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Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação
Entidade coletiva · 1985 - atualmente

O Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação (CEPRE), vinculado à Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é uma instituição de referência nacional e internacional na área de reabilitação.

Origem

Fundado em 1985, o CEPRE surgiu da necessidade de integrar ensino, pesquisa e extensão em reabilitação, com foco em deficiências físicas, sensoriais, intelectuais e múltiplas. Sua criação está associada ao histórico de pioneirismo da Unicamp em áreas médicas e ao compromisso com a inclusão social, consolidando-se como parte da política de expansão de serviços especializados da FCM.

Principais Atividades

  1. Assistência Clínica:
    • Oferece atendimento interdisciplinar a crianças, adolescentes e adultos com deficiências, incluindo serviços de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia e oftalmologia.
    • Desenvolve programas específicos para reabilitação visual, auditiva e motora, além de intervenções precoces para recém-nascidos de risco.
  2. Pesquisa Científica:
    • Realiza estudos em temas como neurodesenvolvimento, tecnologias assistivas, adaptação funcional e políticas públicas de inclusão.
    • Publicações em periódicos internacionais e participação em redes de pesquisa colaborativas destacam sua produção acadêmica.
  3. Formação Profissional:
    • Oferece estágios, residências e cursos de especialização para profissionais da saúde, além de integrar disciplinas de graduação e pós-graduação da FCM.
    • Promove eventos científicos e parcerias com instituições nacionais e internacionais.
  4. Extensão:
    • Desenvolve projetos comunitários para promoção da acessibilidade e inclusão social.
    • Atua na elaboração de políticas públicas e na capacitação de gestores em saúde.

Relevância

  • Integração Tripartite: O CEPRE exemplifica a missão da Unicamp ao unir assistência, pesquisa e ensino, impactando diretamente a formação de profissionais críticos e humanizados.
  • Inovação Acadêmica: Seus estudos contribuem para avanços em reabilitação, posicionando a FCM como líder no campo da medicina inclusiva.
  • Impacto Social: Atende demandas do Sistema Único de Saúde (SUS) e populações vulneráveis, reforçando o papel da universidade como agente transformador.
Departamento de Medicina Preventiva e Social
Entidade coletiva · 1983 - atualmente

O Departamento de Medicina Preventiva e Social (DMPS) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp é uma unidade acadêmica dedicada ao estudo, ensino e promoção da saúde coletiva, integrando perspectivas preventivas, sociais e epidemiológicas à formação médica e à pesquisa. Fundado em 1983, durante um período de redemocratização do Brasil e de fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), o DMPS nasceu da necessidade de repensar a medicina além do modelo curativo, priorizando a saúde pública, a equidade e a determinação social das doenças.

Principais Atividades:

  1. Ensino: Oferece disciplinas obrigatórias e optativas na graduação em Medicina, abordando temas como epidemiologia, saúde coletiva, bioética e gestão em saúde. Também atua em programas de pós-graduação, formando mestres e doutores em Saúde Coletiva.
  2. Pesquisa: Desenvolve estudos em áreas como desigualdades em saúde, vigilância epidemiológica, saúde do trabalhador, doenças crônicas e envelhecimento. Mantém projetos em parceria com o SUS, prefeituras e organizações internacionais.
  3. Extensão: Promove ações comunitárias, como atendimentos em unidades básicas de saúde, capacitação de agentes comunitários e projetos de educação popular, fortalecendo a integração universidade-sociedade.
  4. Assistência: Participa de programas de atenção primária e saúde da família, contribuindo para a qualificação de serviços públicos na região de Campinas.

O DMPS representa um pilar da identidade da FCM/Unicamp, refletindo seu compromisso com uma medicina socialmente responsável. Sua atuação multidisciplinar, aliada ao rigor científico e ao engajamento comunitário, reforça o papel da universidade na transformação da realidade sanitária brasileira.

Revista Médica da Unicamp
Entidade coletiva · 1989 - 2002

A Revista Médica da UNICAMP (RMU) foi fundada em outubro de 1989 como órgão oficial de divulgação científica da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Surgiu da necessidade de criar um canal sério e ético para disseminar pesquisas médicas produzidas pela comunidade acadêmica da instituição, incluindo docentes, médicos, residentes e alunos, além de integrar-se com profissionais de saúde externos. Seu lançamento foi marcado pelo editorial do então diretor da FCM, Prof. Dr. José Martins Filho, que destacou a importância de um porta-voz científico para fortalecer a identidade da faculdade e promover a troca de conhecimentos além dos muros universitários.

Estrutura e Funcionamento

A RMU era regida por um regulamento detalhado, que definia sua organização em conselhos executivos, consultivos e editoriais, além de uma Secretaria Geral responsável pela logística e preparação dos materiais. O Conselho Executivo, composto por um Editor Chefe, Associado, Redator Secretário e outros membros, supervisionava todas as etapas editoriais, desde a avaliação de trabalhos até a distribuição da revista. O Conselho Editorial, formado por chefes de departamentos da FCM, assegurava a qualidade científica dos artigos submetidos, enquanto o Conselho Consultivo atuava como fiscal das atividades e sugeria melhorias.

Relevância Científica e Social

A revista destacava-se por publicar trabalhos originais e inéditos, revisões, relatos de casos, resenhas e discussões sobre temas médicos, seguindo rigorosas normas editoriais. Entre seus critérios, exigia-se que os artigos fossem redigidos em português (com resumos em inglês), estruturados em seções como introdução, metodologia e conclusão, e acompanhados de referências bibliográficas padronizadas. A RMU também valorizava a integração com a comunidade, distribuindo exemplares gratuitamente para bibliotecas nacionais e internacionais, promovendo permutas com outras revistas e facilitando o acesso a profissionais de saúde fora do ambiente acadêmico.

Sustentabilidade e Alcance

Era financiada por verbas do Hospital de Clínicas da UNICAMP (HC), vendas de assinaturas, doações e parcerias com a indústria farmacêutica. Sua distribuição incluía doações estratégicas para instituições congêneres, reforçando seu papel na democratização do conhecimento. Além disso, incentivava a participação discente: três acadêmicos da FCM integravam a Secretaria Geral, e dois Assessores Acadêmicos eram indicados pelo Centro Acadêmico Adolfo Lutz, garantindo que estudantes contribuíssem ativamente para a memória e divulgação da publicação.

CELANI, Maria Antonieta Alba.
Pessoa · 09/12/1923 - 16/11/2018

Filha de Ferruccio Celani e Maria A. R. Celani, Maria Antonieta Alba Celani nasce em nove de dezembro de 1923, na cidade de São Paulo. Descendente de imigrantes italianos, cresce tendo contato com o idioma italiano e o dialeto veneziano, o que desperta seu interesse por línguas.
Inicia os estudos acadêmicos na área das Humanidades ao ingressar no curso de Licenciatura em Letras Anglo Germânicas na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em 1943. Conclui a graduação em 1946 e, em 1955, obtém uma bolsa do Conselho Britânico para cursar um ano de Especialização em ensino de inglês como língua estrangeira no Instituto de Educação da Universidade de Londres, na Inglaterra. Em 1957, inicia o Doutorado em Letras Anglo Germânicas na PUC-SP, concluindo-o em 1960 com a tese “A Obra Poética de W. H. Davies”. Entre 1963 e 1964, cursa uma nova Especialização no English Language Institute, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Nos anos de 1995 e 1997, realiza pós-doutorado na Universidade de Liverpool.
Em 1954, ingressa na carreira docente na PUC-SP. Com o auxílio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), cria em 1969 o Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada e Ensino de Línguas (LAEL), pioneiro em toda a América Latina na área da Linguística Aplicada. Maria Antonieta Celani coordenará durante dez anos esse Programa, que posteriormente tem a denominação atualizada para Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem, mantendo a sigla LAEL.
Ao longo de sua trajetória profissional, realiza diversas contribuições em projetos para o ensino instrumental de línguas estrangeiras. Em 1970, cria o Projeto Nacional Inglês Instrumental em Universidades e Escolas Técnicas Brasileiras/ Projeto Ensino de Inglês Instrumental em Universidades Brasileiras. Reconhecido nacional e internacionalmente, o Projeto tem grande impacto na educação nacional, envolvendo mais de vinte universidades, agências de fomento científico como a FAPESP e a Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), além do Conselho Britânico. Como parte desse Projeto, Maria Antonieta Celani cria em 1985 o Centro de Pesquisas, Recursos e Informação em Leitura (CEPRIL), vinculado à PUC-SP e ao LAEL. Em 1995, cria o Programa de Formação Contínua do Professor de Inglês: um Contexto para a Reconstrução da Prática, parceria entre a Associação Cultura Inglesa São Paulo, a PUC-SP, a Secretaria de Estado da Educação de São Paulo e a Secretaria de Educação do Município de São Paulo. Tornado mais recentemente o curso de Especialização em Práticas Reflexivas de Ensino-Aprendizagem de Inglês na Escola Pública, esse Programa é dedicado exclusivamente à formação de professores da rede pública de ensino.
Na área dos periódicos científicos, é membro do corpo editorial de diversas revistas, entre estas, “DELTA”, “Revista Brasileira de Linguística Aplicada”, “Trabalhos em Linguística Aplicada” e “The ESPecialist”. Publica em coorganização diversos livros, entre os quais “The Brazilian ESP Projetct: an evaluation” (1988), “Linguística Aplicada: da Aplicação da Linguística à Linguística Transdisciplinar” e “ESP in Brazil: 25 years of reflection and evolution” (2005). Também organiza obras de referência nas áreas do ensino de língua estrangeira e Linguística Aplicada, como “Professores e formadores em mudança: relato de um processo de reflexão e transformação da prática docente” (2003), “A Abordagem instrumental no Brasil. Um projeto, seus percursos e seus desdobramentos” (2009), e “Reflexões e ações (trans)formadoras no ensino-aprendizagem de inglês” (2010).
Em reconhecimento a sua atuação em prol do ensino de inglês no Brasil, recebe em 1978 o título de “Officer of the British Empire”. Em 2003, recebe o título de Professora Emérita da PUC-SP. Em sua homenagem, são publicados diversos livros no Brasil e no exterior, entre os quais se destacam “Reflections on Language Learning” (1994), “Linguística Aplicada na Modernidade Recente - Festschrift para Antonieta Celani” (2013) e “Maria Antonieta Alba Celani e a Linguística Aplicada: pesquisadores multiplicadores em (inter)ações” (2013).
Maria Antonieta Alba Celani falece na cidade de São Paulo, em 16 de novembro de 2018.