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Registro de autoridade
Centro Informação Mulher
Entidade coletiva · 1971-

Idealizado em 1971 por Miriam Botassi, Rosa Beatriz Gouvêa, Sônia Cailó, o Centro Informação Mulher - CIM surgiu a partir da reflexão de um grupo de feministas inconformadas com o apagamento das mulheres da história da humanidade, neste contexto, a urgência de um centro de memória, documentação e informação para subsidiar pesquisas, estudos, informações e a organização da história recente e remota das mulheres, se fez imprescindível para reparar o Epistemicídio relacionado a 52% da população mundial, além circunstanciar a história contemporânea da vida e luta das mulheres no Brasil, na América Latina e no mundo. Assim, em 30 de junho de 1981 foi fundada a Associação Centro Informação Mulher, uma entidade feminista, sem fins lucrativos. A entidade se fez território para acolher o movimento de mulheres e assessorar grupos populares, entidades sindicais, pesquisadoras(es), além de palpitar informações sobre a agenda de gênero através de boletins, periódicos e se tornou conhecida por centralizar reuniões de grupos, atividades culturais/artísticas e fóruns permanentes, além da participação ativa na organização de encontros, conferências e seminários, desenvolvendo projetos e convênios de caráter federal, estadual e municipal, dentre outras atividades. Atuando multidisciplinarmente, o CIM desenvolve projetos, pesquisas, assessorias promove eventos externos e internos, na sede situada na região central da cidade São Paulo, acontecem atividades como reuniões, oficinas, apresentação teatral, ações de geração de renda, rodas de conversa, saraus, mostra e instalações, cursos, seminários, além de disponibilizar uma biblioteca para consultas de pesquisadoras/es nacionais e internacionais nas mais diversas áreas do conhecimento. Ao longo da história, o CIM, em estado permanente de resistência, pôde registar o surgimento de tantas outras organizações feministas, ao mesmo tempo em que sobreviveu violento despejo realizado pela administração Kassab, que invadiu a sede do CIM com máquinas, sob pretexto de uma reforma da praça, e, novamente, no dia 02 de março de 2023, enfrenta um processo violento de despejo e reintegração de posse, desta vez sendo acolhido pela União de Mulheres de São Paulo.

Alexandre De Maio
Pessoa · 1978-

Nascido em 1978, na cidade de São Paulo, Alexandre De Maio é uma figura ativa de milianos no movimento hip-hop e em causas e projetos sociais, nos quadrinhos, no jornalismo e na ilustração. Entre 1999 e 2009, editou a revista “RAP Brasil”, acompanhando de perto o período de amadurecimento do rap nacional. Em 2006 lançou sua primeira história em quadrinhos “Os inimigos não mandam flores”, com textos do escritor Ferréz. Desenvolveu diversos trabalhos como capas de discos, livros, sites e videoclipes. Em parceria com o Itaú Cultural e ao lado de Alessandro Buzo, lançou o jornal “Boletim do Kaos”. Ministrou oficinas de quadrinhos e de videorreportagem no Pontão de Cultura Preto Ghóez, executado pelo Movimento Enraizados. A partir de 2010 passou a desenvolver o jornalismo em quadrinhos em veículos como O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Catraca Livre, Veja, Revista Fórum e, especialmente, a Agência Pública, onde ganhou o Prêmio Tim Lopes de Jornalismo Investigativo, em 2013, pela reportagem “Meninas em jogo” sobre exploração sexual infantil. No mesmo ano publicou o livro em quadrinhos “Desterro”, sobre a vida na periferia. Em 2014 teve sua primeira reportagem em quadrinhos republicada na França na revista “Courrier” e foi finalista em duas categorias no Prêmio Abril de Jornalismo. Em 2015 produziu uma série de quadrinhos especiais sobre as Olimpíadas para a Veja e o UOL, e foi finalista em 3 categorias no Prêmio Gabriel García Márquez de Jornalismo com a reportagem “Meninas em Jogo”, realizada em parceria com a jornalista Andrea Dip para a Agência Pública. No final de 2015 o quadrinho “Desterro” foi lançado na França com o título “Favela Chaos”. Em 2016 ilustrou o livro “Génération Favela” para a editora francesa Ateliers Henry Dougier e publicou uma reportagem no livro “Je Suis Rio”. Em 2017 ganhou o primeiro lugar na categoria desenho do prêmio Amico Rom na Itália. Em 2018 lançou seu primeiro livro solo de jornalismo em quadrinhos, intitulado “Raul”, além da HQ digital “Unaí nunca mais”, retratando a chacina de Unaí, Minas Gerais, que originou a data que reforça a luta contra o trabalho escravo no Brasil. Em maio de 2021, participou da série “Aprisionadas” do Jornal da Record, usando a linguagem do jornalismo em quadrinhos.

Sociedade Cultural e Beneficente 28 de Setembro
Entidade coletiva · 1945-

A Sociedade Cultural e Beneficente 28 de Setembro foi fundada em 28 de setembro de 1945 por um grupo de quatorze trabalhadores ferroviários da antiga companhia Estrada de Ferro Sorocabana e da Companhia Nacional de Estamparia (Cianê). Sem fins lucrativos, a Sociedade surgiu com o intuito de promover atividades beneficentes, recreativas e culturais entre a população negra de Sorocaba, uma vez que outros clubes da cidade, como o União Recreativo, o Sorocaba Clube e o próprio Estrada de Ferro Sorocabana Futebol Clube, não permitiam, ou dificultavam, o ingresso de pessoas negras. Veio também a ocupar um espaço como sucessora da representação local da Frente Negra Brasileira (FNB), extinta em dezembro de 1937 logo após a instauração do Estado Novo. Seu nome, como de outros clubes sociais negros do mesmo período, faz alusão à data de promulgação da Lei do Ventre Livre (28 de setembro de 1871), bem como ao Dia da Mãe Preta. As primeiras reuniões e festas do “28 de Setembro” aconteceram ainda em um espaço provisório, localizado na Rua Miranda de Azevedo. Em 1950, no entanto, conquistou sede própria após a doação de um terreno pelo então governador Adhemar de Barros, passando a localizar-se na rua Machado de Assis, a partir do ano seguinte. Foram seus dirigentes no período de inauguração Luiz Leopoldino Mascarenhas (Luiz Pequeno), os irmãos Benedito e Mário Trindade, Lucídio de Moraes Leite, Jorge de Oliveira (o “Onça”) e José Marciano. Para além dos tradicionais bailes e apresentações de renomados artistas, as festas mais importantes do calendário da Sociedade aconteciam nas comemorações de seu aniversário durante o mês de setembro; no famoso Baile da Aparecidinha, realizado no segundo sábado de julho, véspera da tradicional romaria e maior festa religiosa da cidade; e nos concursos de “Miss Colored”, “Miss Afro” e “Mister Afro”, que de tanta repercussão, movimentavam caravanas de outras cidades da região. Em 1978, a Sociedade reformulou seu estatuto para permitir a formação de organismos que cuidassem especificamente da parte cultural de seus objetivos. Surgiu então a Escola de Samba 28 de Setembro que, através de seus enredos, passou a contar um pouco da participação do negro na história do país. Vale mencionar os sambas “100 anos abolição: verdade ou mentira?” e “Valeu Zumbi”, composto por ocasião dos trezentos anos de sua morte. Fruto da mesma reformulação estatutária, em 28 de setembro de 1979, foi instalado na sede social da Sociedade o Instituto de Cultura Afro-Brasileira (Icab), ali permanecendo até 1992, quando foi transformado em órgão complementar da atual Universidade de Sorocaba (Uniso), passando a denominar-se Núcleo de Cultura Afro-Brasileira (Nucab). Em 5 de maio de 1990, foi criada dentro do Instituto a Fundação Cafuné, a qual oferecia um programa de bolsas de estudos para negros universitários de baixa renda. A Sociedade também sediou a formação do MOMUNES – Movimento de Mulheres Negras de Sorocaba, criado em meados de 1999 pela iniciativa das integrantes Maria José de Almeida Lima (Mazé), Vera Lúcia Torquato Pires e Rosângela Cecília da Silva Alves (1963-2017). A entidade surge como um desdobramento da atuação do Coral de Mulheres Negras de Sorocaba, tendo como objetivos principais o acolhimento de mulheres, seus filhos e dependentes em situação de vulnerabilidade; o oferecimento de orientação educacional e capacitação profissional, principalmente, à comunidade jovem; além da conscientização e promoção dos valores da cultura e história afro-brasileira em diversos ambientes da sociedade, contribuindo para a eliminação de todas as formas de discriminação racial, social e de gênero. Funcionou durante um tempo diretamente vinculada ao “28 de Setembro”, até conquistar sede própria no ano de 2010. Apesar de ter enfrentado períodos de dificuldades financeiras e de quase perder o imóvel da sede por questões judiciais, a Sociedade Cultural e Beneficente 28 de Setembro continua em pleno funcionamento, realizando eventos e participando ativamente das discussões e políticas públicas da cidade de Sorocaba, especialmente aquelas voltadas à população negra.

Arthur Nazareno Pereira Villagelin
Pessoa · 1929-2000

O jornalista Arthur Nazareno Pereira Villagelin (1929-2000) nasceu e faleceu em Campinas, SP. Seu pai, José Villagelin Netto, foi professor da Escola Normal Carlos Gomes e também jornalista. Arthur Villagelin formou-se em Jornalismo pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Católica de Campinas, atual Pontifícia Universidade Católica (PUC-CAMP). Trabalhou em diversos órgãos da imprensa campineira, como a revista “Palmeiras”, os jornais “Correio Popular”, “Diário do Povo”, “A Defesa” e “Jornal de Campinas”. Foi diretor de redação do jornal “City News”, auxiliar da sucursal do “Diário da Noite” e “Diário de São Paulo”, e diretor da sucursal do jornal “Última Hora”. Trabalhou, também, no Serviço de Sericultura da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, na Secretaria dos Negócios da Fazenda, na Singer do Brasil S/A, na União dos Viajantes e Representações Comerciais e na Prefeitura Municipal de Campinas. Foi conselheiro e diretor da Associação Campineira de Imprensa (ACI) e sócio-fundador da Associação de Cronistas Esportivos de Campinas (ACEC). Iniciou sua pesquisa sobre a origem dos nomes dos logradouros da cidade de Campinas (ruas, avenidas, travessas e praças) durante o seu trabalho na Prefeitura Municipal.

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