- Pessoa
- 1959-
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Registro de autoridadeMário Augusto Medeiros da Silva
Mário Augusto Medeiros da Silva nasceu em 1982, em São Paulo. Graduou-se em Ciências Sociais na Universidade Estadual de Campinas, tendo publicado em 2003 sua monografia de conclusão de curso "Representações da Realidade (1966 - 1970)", premiada no XII concurso de Monografias do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp. Concluiu o Mestrado em Sociologia em 2006, sob a orientação de Maria Lygia Quartim de Moraes, acerca de memórias e romances de guerrilheiros urbanos, sob o título de "Prelúdios e Noturnos: Ficções, Revisões e Trajetórias de um Projeto Político". Em março de 2011 conclui a tese de doutorado em sociologia na Unicamp, intitulada "A descoberta do insólito: literatura negra e literatura periférica no Brasil (1960-2000)", sob a orientação da Profa. Dra. Elide Rugai Bastos.
- Pessoa
- 1919-1995
Mário Carvalho de Jesus nasceu em Araguari, estado de Minas Gerais, em 1919. Filho de Augusto de Jesus e Antonia Izabel Carvalho de Jesus. Em 1932 a família mudou-se para Campinas, estado de São Paulo, onde cursou o Ginásio Estadual Culto à Ciência e a Escola de Comércio Pedro II. Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo em 1943, concluindo o curso em 1947 e, por indicação do Padre Corbeil, coordenador da Juventude Universitária Católica, realizou estágio na França, em companhia dos ex-colegas de universidade, Nelson Abraão e Vicente Marotta Rangel. Lá permaneceu durante oito meses, trabalhando com a equipe do Padre Lebret, inclusive como operário, na comunidade de Boimendeau. Casou-se com Nair Betti Oliveira de Jesus em 28 de junho de 1949, com quem teve sete filhos. Em 1949, iniciou as atividades como advogado, associando-se inicialmente ao seu conterrâneo Antônio de Pádua Constant Pires e, depois, a Nelson Abraão, ambos colegas de curso e de moradia. Entre os anos de 1953 e 1955 atuou como advogado do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo ao lado de Vicente Marotta Rangel. Posteriormente, com Nelson Abraão, foi advogado da Cia. Seguradora Brasileira e chefe do departamento jurídico da mesma empresa. Ao deixar essa empresa constituiu, com seu colega Nelson Abraão, sua primeira sociedade de advocacia, que durou até 1960. Em 1955 patrocinou uma reclamação isolada contra a Companhia Brasileira de Cimento Portland Perus de propriedade da família Abdalla. Os bons resultados obtidos levaram o sindicato a convidá-lo para advogar no próximo dissídio coletivo, efetivando-o a seguir no cargo. Em 1958 os operários da Perus fizeram greve pacífica, da qual saíram vitoriosos, após 46 dias de paralisação. Este movimento contou com a presença de clérigos, como D. Vicente Marcheti Zioni, Bispo auxiliar de São Paulo, e com a participação de militantes comunistas. Em 1962 eclodiu uma grande greve na Perus, da qual Mário participou tornando-se advogado de cerca de 800 operários demitidos, dos quais 500, tiveram ganho de causa. Estes operários, com os direitos assegurados, reassumiram suas antigas funções em janeiro de 1969, com salários equivalentes a mais de seis anos de afastamento do emprego. Mário Carvalho participou, ainda no ano de 1959, da Greve dos trabalhadores da Rhodia, da Tecelagem e Fiação Santo André e da greve dos trabalhadores da Usina Miranda. No ano seguinte, esteve presente na greve dos trabalhadores da Fábrica de Biscoitos Aymoré. No ano de 1978 foi designado por D. Paulo Arns para intermediar a greve dos operários ceramistas de Itu. No ano de 1981, os funcionários do Hospital de São Paulo também contaram com seu auxílio. Em 1960 sugere a um grupo de operários a fundação da Frente Nacional do Trabalho (FNT), associação civil aberta a todos os trabalhadores, e que propunha-se a realizar a doutrina social cristã. Mário foi eleito o primeiro presidente da instituição. A partir da criação da FNT, Mário Carvalho de Jesus e seus colegas trabalhavam para dar assistência exclusiva aos operários, individualmente ou através de seus sindicatos. As principais instituições para as quais prestaram serviços até o início dos anos setenta foram: Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Papel, Celulose, Pasta de Madeira para Papel, Papelão e Cortiça de Caieiras; Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Jundiaí, Cajamar, Campo Limpo Paulista, Itupeva, Louveira, Várzea Paulista e Vinhedo; Sindicato dos Trabalhadores nas Indústria do Papel, Celulose, Pasta de Madeira para Papel, Papelão e Cortiça de Jundiaí; Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Trigo, Milho, Mandioca, Aveia, Arroz, Sal, Azeite e Óleos Alimentícios e de Rações Balanceadas de São Paulo, São Caetano do Sul, Santo André, São Bernardo do Campo e Osasco; Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fiação e Tecelagem de Jundiaí; Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Pirajuí e Bauru e Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas de Osasco. Em 1968 a FNT assumiu um antigo problema rural envolvendo 80 famílias, na cidade de Santa Fé do Sul, que culminou no assentamento dos lavradores na cidade de Iguataí, Mato Grosso, pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Em 21 de Abril de 1978, Mário Carvalho de Jesus participa da fundação do Secretariado Nacional Justiça e NãoViolência, sociedade civil e sem fins lucrativos que congrega pessoas e entidades numa linha evangélica ecumênica que optam pela ação não-violenta-ativa ou Firmeza Permanente, na construção de uma sociedade baseada na justiça e na fraternidade. Morreu em 1995 aos 76 anos de idade com câncer na próstata.