Bernardo Caro nasceu em 05 de dezembro de 1931, na cidade de Itatiba-SP. Graduou-se em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Defendeu a tese de doutorado intitulada: Sempre O Repensar de um Percurso Artístico, na Universidade Estadual de Campinas, em 1986. Na Unicamp, iniciou suas atividades como Professor Titular junto ao Departamento de Artes Plásticas, em 1983, onde colaborou em sua estruturação. Dentre os cargos ocupados, destacam-se: Chefe do Departamento de Artes Plásticas (15.12.1983 a 24.11.1986 21.04.1987 a 14.12.1988) Diretor Associado (25.11.1986 a 20.04.1987). Aposentou-se em 1991, porém continuou exercendo suas atividades como professor convidado e posteriormente como professor voluntário.
O Prof. Dr. Bernardo Beiguelman (1932-2010), natural de Santos–SP, é amplamente reconhecido como um dos pioneiros da Genética Médica no Brasil. Sua atuação visionária na área deixou um legado significativo na pesquisa, no ensino e na estruturação da genética médica no país.
Trajetória Acadêmica
Formado em História Natural pela USP (1953), obteve o título de Doutor em Ciências Biológicas pela mesma instituição em 1961 e tornou-se Livre-docente em Genética pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP em 1969. Beiguelman fundou em 1963 o Departamento de Genética Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (FCM/Unicamp), o primeiro no Brasil dedicado exclusivamente à área. Além disso, criou o Ambulatório de Genética Clínica em 1969, consolidando a genética como parte essencial da prática médica.
Na Unicamp, foi também o primeiro Pró-Reitor de Pós-Graduação e atuou como professor e coordenador do Departamento de Genética Médica até sua aposentadoria em 1997. Em reconhecimento por suas contribuições, foi nomeado Professor Emérito da Unicamp em 2004.
Contribuições Científicas
As pesquisas de Beiguelman abordaram temas inovadores e de grande impacto na genética médica e na saúde pública. Entre seus trabalhos mais notáveis estão:
- Resistência e suscetibilidade hereditária à hanseníase (lepra): pioneiro no estudo da influência genética na vulnerabilidade à doença.
- Genética antropológica: estudos sobre diversidade genética de populações brasileiras.
- Epidemiologia de gêmeos: pesquisas que ampliaram o entendimento sobre a biologia da reprodução humana.
- Epidemiologia genética na Amazônia: investigações sobre doenças transmissíveis comuns na região.
Seus estudos trouxeram informações importantes sobre a interação entre genética e saúde, ajudando a moldar políticas públicas e estratégias de prevenção.
Reconhecimentos e Participações
Dr. Beiguelman acumulou uma série de homenagens e títulos ao longo de sua carreira. Ele foi:
- Conselheiro da Organização Mundial da Saúde (OMS) entre 1972 e 1992.
- Presidente da Sociedade Brasileira de Genética e da Associação Latino-Americana de Genética (1970-1972).
- Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências e da Academia de Ciências do Estado de São Paulo.
- Recebeu a Comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico (2004) e a Medalha do CNPq (1981), além de homenagens em diversos eventos científicos e placas comemorativas na Unicamp.
Legado
O trabalho de Bernardo Beiguelman não apenas abriu caminhos para o desenvolvimento da Genética Médica no Brasil, mas também contribuiu para o avanço global na compreensão de doenças hereditárias e transmissíveis. Seu impacto vai além da pesquisa, refletindo-se na formação de gerações de profissionais e no fortalecimento da ciência brasileira.
Bernardo Beiguelman nasceu em 15 de maio de 1932, em Santos, SP. Licenciou-se em História Natural pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo - USP, e especializou-se em Biologia em 1953. Em 1959, fez outra especialização em Genética Humana, e em 1961, Doutorado em Ciências pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo - USP. Obteve o título de Livre Docente em Genética pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto pela Universidade de São Paulo - USP, em 1969. Em 1963, foi contratado como Professor da Disciplina de Genética do Curso de Medicina do então Instituto de Morfologia da Universidade Estadual de Campinas. Foi Professor de Citogenética Humana do curso de Pós-Graduação em Imunologia do Instituto de Biologia - IB/ UNICAMP de 1971 a 1973, e então transferido para a Faculdade de Ciências Médicas - FCM. Bernardo Beiguelman contribuiu para a fundação do Departamento de Genética Médica da Faculdade de Ciências Médicas - UNICAMP, o primeiro do gênero no país e em 1969. Fundou também o primeiro Ambulatório de Genética Clínica do Brasil, Unidade de Hemoglobinapatias (importante problema de saúde publica) Unidade de Farmacogenética Unidade de Cultura de Tecidos e Citogenética Unidade Padrão de Estudos dos Grupos Sanguíneos Eritrocitários Genética Aplicada a Doenças Transmissíveis. Foi homenageado durante 12 anos consecutivos pelas turmas da FCM da UNICAMP. Aposentou-se em 1982, mas continuou trabalhando como Professor Colaborador no Departamento de Genética Médica da Faculdade de Ciências Médicas. Após 1997, Bernardo Beiguelman mantém vínculo não-remunerado com o curso de pós-graduação em Genética do Instituto de Biologia - IB da Unicamp. Dentre os cargos aos quais Bernardo Beiguelman ocupou destacam-se: Coordenador da Comissão de Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas/UNICAMP (1991) Pró-Reitor de Pós-Graduação UNICAMP (1986-1990) Chefe de Departamento de Genetica Médica da Faculdade de Ciências Médicas - FCM/UNICAMP (1981-1982 e 1990-1991) Conselheiro (Adviser), Organização Mundial da Saúde (1972) Patrono da turma "Organização Mundial da Saúde"(1971) Supervisor do Banco de Sangue da Faculdade de Ciências Médicas (1965-1966) Diretor do Instituto de Morfologia (1964) Presidente da Sociedade Brasileira de Genética (1970) Presidente da Associação Latino-Americana de Genética (1970).