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Registro de autoridade

Departamento de Tocoginecologia

O Professor Bussâmara Neme, docente do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em meados de 1964 recebeu uma carta do Prof. Antônio de Almeida, então diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), indagando se tinha interesse em ser o diretor do Departamento de Tocoginecologia dessa Instituição.
O Professor Neme respondeu dizendo que aceitaria, que estava interessado em assumir a referida função.
Para tanto, licenciou-se do cargo que ocupava na USP.
No final de 1965, pretendendo implantar o Departamento de Tocoginecologia, o Prof. Neme veio para Campinas. Conversou com o Prof. Almeida e este lhe informou que o Prof. Carlos Alberto Salvatore já estaria convidado para assumir o Departamento.
Chateado com esta notícia, o Prof. Neme procurou o Prof. Mário Degni, na ocasião reitor da Unicamp, e depois o Prof. Zeferino Vaz, que sucedera o Prof. Degni na Reitoria, e insistiu que, sendo a Unicamp uma instituição estadual, o cargo deveria ser preenchido por concurso público.
O Prof. Zeferino Vaz editou o concurso, no qual se inscreveram os professores Carlos Alberto Salvatore e Bussâmara Neme.
A Comissão Examinadora era formada pelos professores Jorge de Rezende, professor titular de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro; Prof. Waldemar de Souza Rudge, professor titular de Ginecologia da Faculdade de Medicina de Sorocaba, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, e do Prof. Lucas Machado, professor titular de Obstetrícia e Ginecologia da Universidade Católica de Minas Gerais.
Finalmente em abril de 1966, após o concurso de títulos, o Prof. Dr. Zeferino Vaz, Magnífico Reitor da Unicamp, investiu o Prof. Dr. Bussâmara Neme no cargo de Professor Titular do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. O Prof. Neme deu início às atividades que resultaram na implantação do Departamento.

Implantação do Departamento
Em atenção ao convênio estabelecido entre a Faculdade de Medicina da Unicamp e a direção clínica do Hospital Irmãos Penteado, e com a compreensão do Dr. Francisco Toledo, então diretor da Maternidade do Hospital, o Departamento instalou-se no subsolo dessa Instituição anexa à Santa Casa de Misericórdia de Campinas, em enfermarias que contavam com 20 leitos para a disciplina de Obstetrícia e 16 leitos para a de Ginecologia.
Como dependências auxiliares o Departamento contava, ainda, com uma modesta sala, na qual eram assistidos os partos transvaginais, uma sala com duas macas para pronto-atendimento e uma sala de curativos e/ou de enfermagem. O gabinete do diretor era uma pequena sala que, após adaptação com divisória, comportava um setor de atendimento administrativo e um banheiro anexo.
Como desejava permanecer às noites no Serviço, o Prof. Neme adquiriu um sofá-cama, que durante o período diurno era utilizado pelos médicos assistentes e, às noites, para seu repouso.
O Corpo Clínico: Foram indicados pelo Professor Neme e nomeados pelo Prof. Dr. Antônio Ayrton de Almeida, primeiro Diretor da Faculdade de Ciências Médicas, os seguintes médicos para compor o corpo clínico do Departamento de Tocoginecologia:

1- José Aristodemo Pinotti, formado na Faculdade de Medicina da USP, era na época assistente do Prof. Neme na Faculdade de Medicina de Sorocaba (PUC). Demitiu-se desse cargo para assumir, em regime de tempo integral, suas atividades em Campinas.

2- Jessé de Paula Neves Jorge, ex-residente do Prof. Neme no Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Medicina da USP;

3 e 4 - Eduardo Lane e José Samara, médicos tocoginecologistas atuantes em Campinas.
Na impossibilidade de oferecer assistência diuturna aos 36 leitos, o Prof. Neme, com o apoio de Eduardo Lane e José Samara, médicos muito relacionados com os colegas da cidade, contou ainda com a colaboração dos seguintes médicos:

  1. Oliveiros Valim;

  2. Gilberto Azenha;

  3. Fernando Fernandez de Souza.

  4. Idio Pinto Borges
    Indicados como Assistentes Voluntários, e sem receber remuneração alguma, esses três médicos foram utilíssimos ao assumirem a responsabilidade assistencial, juntamente com os assistentes oficiais, pelos plantões noturnos da Maternidade, que então realizava 3 a 4 partos por dia.

8 e 9 - Foram ainda indicados e nomeados como residentes os médicos Pedro Negrão e Kazue Kawamura, ambos ex-residentes do Prof. Neme nas Faculdades de Medicina de Sorocaba (PUC) e São Paulo (EPM), respectivamente.

10 - A Assistência Neonatal contou desde o início com a cooperação, também voluntária, do Dr. Waldeyer Arouca.

11 e 12 - Finalmente, alguns meses após a implantação do Departamento, foram indicados e nomeados os Drs. Darcy de Vita e João Plutarco Lima, para se encarregarem, respectivamente, dos Setores de Citologia e Patologia.

Com este pequeno grupo de médicos, o Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Medicina deu início às suas atividades assistenciais, de ensino e de pesquisa clínica.
Recebido inicialmente com algumas dúvidas e preocupação pela irmã Thereza, responsável pela chefia do corpo de enfermeiras-auxiliares da Santa Casa, a confiança mútua foi rapidamente estabelecida, criando-se um ambiente de fraterna e profícua cooperação.

Disponível em https://www.fcm.unicamp.br/departamentos/departamento-de-tocoginecologia Acessado em 06 jan. 2022

Departamento de Genética Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp

Fundado em 1963 pelo Prof. Dr. Bernardo Beiguelman, foi o primeiro Departamento de Genética Médica da América Latina. Em seus primeiros anos, funcionava no prédio da Maternidade de Campinas, junto à Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP. Em 1968, com a construção da Cidade Universitária Zeferino Vaz no distrito de Barão Geraldo, o DGM foi instalado no prédio do Instituto de Biologia. O primeiro Ambulatório de Doenças Genéticas do Brasil, fundado em 1969, por esse departamento, era então dirigido pelo Dr. Walter Pinto Jr. Depois disso, outros ambulatórios especializados de genética foram fundados até atingirem a condição atual. Em 1987, o DGM foi transferido para o 2o. andar do prédio do Hospital de Clínicas da UNICAMP, a partir de então teve sua infra-estrutura laboratorial reformulada e passou a ter uma maior integração com outras áreas da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.Em outubro de 1997, o DGM foi transferido para o conjunto de prédios destinados a receber a administração da FCM. Esta mudança permitiu a ampliação e modernização do laboratórios de citogenética e Genética Molecular que, juntamento com o laboratório de Genética Humana do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG) constituíram e cerne de toda a pesquisa básica e o suporte para toda a pesquisa clínica e as atividades assistenciais desenvolvidas pelo DGM na época.O DGM é composto por laboratórios e áreas de atuação que são: Ambulatório de Genética Geral I e II(1969) – Linhas de Pesquisa: Etiologias da Deficiência Mental Disturbios Correlatos – Dismorfologia Clínica e Aconselhamento Genético; Laboratório de Citogenética, Ambulatório de Aconselhamento Genético em Hemoglobinopatias e Coagulopatias (1973) – Linhas de Pesquisa em Hemoglobinopatias, Farmacogenética, Aconselhamento Genético, Genética de Populações, Genética e Saúde Pública; Ambulatório de Genética em Deficiência Auditiva e Visual (1975-1991)- em 1991 incorporado ao Centro de Reabilitação “Prof. Dr. Gabriel Porto”; Ambulatório de Genética em Anomalias Crânio-Faciais (1985); Programa de Residência em Genética (1988); Ambulatório e Linha de Pesquisa em Erros Inatos do Metabolismo(1988); Ambulatório e Linha de Pesquisa em Síndrome de Down (1988); Laboratório de Genética Molecular(1988); Laboratório de Genética Humana do CBMEG (1988); Ambulatório do GIEDDS – Linha de Pesquisa em Distúrbio de Determinação e Diferenciação do Sexo (1989); Ambulatório e Linha de Pesquisa em Neurogenética (1997) e Informática Biomédica. Atualmente (2002), o DGM funciona no primeiro andar do prédio da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, tendo salas de docentes, secretarias, Laboratórios compreende o Serviço de Genética Perinatal e o SIAT, ambos localizados no Centro de Assistência Integrada à Saúde da Mulher (CAISM).

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