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Registro de autoridad
José Ranali
Persona · Década de 1990

José Ranali foi professor da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) nas áreas de Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutica. Fez graduação, mestrado e doutorado na mesma instituição. Foi diretor da FOP entre 1994 e 1998, além de coordenar a “Planta Física” (Prefeitura) do campus da Unicamp em Piracicaba de 1986 a 1990. No âmbito da administração central, foi coordenador da Diretoria Geral de Recursos Humanos (DGRH) e Chefe de Gabinete da Reitoria.

Benjamin Péret
Persona · 04-07-1899 - 18-09-1959

Benjamin Péret nasce no dia 4 de julho de 1899 em Rezé, França. Dois anos depois, seus pais se separam e ele passa a viver com sua mãe.
Sua trajetória nos estudos foi marcada, inicialmente, por evasão escolar e, mais tarde, apenas por uma rápida passagem no curso de Préparation aux Arts et Métiers (École Livet) entre 1912 e 1913.
Um pouco antes de eclodir a I Guerra Mundial, sua mãe o obriga a se alistar no exército francês. É enviado para Lorraine, onde, após ficar doente, permanece até o final da guerra. Antes do final da mesma, publica seu primeiro poema, “Crépuscule”, na revista “La Tramontane”.
Em 1920, reúne-se com os surrealistas André Breton, Louis Aragon, Paul Eluard e Philippe Soupault. No ano seguinte, participa de eventos do dadaísmo e lança seu primeiro livro “Le passager du transatlantique”, ilustrado por Arp e elogiado por Soupault.
Em 1922, os surrealistas rompem com Dada e Péret publica “A travers mes yeux” na revista “Littérature”.
Em 1924 sai o primeiro número da revista “La Révolution surréaliste”, dirigida por Péret e Pierre Naville, e Péret lança “Immortelle maladie”. Em 1925, em colaboração com Paul Eluard, lança “152 Proverbes mis au goût du jour” e passa a colaborar com a revista “L’Humanité”, escrevendo crítica de cinema e artigos anti-militarista e anti-clericais.
Em 1927, publica pela Éditions Surréalistes “Dormir, dormir dans les pierres”, com desenhos de Yves Tanguy.
No ano seguinte, vem a lume “Le Grand Jeu” pela Gallimard e Péret se casa com a cantora lírica brasileira Elsie Houston, cunhada de Mário Pedrosa, advogado, jornalista e membro do Partido Comunista Brasileiro, que Péret conhecera pouco antes do casamento.
Em fevereiro de 1929 desembarca no Brasil com a esposa. Ano em que publica “Et les seins mouraient...”, com um frontispício de Joan Miró, e “1929”, em parceria com Louis Aragon e fotografias de Man Ray.
No Brasil, conhece Oswald de Andrade e outros artistas e escritores vinculados ao modernismo brasileiro. Profere conferências sobre o surrealismo e escreve artigos sobre o mesmo na imprensa local, onde também publicará artigos sobre “macumba” e candomblé em 1931. Mesmo ano em que, junto com o grupo dirigido por Mário Pedrosa, Lívio Xavier e Aristides Lobo, será um dos fundadores da Liga Comunista do Brasil, seção brasileira da Oposição Internacional de Esquerda (trotskista), tornando-se Secretário do Comitê da região do Rio de Janeiro, com o pseudônimo de Maurício. Em agosto, nasce seu filho, Geyser. Em dezembro é expulso do Brasil por ser um “agitador comunista”.
De volta à França, trabalha como revisor na impressão de jornais.
Em outubro de 1933, separa-se de Elsie Houston, que volta ao Brasil com o filho.
No ano seguinte publica "Mort aux vaches et au champ d'honneur" e “De derrière les fagots”, edição de luxo com um trabalho de Max Ernst.
Em 1936 sai “Je ne mange pas de ce pain-là” e “Je sublime”. Junta-se ao POI, Parti Ouvrier Internationaliste (trotskista), e segue para Espanha onde participa da Guerra Civil: luta nas fileiras do Parti Ouvrier d'Unification Marxiste (POUM) e, após a exclusão trotskista do mesmo, na coluna do anarquista Durruti. Em Barcelona conhece a pintora Remedios Varo.
Retorna à Paris em 1937.
Em fevereiro de 1940, é preso por atividades políticas em Rennes. Com a chegada das tropas alemãs na região, é libertado.
Em meados de dezembro de 1941, desembarca no México com Remedios Varo. Ali, em colaboração com Nathalie Trotsky e Grandizio Munis, escreve vários artigos no “Contra la Corriente”, boletim mimeografado do grupo trotskista espanhol refugiado no México.
Em 1943, Elsie Houston falece em Nova York.
Em 1945, publica, em Paris, “Le déshonneur des poètes” e “Dernier, malheur, dernière chance”. No seguinte, lança “Main forte”, com ilustrações de Victor Brauner, e “Manifeste des exégètes”, sob o pseudônimo de Peralta. Ainda em 1946, se casa com Remedios.
Em 1947, sai em Paris “Feu central”, com ilustrações de Yves Tanguy.
Em 1948, retorna para Paris, separado de Varo.
Nesse período, colabora em dois curtas metragens experimentais de Heisler e no “L’Invention du monde” de Jean-Louis Bédouin e Michel Zimbacca.
Em 1949, lança “La Brebis Galante”, com ilustrações de Max Ernest.
Em 1952, publica “Air Mexicain” com ilustrações de Rufino Tamayo. Começa a ficar com a saúde fragilizada.
Em meados de 1955 volta para o Brasil, onde permanecerá até abril de 1956.
Em 1959 seu estado de saúde é preocupante. Passa por uma cirurgia e, em seguida, fica na casa de amigos em Morteau e depois em Oléron. Logo após seu retorno à Paris, falece no dia 18 de setembro de 1959.

Eloi José da Silva Lima
Persona · 1989

Eloi ingressou na Unicamp em 1976 para trabalhar na Companhia de Desenvolvimento Tecnológico (CODETEC). É formado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro.

Warney Smith
Persona · 1989-1999

Formado em História pela Universidade de São Paulo (USP) e em Ciências Sociais pela Unicamp, Warney se especializou em organização de arquivos. Trabalhou como servidor público, analista de comunicação e em projetos sobre a história do distrito de Barão Geraldo, em Campinas-SP, entre outros.

Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp
Entidad colectiva · 1975-1981

O Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) é uma entidade autônoma e sem fins lucrativos, originária da Associação dos Servidores da Unicamp (Assuc), fundada em 1977. Inicialmente de caráter recreativo, a associação permitiu a convivência e a solidariedade entre os funcionários e criou um meio de expressão durante o período militar. Após a Constituição de 1988, que reconheceu o direito de organização de sindicatos no serviço público, a Assuc se transformou em STU em 1991, na ocasião do I Congresso dos Trabalhadores da Unicamp. Historicamente o Sindicato trabalha pela denúncia das tentativas de precarização do trabalho e de descaracterização do serviço público, com base na assistência de todos os trabalhadores na luta e defesa pelos seus direitos.

Adilson de Barros
Persona · 1977-1997

O sorocabano Adilson de Barros (1947-1997) fez Direito, mas seguiu carreira no teatro. Entre 1975 e 1977, estudou na Escola de Artes Dramáticas da Universidade de São Paulo (USP). Foi admitido na Unicamp em 1978 como instrutor e, em 1983, foi contratado como professor do Departamento de Artes Cênicas do Instituto de Artes (IA). Durante o tempo que permaneceu na Universidade, dedicou-se à docência, à pesquisa e às atividades artísticas. Enquanto ator atuou no teatro, no cinema e na televisão. Foi chefe do Departamento de Artes, presidente da Comissão Estadual de Teatro do Conselho Estadual de Artes e Ciências Humanas da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo entre 1984 e 1985, além de ser reconhecido com diversos prêmios nacionais.

Daniel Hogan
Persona · 1942-2010

Daniel Joseph Hogan (1942-2010), nascido em Nova Iorque, licenciou-se em literatura e filosofia, com especialização em Sociologia do Desenvolvimento, Demografia, Ecologia e Estudos Latinoamericanos. Foi professor e pesquisador da Unicamp na área de demografia e relações do homem com a natureza. Na Unicamp desde 1972, Hogan foi um dos primeiros pesquisadores convidados pela professora Elza Berquó, fundadora do Núcleo de Estudos de População (Nepo), para integrar o órgão. Na Unicamp, deu aulas no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), com início no Departamento de Ciências Sociais, para realizar estudos sobre Migrações Internas e Urbanização. Contribuiu para a consolidação da área de Ambiente, Tecnologia e Desenvolvimento, no Doutorado em Ciências Sociais e da criação, em 1997, do Departamento de Demografia. Também foi membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepam). Liderou estudos sobre mudanças climáticas, solo e condições de vida de populações de cidades. Esteve a frente da Pró-reitoria de Pós-Graduação entre 2002 e 2005.

Milton Barbosa
Persona · 1948-

Milton Barbosa nasceu em 12/05/1948, na cidade de Ribeirão Preto (SP). Filho de Iná Barbosa e João Câncio Vieira, irmão de Maria de Lourdes Vieira. Aos três anos mudou-se com a mãe e a irmã para São Paulo, na vila Joaquim Antunes, bairro do Bixiga. Fez seus primeiros estudos na escola S. José, no mesmo bairro em que morava, depois ingressou na Escola Estadual Rodrigues Alves, na Avenida Paulista. Aos quatorze anos, em 1964, começou a trabalhar como auxiliar de escritório na empresa Publicidade Teatral Ribeiro Ltda, onde permaneceu até 1968, período em que interrompeu seus estudos. Nessa época, cursou datilografia e taquigrafia. Aos dezenove anos retomou os estudos e concluiu o ensino básico, sendo que na sequência ingressou no cursinho pré-vestibular. Nessa época trabalhou como calculista de balanços no Supermercado Pão de Açúcar, depois como auxiliar de escritório na Olivetti – Indústria de Máquinas S/A. Desde os dezesseis anos fazia parte da Escola de Samba Vai-Vai e, junto com um amigo, criou uma ala que chamaram de “Levanta que eles vêm chegando”, composta por aproximadamente 30 homens. Depois, já preocupado e refletindo sobre as questões raciais, criou a ala “Cala a Boca”, onde permaneceu até 1980. Desde o final dos anos 1960 e início dos 1970, fez parte do Grupo Decisão, que reunia alguns jovens no centro de São Paulo para discutir sobre as questões raciais. Alguns membros desse grupo se reencontraram na USP e, juntos, publicaram o jornal “Árvore das Palavras”, inspirado na revista “Bondinho” (1970-1972) e no jornal “EX” (1973-1975), que foram experiências de imprensa alternativa durante o período da ditadura militar. Os jovens desse grupo distribuíam os jornais em frente à extinta loja Mappin, no centro de São Paulo. Em 1973, Milton Barbosa foi aprovado para o curso de Economia na Universidade de São Paulo (USP), onde logo se envolveu com o movimento negro e o movimento estudantil, tornando-se diretor do Centro Acadêmico “Visconde de Cairu”, em 1974. Nesse mesmo ano começou a frequentar o Centro de Cultura e Arte Negra (CECAN), com sede na rua Maria José, 450, bairro Bela Vista, junto com Odacir de Matos, tendo sido por meio dessa entidade que Milton estabeleceu contato com outros centros culturais de São Paulo. Também em 1974, ingressou na Liga Operária, onde permaneceu até 1976. Em novembro de 1975, começou a trabalhar na Cia. do Metropolitano de São Paulo como Técnico de Métodos Operacionais, ministrando treinamento aos funcionários de operação. Foi eleito diretor da AEMESP (Associação dos Funcionários Metropolitanos de São Paulo), que mais tarde se tornaria o Sindicato dos Metroviários de São Paulo. Em 1977, foi eleito Vice-Presidente do CECAN e ali promoveu as reuniões para discutir questões raciais que culminaram na criação do Movimento Negro Contra a Discriminação Racial – MNCDR, que depois viria a ser denominado Movimento Negro Unificado. O Movimento foi deflagrado em 1979, após a morte por tortura policial, de Robson Silveira da Luz, primo de Rafael Pinto, integrante do CECAN e um dos criadores do MNU. A reunião que deu origem ao Movimento ocorreu no dia 18 de junho de 1978, e contou com a presença do Grupo Brasil Jovem, do Centro de Estudos Afro Brasileiro (irmãos Prudente e Clóvis Moura), do filho do deputado federal Adalberto Camargo, Adalberto Camargo Filho, representando a Câmara de Comércio Afro Brasileiro e do Núcleo Socialista Afro-Latino América. Foi produzida nesse encontro uma carta aberta, escrita por Milton Barbosa e Hamilton Cardoso, para ser distribuída no ato de lançamento do movimento, programado para acontecer nas escadarias do Teatro Municipal de São Paulo. Ainda como funcionário do Metrô, Milton criou nessa empresa o Núcleo de Negros Metroviários e, nesse mesmo ano, em 1979, foi demitido pelo governo de Paulo Maluf em função de sua atuação junto ao MNU. Entre os anos 1981 e 1982, trabalhou como autônomo na empresa Escala Pesquisa de Mercado SA e, como militante do Partido dos Trabalhadores (PT) e junto a Clóvis de Castro e Flávio Carranza, criou a 1ª. Comissão de Negros do PT. Em 1984 foi readmitido no Metrô, mas permaneceu como diretor nacional do MNU, o que lhe rendeu nova demissão do Metrô, em 1988. Em 1989, passou a atuar na Anhembi Turismo e Eventos da cidade de São Paulo como assessor da Presidência para eventos externos, permanecendo até 1990, quando então criou a Fundação da Associação dos Prestadores de Serviços. Nesse mesmo ano, foi eleito presidente do Centro de Defesa do Negro “Wanderley José Mário”. A partir de janeiro de 1991, passou a colaborar com projetos culturais e de lazer para comunidades carentes e da terceira idade no CMV – Corpo Municipal de Voluntários, onde assumiu o cargo de Assistente da Diretoria de Planejamento. Entre 2002 e 2007, aproximadamente, Milton Barbosa e Regina Lúcia dos Santos fundaram, administraram e ministraram aulas no Curso Pré Vestibular Comunitário “Tereza de Quariterê”, prestando assistência a estudantes que desejavam ingressar na universidade. Milton Barbosa acumulou importantes funções dentro do MNU, tendo sido Coordenador Nacional durante vários anos; Coordenador Estadual de São Paulo entre 1992/1993; Coordenador de Relações Internacionais entre 1994/1995; Coordenador de Formação Política e Organização entre 1995 e 2000; Coordenador Estadual de São Paulo entre 2003 e 2006; e novamente Coordenador de Relações Internacionais entre 2007 e 2010, quando fez um pedido de anistia política e reparação econômica por ter sido perseguido por atuar no Movimento Negro. Milton Barbosa foi casado pela primeira vez com Elenita, com teve uma filha chamada Kaluembi Barbosa. Casou-se pela segunda vez com Maria de Fátima Ferreira, com quem teve 5 filhos: Chindalena Ferreira Barbosa, Andalakituche F. Barbosa, Mutana F. Barbosa, Akinyele Kayode F. Barbosa e Samoury Nugabe F. Barbosa. Atualmente é casado com Regina Lúcia dos Santos, também membro do MNU, e não tiveram filhos. Milton Barbosa é hoje o presidente de honra do MNU.

João Apolinário Teixeira Pinto
Persona · 1924-1988

João Apolinário Teixeira Pinto nasceu na freguesia de Belas, concelho de Sintra, Portugal, em 18 de janeiro de 1924. Concluiu o ensino secundário em Lisboa, onde frequentou o Colégio Valsassina e o Liceu Camões. Apesar de ter se graduado em Direito pelas Universidades de Coimbra e Lisboa em 1945, optou por dedicar-se ao jornalismo e à poesia. Aos 21 anos foi para a França como correspondente da agência espanhola de informações Logos, onde teve a oportunidade de frequentar a universidade Sorbonne e conhecer intelectuais e artistas como Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, Antonin Artaud, Jean Genet, Marcel Marceau e Édith Piaf. Após retornar a Portugal, casou-se com Maria Fernanda Gonçalves Talline Carneiro em março de 1949, com quem teve dois filhos, João Ricardo e Maria Gabriela. Ambos seguiram, posteriormente, carreiras profissionais no Brasil, o primeiro como compositor, cantor e fundador do grupo brasileiro Secos & Molhados, e a segunda como docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Em novembro de 1950, João Apolinário fez parte do grupo de intelectuais que, reunidos por Manuel Breda Simões, viria a ser responsável pela criação do Teatro Experimental do Porto (TEP). Em 1958, desempenhou o cargo de Secretário na delegação do Porto da Associação Portuguesa de Escritores. Perseguido e preso pela polícia política da ditadura portuguesa devido a uma produção engajada e apartidária, partiu para o exílio no Brasil em dezembro de 1963. Fixou-se na cidade de São Paulo, onde encontrou emprego no jornal “Última Hora”, do qual viria a ser redator, colunista, crítico de teatro e editor de variedades. Após o golpe militar de 1964, como forma de manter a liberdade de seus textos, fez questão de não receber pelas críticas publicadas naquele jornal e também em “O Globo”. Durante o regime de exceção, escreveu sobre um teatro brasileiro que buscava construir uma identidade nacional em meio aos conflitos sociais e políticos daquele período. Conviveu com uma reconhecida geração de diretores, dramaturgos e atores brasileiros, tais como Oduvaldo Viana Filho, Ademar Guerra, Gianfrancesco Guarnieri, José Celso Martinez Corrêa, Augusto Boal, Plínio Marcos, entre outros. Em sua crítica, Apolinário acompanhou e escreveu sobre o trabalho de importantes grupos teatrais do país, como o Teatro Brasileiro de Comédia, o Teatro de Arena e o Teatro Oficina. Em consonância com sua ideia de criação de uma política cultural para São Paulo, foi co-fundador da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) em 1972, ano em que foi eleito presidente da entidade. Retornou a Portugal em 1975, já com a sua segunda esposa, Maria Luiza Teixeira Vasconcelos, logo após a restauração da democracia no país. Morreu de câncer, aos 64 anos, em 22 de outubro de 1988, na vila portuguesa de Marvão.