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Registro de autoridade

Línguas Indígenas

Preocupados com o processo de redução do contingente linguístico dos povos indígenas, principalmente, em território brasileiro, o Departamento de Linguística do Instituto de Estudos da Linguagem, que contava, em meados dos anos 1970, com quatro especialistas em documentação e análise de línguas indígenas, os professores Aryon Dall'Igna Rodrigues, Lucy Seki, Maurizio Gnerre e Márcio Silva, criaram o Arquivo de Línguas Indígenas.O propósito da criação foi o de preservar, em centro brasileiro de estudos linguísticos, a maior quantidade e variedade de dados sobre línguas indígenas, mantendo-os organizados e classificados à disposição dos pesquisadores - linguistas, antropólogos, folcloristas, psicólogos, etc. -, à disposição de instituições educacionais e indigenistas e, também, à disposição das próprias comunidades indígenas e também com o propósito de assegurar a incorporação a um arquivo brasileiro de cópias de dados e documentos obtidos ou produzidos por pesquisadores estrangeiros.Logo em seguida, por iniciativa do professor Aryon, foi realizado o Convênio Unicamp-SIL (Summer Institute of Linguistics), possibilitando o depósito de publicações (ou de cópias) e de pesquisas dessa instituição no Arquivo de Línguas Indígenas do Departamento de Linguística do IEL/Unicamp, aumentando o acervo constituído por material produzido ou doado pelos professores e pesquisadores do instituto.

Projeto "Discurso: significação brasilidade"

O projeto "Discurso, Significação, Brasilidade", foi um projeto coletivo desenvolvido no Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp com o grupo de análise do discurso coordenado pela professora Eni Orlandi. Ele incluía, como uma de suas linhas de trabalho, a questão da língua e da brasilidade na qual desenvolveram estudos sobre a história da língua portuguesa no Brasil, na sua relação com as línguas indígenas, assim como estudos sobre língua de imigração.Os interesses ligados a esta linha de pesquisa levaram a um convênio firmado entre a Unicamp e a Universidade de Paris VII, cooperação esta que levou a constituição de um projeto conjunto franco-brasileiro intitulado "História das Idéias Linguísticas: Construção do Saber Metalinguístico e a Constituição da Língua Nacional", coordenado por Eni Orlandi no Brasil e Sylvain Aurox na França e que teve apoio CAPES/COFECUB.

Projeto Integrado em Neurolingüística

O Projeto Integrado em Neurolinguística está em vigência desde 1992 e tem dois objetivos centrais: a elaboração de um Banco de Dados em Neurolinguística (BDN), a partir da transcrição de dados registrados em áudio, de 1990 a 1996, e em vídeo, a partir de 2001, do Centro de Convivência de Afásicos (CCA). Este banco é organizado por um sistema de busca abrangente, de modo que várias frentes de pesquisa possam se estabelecer.O segundo objetivo deste projeto diz respeito à formulação de princípios e versões protocolares discursivamente informados a constarem na avaliação de patologias da linguagem que podem afetar sujeitos-falantes que partilham uma mesma língua e cultura. Por isso, neste projeto investigam-se as possibilidades de relações implicadas nos diversos processos de significação em funcionamento: da semiose verbal com a não verbal e de aspectos linguístico-cognitivos com as diversas referências sócio-culturais.Considera-se que tanto a formulação de um banco de dados, derivado de dados obtidos em uma perspectiva discursiva, quanto mecanismos e processos (neuro)linguísticos envolvidos no conhecimento das dificuldades e possibilidades de reorganização do estado cognitivo geral do sujeito afásico, possam interessar a diferentes investigações acerca do funcionamento da linguagem e de relações entre o normal e o patológico.Diferentemente da tradição de se avaliar a linguagem no contexto patológico a partir de atividades essencialmente metalinguísticas, descontextualizadas e assentadas na variedade culta (escrita) e normativa do português, este projeto coloca sob bases discursivas o processo de natureza heurística de avaliação da linguagem, o que quer dizer avaliar o funcionamento da linguagem em meio a práticas discursivas que fazem sentido aos sujeitos falantes em questão, considerando, pois, as variedades vernaculares do português brasileiro e as diferentes configurações textuais em que podem se apresentar.Fontes: Currículo Lattes da Profa. Dra. Maria Irma Hadler Coudry e material sobre o projeto no site da CNPq. Disponível em: http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhegrupo.jsp?grupo=0079801CJCPEHZ. Acesso em: 29.08.2013.

Charley Warren Frankie

Charley Warren Frankie nasceu Karl Werner Francke em Berna, Suíça, no dia 4 de março de 1894, filho de Franz Theodor Walther Francke e Adele Mathilde [?] Binber. Mudou de nome quando desembarcou no Brasil no dia 20 de junho de 1920.

Há poucas informações sobre sua vida na Europa, sabemos, através das cartas que enviou à sua filha Laís, que começou a fazer medicina, mas teve que abandonar o curso quando seu pai morreu; depois, ganhou uma bolsa de estudos do governo para estudar geologia, ciência que conseguiu o bacharelado, e que participou da Primeira Guerra Mundial.

No Brasil, estabelece-se em Limeira, interior de São Paulo, trabalhando como técnico na ?"Máquina São Paulo?", indústria especializada em máquinas de beneficiamento de café. Casa-se com Otília Diehl em 7 de novembro de 1925. Com quem teve cinco filhos: Adelaide, Laís, Córa, George e Charley.

Em 1930, logo depois do falecimento do dono da ?"Máquina São Paulo?", o engenheiro Trajano de Barros Camargo, Frankie pede demissão e se muda para Piracicaba, a pedido da família da esposa, passando a trabalhar como autônomo.

Em 1931, seu diploma de engenheiro geólogo é reconhecido pela Escola Livre de Engenharia do Rio de Janeiro.

Em 1934 conhece Monteiro Lobato e Edson de Carvalho, sócios da Companhia de Petróleo Nacional (CPN), que o convidam para trabalhar na prospecção, seguindo, assim, para Araquá, onde trabalha como técnico responsável pelas perfurações da região.

Com o longo período de ausência de casa, se desentende com a família, se afastando do seu convívio por definitivo. Manteria contato apenas com sua filha Laís com quem trocou correspondência permanentemente.

Entre 1934 e 1935, apontado como especialista, chega a ser procurado pela imprensa para falar sobre a geologia brasileira e as prospecções de petróleo. Em 1935 é publicada, pela Companhia Editora Nacional, a tradução que fez do livro de Essad Bey, "A luta pelo petróleo", prefaciado por Monteiro Lobato.

Entre 1935 e 1936 trabalha nas pesquisas de petróleo em Riacho Doce, Alagoas, e em Picuí, Rio Grande do Norte, como auxiliar topógrafo e geofísico, sendo o representante técnico da ELBOF - Elektrische Bodenforschung, departamento responsável pelas pesquisas sobre a geofísica brasileira da empresa alemã Piepmeyer & Co, parceira da CPN. Nesse período, publica artigos na imprensa sobre a geologia de Alagoas.

Em 1937 - ao lado de Monteiro Lobato, Hilário Freire e J. W. Winter (diretor da ELBOF no Brasil) - participa da formação da AMEP, Aliança Mineração e Petróleo, que se tornaria o departamento de prospecção da CPN, e segue para o Mato Grosso para fazer pesquisas na região.

Em 1940, se desloca para Aquidauana no Mato Grosso do Sul, onde passa a trabalhar, ao lado de Ubaldo Medeiros, na área de construção civil até 1943. Nesse ano se muda para Corumbá e se dedica à topografia da região e em levantamentos geológicos até 1945.

Em 1948 se torna membro interino da 4ª subsede da CBDL - Comissão Brasileira Demarcadora de Limites (atual SCDL - Segunda Comissão Brasileira Demarcadora de Limites), órgão do Ministério das Relações Exteriores. Inicialmente, trabalha na área de radiotécnica, para, no ano seguinte, ser efetivado como auxiliar técnico. Nessa função, atua, principalmente, na demarcação da fronteira do Brasil com a Bolívia e com o Paraguai, chegando, entretanto, a trabalhar também na região do Acre, demarcando os limites entre o Brasil e o Peru.
Em 1957 se naturaliza brasileiro, sendo efetivado no quadro oficial do Itamaraty como auxiliar de engenheiro, onde se aposentou.
Falece em Corumbá no dia 2 de fevereiro de 1968.

Peipmeyer

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