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Registro de autoridade
Entidade coletiva

Grêmio Recreativo Familiar Flor de Maio

  • Entidade coletiva
  • 1928-

O Grêmio Recreativo Familiar Flor de Maio foi fundado em 4 de maio de 1928, na cidade de São Carlos, interior do estado de São Paulo, por um grupo de trabalhadores da antiga Companhia Paulista de Estradas de Ferro (posteriormente, Fepasa). Idealizado por Alfredo Gonçalves, negro e ferroviário, sua criação veio atender às necessidades dos cidadãos negros por ambientes de lazer e sociabilidade, já que eram impedidos de frequentar os demais clubes recreativos da cidade. Seu primeiro estatuto foi aprovado em 4 de maio de 1932, pontuando, entre seus artigos, ser um clube composto por pessoas negras, voltado para o engrandecimento da raça negra no Brasil, com vistas a promover sua educação moral, social e intelectual. Apesar disso, o ingresso de brancos era eventualmente permitido durante grandes festividades como bailes de carnaval, por exemplo. Esse preceito mudaria somente em 1974, quando houve a reformulação do estatuto e a não mais distinção de raça entre seus associados. Como muitos dos clubes negros surgidos no início do século XX, houve também por parte do Grêmio Flor de Maio uma forte preocupação com atividades socioeducativas e a busca por uma efetiva integração da população negra à sociedade. Nesse sentido, em 1937, articulou a criação de uma escola de ensino primário que funcionava com professores cedidos pela prefeitura de São Carlos, inclusive com aulas noturnas. Teve diversas sedes, sempre alugadas, e somente no final da década de 1940, o então prefeito Luiz Augusto de Oliveira fez a doação de um terreno para a construção de seu prédio atual, tombado pelo Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Ambiental de São Carlos (COMDEPHAASC), em 17 de novembro de 2011. Além dos tradicionais bailes e eventos sociais que promovia em sua sede, o Grêmio Flor de Maio esteve intimamente ligado à história do carnaval de São Carlos. A sambista Odette dos Santos, filha dos sócios fundadores José e Nair Balthazar dos Santos, criou com a diretoria do clube a primeira escola de dança de salão de São Carlos, além de ter sido responsável pela fundação da primeira escola de samba da cidade, “Odette e sua Escola de Samba”, passando a ser reconhecida como a principal carnavalesca são-carlense. O Flor de Maio também se voltou ao combate à discriminação racial participando de protestos locais e elaborando eventos culturais ao longo dos anos. Em julho de 1973, promoveu um ciclo de conferências sobre a situação do negro na sociedade brasileira, colocando em pauta a transição da condição de escravizado a cidadão, a marginalização do negro no mercado de trabalho e as problemáticas que atingem especificamente as mulheres negras. Já em 1995, organizou uma passeata em protesto contra a discriminação sofrida por uma menina impedida de frequentar a escola por ser negra. Ainda em atividade, o Grêmio Recreativo Familiar Flor de Maio vem desempenhando importante papel na formação e desenvolvimento cultural da cidade de São Carlos, realizando e apoiando atividades de teatro, grupos de maracatu, a semana da consciência negra, exposições de livros e trabalhos de artistas plásticos, orquestra sinfônica, campeonatos de futebol, bailes, entre outros.

Relação do Rio de Janeiro

  • Entidade coletiva
  • 1751-1808

O regimento de 13/10/1751 criou a Relação do Rio de Janeiro para atender às causas e requerimentos "dos povos da parte sul do estado do Brasil", pois devido à distância, a Relação da Bahia não os atendia de forma satisfatória. Sua criação reflete a transferência do centro do poder econômico para a região sul-sudeste da colônia, devido ao fluxo de ouro, diamantes e a necessidade da criação de um porto para a região, ficando a Relação da Bahia responsável pela região norte-nordeste. Este mesmo regimento estabelecia como sua atribuição "a mais reta e pronta administração da justiça". A relação era administrada pelo governador da capitania do Rio de Janeiro e composta pelo chanceler da relação e desembargadores. A partir de 1763, com a administração do Marques de Pombal a capital da colônia foi transferida para o Rio de Janeiro, tornando a Relação do Rio de Janeiro o órgão responsável por julgar os processos de primeira e segunda instância da região sul-sudeste, e o Desembargo do Paço como órgão de última instância, julgando os processos de toda a colônia. O alvará de 10/05/1808 estabeleceu que a Relação do Rio de Janeiro passava a denominar-se Casa da Suplicação do Brasil, sendo considerada como superior tribunal de justiça "para se findarem ali todos os pleitos em última instância". Em 18/09/1828 é criado o Supremo Tribunal de Justiça, substituindo o Tribunal da Mesa do Desembargo do Paço e a Mesa da Consciência e Ordens, como órgão de última instância, levando voltando a Relação do Rio de Janeiro a atuar órgão de primeira e segunda instância, até 1890, quando é criada a Corte de Apelação.

Ministério da Reforma e do Desenvolvimento Agrário

  • Entidade coletiva
  • 1985-1989

O I Plano Nacional de Reforma Agrária da Nova República, aprovado pelo então Presidente da República, José Sarney, através do decreto 90.766, de 10.10.1985, buscou mecanismos políticos, econômicos e financeiros para viabilização da implantação da reforma agrária no Brasil. Vários segmentos da sociedade civil enviaram sugestões ao Ministério a partir de março de 1985, foram analisados e serviram de subsídio para a equipe técnica elaborar o 1º Plano Nacional de Reforma Agrária. Ficaram arquivados na Coordenadoria de Estudos e Pesquisas do Mirad à disposição dos interessados, para consulta no local.

Teatro Oficina Uzyna-Uzona

  • Entidade coletiva
  • 1958-

Considerada a maior e mais longeva companhia de teatro em atividade permanente do Brasil, o Teatro Oficina teve sua origem em 1958, a partir do encontro de artistas no Centro Acadêmico 11 de Agosto, da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo. Entre seus fundadores estavam José Celso Martinez Corrêa, Renato Borghi, Carlos Queiroz Telles, Etty Fraser, Amir Haddad, Fauzi Arap e Ronaldo Daniel. Durante sua fase amadora, que durou de 1958 a 1961, faziam “teatro a domicílio” nas casas da elite paulistana, ao passo que encenavam peças fundamentalmente autobiográficas. Logo, no entanto, o grupo proporia a criação de um teatro novo, que estabelecesse um diálogo mais verdadeiro entre público e espetáculo. Partindo de uma postura antropofágica, passariam a fazer a leitura e encenação de grandes autores europeus e norte-americanos, mas sempre buscando estabelecer um diálogo com a realidade nacional. Desde 1961, ano de sua profissionalização, tem como sede um antigo prédio no tradicional bairro paulistano do Bixiga. Antes da inauguração com a estreia da peça A Vida Impressa em Dólar, de Clifford Odets, foi realizada uma primeira reforma do edifício a partir do projeto arquitetônico de Joaquim Guedes, o que configurou o teatro com duas plateias frente a frente, separadas pelo palco central. Entre 1962 e 1966, foram levados à cena os espetáculos José, do Parto à Sepultura, de Augusto Boal, Todo Anjo é Terrível, de Ketti Frings, Uma Rua Chamada Pecado (adaptação de Um Bonde Chamado Desejo, de Tennessee Williams), Quatro Num Quarto, de Valentin Kataev, Pequenos Burgueses e Os Inimigos, de Máximo Gorki, além de Andorra, de Max Frisch. No entanto, em 1966, o prédio da companhia é destruído por um incêndio provocado por grupos paramilitares. São feitas remontagens de antigos sucessos a fim de levantar fundos e reconstruir o teatro, o qual teve seu espaço cênico transformado. A partir de 1967, com o aumento da repressão no contexto da ditadura brasileira, o Teatro Oficina passa a desenvolver-se através do espetáculo-manifesto, o que levou à censura de suas peças em mais de uma ocasião. Com a montagem de O Rei da Vela (posteriormente videografado), texto de Oswald de Andrade, o grupo alcança grande notoriedade e se coloca na vanguarda do movimento tropicalista. A partir daí, fica cada vez mais evidente sua busca por uma estética de interpretação brasileira, baseada, principalmente, na chanchada e no circo, com elementos da contracultura. Em 1968, o musical Roda Viva, escrito por Chico Buarque, também marca a história do Oficina quando promove o encontro entre linguagem teatral e performance. Desse momento até 1974, destacam-se as montagens das peças Galileu Galilei e Na Selva das Cidades, ambas de Bertolt Brecht, Gracias, Señor, obra de criação coletiva, e As Três Irmãs, de Anton Tchekhov. Também foi lançado o filme Prata Palomares, em 1971, período em que uma crise interna fez com que a companhia se desfizesse e ressurgisse, posteriormente, com nova equipe, mas ainda sob a liderança de José Celso e Renato Borghi. Em 1973, passa a denominar-se Comunidade Oficina Samba e, no ano seguinte, José Celso Martinez Corrêa é preso e torturado juntamente com o cineasta Celso Lucas. Durante o período de exílio em Portugal, entre os anos de 1974 e 1978, além da montagem de peças, foram produzidos os filmes O Parto e 25, que tratam da Revolução Portuguesa de 25 de Abril e da independência de Moçambique, respectivamente. De retorno ao Brasil, o grupo passa a ministrar oficinas, realizar leituras e eventos de curta duração, além de aprofundar pesquisas cênicas e arquitetônicas fundamentais para sua concepção de teatro em constante movimento e atualização. Em 1983, o prédio do Oficina é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico de São Paulo (Condephaat), devido a sua importância histórica ao teatro brasileiro. No ano seguinte, o grupo estabelece novo estatuto e passa a denominar-se Associação Teatro Oficina Uzyna Uzona. Sua sede recebe nova reforma com base em um projeto criado pela arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, em parceria com Edson Elito, o qual seria finalizado em 1994, inaugurando o espaço denominado pelo grupo como “Terreiro Eletrônico”. Em 2015, o jornal britânico The Guardian considerou o projeto arquitetônico do teatro como o "melhor do mundo" em sua categoria. Entre 1991 e 1998, são levadas à cena adaptações coletivas de As Boas, de Jean Genet, Hamlet, de William Shakespeare, As Bacantes, de Eurípides, e Cacilda!, do próprio José Celso. Além disso, entre 2002 e 2006, é feita a montagem na íntegra da obra Os Sertões, de Euclides da Cunha, com direção de José Celso e da atriz Camila Mota. Contando ainda com intensa atividade, o Teatro Oficina, ao longo de sua história, sempre se caracterizou pela busca incessante do novo, da criação e do rompimento com a tradição. Revolucionou a linguagem e a estética da cena teatral brasileira, bem como a relação entre palco e plateia, retirando o espectador da passividade. Por esses motivos, constituiu-se em um dos mais importantes movimentos culturais de vanguarda da década de 1960 no Brasil.

Partido dos Trabalhadores

  • Entidade coletiva

A Fundação Perseu Abramo (FPA) foi criada em 1996 pelo Partido dos Trabalhadores para desenvolver projetos de caráter político-cultural. Abriga o Centro Sérgio Buarque de Holanda Documentação e Memória Política, organismo que tem a responsabilidade de expandir o trabalho desenvolvido pelo Projeto Memória & História, instituído em 1997, visando estimular a pesquisa acadêmica sobre a história social brasileira e contribuir para recuperar a documentação produzida pelo Partido dos Trabalhadores, por militantes, lideranças e dirigentes partidários e pelos movimentos sociais a ele relacionados. Seu acervo é composto por documentos produzidos pelo PT desde 1980, uma coleção relativa aos movimentos pré-PT e significativa coleção de publicações e de audiovisuais editados pelo partido, por movimentos sociais, prefeituras, governos, parlamentos e organizações não-governamentais, nacionais e estrangeiras. Essa coleção de documentos foi microfilmada no contexto do Projeto de Microfilmagem do Acervo Histórico do Partido dos Trabalhadores, desenvolvido pelo Centro de Documentação "Sérgio Buarque de Holanda", tendo como objetivo a recuperação do arquivo do Partido dos Trabalhadores.
Para informações adicionais consulte: http://www.fpa.org.br/

Escritório de Serviços Estratégicos dos Estados Unidos

  • Entidade coletiva

O Escritório de Serviços Estratégicos (em inglês Office of Strategic Services; abreviadamente, OSS) foi o serviço de inteligência dos Estados Unidos criado durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e um predecessor da atual Agência Central de Inteligência (em inglês Central Intelligence Agency; abreviadamente, CIA). O OSS foi formado para coordenar as atividades de espionagem entre os ramos das Forças Armadas dos Estados Unidos. Outras funções do OSS incluíam o uso de propaganda, subversão e planejamento pós-guerra.

Liceu de Artes e Ofícios de Pernambuco

  • Entidade coletiva
  • 1880-

O Liceu de Artes e Ofícios de Pernambuco (LAOP) foi inaugurado em 1880 como sede da Escola de Ofícios e mantido pela Sociedade dos Artistas Mecânicos e Liberais de Pernambuco. A instituição ministrava aulas de desenho, arquitetura, aritmética e primeiras letras. A partir de 1961, a Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) assumiu a direção e o patrimônio do LAOP, com a condição de manter o ensino e criar novos cursos profissionais. A instituição foi renomeada para Liceu Nóbrega de Artes e Ofícios e passou a funcionar em outro prédio. Atualmente, existe um projeto de restauro e requalificação do antigo complexo arquitetônico, localizado na Praça da República em Recife.

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