Nota fiscal de fatura de bilheteria, referente à exibição em sala de cinema na cidade de São Paulo.

Fundada no ano de 1968, conforme expedido de anotação de firma individual, a Leon Hirszman Produções, localizada inicialmente na rua Senador Dantas, nº- 20 e posteriormente na rua Marechal Mascarenhas de morais, nº- 180, ambas na cidade do Rio de Janeiro, teve grande parte de sua operação realizada na década de 1980, chegando a produzir os seguintes filmes: "Cantos do trabalho: Cacau, Cantos do trabalho: cana de açucar, ABC da Greve, Eles não usam black tie, Imagens do Inconsciente", todos dirigidos por Leon Hirszman.

Laudas fotocopiadas de entrevistas concedidas pelos sindicalistas: Luís Inácio Lula da Silva, Joaquim dos Santos Andrade, Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, sindicalistas do Grande ABC, litoral e interior paulistas e de outras regiões do Brasil, como centro-oeste, norte e nordeste, à imprensa paulista. Objetivava observar quais foram as repercussões das greves de 1978 realizadas pelo operariado paulista, bem como saber como encontravam-se as organizações sindicais de outras regiões brasileiras.

Ficha técnica com pequena biografia dos principais membros do elenco.

Certificados e comprovantes de registro da Leon Hirszman Produções.

Cartaz promocional do filme A Falecida para uso das salas de cinema.

Compreende a documentação relativa às discussões preliminares da estória que se elaborava. Intitulada previamente por Leon Hirszman, como "papo sobre o filme", essas discussões abordam a construção dos pesonagens, o universo político, econômico e social onde se desenrolam os fatos, as características ideológicas e estéticas de cada um, a interação entre os personagens, os pontos da trama, enfim, todos os acontecimentos até o desfecho final da estória. Apresentam-se registrados em seis fitas-cassetes, onde Leon Hirszman e Gianfrancesco Guarnieri devaneiam na construção do argumento.

Entrevista em áudio concedida pelo professor Sérgio Buarque de Holanda, registrada em fita-cassete.

Leon Hirszman e Marcos Ney Silveira de Farias compram de João Pedro de Andrade, no ano de 1966, a Saga Filmes Ltda, produtora que chegou a produzir vários filmes, sendo Garota de Ipanema, Nelson Cavaquinho e São Bernardo, dirigidos por Leon Hirszman. Devido a conjuntura política do país, São Bernardo acabou sendo interditado pela censura, fato que determinaria a quebra da Saga Filmes. Após sua liberação e lançamento, para agravamento da situação, o filme - oprimeiro a ser distribuído pela Embrafilme- foi mal distribuído, chegando até mesmo a nem ser exibido em grandes praças, como na cidade de Campinas - SP, além do fato de ter sido classificado como cult - movie, o que contribuiu para sua baixa bilheteria. Sem recursos para saldar as dívidas, a produtora faliu. No ano de 1977 a Saga Filmes sai de seu período de quebra, mas Leon passa a produzir seus filmes em outra produtora, a Leon hirszman Produções.

Projeto de grandes proporções, pretendia filmar a história da América Latina e Caribe, tendo como base para a construção do argumento subsídios científicos, além do livro "As veias abertas da América Latina", do uruguaio Eduardo Galeano. O projeto previa a obtenção de 12 filmes que poderiam ser adaptados para televisão ou vídeo. Embora contasse com o apoio no Chile e em Cuba, em fins de 1974, Leon desiste do projeto devido seu elevado custo. Compoêm esse dossiê os orçamentos de produção, a sinopse e também manuscrito de Leon sobre a história da produção cinematográfica na América Latina.