (ALN), organização comandada por Carlos Marighella. Após permanecer por quase uma década em cárcere, formou-se em Direito e passou a advogar em favor de causas e movimentos sociais, tais como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), especializando-se em conflitos agrários e direitos de populações tradicionais. Também foi membro da Rede de Advogados Populares, atuando como advogado de militantes e presos políticos. Mesmo tendo sido libertado ainda durante o período militar, Aton Fon só foi legalmente anistiado em outubro de 2013, pela Caravana da Anistia.

Clovis Alfredo Carvalho Casemiro

  • Pessoa
  • 1958-

Clovis Alfredo Carvalho Casemiro (1958- ) é profissional do turismo brasileiro desde 1979, tendo atuado como gerente de diversas redes de hotéis. Trouxe ao Brasil o primeiro encontro de Turismo Gay e Lésbico Internacional, em 1997. Foi diretor da Associação Internacional de Turismo Gay e Lésbico (IGLTA) entre os anos 1998 e 2002, embaixador da mesma organização entre os anos 2007 e 2009 e membro do comitê da Convenção da IGLTA de 2012, em Florianópolis. Desde 1997 atua na área de turismo LGBT e participa de vários encontros neste segmento.

Décio Stuart

  • Pessoa
  • 1907-1990

Décio Santos Rinaldi nasceu em Ibaté, São Paulo, no dia 2 de março de 1907. Logo no início da carreira adotou artisticamente o sobrenome da mãe, Maria, com o qual se tornou nacionalmente conhecido. Iniciou seus estudos artísticos ainda adolescente na escola de balé clássico de Eugenie de Villeneuve e de danças de salão, de Luísa Leitão, ambas na cidade de São Paulo, local onde viveu até o final dos estudos ginasiais. Transferiu-se para o Rio de Janeiro entre 1927 e 1928 para estudar na primeira Escola Municipal de Bailados do Brasil, aberta em 1927 por Maria Olenewa, que foi também sua professora particular. Passados três anos, seguiu para Paris onde especializou-se em balé clássico com as professoras Lubon Egorowa e Olga Preobajenskaya, nomes importantes nos teatros imperiais russos. Após retornar ao Brasil, atuou em dança e balé clássico na mais diversas expressões e linguagens artísticas, além de ter ocupado o posto de primeiro bailarino no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e de São Paulo. Considerado um dos pioneiros da dança no Brasil, apresentou-se ao lado de suas professoras e de grandes expressões como Lisel Klostermann e Chinita Ulmann. No final da década de 1940, inaugurou sua escola na cidade de Santos, onde passou a atuar como professor e bailarino. Morreu em 1990.

Donald Pierson

  • Pessoa
  • 1900-1995

Donald Pierson nasceu em Indianápolis, Estados Unidos, no dia 8 de setembro de 1900, filho de Robert Pierson e Mary Wilcox Pierson. Obteve seu doutorado pela Universidade de Chicago em 1939, com uma tese sobre as relações raciais no estado brasileiro da Bahia. Para tanto, realizou pesquisa de campo entre os anos de 1935 e 1937. Em seguida, foi um dos professores convidados a contribuir com a Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo, onde trabalhou de 1939 a 1959, lecionando Sociologia e Antropologia Social. Foi coordenador da graduação entre 1943 e 1957 e também responsável pela formação da coleção de Ciências Sociais na biblioteca da instituição, a partir de doações da American Library Association, do American Council of Learned Societies. Fez parte também, a partir de 1946, do Instituto de Antropologia da Smithsonian Institution. Deve-se destacar o papel de Donald Pierson como um dos transmissores da chamada "Escola de Chicago", linha sociológica norte americana com forte influência no Brasil. Estudou e publicou sobre o preconceito de raça no Brasil. Entre suas publicações, destacam-se os livros: "Negros in Brazil" (1942, tradução em 1945 sob o título "Brancos e Pretos na Bahia"), "Cruz das Almas" (1953), "Race Relations in Portuguese America" (1955) e "Teoria e Pesquisa em Sociologia" (1965).

Duarte Brasil Lago Pacheco Pereira

  • Pessoa
  • 1939-2021

Duarte Brasil Lago Pacheco Pereira nasceu em Santo Amaro da Purificação, Bahia, no dia 7 de março de 1939. Por volta do terceiro ano ginasial, entrou para o Seminário Central da Bahia, uma das escolas mais importantes do estado, onde estudou por seis anos antes de desistir da formação sacerdotal. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal da Bahia. Iniciou sua atividade política no movimento estudantil baiano, chegando a ser vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) em 1963. Foi um dos fundadores da Ação Popular (AP) em 1962, e de 1965 a 1973 vinculou-se à direção nacional da organização. Em 1965, transferiu-se para São Paulo onde trabalhou como professor universitário e jornalista e, no final da década de 1960, vinculou-se ao trabalho operário na cidade de Osasco. Escreveu diversos livros, entre eles, "ABC do entreguismo: o capital estrangeiro no Brasil" (Vozes), "Um perfil da classe operária" (Hucitec), "China: cinqüenta anos de República Popular" (Anita Garibaldi). Também publicou diversos artigos e ensaios, além de ter sido colaborador das revistas Realidade e Veja e do jornal Movimento.

Edgard Leuenroth

  • Pessoa
  • 1881-1968

Edgard Frederico Leuenroth nasceu em Mogi Mirim, São Paulo, no dia 31 de outubro de 1881, filho de Waldemar Eugênio Leuenroth e Amélia de Oliveira Brito. Após o falecimento do pai em 1885, mudou-se no ano seguinte para a cidade de São Paulo com a mãe e os irmãos Etelvina, Waldemar, João e Eugênio, passando a residir no bairro operário do Brás. Em decorrência de dificuldades financeiras, abandonou o estudo regular e começou a trabalhar com apenas dez anos de idade. A partir de 1895, passou a exercer o ofício de tipógrafo quando ingressou nas oficinas da Companhia Industrial de São Paulo. Dois anos mais tarde, inseriu-se no fazer jornalístico como tirador de provas e depois tipógrafo do jornal O Commercio de São Paulo, onde permaneceu por 12 anos. Ainda em 1897, fundou seu primeiro jornal, O Boi, voltado à crítica literária, o qual seria sucedido em 1898 pela Folha do Braz, órgão defensor dos direitos dos moradores daquele bairro. Por volta de 1900, interessou-se pelo socialismo e frequentou por um tempo as reuniões do Círculo Socialista Primeiro de Maio, até que em 1904 foi apresentado à filosofia anarquista e passou a envolver-se com o movimento libertário. Em 1903, participou da fundação do Centro Tipográfico de São Paulo, que logo transformou-se em União dos Trabalhadores Gráficos (UTG), e colaborou na criação do jornal O Trabalhador Gráfico, veículo oficial da nova organização. Em 1905, transferiu-se para o Rio de Janeiro e trabalhou como tipógrafo nos periódicos A Imprensa e Portugal Moderno. No fim desse mesmo ano, participou da fundação da Federação Operária de São Paulo (FOSP) e do jornal A Terra Livre, onde conheceu o anarquista português Neno Vasco. A partir de então, sob seu próprio nome ou pseudônimos – Demócrito, Frederico Brito, Palmyro Leal, Len, Leão Vermelho, Routh, Siffleur, entre outros – Edgard Leuenroth esteve ligado à imprensa operária de maneira intensa, integrando-a totalmente à sua trajetória de militância. Em 1906, tornou-se redator do jornal A Lucta Proletaria (órgão da FOSP), participou do I Congresso Operário Brasileiro (também dos que viriam acontecer em 1913 e 1920) e casou-se com Aurora da Costa Reis, com quem viveria por toda sua vida. Voltando a residir em São Paulo, fundou o jornal Folha do Povo em 1908 e, no ano seguinte, passou a dirigir o jornal anticlerical A Lanterna, fundado por Benjamin Motta em 1901. Em 1911, colaborou na fundação do jornal A Guerra Social e foi preso pela primeira vez após participar de um comício em protesto ao desaparecimento e provável assassinato da menina Idalina Stamato, caso que gerou bastante comoção na imprensa libertária da época. Em 1912, participou da criação do Comitê de Agitação Contra a Carestia de Vida e da Escola Moderna de São Paulo, cuja proposta pedagógica guiava-se por um ensino laico, racionalista e libertário. Entre 1915 e 1917, colaborou nos jornais independentes O Combate e A Capital, ambos de São Paulo. Em seguida lançou A Plebe, que se tornaria um dos mais importantes periódicos anarquistas publicados no Brasil. O jornal sofreu recorrentes perseguições e foi fechado algumas vezes, tendo sido publicado, com interrupções, até 1951. Edgard também desempenhou papel de destaque nas mobilizações da greve geral de 1917, motivo pelo qual foi injustamente acusado pelas autoridades de ter liderado a pilhagem ao Moinho Santista, e permaneceu preso durante seis meses até seu julgamento e absolvição. Durante o ano de 1919, participou da criação dos Partidos Comunistas do Rio de Janeiro e de São Paulo (ambos de tendência libertária), colaborou na redação do jornal Spartacus e publicou, em parceria com Hélio Negro (pseudônimo de Antônio Candeias Duarte), o livreto O que é marxismo ou bolchevismo: programa comunista, distribuído durante a Primeira Conferência Comunista do Brasil em junho daquele ano. Entre 1917 e 1920, o movimento operário anarquista encontrava-se em pleno auge e Edgard Leuenroth, um de seus principais líderes, participava ativamente dos movimentos grevistas através da imprensa e também nas ruas, com discursos inflamados e liderando protestos. Colaborou ainda no jornal A Voz do Povo, extinto no final de 1920. Nesse mesmo ano, passou a trabalhar na agência de publicidade A Eclectica, da qual seu irmão Eugênio Leuenroth foi um dos primeiros proprietários, onde permaneceria até 1940. Pela agência, atuou na redação de alguns de seus periódicos (Eclectica, Romance Jornal, Ecla - Serviço de Notícias e Jornal dos Jornais) e compareceu ao I Congresso Pan-Americano de Imprensa, realizado no ano de 1926 em Washington, Estados Unidos, ocasião em que organizou uma exposição sobre a imprensa brasileira. Colaborou ainda na fundação do jornal A Vanguarda, em 1921, e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de São Paulo (STIG), em 1923. Na década seguinte, participou da criação do Centro de Cultura Social (CCS), importante entidade cultural vinculada ao movimento anarquista que tinha entre seus objetivos estimular, apoiar e promover entre as camadas populares o estudo dos problemas relacionados à questão social. Edgard Leuenroth também participou da fundação da Associação Paulista de Imprensa (API), em 1933, e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo e da Associação Paulista de Propaganda, em 1937. Entre as décadas de 1940 e 1950, organizou e dirigiu os arquivos de A Noite (edição paulista), Jornal de São Paulo, A Época, Jornal do Comércio (Recife) e trabalhou na renovação dos arquivos da Folha da Manhã e de O Globo (Rio de Janeiro). Também compareceu por diversas vezes ao Congresso Nacional de Jornalistas, entre as quais, a quarta edição realizada em Recife, em 1951, onde apresentou o texto A organização dos jornalistas brasileiros, o qual foi publicado em livro postumamente. Participou de vários congressos e encontros anarquistas, entre os quais, o Encontro Libertário, realizado no Rio de Janeiro em 1958, ocasião em que aceitou assumir a direção do jornal Ação Direta, após o falecimento de seu fundador José Oiticica. Em 1963, publicou o livro Anarquismo - Roteiro da Libertação Social, uma antologia de textos que abordam diversos aspectos da teoria e prática anarquista. Durante os últimos anos de sua vida, trabalhou como arquivista na sede paulista da agência Standard Propaganda, fundada por seu sobrinho Cícero Leuenroth, e colaborou no jornal O Libertário, de São Paulo. Morreu em 28 de setembro de 1968 em decorrência de um câncer hepático.

Elisabeth de Souza Lobo Garcia

  • Pessoa
  • 1943-1991

Elisabeth de Souza Lobo Garcia, ou Elisabeth Souza Lobo, como assinava seus textos, nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, no dia 30 de agosto de 1943. Graduou-se em Letras pela Faculdade de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1965. Esteve em Paris entre os anos de 1967 e 1969, onde pode acompanhar os seminários de Lucien Goldmann (“Sociologie de la Philosophie et de la Littérature”), de Anouar Abdel-Malek (“Sociologie des mouvements sociaux”) e de Louis Althusser (“Philosophie spontanée des savants”). Após retornar ao Brasil, foi professora de literatura no ensino médio por um breve período antes de seguir para o Chile em 1970, onde vinculou-se como docente de metodologia das ciências sociais na Escola de Estudos Econômicos Latino-Americanos (ESCOLATINA) até o golpe de estado de 1973. Por essa época, integrou a Universidade de Paris VIII lecionando nos departamentos de Sociologia e Ciências Políticas, onde também defendeu a tese de doutorado em Sociologia sob a orientação do filósofo Jean-Marie Vincent, em 1979. Durante a década de 1980, trabalhou como docente na Universidade Metodista de Piracicaba (1980), na Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" – Marília (1981-1982), na Universidade de São Paulo (1982-1991), como professora visitante na Universidade de Québec – Canadá (1989) e na Universidade Estadual de Campinas (1989-1991). Em 1983, publicou seu primeiro livro, uma biografia da anarquista lituana Emma Goldman (1869-1940). Destaca-se ainda "A classe operária tem dois sexos", de 1991. Publicou também diversos artigos nos jornais "Em Tempo", "Mulherio", "Leia" e "O Estado de S. Paulo", e nas revistas "Desvios", "Teoria e Debate" e "Tempo e Presença". Projetou uma agenda de pesquisa feminista, marxista e heterodoxa. Sua produção intelectual está voltada para a questão da divisão sexual do trabalho, do trabalho feminino e das relações de gênero na sociedade capitalista. Morreu em 15 de março de 1991, vítima de um acidente automobilístico, quando dirigia-se para Campina Grande, Paraíba, em visita a trabalhadores rurais.

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