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Registro de autoridad
Benedito Evangelista
Persona · 1902-2000

Benedito Evangelista nasceu em 28 de fevereiro de 1902 na fazenda Rio das Cabras, distrito de Sousas, em Campinas, São Paulo, onde seu pai fora escravo. Estudou no Colégio São Benedito, tendo como colegas Lix da Cunha e Moisés Lucarelli, tornando-se, depois, professor e diretor na mesma instituição. Ingressou no Corpo de Bombeiros, onde permaneceu por sete anos, até 1947, chegando ao posto de sargento. Trabalhou, ainda, na Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, como mecânico de máquina. Foi membro ativo das entidades negras fundadas na cidade, entre as quais a Corporação Musical Campineira dos Homens de Cor, a Liga Humanitária dos Homens de Cor e a Federação Paulista dos Homens de Cor, da qual foi presidente. Casado com Risoleta de Lima, teve dois filhos, José Benedito Evangelista e Maria José Evangelista Antualpa. Benedito Evangelista faleceu em Campinas no ano 2000.

Celeste Fon
Persona · 1944 -

Fundado em 12 de maio de 1978, em São Paulo, o Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA-SP) foi constituído por representantes de entidades, sobretudo sindicais, que formavam núcleos profissionais dentro da organização. Em julho de 1978, divulgou uma carta de princípios e seu programa mínimo de ação. Em setembro do mesmo ano, diversos CBAs participaram do “I Encontro Nacional de Movimentos pela Anistia”, aprovando a Carta de Salvador, a qual explicitava os objetivos da anistia ampla, geral e irrestrita, e reivindicava liberdades democráticas e reformas políticas. O encontro também deliberou pela realização, no mês seguinte, do “I Congresso Nacional pela Anistia”, em São Paulo. Celeste Fon atuou na Comissão de Familiares de Presos Políticos do Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA-SP), envolvida na luta de seus familiares, os prisioneiros políticos Antonio Antonio Carlos Fon e Aton Fon Filho. Aton Fon Filho foi, no final de 1969, preso e torturado por sua atuação na Ação Libertadora Nacional (ALN), organização comandada por Carlos Marighella. Após permanecer por quase uma década em cárcere, formou-se em Direito e passou a advogar em favor de causas e movimentos sociais, tais como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), especializando-se em conflitos agrários e direitos de populações tradicionais. Também foi membro da Rede de Advogados Populares, atuando como advogado de militantes e presos políticos. Mesmo tendo sido libertado ainda durante o período militar, Aton Fon só foi legalmente anistiado em outubro de 2013, pela Caravana da Anistia.