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Registro de autoridade
Câmara de Pesquisa
Entidade coletiva · 1986 - atualmente

A Câmara de Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, também conhecida como Comissão de Pesquisa, foi criada por meio da Portaria DFCM n.º 05/86. Sua função inicial era implementar a política de pesquisa definida pela Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) da Unicamp e administrar o Fundo de Apoio à Pesquisa (FAP), um recurso financeiro destinado a fomentar a pesquisa na unidade.

Reestruturação e Ampliação das Atividades

Em julho de 1994, a Comissão de Pesquisa passou por uma reestruturação significativa, que ampliou substancialmente suas atribuições e objetivos. Desde então, sua missão principal tem sido oferecer suporte à comunidade científica da FCM. Entre suas atividades destacam-se:

  1. Apoio Financeiro à Pesquisa: A Comissão passou a gerenciar programas específicos para financiar a execução de projetos científicos desenvolvidos por docentes e pesquisadores da unidade.
  2. Criação e Organização de Banco de Dados: Outra atribuição importante é a coleta e organização de informações acadêmicas relevantes, formando um banco de dados que auxilia na gestão e na divulgação do conhecimento científico.
    Com essas iniciativas, a Comissão vem cumprindo seu papel de estimular a pesquisa e promover a divulgação das atividades acadêmicas realizadas na FCM.

Colaboração com a Pró-Reitoria de Pesquisa

Em parceria com a PRP, a Comissão de Pesquisa atua como suporte para os docentes da FCM no acesso e na gestão de recursos financeiros alocados para atividades de pesquisa. Por meio de sua secretaria, oferece um ponto de apoio estratégico para a utilização desses recursos, garantindo que estejam alinhados às diretrizes institucionais.

Serviços Complementares Oferecidos

A Comissão também é responsável por coordenar e facilitar serviços que potencializam a produção acadêmica da FCM. Alguns desses serviços incluem:

  1. Correção e Tradução de Textos Científicos:
    • Traduções do português para inglês, francês e espanhol.
    • Revisão de textos em inglês, francês e espanhol.
    • Consultoria para adequação de artigos às normas de periódicos científicos.
    • Contatos com autores, tradutores e editores, quando necessário.
  2. Pareceres Técnicos:
    A Comissão avalia os trabalhos submetidos a premiações, como o Prêmio Lopes de Faria, emitindo pareceres técnicos detalhados.
  3. Serviço de Bioestatística:
    Para atender às demandas de docentes e discentes, a Câmara de Pesquisa disponibiliza um serviço especializado de bioestatística. Dois profissionais graduados em Estatística auxiliam na elaboração e análise de dados para projetos de pesquisa em todos os departamentos da FCM.

Relevância para a FCM

A Câmara de Pesquisa desempenha um papel essencial para a Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, funcionando como um pilar de suporte à produção científica. Sua atuação estimula a excelência acadêmica, promove a captação de recursos e contribui para a visibilidade e o impacto das pesquisas realizadas na unidade, consolidando a FCM como referência no cenário científico nacional e internacional.
Dentre destas novas atribuições, a Câmara de Pesquisa busca estimular a pesquisa e a divulgação de atividades acadêmicas.

Departamento de Tocoginecologia

O Professor Bussâmara Neme, docente do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em meados de 1964 recebeu uma carta do Prof. Antônio de Almeida, então diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), indagando se tinha interesse em ser o diretor do Departamento de Tocoginecologia dessa Instituição.
O Professor Neme respondeu dizendo que aceitaria, que estava interessado em assumir a referida função.
Para tanto, licenciou-se do cargo que ocupava na USP.
No final de 1965, pretendendo implantar o Departamento de Tocoginecologia, o Prof. Neme veio para Campinas. Conversou com o Prof. Almeida e este lhe informou que o Prof. Carlos Alberto Salvatore já estaria convidado para assumir o Departamento.
Chateado com esta notícia, o Prof. Neme procurou o Prof. Mário Degni, na ocasião reitor da Unicamp, e depois o Prof. Zeferino Vaz, que sucedera o Prof. Degni na Reitoria, e insistiu que, sendo a Unicamp uma instituição estadual, o cargo deveria ser preenchido por concurso público.
O Prof. Zeferino Vaz editou o concurso, no qual se inscreveram os professores Carlos Alberto Salvatore e Bussâmara Neme.
A Comissão Examinadora era formada pelos professores Jorge de Rezende, professor titular de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro; Prof. Waldemar de Souza Rudge, professor titular de Ginecologia da Faculdade de Medicina de Sorocaba, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, e do Prof. Lucas Machado, professor titular de Obstetrícia e Ginecologia da Universidade Católica de Minas Gerais.
Finalmente em abril de 1966, após o concurso de títulos, o Prof. Dr. Zeferino Vaz, Magnífico Reitor da Unicamp, investiu o Prof. Dr. Bussâmara Neme no cargo de Professor Titular do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. O Prof. Neme deu início às atividades que resultaram na implantação do Departamento.

Implantação do Departamento
Em atenção ao convênio estabelecido entre a Faculdade de Medicina da Unicamp e a direção clínica do Hospital Irmãos Penteado, e com a compreensão do Dr. Francisco Toledo, então diretor da Maternidade do Hospital, o Departamento instalou-se no subsolo dessa Instituição anexa à Santa Casa de Misericórdia de Campinas, em enfermarias que contavam com 20 leitos para a disciplina de Obstetrícia e 16 leitos para a de Ginecologia.
Como dependências auxiliares o Departamento contava, ainda, com uma modesta sala, na qual eram assistidos os partos transvaginais, uma sala com duas macas para pronto-atendimento e uma sala de curativos e/ou de enfermagem. O gabinete do diretor era uma pequena sala que, após adaptação com divisória, comportava um setor de atendimento administrativo e um banheiro anexo.
Como desejava permanecer às noites no Serviço, o Prof. Neme adquiriu um sofá-cama, que durante o período diurno era utilizado pelos médicos assistentes e, às noites, para seu repouso.
O Corpo Clínico: Foram indicados pelo Professor Neme e nomeados pelo Prof. Dr. Antônio Ayrton de Almeida, primeiro Diretor da Faculdade de Ciências Médicas, os seguintes médicos para compor o corpo clínico do Departamento de Tocoginecologia:

1- José Aristodemo Pinotti, formado na Faculdade de Medicina da USP, era na época assistente do Prof. Neme na Faculdade de Medicina de Sorocaba (PUC). Demitiu-se desse cargo para assumir, em regime de tempo integral, suas atividades em Campinas.

2- Jessé de Paula Neves Jorge, ex-residente do Prof. Neme no Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Medicina da USP;

3 e 4 - Eduardo Lane e José Samara, médicos tocoginecologistas atuantes em Campinas.
Na impossibilidade de oferecer assistência diuturna aos 36 leitos, o Prof. Neme, com o apoio de Eduardo Lane e José Samara, médicos muito relacionados com os colegas da cidade, contou ainda com a colaboração dos seguintes médicos:

  1. Oliveiros Valim;

  2. Gilberto Azenha;

  3. Fernando Fernandez de Souza.

  4. Idio Pinto Borges
    Indicados como Assistentes Voluntários, e sem receber remuneração alguma, esses três médicos foram utilíssimos ao assumirem a responsabilidade assistencial, juntamente com os assistentes oficiais, pelos plantões noturnos da Maternidade, que então realizava 3 a 4 partos por dia.

8 e 9 - Foram ainda indicados e nomeados como residentes os médicos Pedro Negrão e Kazue Kawamura, ambos ex-residentes do Prof. Neme nas Faculdades de Medicina de Sorocaba (PUC) e São Paulo (EPM), respectivamente.

10 - A Assistência Neonatal contou desde o início com a cooperação, também voluntária, do Dr. Waldeyer Arouca.

11 e 12 - Finalmente, alguns meses após a implantação do Departamento, foram indicados e nomeados os Drs. Darcy de Vita e João Plutarco Lima, para se encarregarem, respectivamente, dos Setores de Citologia e Patologia.

Com este pequeno grupo de médicos, o Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Medicina deu início às suas atividades assistenciais, de ensino e de pesquisa clínica.
Recebido inicialmente com algumas dúvidas e preocupação pela irmã Thereza, responsável pela chefia do corpo de enfermeiras-auxiliares da Santa Casa, a confiança mútua foi rapidamente estabelecida, criando-se um ambiente de fraterna e profícua cooperação.

Disponível em https://www.fcm.unicamp.br/departamentos/departamento-de-tocoginecologia Acessado em 06 jan. 2022

King Nino Brown
Pessoa · 1962-

Joaquim de Oliveira Ferreira, mais conhecido pelo nome artístico King Nino Brown, nasceu na cidade de Garanhuns, Pernambuco, em 31 de março de 1962. Passou por diversas cidades de seu estado natal até se mudar com a mãe, o padrasto e os irmãos para São Paulo, em outubro de 1974, instalando-se no bairro de Pinheiros. Um ano depois, a família muda-se novamente, desta vez para uma comunidade em São Bernardo do Campo. Entre os 14 e 18 anos, trabalhou na FRAM SBC Indústrias Mecânicas, período no qual foi soldador e tomou contato com os movimentos sindicais. Em 1993, junto a um coletivo, fundou a organização Pose Hausa, núcleo destinado à cultura Hip-Hop. Logo depois, em 1994, fundou a Zulu Nation Brasil, versão nacional da organização fundada pelo DJ estadunidense Afrika Bambaataa, e que tem como base os princípios do hip hop: paz, amor, união e diversão. Em 1996, participou da peça “Se liga mano”, que retrata a história do movimento negro no Brasil. O espetáculo foi encenado no Centro Cultural Canhema, local onde costumava frequentar aulas e oficinas. Em 1999, na cidade de Diadema, participou da inauguração da primeira Casa de Hip-Hop do país, uma parceria entre a prefeitura da cidade e a organização Zulu Nation Brasil. Pesquisador e militante dos movimentos negros de resistência e, em específico, da cultura Hip-Hop, King Nino Brown é também historiador autodidata e dançarino de Soul Music.

Instituto Gallup de Opinião Pública
Entidade coletiva · 1967-1997

Fundado em 1935 nos Estados Unidos pelo estatístico George Gallup como AIPO - American Institute of Public Opinion (Instituto Americano de Opinião Pública), o Instituto Gallup foi precursor nas pesquisas de opinião pelo método de pesquisa por amostragem, ganhando reconhecimento por suas previsões na pesquisa eleitoral norte-americana. Já em 1948, o Instituto estava presente em diversos países, chegando ao Brasil em 1967. Conhecido originalmente por suas pesquisas de opinião pública conduzidas internacionalmente, a partir da década de 80, a Gallup Organization passa a focar no oferecimento de análises e consultorias para empresas do setor privado. No Brasil, o Instituto se destaca pela pesquisa eleitoral para a eleição presidencial conduzida em 1989, primeira eleição direta para presidente após 21 anos de regime autoritário. Em 1997, o Instituto deixou de existir.

Janaína Lima
Pessoa · 1975-2021

Janaína Lima nasceu em 8 de outubro de 1975 no estado do Rio Grande do Norte, sendo registrada em Araruna, Paraíba. Formou-se em pedagogia pela Universidade Paulista (Unip) de Campinas, onde residiu até o seu falecimento. Janaina Lima foi uma travesti feminina, negra, militante dos movimentos LGBTQIA+, em especial na defesa dos direitos travesti e transexuais. Além de pedagoga, foi também educadora social, vendedora autônoma e profissional do sexo. Em seu arquivo constam mais de 30 palestras realizadas em torno do tema da travestilidade por diversos estados do país, tais como Bahia, Goiás, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, entre outros. Atuou na militância política como participante do Grupo Identidade de Campinas e fez parte do Conselho Municipal de Atenção à Diversidade de São Paulo desde 19 de dezembro de 2012, sendo a primeira presidenta travesti do conselho no ano de 2014. Foi, ainda, membro da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). Janaína faleceu no dia 3 de setembro de 2021, vítima de um ataque cardíaco.