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Departamento de Patologia Clínica
Entidade coletiva · 1982 - 2020

O Departamento de Patologia Clínica (DPC) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp foi oficialmente implantado em 1982 e, até 2020, funcionou como uma unidade independente. Em novembro de 2020, após aprovação pelo Conselho Universitário (CONSU), fundiu-se com o Departamento de Anatomia Patológica (DAP) para formar o atual Departamento de Patologia, visando integração acadêmica e operacional.

Origem e Estrutura

O DPC surgiu com a missão de unir ciência básica e aplicada, contando atualmente com 10 docentes em regime de RDIDP, incluindo professores titulares, associados e doutores, além de colaboradores e pesquisadores. Antes da fusão, era liderado pela Profa. Dra. Célia Regina Garlipp, com infraestrutura que incluía laboratórios estratégicos para análises clínicas e pesquisa.

Principais Atividades

  1. Ensino e Formação:
    O departamento ministra disciplinas para cursos de graduação (Medicina, Enfermagem, Farmácia) e pós-graduação, além de programas de residência médica e aprimoramento. Sua abordagem integrada, reforçada após a fusão, promove a interdisciplinaridade entre áreas como diagnóstico laboratorial e patologia cirúrgica.
  2. Pesquisa Científica:
    Desenvolve projetos em colaboração com outras unidades da Unicamp e instituições internacionais, focando em linhas consolidadas como imunologia, microbiologia e bioquímica clínica. Essas pesquisas são financiadas por agências como FAPESP e CNPq, com resultados publicados em periódicos nacionais e internacionais.
  3. Serviços Clínicos:
    Coordena a Divisão de Patologia Clínica do Hospital de Clínicas (HC), realizando cerca de 190.000 exames/mês. Essa rotina inclui técnicas avançadas como imunofluorescência e métodos moleculares, garantindo alta precisão diagnóstica.
Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria
Entidade coletiva · 1966 - atualmente

O Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria (DPMP), vinculado à Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é uma instituição de destaque no cenário acadêmico e assistencial em saúde mental no Brasil. Criado em 10 de abril de 1966, sob a liderança do Dr. Roberto Silveira Pinto de Moura, o DPMP consolidou-se como um espaço plural, integrando diferentes abordagens teóricas e clínicas, como psicanálise, psiquiatria biológica e métodos qualitativos.

Origem e Marcos Históricos

  • Fundação: Surgiu no contexto da criação da Unicamp, instituída em 1966, com a missão de integrar ensino, pesquisa e assistência em saúde mental.
  • Expansão: Em 1976, sob a chefia do psiquiatra argentino Mauricio Knobel, o departamento expandiu suas atividades, criando ambulatórios especializados em psiquiatria infantil, adolescência e transtornos alimentares, além de estruturar serviços como residência médica e pós-graduação.
  • Infraestrutura: Transferiu-se para o Hospital das Clínicas (HC) da Unicamp em 1986, com a inauguração da Unidade de Internação Psiquiátrica, marcando a integração da psiquiatria ao hospital geral.

Principais Atividades

  1. Ensino e Formação:
    • Oferece disciplinas para graduação em Medicina, residência médica em Psiquiatria (desde 1972) e cursos de pós-graduação stricto sensu em Saúde Mental, com ênfase em psicopatologia, pesquisa clínico-qualitativa e psiquiatria transcultural.
    • Mantém o SAPPE (Serviço de Atendimento Psicológico e Psiquiátrico ao Estudante), voltado para alunos de graduação e pós-graduação.
  2. Pesquisa:
    • Desenvolve estudos em áreas como farmacogenética, transtornos alimentares, saúde mental infantil e suicídio, por meio de laboratórios como o de Psicopatologia Fundamental e Saúde Mental e Cultura.
    • Publicou mais de 90 produções acadêmicas em 2013, incluindo artigos em periódicos internacionais (82,5% do total), destacando-se em rankings de excelência.
  3. Assistência:
    • Atua no HC-Unicamp com ambulatórios especializados (ex.: Neuropsiquiatria Infantil, Saúde Mental do Idoso) e uma enfermaria psiquiátrica integrada ao hospital geral, promovendo cuidado sem estigmatização.

Relevância Institucional

  • Integração Multidisciplinar: O DPMP é reconhecido por sua capacidade de harmonizar diferentes correntes teóricas, como psicanálise e psiquiatria biológica, em um ambiente acadêmico crítico e democrático.
  • Contribuição Nacional: Foi designado Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde (OMS) para pesquisa e treinamento em saúde mental em 1991, reforçando seu papel na formação de profissionais e na produção de conhecimento.
  • Inovação: Pioneiro na implantação de serviços como a enfermaria psiquiátrica em hospital geral (1986), influenciou políticas nacionais de saúde mental.
Departamento de Radiologia
Entidade coletiva · 2004 - 2007

O Departamento de Radiologia (DRX) da FCM-Unicamp é uma unidade acadêmica e de pesquisa dedicada ao ensino, à inovação tecnológica e à prestação de serviços em diagnóstico por imagem e oncologia. Sua história remonta à década de 1960, quando a necessidade de infraestrutura radiológica para o ensino médico motivou protestos estudantis, culminando na instalação do primeiro serviço de radiologia em 1968, em condições improvisadas na Santa Casa de Campinas. Em 1992, após décadas de crescimento, o DRX foi oficialmente instituído como departamento autônomo, consolidando-se como referência na área.

Principais Atividades

  1. Ensino e Formação: O DRX oferece residência médica e programas de pós-graduação, integrando teoria e prática em radiologia diagnóstica, intervencionista e oncologia.
  2. Pesquisa Científica: Produz artigos em periódicos especializados, capítulos de livros e participa ativamente de congressos nacionais e internacionais.
  3. Serviços Clínicos: Presta atendimento por meio de tecnologias de imagem avançadas, vinculado ao Hospital de Clínicas da Unicamp.
  4. Inovação: Desenvolve materiais didáticos audiovisuais e projetos técnicos para aprimorar o ensino e a prática médica.

Relevância Institucional

O DRX destaca-se por sua contribuição histórica para a estruturação da FCM, sendo pioneiro na integração de tecnologia médica no ensino. Sua produção acadêmica (como os 121 artigos publicados em 2008) e a participação em eventos científicos reforçam seu papel na formação de profissionais qualificados e na geração de conhecimento em radiologia e oncologia. Além disso, recebeu prêmios e mantém parcerias, evidenciando reconhecimento nacional e internacional.
Em síntese, o DRX é um pilar da FCM-Unicamp, alinhando tradição acadêmica, excelência em pesquisa e compromisso social na área da saúde.

Departamento de Tocoginecologia

O Professor Bussâmara Neme, docente do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em meados de 1964 recebeu uma carta do Prof. Antônio de Almeida, então diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), indagando se tinha interesse em ser o diretor do Departamento de Tocoginecologia dessa Instituição.
O Professor Neme respondeu dizendo que aceitaria, que estava interessado em assumir a referida função.
Para tanto, licenciou-se do cargo que ocupava na USP.
No final de 1965, pretendendo implantar o Departamento de Tocoginecologia, o Prof. Neme veio para Campinas. Conversou com o Prof. Almeida e este lhe informou que o Prof. Carlos Alberto Salvatore já estaria convidado para assumir o Departamento.
Chateado com esta notícia, o Prof. Neme procurou o Prof. Mário Degni, na ocasião reitor da Unicamp, e depois o Prof. Zeferino Vaz, que sucedera o Prof. Degni na Reitoria, e insistiu que, sendo a Unicamp uma instituição estadual, o cargo deveria ser preenchido por concurso público.
O Prof. Zeferino Vaz editou o concurso, no qual se inscreveram os professores Carlos Alberto Salvatore e Bussâmara Neme.
A Comissão Examinadora era formada pelos professores Jorge de Rezende, professor titular de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro; Prof. Waldemar de Souza Rudge, professor titular de Ginecologia da Faculdade de Medicina de Sorocaba, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, e do Prof. Lucas Machado, professor titular de Obstetrícia e Ginecologia da Universidade Católica de Minas Gerais.
Finalmente em abril de 1966, após o concurso de títulos, o Prof. Dr. Zeferino Vaz, Magnífico Reitor da Unicamp, investiu o Prof. Dr. Bussâmara Neme no cargo de Professor Titular do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. O Prof. Neme deu início às atividades que resultaram na implantação do Departamento.

Implantação do Departamento
Em atenção ao convênio estabelecido entre a Faculdade de Medicina da Unicamp e a direção clínica do Hospital Irmãos Penteado, e com a compreensão do Dr. Francisco Toledo, então diretor da Maternidade do Hospital, o Departamento instalou-se no subsolo dessa Instituição anexa à Santa Casa de Misericórdia de Campinas, em enfermarias que contavam com 20 leitos para a disciplina de Obstetrícia e 16 leitos para a de Ginecologia.
Como dependências auxiliares o Departamento contava, ainda, com uma modesta sala, na qual eram assistidos os partos transvaginais, uma sala com duas macas para pronto-atendimento e uma sala de curativos e/ou de enfermagem. O gabinete do diretor era uma pequena sala que, após adaptação com divisória, comportava um setor de atendimento administrativo e um banheiro anexo.
Como desejava permanecer às noites no Serviço, o Prof. Neme adquiriu um sofá-cama, que durante o período diurno era utilizado pelos médicos assistentes e, às noites, para seu repouso.
O Corpo Clínico: Foram indicados pelo Professor Neme e nomeados pelo Prof. Dr. Antônio Ayrton de Almeida, primeiro Diretor da Faculdade de Ciências Médicas, os seguintes médicos para compor o corpo clínico do Departamento de Tocoginecologia:

1- José Aristodemo Pinotti, formado na Faculdade de Medicina da USP, era na época assistente do Prof. Neme na Faculdade de Medicina de Sorocaba (PUC). Demitiu-se desse cargo para assumir, em regime de tempo integral, suas atividades em Campinas.

2- Jessé de Paula Neves Jorge, ex-residente do Prof. Neme no Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Medicina da USP;

3 e 4 - Eduardo Lane e José Samara, médicos tocoginecologistas atuantes em Campinas.
Na impossibilidade de oferecer assistência diuturna aos 36 leitos, o Prof. Neme, com o apoio de Eduardo Lane e José Samara, médicos muito relacionados com os colegas da cidade, contou ainda com a colaboração dos seguintes médicos:

  1. Oliveiros Valim;

  2. Gilberto Azenha;

  3. Fernando Fernandez de Souza.

  4. Idio Pinto Borges
    Indicados como Assistentes Voluntários, e sem receber remuneração alguma, esses três médicos foram utilíssimos ao assumirem a responsabilidade assistencial, juntamente com os assistentes oficiais, pelos plantões noturnos da Maternidade, que então realizava 3 a 4 partos por dia.

8 e 9 - Foram ainda indicados e nomeados como residentes os médicos Pedro Negrão e Kazue Kawamura, ambos ex-residentes do Prof. Neme nas Faculdades de Medicina de Sorocaba (PUC) e São Paulo (EPM), respectivamente.

10 - A Assistência Neonatal contou desde o início com a cooperação, também voluntária, do Dr. Waldeyer Arouca.

11 e 12 - Finalmente, alguns meses após a implantação do Departamento, foram indicados e nomeados os Drs. Darcy de Vita e João Plutarco Lima, para se encarregarem, respectivamente, dos Setores de Citologia e Patologia.

Com este pequeno grupo de médicos, o Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Medicina deu início às suas atividades assistenciais, de ensino e de pesquisa clínica.
Recebido inicialmente com algumas dúvidas e preocupação pela irmã Thereza, responsável pela chefia do corpo de enfermeiras-auxiliares da Santa Casa, a confiança mútua foi rapidamente estabelecida, criando-se um ambiente de fraterna e profícua cooperação.

Disponível em https://www.fcm.unicamp.br/departamentos/departamento-de-tocoginecologia Acessado em 06 jan. 2022

Departamento de Tocoginecologia
Entidade coletiva · 1966 - atualmente

O Departamento de Tocoginecologia (DTG) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp foi fundado em 1966, após um concurso público que elegeu o Prof. Dr. Bussâmara Neme como seu primeiro professor titular. Inicialmente instalado no subsolo do Hospital Irmãos Penteado (anexo à Santa Casa de Campinas), o departamento contava com apenas 36 leitos e uma equipe reduzida de médicos, muitos atuando de forma voluntária. A estrutura modesta incluía salas para partos, pronto-atendimento e um gabinete improvisado para o diretor, que permanecia no local até mesmo durante a noite.
O DTG combina tradição acadêmica com inovação, sendo essencial para a formação de profissionais, produção de conhecimento e assistência à saúde da mulher. Sua atuação no CAISM e parcerias institucionais reforçam seu papel como referência nacional em tocoginecologia.

Principais Atividades

  1. Ensino e Formação Profissional
    O DTG oferece programas de graduação, pós-graduação e residência médica, com foco em áreas como Saúde Materna e Perinatal, Oncologia Ginecológica e Mamária, e Fisiopatologia Ginecológica. Seu programa de pós-graduação visa formar pesquisadores-docentes capazes de produzir ciência de alto nível, atraindo profissionais como médicos, enfermeiros e psicólogos.
    Além disso, realiza reuniões científicas semanais (às quintas-feiras) para difundir conhecimento sobre saúde da mulher, disponibilizadas online no YouTube.

  2. Pesquisa Clínica e Ética
    Desde 1985, a Comissão de Pesquisa do DTG, vinculada ao Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM), avalia projetos de pesquisa com rigor ético. Pioneira nesse processo, a Profa. Ellen Hardy desenvolveu diretrizes ainda utilizadas hoje, como o documento "Conteúdos mínimos que um protocolo de pesquisa deve fornecer". Em 2019, por exemplo, 82 projetos foram analisados, sendo 81 submetidos à Plataforma Brasil, sistema nacional de registro de pesquisas.

  3. Assistência à Saúde
    O DTG opera em conjunto com o CAISM, hospital referência em saúde da mulher, integrando ensino, pesquisa e atendimento. O CAISM oferece serviços especializados em obstetrícia, ginecologia, oncologia e neonatologia, além de colaborar com redes municipais de saúde e o Hospital de Clínicas da Unicamp.

Relevância Institucional

O DTG é um pilar da FCM/Unicamp, destacando-se por:

  • Integração Multidisciplinar: Articula-se com departamentos como Pediatria e Enfermagem, além de serviços complementares como laboratórios e diagnóstico.
  • Inovação Científica: Publicações em periódicos nacionais e internacionais reforçam sua contribuição para avanços em saúde feminina.
  • Impacto Social: Programas como o Planejamento Familiar (atuante no Jardim das Oliveiras) e tecnologias para redução da prematuridade demonstram seu compromisso com a comunidade.

Liderança Atual

Em 2021, a chefia do departamento estava sob responsabilidade da Profa. Dra. Fernanda Garanhani de Castro Surita, mantendo a tradição de excelência iniciada por figuras como José Aristodemo Pinotti, um dos primeiros colaboradores do Prof. Neme.