Fundo QHL - Quilombhoje Literatura

Área de identificação

Código de referência

BR SPAEL QHL

Título

Quilombhoje Literatura

Data(s)

  • 1978-2022 (Produção)

Nível de descrição

Fundo

Dimensão e suporte

22 caixas-arquivo de documentação textual, iconográfica e audiovisual (aproximadamente 4.160 documentos).

Área de contextualização

Nome do produtor

(1980-)

História administrativa

Fundado em 1980 por Cuti (Luiz Silva), Oswaldo de Camargo, Paulo Colina, Abelardo Rodrigues e outros, o grupo Quilombhoje nasceu com o objetivo de discutir e aprofundar a experiência afro-brasileira na literatura. O grupo tem como proposta incentivar o hábito da leitura e promover a difusão de conhecimentos e informações, bem como desenvolver e incentivar estudos, pesquisas e diagnósticos sobre literatura e cultura negra. As primeiras reuniões do grupo eram informais e ocorriam no extinto bar Mutamba, reduto de boêmios e intelectuais no centro da cidade de São Paulo. Ao longo do tempo as ações do Quilombhoje foram se diversificando. Em 1982, com a entrada de Esmeralda Ribeiro, Márcio Barbosa, Miriam Alves e Oubi Inaê Kibuko, o grupo assumiu a organização dos “Cadernos Negros”, cuja edição, na época, era de responsabilidade de Cuti com apoio de Jamu Minka. Fundado em 1978 pelos escritores Cuti, Oswaldo de Camargo, Hugo Ferreira e Mário Jorge Lescano, os “Cadernos Negros” publicaram ou revelaram, intelectuais como Abdias do Nascimento, José Benedito Correia Leite, Lélia González, Conceição Evaristo, Míriam Alves, entre muitos outros. Ao longo do tempo, o grupo ficou mais conhecido pela organização da série. O Quilombhoje já organizou diversos livros, incluindo o livro de ensaios “Reflexões Sobre a Literatura Afro-brasileira”, cuja primeira edição foi lançada no III Congresso de Cultura Negra das Américas, além de novelas, peças de teatro, livros de contos e poemas. A fim de estimular o debate de ideias, o grupo elaborou, junto com o AMMA - Psique e Negritude, o livro “Gostando Mais de Nós Mesmos”, que aborda questões de relações raciais e autoestima. Desde a década de 90, o grupo promoveu diversas rodas de poemas, criou o Sarau Afro Mix, em 2002, e já organizou palestras, cursos e debates sobre literatura afro-brasileira. O trabalho desenvolvido pelo Quilombhoje tem colaborado para provocar o surgimento de outras atividades. Cursos, seminários e debates sobre literatura afro têm sido organizados por faculdades de letras e entidades interessadas nas questões literárias e raciais em vários lugares do Brasil. Editoras pretas foram surgindo e autores negros publicam cada vez mais. É a herança de escritores como Luís Gama, Cruz e Souza, Auta de Souza, Lima Barreto, Solano Trindade e Carolina de Jesus que se atualiza. Desde 1999, o grupo é organizado por Esmeralda Ribeiro e Márcio Barbosa, que contam com o apoio de alguns colaboradores.

Entidade custodiadora

História do arquivo

A documentação foi coletada no apartamento dos doadores, Esmeralda Ribeiro e Márcio Barbosa, responsáveis pelo grupo Quilombhoje Literatura, e chegou ao AEL em duas remessas: a primeira em 24 de junho de 2022 e a segunda, em 7 de julho do mesmo ano. A doação aconteceu no contexto do projeto Afro-Memória, uma parceria entre AEL e Cebrap-Afro, e foi intermediada pelo professor e escritor Mário Augusto Medeiros da Silva, então diretor adjunto do AEL.

Procedência

Doação de Esmeralda Ribeiro e Márcio Barbosa em 24 de junho de 2022.

Área de conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

O conjunto é constituído por documentos textuais, periódicos, correspondência, cartazes, banners, manuscritos, atas, documentação administrativa, fotografias e materiais audiovisuais que ajudam a contar a história de 44 anos de existência de uma publicação importante de intelectuais negros e negras, da história da literatura negra brasileira, de suas articulações nacionais e internacionais, compondo um diálogo com diferentes movimentos negros no Brasil e no exterior.

Avaliação, selecção e eliminação

Ingressos adicionais

Não são esperadas novas incorporações.

Sistema de arranjo

Documentação não organizada.

Área de condições de acesso e uso

Condições de acesso

Consulta livre.

Condiçoes de reprodução

É permitida a reprodução (cópia parcial ou integral) dos documentos do acervo do AEL mediante a assinatura do termo de responsabilidade. No caso de uso de direitos autorais e de imagem consulte a LDA - n. 9.610/98 e outras legislações pertinentes.

Idioma do material

  • português do Brasil

Script do material

Notas ao idioma e script

Características físicas e requisitos técnicos

Instrumentos de descrição

Uma listagem com informações adicionais sobre este conjunto documental está disponível mediante solicitação pelo e-mail aeldigit@unicamp.br.

Área de documentação associada

Existência e localização de originais

Acervo e Reserva Técnica.

Existência e localização de cópias

Unidades de descrição relacionadas

Consulte também no AEL outros conjuntos documentais de organizações, ativistas e intelectuais negros brasileiros: José Correia Leite, Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade (Ceert), Azoilda Trindade, Geledés – Instituto da Mulher Negra, Estevão Maya-Maya, Milton Barbosa, Reginaldo Bispo e Margarida Barbosa, Januário Garcia e Soweto Organização Negra.

Descrições relacionadas

Área de notas

Identificador(es) alternativos

Pontos de acesso

Pontos de acesso de assunto

Pontos de acesso local

Ponto de acesso nome

Pontos de acesso de gênero

Área de controle da descrição

Identificador da descrição

Identificador da instituição

Regras ou convenções utilizadas

Descrição baseada em: Descrição baseada em: CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS (CIA). ISAD (G): Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2001.

Status

Nível de detalhamento

Datas de criação, revisão, eliminação

08/03/2023 (criação).

Idioma(s)

Sistema(s) de escrita(s)

Fontes

Nota do arquivista

Descrição elaborada por Barbara Anesi Carmo, técnica da Seção de Tratamento da Informação e Apoio à Pesquisa do AEL, em 8 de março de 2023.

Zona da incorporação

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