Nasceu em 01 de março de 1863, na província de Alessandria, Piemonte. Cursou Direito na Faculdade de Letras e Filosofia da Universidade de Turim. Participou da constituição do Partito dei Lavorati Italiani (depois Partido Socialista Italiano) e ocupou a posição de administrador do periódico socialista de Turim, Il Grido del Popolo. Em 1904 é convidado pelo Partido Socialista para dirigir o jornal Avanti! em São Paulo. Em 1º- de janeiro de 1906, funda o seu próprio jornal, Il Secolo, e iniciava uma polêmica com outros socialistas, então reunidos em torno do Avanti!, que só terminaria em 1923, através da coalizão antifascista.Em 1908, fundou em São Paulo, o Centro Socialista Paulistano, do qual resultou como manifesto de criação a obra O socialismo no Brasil.
Piccarolo atuou ativamente na área da educação como professor de latim e criador de cursos e escolas diversas. Fundou o primeiro órgão antifascista de São Paulo, La Difesa, e o orientou até 1926. Participou também, como membro e simpatizante da Sociedade Amigos da América, entidade anti-fascista e de apoio aos Aliados durante a 2ª- Guerra Mundial.
Antônio Paim Vieira nasceu em São Paulo em 1895, fez seus estudos na Escola Normal de São Paulo. Desenhista desde os tempos da escola (quando foi colega de Belmonte, Benedito Bastos Barreto), dedicou-se ao ensino durante a I Guerra em Rio Preto, lecionando também desenho. De volta a São Paulo, conhecido como retratista, começou a trabalhar como ilustrador no Rio de Janeiro, do Fon Fon e Para Todos desde a sua fundação (1918), assim como J. Carlos.De volta a São Paulo, e ligado a Menotti del Picchia, para quem ilustrou a luxuosa edição "As Máscaras", publicada em 1920, passou a ser ilustrador de livros e revistas. Autor da Paginação e ilustrações de Ariel (revista literária fundada em 1923), publicação de excelente qualidade gráfica. Participou da Semana de Arte Moderna, sendo co-autor, com Yan de Almeida Prado, dos trabalhos assinados por este último.A partir de 1923-24 suas estilizações e motivos decorativos apontam claramente a preocupação da utilização de motivos indígenas, da flora e da fauna brasileiras. Ilustrou "Pathé Baby", de A. Alcântara Machado, em 1926. A partir de 1927 dedicou-se à cerâmica, primeiro de inspiração indígena na decoração (não na forma), expondo em São Paulo e no Rio em 1928, dedicando-se até então a essa atividade. Nesta mesma época foi considerado um grande caricaturista e mestre em figurações onomásticas, dentre as alegres composições destacam-se : "Jeca Tatu", "O Capoeira", "Coronel à Paisana". Nesse gênero, colaborou ainda com ilustrações cômicas para suas crônicas humorísticas d´A Manhã, do Rio. Um dos primeiros a fazer xilogravura em São Paulo, não fez, contudo, carreira como gravador. Autor da capa de "Que é que há?" de Paulo Duarte, publicado em 1931 e "A Boneca Vestida de Arlequim", de Álvaro Moreyra, e "Senhora da Melancolia", do acadêmico Pereira da Silva. Em 1950 assumiu na F.A.U. na cadeira de Arte Decorativa, passando depois a lecionar na Escola de Belas Artes de São Paulo (cadeiras de Artes Decorativas e História da Arte). Foi professor de História de Arte e Estética no curso de especialização de professores de desenho na Escola Caetano de Campos.