Os autos correspondem a inquéritos policiais, primeira fase de um processo criminal, uma parte importante de investigação preliminar, que permite o prosseguimento do processo nas instâncias judiciais, e normalmente vem acoplado a ele.Os documentos que estão disponibilizados agora em microfilme caracterizam-se justamente pelo fato de não terem tido continuidade, provavelmente porque a autoridade policial não conseguiu concluir suas diligências, que vão desde a falta de provas até a fuga do suspeito, ou mesmo por algum impedimento legal. Os inquéritos, uma vez abertos, não poderiam ser arquivados pela polícia, mas esse material não chegou também a ser encaminhado a nenhum ofício criminal - instância na qual o promotor público deveria fazer a denúncia contra o suspeito para que fosse então instaurado o processo criminal. Tais documentos ficaram, assim, guardados nas delegacias e subdelegacias da capital a espera de mais provas ou outras diligências para que pudessem ser concluídos.
Processos crimes selecionados a partir da documentação da 5a , 8a e 9a pretorias do Rio de Janeiro que correspondem as freguesias de Santo Antônio e Santana. Consta também alguns processos criminais encontrados na Corte de Apelação. Essa documentação refere-se a conflitos que incorreram nos artigos 303 e 294 do Código Penal, ocorridos em casas de comércio em geral (bares, botequins, secos e molhados, casas de pasto e casas de chopps) ou envolvendo trabalhadores ligados a essas casas de comércio.
O conjunto documental é constituído, principalmente, por material produzido e acumulado por Oswaldo Sevá ao longo de sua carreira acadêmica e engajamento social e ambiental. Nesse sentido, o acervo compreende três grandes campos de atividade do titular: docência na área de energia, ambiente e sociedade; pesquisa e extensão universitárias sobre produção de energia e grandes projetos; e assessoria técnica popular sobre as implicações dos grandes projetos e sistemas produtores de energia para a saúde do trabalhador, populações atingidas e para o meio ambiente. Contém textos, relatórios, planos de aulas, projetos de pesquisa, livros, periódicos, fotografias, slides, negativos, transparências, material audiovisual, além de uma destacada mapoteca.
O conjunto é constituído por documentos textuais e iconográficos que registram a campanha pela anistia no Brasil durante a Ditadura Militar. Reúne cartas abertas e de denúncias dos presos políticos, material produzido pelo Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA-SP), cartazes, folhetos, panfletos, periódicos, recortes de jornais e textos diversos sobre a situação dos presos e o movimento pela anistia.
Francisco Alves Mendes Filho (1944-1988) - Chico Mendes - seringueiro, engajou-se na defesa do meio ambiente e dos trabalhadores da floresta, razão de vários prêmios e condecorações nacionais e internacionais. Agia abertamente contra os desmatamentos e sua luta apontava a reforma agrária como alternativa para a solução dos conflitos locais, contrariando os interesses dos grandes proprietários. Exercia a presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, estado do Acre, quando foi assassinado à porta de sua casa, no dia 22 de dezembro de 1988. A coleção fotográfica foi produzida por ocasião do julgamento de Darly Alves da Silva, fazendeiro, e seu filho, Darci Alves Pereira, acusados pelo crime. Documenta toda a movimentação política local ocorrida na data, aspectos da cidade, da região e dos moradores, bem como cenas do julgamento e a presença de políticos e personalidades como Jorge Viana, Luiz Inácio Lula da Silva, Zuenir Ventura e do bispo Moacir Grechi.
As fotografias da coleção registram o movimento organizado pela comunidade acadêmica da UNICAMP durante a intervenção determinada pelo governador Paulo Salim Maluf, ocorrida de 20 de outubro a 17 de novembro de 1981, fato que produziu uma grave crise na universidade. O momento reflete o início do processo de abertura política, quando intelectuais e políticos retornavam do exílio. Nesse contexto a comunidade universitária reage organizando passeatas e atos de protesto contra os interventores nomeados pelo governador.
As imagens registram debates com intelectuais e políticos, assembleias, apresentações de peças de teatro, alunos confeccionando faixas e cartazes, além de mutirões organizados para viabilizar a permanência das pessoas no campus universitário. Destacam-se as imagens da recepção feita ao interventor do IFCH, Paulo Toledo Artigas, do enterro simbólico do então secretário de educação do estado, Luiz Ferreira Martins, e os atos que se estenderam pelas ruas de Campinas.
As 49 imagens fotográficas da coleção registram o processo da fabricação de tecidos, incluindo a plantação do algodão e o interior da fábrica com diferentes máquinas, cada uma referente a uma parte da produção do tecido, tais como: engomadeira, teares, urdideiras, fiação, batedores etc. Registram também vistas parciais e aéreas da fábrica. Parte das fotografias são de autoria do fotógrafo Otto Rudolf Quaas.
A coleção é composta por fotografias que registram algumas etapas da preparação do couro, bem como as instalações do estabelecimento e um grupo de trabalhadores do Curtume Brasil. As fotos são de autoria do estúdio Photografia Costa.