Sérgio Pereira da Silva Porto nasceu em 19 de janeiro em Niterói - RJ, em 1926. Formou-se em Química pela Universidade do Rio de Janeiro, RJ, em 1947 e tornou-se Ph.D pela Johns Hopkins University de Baltimore/USA, em 1954. Trabalhou no Instituto de Tecnologia de Aeronáutica (ITA), e em 1960 foi trabalhar no Bell Laboratories - EUA no desenvolvimento e pesquisa de laser. Em 1972, a convite da Universidade Estadual de Campinas, foi contratado para trabalhar como Professor Titular do Instituto de Física "Gleb Wataghin" - IFGW. Liderou um grupo de pesquisadores nos estudos do laser e suas aplicações, resultando na fundação do Departamento de Eletrônica Quântica daquele instituto, em 1974. É considerado o pioneiro no uso do raio laser na espectroscopia Raman - técnica em que a frequência do laser é absorvida e reemitida numa frequência diferente, fornecendo valiosas informações sobre a estrutura do material em estudo. A técnica é especialmente útil na medicina. Nos últimos anos de sua vida dedicou-se à pesquisa de aplicação do laser na área médica. Morreu em 21 de junho 1979, aos 53 anos, em Novosibirsk, Sibéria, onde participava de uma conferência. Dentre os títulos obtidos e cargos aos quais Sérgio Porto ocupou, destacam-se: Doutor em Filosofia pela Johns Hopkins University de Baltimore/USA (1954) Graduação em Química pela Universidade do Rio de Janeiro (1947) Coordenador Geral dos Institutos da Unicamp (1973-?).
Mostrando 6168 resultados
Registro de autoridade- Pessoa
Sérgio Pereira da Silva Porto nasceu em 19 de janeiro de 1926, em Niterói, Rio de Janeiro. Bacharelou-se em química no ano de 1946 e licenciou-se na mesma área no ano seguinte. Em 1954 obteve seu título de PhD na Johns Hopkins University, em Baltimore, com a tese “Infrared Spectrum of Molecular Hydrogen”. Entre 1954 e 1960 Sérgio Porto deu aula de física no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) até começar seus trabalhos com raio laser no Bell Laboratories, em New Jersey nos Estados Unidos no começo de 1960, sendo um dos pioneiros nos estudos do raio na medicina, e ainda lá, junto de seus colegas, um dos primeiros a fazer uso efetivo de lasers para a espectroscopia Raman (quando foi criada a Notação de Porto, uma forma de apontar a configuração de uma experiência que se utiliza do método Raman). Em 1967 deixou o laboratório para dar aulas de física e engenharia elétrica na University of Southern California, onde ficou até 1974, quando voltou para o Brasil e fundou o Departamento de Eletrônica Quântica (DEQ) na UNICAMP. Aqui realizou experiências com laser em cirurgias de oftalmologia, sendo as primeiras em Campinas para o tratamento de glaucoma. Sérgio Porto trabalhou, também, com oftalmologistas do Instituto Penido Burnier onde mais de 1 mil pacientes com retinopatias diabéticas foram tratados, segundo o Jornal do Brasil. Ainda segundo o periódico Sérgio Porto teria orientado 16 teses de doutoramento, apresentado 60 trabalhos científicos e acumulado 133 publicações científicas. Sérgio Porto era conhecido por sua risada e pelo entusiasmo em suas pesquisas e faleceu por um acidente cardíaco em 19 de junho de 1979 enquanto jogava uma partida de futebol no intervalo da 6ª Vavilov Conference on Coherent and non Lineas/optics, em Novisibirsk, na então União Soviética. Sua perda foi lamentada por diversos nomes da ciência brasileira, como César Lattes e Newton Bernardes. Zeferino Vaz, que convidou Sérgio Porto para voltar ao Brasil quando este ainda estava nos Estados Unidos, disse: “quando o convidei para a Unicamp, era chefe do Departamento de Eletrônica Quântica da Universidade de Southern California e participava na NASA na construção do laser que a Apolo 12 deixou na lua” (fala retirada da reportagem do Jornal do Brasil). Sérgio Porto apareceu em 15º lugar na lista O Brasileiro do Século da revista Istoé, junto com nomes como Oswaldo Cruz, Santos Dumont e Paulo Freire.
Sérgio Buarque de Holanda, jornalista, crítico literário, sociólogo e historiador, nasceu na cidade de São Paulo em 1902. Fez o curso primário na Escola Caetano de Campos e o secundário no Ginásio de São Bento. Formou-se na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em 1925. Embora não tivesse participado da Semana de Arte Moderna em 1922, tornou-se o representante da revista Klaxon, editada em São Paulo pelos modernistas. Com Prudente de Moraes Neto e Afonso Arinos de Melo Franco, publicou a revista Estética (1924). Colaborou com regularidade no Jornal do Brasil e na Revista do Brasil (2ª fase). Permaneceu na Alemanha, de 1928 a 1930, como correspondente dos Diários Associados. Inaugurando a Coleção Documentos Brasileiros dirigida por Gilberto Freyre, publica em 1936, seu primeiro livro, Raízes do Brasil. Foi professor da Universidade Federal do Distrito Federal (1936), chefe da Seção de Publicações do Instituto Nacional do Livro (1937-1944), diretor da Divisão de Consultas da Biblioteca Nacional (1946-1958), professor de História da Civilização Brasileira da USP (1956) - função em que se aposentou exercendo o cargo de chefe do Departamento de História do Brasil (1968). Foi presidente da Associação Brasileira de Escritores (1946 e 1947) e da Seção Regional de São Paulo da mesma entidade (1950). Trabalhou como crítico literário do Diário de Notícias (1943-1944) e do Diário Carioca (1951-1952). Reuniu em volume uma seleção de artigos de jornal, sob o título Cobra de vidro (1944) e publicou em 1945 o livro Monções, sobre a história paulista. Participou, sucessivamente, de três comitês da Unesco, em Paris, e pronunciou uma série de conferências na Sorbonne. Participou, também, em 1950, do Primeiro Seminário Internacional de Estudos Luso-Brasileiros, em Washington, além dos Colóquios Luso-Brasileiros, em Salvador (1959), e nas Universidades de Harvard e Columbia (1966). Na Itália (1953-1954) lecionou na Universidade de Roma, na cadeira de Estudos Brasileiros. Participou do IX Rencontres Internationales de Geneve, com a conferência L´ Europe et le Nouveau Monde. Publicou em 1957, o livro Caminhos e Fronteiras. Entrou para a Academia Paulista de Letras, em 1958, na vaga de Afonso de E. Taunay. Com a tese Visão do Paraíso (os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil), efetiva-se por concurso na Faculdade de Filosofia da USP, para reger a cátedra de História da Civilização. O texto corrigido e ampliado foi editado em 1959 pela Coleção Documentos Brasileiros. Foi diretor do Instituto de Estudos Brasileiros da USP (1962-1964). A convite da Universidade do Chile (Centro de Investigações de História Americana), ministrou curso e organizou seminários de História do Brasil. A convite do governo norte-americano, em 1965, percorreu várias universidades fazendo conferências e participando de seminários nas universidades de Columbia, Harvard e Califórnia (Los Angeles). Como Professor Visitante esteve na Universidade de Indiana e na New York State University. Aposentado em 1969, não interrompeu suas atividades como escritor, continuando à frente de publicações como a História Geral da Civilização Brasileira, da História do Brasil e da História da Civilização (coleção Sérgio Buarque de Holanda), entre outras atividades. Publicou, em 1975, Velhas Fazendas e, em 1979, Tentativas de Mitologias. Recebeu em 1980 dois prêmios: o Juca Pato, da União Brasileira dos Escritores, e o Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro. Em 1986 foi publicado a sua obra póstuma O Extremo Oeste. Foi casado com Maria Amélia Alvim Buarque de Holanda e teve sete filhos: Heloísa Maria, Sérgio, Álvaro Augusto, Francisco, Maria do Carmo, Ana Maria e Maria Cristina. Faleceu na cidade de São Paulo, onde residia, em 24 de abril de 1982.