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Registro de autoridade

HILST, Hilda

Hilda Hilst nasce em 21 de Abril de 1930 em Jaú, interior de São Paulo. Filha do fazendeiro, ensaísta e poeta Apolônio de Almeida Prado Hilst e de Bedecilda Vaz Cardoso. O casal não chega a se matrimoniar e, em 1932, Bedecilda separa-se de Apolônio, mudando-se para Santos, litoral paulista, com Hilda e Ruy Vaz Cardoso, filho de um relacionamento anterior. Cerca de três anos depois, Apolônio é diagnosticado esquizofrênico paranoico. Daí em diante passará por inúmeras internações e tratamentos até o final de sua vida, que se dará em 24 de setembro de 1966. Após esse diagnóstico e devido aos longos períodos de tratamentos, Hilda se encontrará com o pai raríssimas vezes. Com sete anos ela é matriculada como aluna interna no colégio Santa Marcelina, na cidade de São Paulo. Em 1945 inicia o curso clássico no colégio do Instituto Presbiteriano Mackenzie, concluído em 1948, quando se matricula no curso de Direito do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo. Ali conhece a escritora Lygia Fagundes Telles, amiga e companheira para o resto de sua vida. Forma-se em 1952, mas exercerá a profissão apenas por apenas alguns meses entre 1953 e 1954. Durante o período de bacharelado lançou suas primeiras obras poéticas: 'Presságio' (1950) e 'Balada de Alzira' (1951). Em 1954, depois de uma viagem à Argentina e ao Chile, muda-se para um apartamento de sua mãe em São Paulo. Nos anos cinquenta publica ainda 'Balada do Festival' (1955) e 'Roteiro do silêncio' (1959). Sua produção acelera: em 1960 lança 'Trovas de Muito Amor para um Amado Senhor', em 1961 sai 'Ode Fragmentária' e em 1962 'Sete Cantos do Poeta para o Anjo', que lhe concede o Prêmio Pen Clube de São Paulo. Por volta de 1964, Hilda retorna para o interior do Estado de São Paulo, mudando-se para a Fazenda São José, propriedade de sua mãe, a 11 quilômetros de Campinas. Em 1966 muda-se para a Casa do Sol, local que construiu nas terras da fazenda e que será sua residência até o final da vida, e se casa com o escultor Dante Casarini. Em 1967 publica sua primeira coletânea: 'Poesia 1959-1967'. Nos anos seguintes, Hilda, até então reconhecida como poeta, se dedica a dois novos gêneros: prosa de ficção e dramaturgia. Em apenas três anos compõe oito peças: 'A Possessa' (1967), 'O Rato no Muro' (1967), 'O Visitante' (1968), 'Auto da Barca de Camiri' (1968), 'O Novo Sistema' (1968), 'Aves da Noite' (1968), 'O Verdugo' (1969), vencedora do Prêmio Anchieta, e, por fim, 'A Morte do Patriarca' (1969). Em 1970 publica 'Fluxo-Floema', sua primeira obra em prosa de ficção. No dia 31 de maio do ano seguinte sua mãe falece. Em 1973 lança 'Qadós' e em 1974 retorna à poesia com 'Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão'. Não voltará a escrever dramaturgia novamente. Por sua vez, as produções de poemas e de ficção seguirão em paralelo. Em 1977 publica 'Ficções', que recebe prêmio de 'Melhor Livro do Ano' conferido pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Em 1980 lança três livros: uma nova coletânea, 'Poesia 1959-1979'; um livro de poemas inéditos, 'Da Morte/Odes Mínimas'; e um de prosa de ficção, 'Tu não te Moves de Ti'. No ano seguinte recebe o prêmio da APCA pelo conjunto da obra. Nos próximos anos, nova sequência de publicações: 'A Obscena Senhora D' (1982), 'Cantares de Perda e Predileção' (1983), 'Poemas malditos, gozosos e devotos' (1984), 'Sobre a tua Grande Face' (1986) e 'Com meus Olhos de Cão' (1986). Em 1989 sai 'Amavisse'. Em 1990 são mais três livros: 'O Caderno Rosa de Lori Lamby'; 'Contos d´Escárnio/Textos Grotescos' e 'Alcoólicas'. Depois, segue nova sequência: 'Cartas de um Sedutor' (1991); 'Do Desejo' (1992); 'Bufólicas' (1992) e 'Rútilo nada' (1993). Entre 1992 e 1995, escreve crônicas semanais para o jornal 'Correio Popular', da cidade de Campinas, SP. Suas últimas obras inéditas publicadas são 'Cantares do sem nome e de partidas' (1995) e 'Estar Sendo/Ter Sido' (1997). No dia 4 de fevereiro de 2004 Hilda Hilst falece no Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas. Fontes: DINIZ, Cristiano & DESTRI, Luisa. 'Cronologia'. In: PÉCORA, Alcir (org.). 'Por que ler Hilda Hilst'. SP: Globo, 2010; DUARTE, Edson Costa & FUENTES, José Luís Mora. 'Cronologia'. In: HISLT, Hilda. 'A obscena senhora D'. SP: Globo, 2002; CADERNOS de Literatura Brasileira. São Paulo: Instituto Moreira Salles, n. 8, out. 1999.

Hílio de Lacerda Manna

  • Pessoa
  • 1910-1987

Hílio de Lacerda Manna nasceu no Rio de Janeiro em 1910. Médico de formação, foi professor catedrático de Histofisiologia Experimental da Faculdade Fluminense de Medicina e Veterinária e diretor do Instituto Paulista de Endocrinologia. Atuou na juventude comunista do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e no Socorro Vermelho. Conhecido pelos pseudônimos Luís, Xavier, Dr. Amaral e Horacio Mello, foi diretor da Comissão de Agitação e Propaganda do Comitê Regional do PCB, em São Paulo. Em 1937, foi expulso da organização sob a acusação de fraccionismo trotskista, ao lado dos também militantes Hermínio Sacchetta e Heitor Ferreira Lima. Foi membro do Centro Paulista de Estudos do Petróleo, destacando-se na campanha pelo monopólio estatal do petróleo, em São Paulo. Publicou livros na área de sua atuação profissional e, durante a década de 1950, escreveu nos periódicos "Panfleto", "Jornal da Semana" e "Semanário". Em 1951, foi enviado especial da Presidência da República para África e Oriente Médio. Morreu em 7 de junho de 1987.

Hilda Hilst

Hilda Hilst nasce em 21 de Abril de 1930 em Jaú, interior de São Paulo. Filha do fazendeiro, ensaísta e poeta Apolônio de Almeida Prado Hilst e de Bedecilda Vaz Cardoso.O casal não chega a se matrimoniar e, em 1932, Bedecilda separa-se de Apolônio, mudando-se para Santos, litoral paulista, com Hilda e Ruy Vaz Cardoso, filho de um relacionamento anterior.Cerca de três anos depois, Apolônio é diagnosticado esquizofrênico paranoico. Daí em diante passará por inúmeras internações e tratamentos até o final de sua vida, que se dará em 24 de setembro de 1966. Após esse diagnóstico e devido aos longos períodos de tratamentos, Hilda se encontrará com o pai raríssimas vezes.Com sete anos ela é matriculada como aluna interna no colégio Santa Marcelina, na cidade de São Paulo. Em 1945 inicia o curso clássico no colégio do Instituto Presbiteriano Mackenzie, concluído em 1948, quando se matricula no curso de Direito do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo. Ali conhece a escritora Lygia Fagundes Telles, amiga e companheira para o resto de sua vida. Forma-se em 1952, mas exercerá a profissão apenas por apenas alguns meses entre 1953 e 1954. Durante o período de bacharelado lançou suas primeiras obras poéticas: "Presságio" (1950) e "Balada de Alzira" (1951).Em 1954, depois de uma viagem à Argentina e ao Chile, muda-se para um apartamento de sua mãe em São Paulo. Nos anos cinquenta publica ainda "Balada do Festival" (1955) e "Roteiro do silêncio" (1959).Sua produção acelera: em 1960 lança "Trovas de Muito Amor para um Amado Senhor", em 1961 sai "Ode Fragmentária" e em 1962 "Sete Cantos do Poeta para o Anjo", que lhe concede o Prêmio Pen Clube de São Paulo.Por volta de 1964, Hilda retorna para o interior do Estado de São Paulo, mudando-se para a Fazenda São José, propriedade de sua mãe, a 11 quilômetros de Campinas.Em 1966 muda-se para a Casa do Sol, local que construiu nas terras da fazenda e que será sua residência até o final da vida, e se casa com o escultor Dante Casarini.Em 1967 publica sua primeira coletânea: "Poesia 1959-1967".Nos anos seguintes, Hilda, até então reconhecida como poeta, se dedica a dois novos gêneros: prosa de ficção e dramaturgia. Em apenas três anos compõe oito peças: "A Possessa" (1967), "O Rato no Muro" (1967), "O Visitante" (1968), "Auto da Barca de Camiri" (1968), "O Novo Sistema" (1968), "Aves da Noite" (1968), "O Verdugo" (1969), vencedora do Prêmio Anchieta, e, por fim, "A Morte do Patriarca" (1969).Em 1970 publica "Fluxo-Floema", sua primeira obra em prosa de ficção.No dia 31 de maio do ano seguinte sua mãe falece.Em 1973 lança "Qadós" e em 1974 retorna à poesia com "Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão". Não voltará a escrever dramaturgia novamente. Por sua vez, as produções de poemas e de ficção seguirão em paralelo.Em 1977 publica "Ficções", que recebe prêmio de "Melhor Livro do Ano" conferido pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Em 1980 lança três livros: uma nova coletânea, "Poesia 1959-1979"; um livro de poemas inéditos, "Da Morte/Odes Mínimas"; e um de prosa de ficção, "Tu não te Moves de Ti". No ano seguinte recebe o prêmio da APCA pelo conjunto da obra.Nos próximos anos, nova sequência de publicações: "A Obscena Senhora D" (1982), "Cantares de Perda e Predileção" (1983), "Poemas malditos, gozosos e devotos" (1984), "Sobre a tua Grande Face" (1986) e "Com meus Olhos de Cão" (1986).Em 1989 sai "Amavisse".Em 1990 são mais três livros: "O Caderno Rosa de Lori Lamby"; "Contos d´Escárnio/Textos Grotescos" e "Alcoólicas". Depois, segue nova sequência: "Cartas de um Sedutor" (1991); "Do Desejo" (1992); "Bufólicas" (1992) e "Rútilo nada" (1993).Entre 1992 e 1995, escreve crônicas semanais para o jornal "Correio Popular", da cidade de Campinas, SP.Suas últimas obras inéditas publicadas são "Cantares do sem nome e de partidas" (1995) e "Estar Sendo/Ter Sido" (1997).No dia 4 de fevereiro de 2004 Hilda Hilst falece no Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas.Fontes: DINIZ, Cristiano & DESTRI, Luisa. "Cronologia". In: PÉCORA, Alcir (org.). "Por que ler Hilda Hilst". SP: Globo, 2010; DUARTE, Edson Costa & FUENTES, José Luís Mora. "Cronologia". In: HISLT, Hilda. "A obscena senhora D". SP: Globo, 2002; CADERNOS de Literatura Brasileira. São Paulo: Instituto Moreira Salles, n. 8, out. 1999.

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