Antônio Carlos Leitão de Campos Castro nasceu em 08 de julho de 1941 na cidade de Campinas -SP. Formou-se em Medicina pela Universidade Federal do Paraná, em 1966. Defendeu a tese "Estudo patogênico da nefropatia em ratos inoculados com trypanossoma cruzi," em 24 de abril de 1976.Iniciou a sua carreira como Instrutor de Ensino junto ao Departamento de Clínica Médica da Unicamp, em 18 de junho de 1968, onde ministrou aulas da Disciplina de Nefrologia. Em 13 de maio de 1983 rescindiu o contrato com a Universidade.
Nasce José Renato Monteiro Lobato em 18 de abril de 1882, na cidade de Taubaté, SP, filho de José Bento Marcondes Lobato e Olympia Monteiro Lobato. Em 1893 muda seu nome para José Bento. Com o falecimento de seus pais, em 1899 o avô materno José Francisco Monteiro, visconde de Tremembé, assume a tutela de Lobato e de suas duas irmãs, Esther e Judith.
Lobato realiza os estudos primários e secundários na cidade natal e em 1900 ingressa na vida acadêmica, cursa direito na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Escreve regularmente para o jornal da faculdade e preside a revista "Arcádia", uma sociedade literária dos alunos desta instituição. Em 1903, funda-se o Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito, e Lobato figura, desde o primeiro número, na comissão de redatores do seu jornal, "O Onze de Agosto". Diploma-se bacharel em 1904.
Em 1907, assume a promotoria de Areias, seu primeiro cargo de relevância. No ano seguinte se casa com Maria da Pureza Natividade, em Taubaté, com quem tem quatro filhos: Martha (1909), Edgard (1910), Guilherme (1912) e Ruth (1916). Lobato permanece em Areias até 1911, quando recebe como herança a fazenda do Buquira, para onde se muda com a família.
Transfere-se, em 1917, para São Paulo, onde organiza, neste período, a pedido do jornal "O Estado de São Paulo", um estudo sobre o mito do Saci. No ano seguinte, compra a "Revista do Brasil" e lança uma coletânea de contos intitulada "Urupês". Em 1920 publica "A menina do narizinho arrebitado", ingressando assim no universo da literatura infantil, gênero que renderia outras 16 obras ao longo de sua vida.
Funda neste mesmo ano a editora Monteiro Lobato & Cia, empresa que em 1924 se transformaria na Companhia Gráfico-Editora Monteiro Lobato, um ano depois, ainda no ramo editorial, participa da constituição da Companhia Editora Nacional e em 1946 torna-se sócio da Editora Brasiliense e, mais tarde, durante sua estada na Argentina, da Editorial Acteon.
Entre 1925 e 1946 publica dezenas de traduções e adaptações de conhecidas obras da literatura universal.
Paralelamente à sua produção literária, produz ao longo de toda sua vida inúmeras aquarelas e desenhos: caricaturas, ilustrações, esboços para personagens de sua obra e ainda deixa registrada sua impressão dos lugares onde viveu ou visitou, inclusive ilustrou a primeira edição de "Urupês", seu livro de estreia.
Uma temporada de quatro anos, 1927 a 1931, em Nova Iorque, como adido comercial, estimulou o seu lado progressista, levando-o a publicar um livro intitulado "América" (1932), onde relata suas impressões sobre o desenvolvimento e a eficiência dos Estados Unidos em contraposição à situação do Brasil. Acredita firmemente que pode levar o Brasil ao desenvolvimento, assim como vira nos Estados Unidos. Inicia a Campanha do Petróleo, alimentando debates pela imprensa e realizando palestras sobre a importância dos empreendimentos petrolíferos nacionais, participa da fundação de diversas companhias e realiza a prospecção de petróleo em alguns estados brasileiros. Lança, em 1936, o livro "O escândalo do petróleo". Mesmo ano em que é eleito para a Academia Paulista de Letras.
Sua atuação na Campanha do Petróleo o leva a entrar em choque com o governo de Getúlio Vargas e mais tarde (1941) tem sua prisão decretada, onde permanece durante alguns meses.
Em 1938 perde seu filho Guilherme e em 1943, Edgard.
Após passar por alguns problemas de saúde, sofre um derrame e falece, em São Paulo, na madrugada de 4 de julho de 1948.
Michel Lahud nasceu no dia 8 de setembro de 1949, filho de Bechara Lahud e Victória Arbid Lahud.
Fez seu estudo primário e secundário na cidade de São Paulo, entre 1956 e 1967. Em 1968 iniciou a graduação na Universidade de São Paulo, estudando nos departamentos de filosofia e de psicologia.
No ano seguinte, transfere-se para a França, onde continuou seus estudos de filosofia. Primeiramente na Université de Paris VIII, onde estudou com Michel Foucault, que o aconselhou a mudar para a Université de Provence, Aix-en-Provence, onde, orientado por Gilles Gaston Granger se licenciou em filosofia em 1972 e, no ano seguinte, recebe o título de mestre em filosofia com a dissertação Enquête autor de la notion de deixis.
Em 1974, retoma seus estudos na Universidade de São Paulo, ingressando no doutorado.
No ano seguinte, entra para o quadro de docentes do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) como professor assistente do Departamento de Linguística.
Em 1979 obtém o título de Doutor na USP e publica A propósito da noção de dêixis, tradução do mestrado que fez na França. Nesse mesmo ano, lança a tradução de dois livros que fez em parceria: Usos da linguagem de François Vanoye (tradução e adaptação com Haquira Osakabe, Clarice Madureira e Éster Gebara) e Marxismo e Filosofia da Linguagem de Mikhail Bakhtin (tradução com Yara F. Vieira).
Entre 1978 e 1981, com uma bolsa de estudos da CAPES, faz estágio no Département de Recherches Linguistiques da Université de Paris VII e, entre 1981 e 1982, na Section Sémantique, Sémiologie et Linguistique da Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (Paris).
Nesse período, publica, em conjunto com F. Franklin de Matos, o livro Matei minha mulher: o caso Althusser (1981).
Entre 1976 e 1983, foi membro do comitê de redação da revista Almanaque: Cadernos de Literatura e Ensaio.
Em 1985, faz a conferência de abertura da Mostra Pier Paolo Pasolini, realizada no Museu da Imagem e do Som em Campinas, São Paulo.
No ano seguinte, torna-se professor do Programa de Pós-graduação em Lógica e Filosofia das Ciências do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp e profere conferências no curso Os sentidos da paixão, promovido pela Funarte em quatro capitais: Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Curitiba.
Entre 1987 e 1988, com bolsa de estudos concedida pela CAPES, foi pesquisador no Fondo Pier Paolo Pasolini em Roma. Nessa estadia, participa como pesquisador convidado da mostra Pier Paolo Pasolini: um cinema di poesia, realizada junto à Mostra Internazionale del Cinema, em Veneza.
Em 1989, quando retorna ao país, transfere-se do IEL para o IFCH, tornando-se professor assistente do Departamento de Filosofia.
Em 1990 publica Os jovens infelizes: antologia de ensaios corsários de Pier Paolo Pasolini; livro que traduziu com Maria Betânia Amoroso.
Além das obras citadas, possui ensaios e traduções publicados em vários periódicos brasileiros e estrangeiros.
Faleceu em 18 de dezembro de 1992.
Fontes: LAHUD, Michel. Currículo (datilografado). 2 p.; FRANCHI, Carlos. "O caminho de Michel Lahud". Folha de S. Paulo, São Paulo, 17 jan. 1993.
O Projeto Integrado em Neurolinguística está em vigência desde 1992 e tem dois objetivos centrais: a elaboração de um Banco de Dados em Neurolinguística (BDN), a partir da transcrição de dados registrados em áudio, de 1990 a 1996, e em vídeo, a partir de 2001, do Centro de Convivência de Afásicos (CCA). Este banco é organizado por um sistema de busca abrangente, de modo que várias frentes de pesquisa possam se estabelecer.
O segundo objetivo deste projeto diz respeito à formulação de princípios e versões protocolares discursivamente informados a constarem na avaliação de patologias da linguagem que podem afetar sujeitos-falantes que partilham uma mesma língua e cultura. Por isso, neste projeto investigam-se as possibilidades de relações implicadas nos diversos processos de significação em funcionamento: da semiose verbal com a não verbal e de aspectos linguístico-cognitivos com as diversas referências sócio-culturais.
Considera-se que tanto a formulação de um banco de dados, derivado de dados obtidos em uma perspectiva discursiva, quanto mecanismos e processos (neuro)linguísticos envolvidos no conhecimento das dificuldades e possibilidades de reorganização do estado cognitivo geral do sujeito afásico, possam interessar a diferentes investigações acerca do funcionamento da linguagem e de relações entre o normal e o patológico.
Diferentemente da tradição de se avaliar a linguagem no contexto patológico a partir de atividades essencialmente metalinguísticas, descontextualizadas e assentadas na variedade culta (escrita) e normativa do português, este projeto coloca sob bases discursivas o processo de natureza heurística de avaliação da linguagem, o que quer dizer avaliar o funcionamento da linguagem em meio a práticas discursivas que fazem sentido aos sujeitos falantes em questão, considerando, pois, as variedades vernaculares do português brasileiro e as diferentes configurações textuais em que podem se apresentar.
Fontes: Currículo Lattes da Profa. Dra. Maria Irma Hadler Coudry e material sobre o projeto no site da CNPq. Disponível em: http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhegrupo.jsp?grupo=0079801CJCPEHZ. Acesso em: 29.08.2013.