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Registro de autoridade

Projeto de Aquisição da Linguagem Oral

O projeto de Aquisição da Linguagem Oral foi criado na década de 1970, por iniciativa conjunta das professoras Cláudia Thereza G. de Lemos (coordenadora do projeto), Maria Fausta C. P. de Castro, Maria Cecília Perroni, Rosa Attié Figueira e Éster Mirian Scarpa.O objetivo foi o de analisar e discutir questões teórico-metodológicas concernentes aos processos de aquisição da linguagem oral.Como resultante das atividades do projeto, as pesquisadoras produziram um corpus constituído por gravações sistemáticas da fala de crianças de 0 a 5 anos, isto é, por registros em áudio do processo de aquisição da linguagem oral.

Cyro Pimentel

Cyro de Mello Pimentel nasce em São Paulo no dia 22 de outubro de 1926. Filho de Diógenes de Mello Pimentel e de Maria Aparecida Barros Pimentel.Faz os estudos primários no Grupo Escolar São Paulo e os secundários no Ginásio Anchieta, ambos na cidade natal.Em 1943, matricula-se na Escola Técnica de Comércio "Carlos de Carvalho", diplomando-se contador. Inicia sua carreia profissional trabalhando no comércio. Torna-se funcionário do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo, chegando ao cargo de Diretor da Divisão de Finanças, onde permanece até sua aposentaria em 1985. Em 1948, estreia na literatura com o livro "Poemas", lançado pelo Clube de Poesia de São Paulo. No ano seguinte, participa da Primeira Semana dos "Novíssimos", no Clube dos Artistas de São Paulo, ao lado de Hilda Hilst, Radha Abramo, Décio Pignatari, Paulo Vanzollini, Reynaldo Bairão, entre outros. Em 1976, em conjunto com Domingos Carvalho da Silva e Afrânio Zuccolotto, funda a "Revista de Poesia e Crítica".Publica apenas mais quatro títulos de poesia, todos pelo Clube de Poesia de São Paulo: "Espelho de cinzas" (1952), "Signo terrestre" (1956), "Árvore nupcial" (1966) e "Poemas atonais" (1979), com este último, recebeu o Prêmio Pen Clube de São Paulo.Em 1985, lança uma antologia com seus cinco livros: "Paisagem Céltica", editado por Roswitha Kempf Editores. No ano seguinte, é eleito para a Academia Paulista de Letras. Colaborou com vários periódicos, entre eles, "Letras e Artes" e "Revista da Semana", ambos do Rio de Janeiro; o "Caiçara", de Marília, interior de São Paulo; "O Estado de São Paulo" e "Revista Branca", de São Paulo.Falece no dia 7 de fevereiro de 2008. Fontes:(i) Disponível em: http://www.academiapaulistadeletras.org.br/acad%C3%AAmicos-anteriores/76-cadeira-n%C2%BA-14/692-cyro-pimentel.html; (ii) MELO, Luís Correia de. "Dicionário de autores paulistas". São Paulo: [Comissão do IV Centenário da Cidade de São Paulo], 1954; (iii) MENEZES, Raimundo de. "Dicionário literário brasileiro". 2. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1978; (iv) COUTINHO, Afrânio; SOUSA, J. Galante de (Dir.). "Enciclopédia de literatura brasileira". v. 2. São Paulo: Global; Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional/DNL: ABL, 2001.

Grupo de Estudos Linguísticos do Estado de São Paulo - GEL

O GEL - Grupo de Estudos Linguísticos do Estado de São Paulo - é fundado juridicamente em maio de 1972. Congregando professores de Linguística, Língua Portuguesa, Linguística Românica, Língua Latina, Línguas Estrangeiras e de outras disciplinas, tanto da rede de ensino público superior quanto do ensino particular do Estado de São Paulo, tem como principal objetivo promover a melhoria do ensino e desenvolver pesquisas linguísticas.Convocado pelo Prof. Dr. Isaac Nicolau Salum, o primeiro encontro do GEL ocorre em janeiro de 1969, quando alguns professores de Linguística Geral, Românica e Portuguesa se reúnem para discutir a constituição de um grupo de estudos de Linguística. Na ocasião, o Prof. Dr. Ataliba T. de Castilho propõe que estudassem a possibilidade de constituição de um grupo informal de professores universitários e alunos de pós-graduação. O principal objetivo do grupo seria discutir em seminários semestrais assuntos de interesse comum, tais como problemas suscitados pelo estudo e ensino da Linguística, veiculação de informação científica, promoção conjunta de pesquisas linguísticas, organização do trabalho intelectual, etc. Após aprovação da proposta é eleita a seguinte diretoria: Prof. Dr. Ataliba T. de Castilho (presidente), Prof. Dr. Cismar Teodoro Paes (secretário) e Prof. Dr. Francisco da Silva Borba (tesoureiro).Em junho de 1969 é realizado, em Araraquara, o primeiro Seminário do GEL.Os Seminários aconteceram semestralmente até o ano de 1991 quando, durante a 11ª Assembleia Geral, foi decidido que a partir daquela data seria realizado apenas um por ano.A maior parte da produção destes Seminários encontra-se registrada nos Anais, publicados ininterruptamente desde 1978. Até o volume 23, publicaram-se todos os trabalhos apresentados nos Seminários. Em 1995, a partir do volume 24, passaram a publicar apenas os trabalhos selecionados pelo Conselho Editorial. Desde 2001, tais artigos vem sendo publicados em CD-ROM.Em 2002, durante o 50º Seminário, paralelamente aos tradicionais Estudos Linguísticos - Anais dos Seminários do GEL, é inaugurado mais um canal de divulgação periódica da produção acadêmica do Grupo: é lançado o nº 0 da Revista do GEL, um número especial em memória do Prof. Carlos Franchi (1932-2001).Fontes: Textos disponíveis em: http://www.gel.org.br. Acesso em 8 ago. 2005; "ESTUDOS Linguísticos - Anais dos Seminários do GEL". São Paulo, SP, 1978.

Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística - ANPOLL

A Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística, ANPOLL, é uma entidade jurídica sem fins lucrativos, fundada em 21 de maio de 1984, por professores reunidos em Brasília, DF.A principal característica dessa entidade é a capacidade de associar Programas de Pós-Graduação em Letras e Linguística das diversas instituições brasileiras, que funcionam através de Grupos de Trabalho (GT), agrupados por tema.A ANPOLL é gerida por uma Diretoria, com mandato de dois anos, eleita com base em um programa de gestão, submetido à aprovação da Assembleia da Associação. Organiza encontros nacionais, que são realizados segundo uma norma: nos anos ímpares, se volta para uma discussão geral sobre a Pós-Graduação Brasileira, com a participação de coordenadores dos Programas de Pós-Graduação e dos Grupos de Trabalho; nos anos pares, concentra-se na discussão acerca dos Grupos de Trabalho e na articulação entre eles.O objetivo da ANPOLL é incentivar o estudo, o ensino e a pesquisa, especificamente nas áreas de Letras e Linguística; promover a divulgação e o intercâmbio de trabalhos científicos produzidos nessas áreas; estimular os debates entre os responsáveis pelos estudos e pesquisas para que estas possam contribuir diretamente para a solução de problemas nacionais relacionados à língua e à linguagem; promover o intercâmbio docente e a cooperação entre as diversas instituições de pós-graduação e pesquisa; apoiar as iniciativas de seus associados e diligenciar o apoio necessário junto às agências de coordenação, de fomento e de financiamento da pós-graduação e da pesquisa existentes no país e no exterior.Desde 1995, a ANPOLL publica a "Revista da ANPOLL", periódico que seleciona para cada número artigos baseados em temática estabelecida pelos participantes. A partir de 1997, a revista, que era anual, passou a ser publicada semestralmente.

Sem título

Ataliba Teixeira de Castilho nasceu em Araçatuba, SP, 01 de abril de 1937, filho de Luiz Antônio de Castilho e Edith Teixeira de Castilho. Em 1959, graduou-se em Letras Clássicas pela Universidade de São Paulo com a ajuda de bolsa concedida pela Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto. No ano seguinte faz curso especialização em Filologia Românica. Conclui Doutorado em 1966. Em 1981 participa de progama de pós-doutorado nos EUA, na Cornell University e na University of Texas at Austin. Em 1990 dirige se a França para curso pós-doutorado naUniversité D´aix Marseille.1995 Institute Of Linguistics. 1997 Universita degli Studi di Padova. 2001 University of California San Diego. É livre-docente pela USP desde 1993.Começa sua carreira como professor em 1959, ministrando aulas para o curso secundário no Ginásio Estadual "Prof. Francisco Roswell Freire", em São Miguel Paulista. Em 1960 foi professor interino de Latim na escola normal de Suzano, SP; no ano seguinte, inicia carreira como professor universitário. De 1961 a 1975 foi professor titular de língua portuguesa na Faculdade de Ciências e Letras de Marília, SP; de 1975 a 1991 foi professor titular de Lingüística Portuguesa no departamento de Lingüística da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Em 1991, ano de sua aposentadoria, atua como professor convidado da UNICAMP. De 1992 a 1993, assume como Professor Doutor de Filologia e Língua Portuguesa da Universidade de São Paulo. Desde dezembro de 1993 é Professor Associado nessa mesma instituição. Em 1997, assume a função de coordenar o programa de pós-graduação em filologia e língua portuguesa.Além da função de professor, ele também participou de inúmeros projetos, entre eles: foi sócio fundador da Associação Brasileira de Lingüística (ABRALIN), na qual foi presidente no biênio 1983-1985 e conselheiro da associação em quatro gestões: 1969-1971, 1973-1975, 1975-1977 e 1977-1979. Com a entrada do Brasil no projeto NURC ele assumiu, junto ao Prof. Isaac Nicolau Salum, a coordenação do Projeto em São Paulo (NURC-SP) e junto com o Prof. Dino Preti deu início às primeiras publicações do corpus coletado pelo projeto em São Paulo e no Brasil, permitindo que outros pesquisadores tivessem acesso a esse material.Realiza também inúmeras atividades junto a entidades cientificas e para-cientificas como a CAPES, CNPq, ANPOLL, FAPESP, entre outras. Ele também tem em seu currículo inúmeros trabalhos apresentados e alguns estágios em vários centros de reconhecida notoriedade no exterior.Foi um dos fundadores, em 1969, doGrupo de Estudos Lingüísticos do Estado de São Paulo (GEL), sendo seu primeiro Presidente de 1969 a 1971. Foi secretário de 1978 a 1979, na ocasião em que foi Presidente o Prof. Rodolfo Ilari, gestão em que se principiou a publicação dos Estudos Lingüísticos (Anais dos Seminários do GEL). É Membro da Comissão de Organização da Associação Brasileira de Lingüística (ABRALIN) desde 1969, juntamente com J. Mattoso Câmara Jr. e Aryon Dall'Igna Rodrigues, tendo sido também conselheiro em quatro gestões e Presidente de 1983 a 1985.Junto ao Programa Interamericano de Lingüística e Ensino de Idiomas (PILEI), é um dos Delegados brasileiros, desde 1969; Foi diretor do V Instituto do PILEI, realizado na Universidade Estadual de Campinas, de janeiro a fevereiro de 1980. Na Associação de Filologia e Lingüística da América Latina (ALFAL), desde 1969; Vogal de 1981 a 1992; Presidente da Comissão Organizadora do IX Congresso Internacional, realizado na Universidade Estadual de Campinas em agosto de 1990; atualmente é Coordenador da Comissão de Lingüística Portuguesa, criada durante o X Congresso, em 1993. É também filiado à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), desde 1969; e à Sociedade Brasileira de História da Ciência, desde 1983.Também realizou o "Projeto de História do Português de São Paulo" (PHPSP), iniciado em 1995, com sede na Área de Filologia e Língua Portuguesa da USP - com o objetivo de historiar o português da Cidade de São Paulo, em analisado em contraste com o Português implantado em outras capitais brasileiras - projeto desenvolvido com a participação de alunos da graduação e da pós-graduação da USP.O "Projeto de Gramática do Português Falado" (PGPF), tem por objetivo a redação coletiva de uma gramática referencial do português culto falado no Brasil, com base nos materiais do Projeto NURC/Brasil. Ataliba conseguiu reunir 35 pesquisadores de 12 universidades brasileiras, de posições teóricas distintas, distribuídos por cinco Grupos de Trabalho (Fonética e Fonologia, Morfologia, Sintaxe I, Sintaxe II e Organização Textual Interativa). O Professor continua em atividade e produzindo trabalhos acerca dos mais diversificados temas lingüísticos, junto às principais instituições de estudos da linguagem do Brasil e do Mundo.

Bruno Tolentino

Bruno Lúcio de Carvalho Tolentino nasce no Rio de Janeiro em 12 de novembro de 1940, filho de Heitor Jorge de Carvalho Tolentino e de Odila de Souza Lima Tolentino.Faz os estudos primários no Colégio Batista. Em 1957, trabalha como revisor do "Suplemento Literário" do "Jornal do Brasil".Em 1958, conclui o curso clássico no Colégio Anglo-americano. No ano seguinte, matricula-se na Escola de Teatro da Universidade da Bahia. Nesse período, inicia uma longa correspondência com o poeta francês Yves Bonnefoy. Em 1960, com a coletânea "Seteclaves" recebe o Prêmio "Revelação de Autor", do Sindicato de Editores e da Câmara Brasileira do Livro. Desse conjunto, sairá, três anos depois, seu livro "Anulação & Outros reparos".Em 1964, parte para Europa, onde conhece o poeta inglês W. H. Auden e o italiano Giuseppe Ungaretti.No ano seguinte, junto com João Guimarães Rosa, Murilo Mendes e Antonio Candido integra a delegação brasileira que participou do congresso "Nuovo Mondo Colunbianum", realizado em Gênova.Em 1966, gradua-se como tradutor-intérprete na École Interprète de Genebra e passa a fazer parte dos quadros da AIT (Agence Internationale desTraducteurs). Depois de uma viagem de trabalho como intérprete estagiário (Tóquio, Bangcoc e Hong Kong), torna-se tradutor-intérprete junto ao Mercado Comum Europeu. Nasce, em Varsóvia, Witold Andjei, seu filho com a polonesa Danuta Klossowska.Em 1968, fixa residência em Londres e passa a lecionar na Faculdade de Artes da Universidade de Bristol.Dois anos depois, casa-se na Igreja Anglicana de Battersea com a brasileira Márcia Martins de Brito. Em 1971, publica em Paris "Le Vrai Le Vain" e, como "visiting professor", dá aulas na Universidade de Essex. Sai a tradução que fez em conjunto com Robert Quemserat da segunda edição de "Ostinato rigore" de Eugénio de Andrade, em versão bilíngue português-francês. Em 1972, aceita o convite de Auden e se torna "deputy diretor" da "Oxford Poetry Now" (OPN). No ano seguinte, com a morte do poeta inglês, assume a direção da revista e passa a residir em Oxford. Depois de renunciar ao cargo, é eleito para um mandato de 5 anos como "executive diretor".Em 1978 participa do volume de traduções da poesia de Eugénio de Andrade para vários idiomas, publicado como "Changer de rose: poèmes".Em 1979 lança "About the hunt" pela OPN e é reeleito para o cargo que exercia ali. Por esta razão, renuncia as suas funções na Universidade de Bristol.Em 1982, divorcia-se.Em 1984, deixa o cargo da OPN e, no ano seguinte, retorna ao Brasil.Em 1986, nasce, em Oxford, RaphaëlPhillippe Bruno, seu filho com Martine Pappalardo. No ano seguinte, acusado de tráfico de drogas, é condenado a 11 anos de prisão. Fica preso por 22 meses em Dartmoor. Ao final desse período, a pena é suspensa. Em 1991, muda-se para Marselha, França, e dois anos depois retorna ao Brasil com a família.Em 1994 publica "As horas de Katharina", com o qual recebe o Prêmio Jabuti de Poesia.No ano seguinte, sai "Os deuses de hoje". No outro, "Os sapos de ontem" e "A balada do cárcere", que recebe o Prêmio Cruz e Souza, outorgado pela Fundação Catarinense de Cultura.Em 1997, recebe o Prêmio Abgar Renault, da Academia Brasileira de Letras.Em 1998, sai a "edição definitiva" de "Anulação & Outros reparos" e assume a função de editor nas revistas "Bravo!" e "República".Em 2002, publica "O mundo como ideia", ganhador do Prêmio Jabuti de Poesia.Em 2006, lança "A imitação do amanhecer".Falece em São Paulo no dia 27 de junho de 2007.Fontes disponível em:http://brtolentino.wordpress.com/2012/11/06/cronologia/

Carlos Franchi

Carlos Franchi nasceu em Jundiaí, SP, em 15 de agosto de 1932.Teve duas formações: Bacharel e Licenciado em Letras Neolatinas pela PUC-Campinas (1954) e Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da USP (1968).Franchi abraçou as duas profissões por certo tempo. Foi professor concursado de Português e Latim em Jundiaí (1951-1955) e Itatiba (1955-1957), e professor também por concurso do Colégio de Aplicação da USP - Universidade Estadual de São Paulo (1957-1971). Entre 1960 e 1961, foi Professor instrutor de didática especial do português na Faculdade de Educação da USP. Entre 1968 e 1969, Franchi regeu aulas de literatura e teoria da literatura na Universidade Nossa Senhora da Medianeira (Jesuítica) de São Paulo.Entre 1967 e 1969, coordenou a área de Português nos Ginásios Pluricurriculares do Estado de São Paulo e fez pós-graduação em Teoria Literária na USP com Antonio Candido.Com problemas em Jundiaí, desde 1964, por advogar para presos políticos, a partir de 1968 a situação começou piorar. Aconselhado por Antonio Candido, Franchi deixou a Teoria Literária, seguindo para Besançon como bolsista ao lado de Haquira Osakabe, Rodolfo Ilari e Carlos Vogt, grupo formado para estudar na França, seguindo um projeto idealizado pelo filósofo Fausto Castilho que visava organizar a área de ciências humanas na Unicamp e que englobava um projeto de formar um Departamento de Linguística.Depois de um período na Université de Franche Comté, em Besançon, onde estudou com Jean Peytard e Yves Gentilhomme e se licenciou em linguística em 1970, Carlos Franchi, ao contrário dos outros três que foram para Paris, seguiu para a Université d'Aix Marseille em Aix-en-Provence, onde estava o amigo Michel Lahud e onde estudou com Claire Blanche Benveniste, Gilles-Gaston Granger e, através de Jean Stéfanini, entrou em contato com os trabalhos de Noam Chomsky. Em 1971, defende sua dissertação de mestrado nessa instituição, sob a orientação de Blanche Benveniste: "Hypothèses pour une recherche em Syntaxe".No retorno ao Brasil, teve atuação decisiva na implantação do Departamento de Linguística da Unicamp, tornando-se Assistente-Mestre e Chefe do departamento, cargos que ocupou entre 1971 e 1975. Na função, coordenou a Comissão Organizadora dos Cursos de Pós-graduação em Linguística e dirigiu a primeira expansão do corpo docente em 1973, quando foram contratados professores do Programa de Pós-graduação em Linguística da UFRJ.Em 1976, após um estágio, sob orientação de Marcelo Dascal, na Universidade de Tel-Aviv para pesquisas em Lógica e Linguagem, defende sua tese de doutorado na Unicamp, "Teoria Funcional da Linguagem", e se torna Professor Doutor.No ano seguinte, o Departamento de Linguística desligou-se do IFCH, cria-se o Departamento de Teoria Literária e é instalado o IEL.Franchi foi Diretor Associado entre 1977 e 1978, durante o mandato do Prof. Antonio Candido. Em 1979 torna-se o Diretor do IEL, cargo que exerceu até 1982, e assume o cargo de Professor Titular até a sua aposentadoria em 1989.Nesse período, foi presidente da ABRALIN - Associação Brasileira de Linguística entre 1977 e 1979, ano em que Franchi pediu afastamento temporário de suas funções de Diretor do IEL e, contando com o apoio da FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, foi Visiting scholar junto ao departamento de línguas hispânicas da State University of New York, em Albany (EUA). Entre 1980 e 1981, fez um Estágio de Pós-doutoramento na Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA).Após a aposentadoria na Unicamp foi pesquisador visitante no Departamento de Linguística da FFLCH/USP entre 1989 e 2000 e Professor convidado na Unicamp a partir de 1992. Atuou também como Professor visitante em várias universidades brasileiras: UFSC, UNESP, UFRGS, UFRJ, UFRN, UFAL e USP."A produção científica do Prof. Franchi é altamente informal, tendo preferido a exposição em seminário ao impresso, e o 'working paper' ao livro, mas é ampla e influente. Trata de temas à primeira vista disparatados, como a sintaxe gerativa-transformacional, o ensino de língua materna e a lógica que subjaz às operações linguísticas, mas tem, a unificá-la, as características da densidade crítica e da riqueza da informação bibliográfica, assim como o retorno sempre enriquecedor a motivos que se revelaram profícuos em vários campos da investigação linguística, como a tese da indeterminação das línguas naturais, a tese de sua historicidade e a de que sua construção depende de um trabalho coletivo que compromete com a história as competências simbólicas mais fundamentais do ser humano" (ILARI, 2002, p. 85).Franchi morreu em 25 de agosto de 2001 em Campinas, SP, 22 dias após receber o título de Professor Emérito da Unicamp.

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