João Apolinário Teixeira Pinto nasceu na freguesia de Belas, concelho de Sintra, Portugal, em 18 de janeiro de 1924. Concluiu o ensino secundário em Lisboa, onde frequentou o Colégio Valsassina e o Liceu Camões. Apesar de ter se graduado em Direito pelas Universidades de Coimbra e Lisboa em 1945, optou por dedicar-se ao jornalismo e à poesia. Aos 21 anos foi para a França como correspondente da agência espanhola de informações Logos, onde teve a oportunidade de frequentar a universidade Sorbonne e conhecer intelectuais e artistas como Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, Antonin Artaud, Jean Genet, Marcel Marceau e Édith Piaf. Após retornar a Portugal, casou-se com Maria Fernanda Gonçalves Talline Carneiro em março de 1949, com quem teve dois filhos, João Ricardo e Maria Gabriela. Ambos seguiram, posteriormente, carreiras profissionais no Brasil, o primeiro como compositor, cantor e fundador do grupo brasileiro Secos & Molhados, e a segunda como docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Em novembro de 1950, João Apolinário fez parte do grupo de intelectuais que, reunidos por Manuel Breda Simões, viria a ser responsável pela criação do Teatro Experimental do Porto (TEP). Em 1958, desempenhou o cargo de Secretário na delegação do Porto da Associação Portuguesa de Escritores. Perseguido e preso pela polícia política da ditadura portuguesa devido a uma produção engajada e apartidária, partiu para o exílio no Brasil em dezembro de 1963. Fixou-se na cidade de São Paulo, onde encontrou emprego no jornal “Última Hora”, do qual viria a ser redator, colunista, crítico de teatro e editor de variedades. Após o golpe militar de 1964, como forma de manter a liberdade de seus textos, fez questão de não receber pelas críticas publicadas naquele jornal e também em “O Globo”. Durante o regime de exceção, escreveu sobre um teatro brasileiro que buscava construir uma identidade nacional em meio aos conflitos sociais e políticos daquele período. Conviveu com uma reconhecida geração de diretores, dramaturgos e atores brasileiros, tais como Oduvaldo Viana Filho, Ademar Guerra, Gianfrancesco Guarnieri, José Celso Martinez Corrêa, Augusto Boal, Plínio Marcos, entre outros. Em sua crítica, Apolinário acompanhou e escreveu sobre o trabalho de importantes grupos teatrais do país, como o Teatro Brasileiro de Comédia, o Teatro de Arena e o Teatro Oficina. Em consonância com sua ideia de criação de uma política cultural para São Paulo, foi co-fundador da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) em 1972, ano em que foi eleito presidente da entidade. Retornou a Portugal em 1975, já com a sua segunda esposa, Maria Luiza Teixeira Vasconcelos, logo após a restauração da democracia no país. Morreu de câncer, aos 64 anos, em 22 de outubro de 1988, na vila portuguesa de Marvão.
No dia 9 de julho de 1952, reuniu-se na sede do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) de Batatais, um grupo de homens e mulheres negros e negras para a fundação de uma associação recreativa e beneficente destinada aos “homens de cor”, dando início a Sociedade Beneficente Recreativa Princesa Isabel. Apesar da destinação a um público específico, a Sociedade aceitava a presença de todos que tivessem interesse em suas atividades, tendo surgido como resposta aos clubes contemporâneos que não aceitavam negros em suas sedes. A princípio, as reuniões aconteciam em um salão de bailes alugado da cidade, mas já havia um interesse em ter uma sede própria, cuja construção foi concluída em 1962, financiada com o pagamento de mensalidades, doações e investimento privado. As festas, bailes e desfiles de carnaval (com a Escola de Samba da Princesa, fundada em 1955) contavam com grande comparecimento dos sócios, o que coloca a Sociedade em destaque na cidade. Em 14 de setembro de 1958, foi fundada a Biblioteca José do Patrocínio da Sociedade Recreativa Beneficente Princesa Isabel, o que demonstra a preocupação da Sociedade com a instrução de seus sócios. Além dessas preocupações internas, a Sociedade se relacionava com outras associações da cidade, como é possível perceber na expressiva documentação a respeito do “I Jogos Interclubes de Batatais”, que visava promover a integração e a recreação entre diferentes grupos. Além disso, o próprio fato de sua documentação ter sido depositada na sede do Sindicato dos Metalúrgicos em Batatais, demonstra uma relação interessante entre a Sociedade Princesa Isabel e os trabalhadores da cidade. A Sociedade continua em atividade até o presente e, além das atividades recreativas como festas e bailes, conta também com um núcleo de ensino – Núcleo de Aprendizado Princesa Isabel –, com atividades voltadas a jovens e adultos.
Em 19 de maio de 1901, Luiz Dias Araújo, mais um grupo de pessoas, fundou a Sociedade Beneficente Antônio Bento, em Piracicaba, interior de São Paulo. O objetivo inicial era recolher fundos para a comemoração anual do 13 de Maio. Sem uma sede própria, realizavam festas no largo da Igreja Santa Cruz e no pátio da Escola Agrícola. Em 1908, os estatutos da associação foram reformulados e esta passou a denominar-se Sociedade Beneficente 13 de Maio. A mudança do nome é em parte atribuída à resistência da sociedade local à figura de Antônio Bento, identificado com a ala radical do movimento abolicionista. Mas também é possível que a inscrição da data da abolição no nome da entidade acompanhasse um movimento feito, naquele momento, por outras agremiações no estado de São Paulo. A aproximação com a tônica mais geral que envolvia a organização das sociedades negras nesse período também se revela no novo estatuto, que define ajuda mútua (de socorros médicos, pecuniários e funerários), estímulo à instrução e educação, além de auxílio jurídico como as metas principais da entidade. Sendo assim, ampliando suas atividades, a Sociedade passou a oferecer serviços médicos e farmacêuticos, assistência jurídica, bem como ajuda financeira e funerária aos sócios e suas famílias. Havia também a preocupação em garantir aos negros e negras de Piracicaba um espaço de convivência, onde pudessem desenvolver ações culturais, esportivas e de lazer. Durante toda a sua trajetória, a Sociedade enfrentou dificuldades. Em 1914, problemas financeiros e disputas políticas internas levaram à desativação da agremiação, que foi refundada em 1921. Um marco importante desse momento foi a criação do jornal “O Patrocínio”, empreendimento que envolveu membros destacados da Sociedade, como Alberto de Almeida. Conseguiu ter uma sede própria somente em 1948, localizada na Rua 13 de Maio. Muitos membros da Sociedade trabalharam na construção da sede, o que demonstra sua importância para a população negra piracicabana. Em 1948, depois da sede própria, a Sociedade ganhou também um novo estatuto. Naquele momento, o enfoque maior era a educação, com destaque para a criação do Curso Musical Luiz Gama e do Curso de Alfabetização de Adultos, em funcionamento desde 1935. Além disso, foi pensada a construção de um jardim de infância e de escolas de educação doméstica para os filhos e filhas dos associados. Esse interesse pela instrução dos sócios teve continuidade no estatuto de 1963. A promoção de festas em comemoração à abolição da escravidão sempre permaneceu como atividade importante da Sociedade Beneficente 13 de Maio, constituindo momento de destacada visibilidade pública da entidade. A realização de eventos, como desfiles de escolas de samba e concursos de beleza, constam nas atividades promovidas pela Sociedade 13 de Maio entre as décadas de 1940 e 1980. Atualmente, a Sociedade continua em funcionamento, apesar de contar com redução drástica no número de sócios, principalmente entre os mais jovens, sendo necessário o aluguel de partes da sede para a manutenção do espaço.
O Grêmio Recreativo Familiar Flor de Maio foi fundado em 4 de maio de 1928, na cidade de São Carlos, interior do estado de São Paulo, por um grupo de trabalhadores da antiga Companhia Paulista de Estradas de Ferro (posteriormente, Fepasa). Idealizado por Alfredo Gonçalves, negro e ferroviário, sua criação veio atender às necessidades dos cidadãos negros por ambientes de lazer e sociabilidade, já que eram impedidos de frequentar os demais clubes recreativos da cidade. Seu primeiro estatuto foi aprovado em 4 de maio de 1932, pontuando, entre seus artigos, ser um clube composto por pessoas negras, voltado para o engrandecimento da raça negra no Brasil, com vistas a promover sua educação moral, social e intelectual. Apesar disso, o ingresso de brancos era eventualmente permitido durante grandes festividades como bailes de carnaval, por exemplo. Esse preceito mudaria somente em 1974, quando houve a reformulação do estatuto e a não mais distinção de raça entre seus associados. Como muitos dos clubes negros surgidos no início do século XX, houve também por parte do Grêmio Flor de Maio uma forte preocupação com atividades socioeducativas e a busca por uma efetiva integração da população negra à sociedade. Nesse sentido, em 1937, articulou a criação de uma escola de ensino primário que funcionava com professores cedidos pela prefeitura de São Carlos, inclusive com aulas noturnas. Teve diversas sedes, sempre alugadas, e somente no final da década de 1940, o então prefeito Luiz Augusto de Oliveira fez a doação de um terreno para a construção de seu prédio atual, tombado pelo Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Ambiental de São Carlos (COMDEPHAASC), em 17 de novembro de 2011. Além dos tradicionais bailes e eventos sociais que promovia em sua sede, o Grêmio Flor de Maio esteve intimamente ligado à história do carnaval de São Carlos. A sambista Odette dos Santos, filha dos sócios fundadores José e Nair Balthazar dos Santos, criou com a diretoria do clube a primeira escola de dança de salão de São Carlos, além de ter sido responsável pela fundação da primeira escola de samba da cidade, “Odette e sua Escola de Samba”, passando a ser reconhecida como a principal carnavalesca são-carlense. O Flor de Maio também se voltou ao combate à discriminação racial participando de protestos locais e elaborando eventos culturais ao longo dos anos. Em julho de 1973, promoveu um ciclo de conferências sobre a situação do negro na sociedade brasileira, colocando em pauta a transição da condição de escravizado a cidadão, a marginalização do negro no mercado de trabalho e as problemáticas que atingem especificamente as mulheres negras. Já em 1995, organizou uma passeata em protesto contra a discriminação sofrida por uma menina impedida de frequentar a escola por ser negra. Ainda em atividade, o Grêmio Recreativo Familiar Flor de Maio vem desempenhando importante papel na formação e desenvolvimento cultural da cidade de São Carlos, realizando e apoiando atividades de teatro, grupos de maracatu, a semana da consciência negra, exposições de livros e trabalhos de artistas plásticos, orquestra sinfônica, campeonatos de futebol, bailes, entre outros.
Milton Barbosa nasceu em 12/05/1948, na cidade de Ribeirão Preto (SP). Filho de Iná Barbosa e João Câncio Vieira, irmão de Maria de Lourdes Vieira. Aos três anos mudou-se com a mãe e a irmã para São Paulo, na vila Joaquim Antunes, bairro do Bixiga. Fez seus primeiros estudos na escola S. José, no mesmo bairro em que morava, depois ingressou na Escola Estadual Rodrigues Alves, na Avenida Paulista. Aos quatorze anos, em 1964, começou a trabalhar como auxiliar de escritório na empresa Publicidade Teatral Ribeiro Ltda, onde permaneceu até 1968, período em que interrompeu seus estudos. Nessa época, cursou datilografia e taquigrafia. Aos dezenove anos retomou os estudos e concluiu o ensino básico, sendo que na sequência ingressou no cursinho pré-vestibular. Nessa época trabalhou como calculista de balanços no Supermercado Pão de Açúcar, depois como auxiliar de escritório na Olivetti – Indústria de Máquinas S/A. Desde os dezesseis anos fazia parte da Escola de Samba Vai-Vai e, junto com um amigo, criou uma ala que chamaram de “Levanta que eles vêm chegando”, composta por aproximadamente 30 homens. Depois, já preocupado e refletindo sobre as questões raciais, criou a ala “Cala a Boca”, onde permaneceu até 1980. Desde o final dos anos 1960 e início dos 1970, fez parte do Grupo Decisão, que reunia alguns jovens no centro de São Paulo para discutir sobre as questões raciais. Alguns membros desse grupo se reencontraram na USP e, juntos, publicaram o jornal “Árvore das Palavras”, inspirado na revista “Bondinho” (1970-1972) e no jornal “EX” (1973-1975), que foram experiências de imprensa alternativa durante o período da ditadura militar. Os jovens desse grupo distribuíam os jornais em frente à extinta loja Mappin, no centro de São Paulo. Em 1973, Milton Barbosa foi aprovado para o curso de Economia na Universidade de São Paulo (USP), onde logo se envolveu com o movimento negro e o movimento estudantil, tornando-se diretor do Centro Acadêmico “Visconde de Cairu”, em 1974. Nesse mesmo ano começou a frequentar o Centro de Cultura e Arte Negra (CECAN), com sede na rua Maria José, 450, bairro Bela Vista, junto com Odacir de Matos, tendo sido por meio dessa entidade que Milton estabeleceu contato com outros centros culturais de São Paulo. Também em 1974, ingressou na Liga Operária, onde permaneceu até 1976. Em novembro de 1975, começou a trabalhar na Cia. do Metropolitano de São Paulo como Técnico de Métodos Operacionais, ministrando treinamento aos funcionários de operação. Foi eleito diretor da AEMESP (Associação dos Funcionários Metropolitanos de São Paulo), que mais tarde se tornaria o Sindicato dos Metroviários de São Paulo. Em 1977, foi eleito Vice-Presidente do CECAN e ali promoveu as reuniões para discutir questões raciais que culminaram na criação do Movimento Negro Contra a Discriminação Racial – MNCDR, que depois viria a ser denominado Movimento Negro Unificado. O Movimento foi deflagrado em 1979, após a morte por tortura policial, de Robson Silveira da Luz, primo de Rafael Pinto, integrante do CECAN e um dos criadores do MNU. A reunião que deu origem ao Movimento ocorreu no dia 18 de junho de 1978, e contou com a presença do Grupo Brasil Jovem, do Centro de Estudos Afro Brasileiro (irmãos Prudente e Clóvis Moura), do filho do deputado federal Adalberto Camargo, Adalberto Camargo Filho, representando a Câmara de Comércio Afro Brasileiro e do Núcleo Socialista Afro-Latino América. Foi produzida nesse encontro uma carta aberta, escrita por Milton Barbosa e Hamilton Cardoso, para ser distribuída no ato de lançamento do movimento, programado para acontecer nas escadarias do Teatro Municipal de São Paulo. Ainda como funcionário do Metrô, Milton criou nessa empresa o Núcleo de Negros Metroviários e, nesse mesmo ano, em 1979, foi demitido pelo governo de Paulo Maluf em função de sua atuação junto ao MNU. Entre os anos 1981 e 1982, trabalhou como autônomo na empresa Escala Pesquisa de Mercado SA e, como militante do Partido dos Trabalhadores (PT) e junto a Clóvis de Castro e Flávio Carranza, criou a 1ª. Comissão de Negros do PT. Em 1984 foi readmitido no Metrô, mas permaneceu como diretor nacional do MNU, o que lhe rendeu nova demissão do Metrô, em 1988. Em 1989, passou a atuar na Anhembi Turismo e Eventos da cidade de São Paulo como assessor da Presidência para eventos externos, permanecendo até 1990, quando então criou a Fundação da Associação dos Prestadores de Serviços. Nesse mesmo ano, foi eleito presidente do Centro de Defesa do Negro “Wanderley José Mário”. A partir de janeiro de 1991, passou a colaborar com projetos culturais e de lazer para comunidades carentes e da terceira idade no CMV – Corpo Municipal de Voluntários, onde assumiu o cargo de Assistente da Diretoria de Planejamento. Entre 2002 e 2007, aproximadamente, Milton Barbosa e Regina Lúcia dos Santos fundaram, administraram e ministraram aulas no Curso Pré Vestibular Comunitário “Tereza de Quariterê”, prestando assistência a estudantes que desejavam ingressar na universidade. Milton Barbosa acumulou importantes funções dentro do MNU, tendo sido Coordenador Nacional durante vários anos; Coordenador Estadual de São Paulo entre 1992/1993; Coordenador de Relações Internacionais entre 1994/1995; Coordenador de Formação Política e Organização entre 1995 e 2000; Coordenador Estadual de São Paulo entre 2003 e 2006; e novamente Coordenador de Relações Internacionais entre 2007 e 2010, quando fez um pedido de anistia política e reparação econômica por ter sido perseguido por atuar no Movimento Negro. Milton Barbosa foi casado pela primeira vez com Elenita, com teve uma filha chamada Kaluembi Barbosa. Casou-se pela segunda vez com Maria de Fátima Ferreira, com quem teve 5 filhos: Chindalena Ferreira Barbosa, Andalakituche F. Barbosa, Mutana F. Barbosa, Akinyele Kayode F. Barbosa e Samoury Nugabe F. Barbosa. Atualmente é casado com Regina Lúcia dos Santos, também membro do MNU, e não tiveram filhos. Milton Barbosa é hoje o presidente de honra do MNU.
Hélio Vianna nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, no dia 5 de novembro de 1908, filho do comendador Artur Vianna e de Querubina Martins Vianna. Chegou ao Rio de Janeiro no fim da década de 1920, onde se graduou pela Faculdade de Direito da então Universidade do Rio de Janeiro, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1932. Ainda como estudante participou, em 1931, da reunião convocada por Plínio Salgado para organizar uma corrente em defesa das ideias integralistas. Pouco tempo depois, em 1934, passou a integrar a chamada "ala intelectual" da Ação Integralista Brasileira (AIB), lecionando História do Brasil nos cursos promovidos pelo Departamento de Doutrina da Província da Guanabara da AIB, escrevendo nos veículos do movimento e publicando textos de história política e social do Brasil. Chegou a candidatar-se a um mandato parlamentar pela legenda da AIB ainda em 1934, mas não obteve êxito. Com a implantação do Estado Novo em novembro de 1937, e a dissolução da AIB e demais organizações políticas, afastou-se da atividade militante para dedicar-se à prática docente e à pesquisa histórica. Em 1939, tornou-se o primeiro catedrático de História do Brasil na Faculdade Nacional de Filosofia da então Universidade do Brasil (UB). Em 1941, assumiu a cátedra de História da América na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro. Foi também professor catedrático de História Moderna e Contemporânea da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Instituto Santa Úrsula, na mesma cidade. Durante a década de 1940, associou-se a diversas instituições de pesquisa histórica, aos institutos militares de formação e à academia diplomática brasileira. Foi membro da Comissão de Estudos dos Textos de História do Brasil do Ministério das Relações Exteriores e da Comissão Diretora de Publicações da Biblioteca do Exército. Pertenceu à Academia Portuguesa de História, à Sociedade Capistrano de Abreu, ao Instituto de Coimbra, em Portugal, à Academy of American Franciscan History, de Washington, ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, ao Instituto Histórico de Petrópolis, ao Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco e ao Instituto Histórico de Alagoas. Foi ainda sócio honorário do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe e sócio correspondente dos institutos históricos e geográficos do Amazonas, Pará, Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás. Dentre as obras que publicou, destacam-se entre outras: "Formação brasileira"(1935), "A contribuição de Portugal à formação americana" (1938), "A educação no Brasil colonial" (1938), "História do Brasil colonial" (1945), "História das fronteiras do Brasil" (1948), "Estudos de História Imperial" (1950), "História diplomática do Brasil" (1958) e "Vultos do Império" (1968). Morreu no dia 6 de janeiro de 1972 na cidade do Rio de Janeiro.
