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Registro de autoridade
Pessoa

Leon Hirszman

  • Pessoa
  • 1937-1987

Leon Hirszman nasceu no Rio de Janeiro em 1937, filho de Chaim Jaime Hirszman e Sarah Rebecca, imigrantes judaico-poloneses. Engenheiro de formação, foi diretor e produtor cinematográfico e figura expressiva no grupo de cineastas que concebeu o Cinema Novo – movimento preocupado com a renovação temática e estética do cinema brasileiro, ocorrido a partir dos anos de 1960. Leon associou-se ao Partido Comunista Brasileiro e a um expressivo grupo de artistas e poetas: Caetano Veloso, Edu Lobo, Ferreira Gullar, Gianfrancesco Guarnieri, Jards Macalé, Paulinho da Viola, entre outros. Sua filmografia foi permeada pelos documentários sobre a vida cotidiana brasileira. Iniciou sua carreira praticamente como diretor, tendo apenas uma produção (Juventude sem Amanhã, 1958) como assistente de direção. Seguiram-se então mais de duas dezenas de obras de ficção e documentários. Ficou conhecido do grande público em três importantes momentos de sua carreira: São Bernardo (1972), Eles não Usam Black-Tie (1981) e ABC da Greve (1979). Seus últimos trabalhos foram em parceria com a dra. Nise da Silveira, com quem realizou A Emoção do Lidar (1985) - incompleto - e Imagens do Inconsciente (1983-1987), a partir da produção artística de três internos do Centro Psiquiátrico Pedro II, em Engenho de Dentro, Rio de Janeiro.

Leonidas Helmuth Barbler Hegenberg

  • Pessoa

Leonidas Helmuth Barbler Hegenberg licenciadou-se em Física pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Universidade Mackenzie (1947-1950) e em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Universidade de São Paulo (1955-1958) e pós-graduado na Universidade de Califórnia, Berkeley, E.U.A. (1960-1962). Prestou concurso e foi admitido no I.T.A. em 1950, onde passou a lecionar a partir dessa data no departamento de Matemática e de 1960 em diante, no departamento de Humanidades. É professor titular desse Instituto.
Leonidas Hegenberg foi responsável pelo setor de Lógica, no programa de pós-graduação da Universidade Católica de São Paulo (1970-1975) e esteve associada a FFCL de Assis (1963-1964), a FFCL de Presidente Prudente(1964), a Escola de Engenharia de Guaratinguetá (1969-1972), ao setor de pós-graduação do Instituto de Pesquisas Espaciais (1971-1973), e a Escola de Comunicação e Artes da USP (1974), além de ministrar cursos em várias capitais brasileiras.
O Professor Leônidas Hegenberg exerceu ainda cargosadministrativos no ITA e tornou-se membro de diversassociedades científicas, como por exemplo, o InstitutoBrasileiro de Filosofia, Philosophy of ScienceAdministration, The British for the Philosophy ofScience, Sociedade Paranaense de Matemática, Association for Symbolic Logic, entre outras.

Liborio Justo

  • Pessoa
  • 1902-2003

Liborio Agustín Justo nasceu em Buenos Aires, em 1902. Filho de Agustín P. Justo, cresceu vinculado à um meio social conservador e à tradição histórica de seu país. Acadêmico de Medicina, abandonou sua formação e seguiu pelo Paraguai, Europa e Estados Unidos para trabalhar e estudar. Filiou-se ao Partido Comunista em 1932 e, em 1935, fundou a Liga Obreira Revolucionária, ligada à IV Internacional, período em que seu pai foi Presidente da República Argentina (1932-1938). Foi editor do jornal Lucha Obrera. A partir de 1943, retirou-se da política e passou a viver nas Ilhas Ibicuy, na província argentina de Entre Ríos, próximo à natureza, como tinha vivido em sua infância e adolescência. Estudioso da história política latino-americana, literato e crítico das letras argentinas, publicou diversos livros, entre eles: Nuestra Patria Vassala: historia del coloniaje argentino (1968) Bolivia: la revolución derrotada: 1946-1954 (1971) e Río Abajo (1955); alguns sob os pseudônimos de Quebracho e Lobodón Garra.

Lourenço Moreira Lima

  • Pessoa
  • 1881-1940

Lourenço Moreira Lima nasceu em Itambé, Pernambuco. Formou-se bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Fortaleza e exerceu a advocacia por dez anos no Acre. A partir da década de 1920, participou do movimento tenentista e, em 1925, tornou-se membro da Coluna Prestes. Exerceu as funções de secretário e de comandante do 4º Destacamento. Nesta época, dirigiu o jornal “O Combate”, periódico revolucionário que divulgava os objetivos do movimento. Com a dissolução da Coluna Prestes, permaneceu em Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul, de 1928 a 1930, de onde saiu em marcha com as tropas em direção ao Rio de Janeiro a fim de participar da Revolução de Outubro de 1930. Após a vitória de Getúlio Vargas, retornou ao Rio Grande do Sul. Em 1935 foi acusado de participar do levante organizado pelo Partido Comunista do Brasil (PCB) e desligado do cargo que ocupava no Ministério do Trabalho. Depois, viveu clandestinamente em São Paulo, onde faleceu no ano de 1940. Publicou “A Coluna Prestes: marchas e combates da coluna invicta e A Revolução de Outubro de 1930” (1934) e “A Coluna Prestes (marchas e combates)” (1945).

Luiz Araújo

  • Pessoa
  • 1943-1985

Luiz Araújo foi um estudante de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP) que atuou na liderança do movimento estudantil ligado às correntes trotskistas. Foi um dos responsáveis pela estruturação do Movimento Estudantil 1º de Maio (ME1M) como organização política, em 1969. Em novembro de 1970, o ME1M passou a adotar o nome de Organização Comunista 1º de Maio (OC1M). Em 1976, após um longo processo de negociação, ocorre a unificação desta com a Fração Bolchevique Trotskista (FBT), do Rio Grande do Sul, dando origem à Organização Socialista Internacionalista (OSI). Expulso da OSI em 1978, foi professor do instituto que viria a ser o campus da Unesp-Marília.

Luiz Carlos Prestes

  • Pessoa
  • 1898-1990

Luiz Carlos Prestes nasceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em 1898. Formou-se em engenharia na Escola Militar do Realengo. Era capitão do Exército quando participou do levante dos tenentistas no Rio de Janeiro, em 1922. Em 1924, licenciou-se do Exército e, em 1925, aliou-se aos dissidentes em Foz do Iguaçu com Miguel Costa e deram início à Coluna Miguel Costa-Prestes. Em 1927, com o final da Coluna, permaneceu em Puerto Suarez, na Bolívia, e recebeu o convite de Astrojildo Pereira para o ingresso no Partido Comunista Brasileiro (PCB), o qual foi recusado por Prestes. No ano seguinte, mudou-se para a Argentina e fundou a Liga de Ação Revolucionária (LAR), que acabou extinta alguns meses depois. Ainda em 1930, precisou mudar para o Uruguai. Em 1931, foi para a União Soviética e, em 1934, ingressou no PCB. No ano seguinte, retornou clandestinamente ao Brasil acompanhado da esposa, Olga Benário, a fim de promover uma revolta armada no país. Em 1936, o casal foi preso e Olga enviada para a Alemanha nazista. No campo de concentração deu à luz sua filha Anita e faleceu alguns anos depois. Luiz Carlos Prestes permaneceu preso, no Brasil, até 1945. No ano de 1943 foi eleito secretário-geral do Comitê Central do PCB e, em 1945, foi eleito senador, tendo seu mandato cassado em 1947, juntamente com o cancelamento do registro do partido. Passou a viver novamente na clandestinidade até 1958. Com o golpe militar de 1964 foi obrigado a voltar para a clandestinidade e, em 1971, exilou-se em Moscou com seus filhos e sua segunda esposa, Maria do Carmo Ribeiro. Só retornou ao Brasil em 1979, com a Lei de Anistia. Em 1980, desligou-se do PCB e registrou seus motivos na “Carta aos Comunistas”. Faleceu aos 92 anos de idade no Rio de Janeiro.

Marco Morel

  • Pessoa
  • 1960-

Marco Morel nasceu em 1960 e, no fim dos anos 1970 e meados dos anos 1980, tinha uma atividade mista de pesquisa e militância na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), em movimentos de educação popular e alfabetização de adultos e em movimentos na favela, próximos da Igreja ou de associações de moradores. De gravador em punho, registrou alguns comícios, palestras, debates e programas eleitorais que surgiam no processo de crise do regime militar. Segundo Marco Morel, era uma perspectiva intelectual de retomar e repensar, na prática política, os movimentos que haviam sido interrompidos pelo golpe de 1964. Em 1981 organizou, na ABI, o Seminário "Repensando o Centro Popular de Cultura", do qual os depoimentos sobre o tema geraram também gravações ou entrevistas. Às vésperas dos 40 anos da Revolução Cubana (1989) realizou entrevistas sobre o tema. Graduou-se em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985) e fez Mestrado e Doutorado em História na UFRJ e Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne, respectivamente. É professor Associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e atua na área de História do Brasil Império, com ênfase nos temas da história política, cultural e da imprensa.

Maria Isabel Baltar da Rocha Rodrigues

  • Pessoa
  • 1946-2008

Maria Isabel Baltar da Rocha Rodrigues nasceu em Pernambuco em 1947. Graduou-se em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 1969. No ano seguinte, especializou-se em Dinâmica Populacional pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Concluiu o mestrado em Ciência Política também pela USP em 1980 e o doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas em 1992, com a tese “Política Demográfica e Parlamento: debate e decisões sobre o controle da natalidade”. Posteriormente, realizou o pós-doutorado pelo Centro de Estudos Demográficos da Universidade Autônoma de Barcelona, Espanha, em 2000. Entre os anos de 1976 e 1995, atuou na Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo em diversas atividades direcionadas à política populacional, saúde pública e, principalmente, saúde da mulher. A partir de 1981, atuou como colaboradora da Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP), tendo sido membro de seu Conselho Consultivo a partir de 2007. Em 1982, integrou o quadro funcional da Unicamp como pesquisadora do recém criado Núcleo de Estudos de População (NEPO), passando a fazer parte de seu Conselho Superior em 2002. Pela mesma universidade, participou do Comitê de Redação da revista "MultiCiência", publicação dos Centros e Núcleos Interdisciplinares da Unicamp, além de ter sido professora colaboradora e membro do Conselho do Programa de Pós-graduação em Demografia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Foi consultora de diversos periódicos científicos e integrante do Grupo de Pesquisa em População e Saúde do CNPq. Entre 2001 e 2002, foi secretária-executiva da Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos. Participou do Conselho Diretor (2001-2002) e do Conselho Consultivo (a partir de 2003) da Red de Salud de las Mujeres Latinoamericanas y del Caribe (RSMLAC). Entre os anos de 2004 e 2006, integrou o Comitê Assessor Nacional da Comissão Intergovernamental de Saúde Sexual e Reprodutiva do Mercosul, ligado ao Ministério da Saúde. Atuou também como membro-associado da organização Católicas pelo Direito de Decidir. Em sua focada atuação profissional e acadêmica, Bel Baltar, como era carinhosamente conhecida, procurou centrar-se na análise do processo político de discussão e decisão no Congresso Nacional sobre questões relativas à saúde reprodutiva e sexual da mulher – com ênfase no aborto – e regulamentação do trabalho, avaliando o contexto da participação de atores políticos e sociais. Destacou-se como militante do movimento feminista nacional nas lutas em defesa dos direitos humanos, dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e, mais especificamente, pela descriminalização do aborto. Morreu em 14 de outubro de 2008 em decorrência de um acidente automotivo.

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