Robert Auguste Edmond Mange, ou Roberto Mange, nasceu em La Tour-de-Peilz, Suíça, no dia 31 de dezembro de 1885. Formou-se em engenharia pela Escola Politécnica de Zurique em 1910. Em 1913, o então diretor da Escola Politécnica de São Paulo, Antônio Francisco de Paula Souza, solicitou professores à Escola Politécnica de Zurique para ministrar aulas no Brasil. Roberto Mange aceita a indicação de lecionar em São Paulo e assume a cátedra de Engenharia Mecânica aplicada às máquinas. Após ter sido convocado para servir durante a Primeira Guerra Mundial, retornou ao Brasil em 1915, indo residir em Ribeirão Pires, próximo à cidade de São Paulo. Com a legislação pertinente ao ensino profissional regulamentada, Roberto Mange tornou-se superintendente do recém criado Curso de Mecânica Prática, depois Escola Profissional de Mecânica do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Defensor do ensino profissional, participou de várias comissões e, em 1929, viajou para Alemanha a fim de observar os cursos profissionais dirigidos aos operários das estradas de ferro. No ano seguinte, organizou o Serviço de Ensino e Seleção Profissional da Estrada de Ferro Sorocabana, do qual foi diretor até 1934. Em 1931, em colaboração com outros especialistas, fundou o Instituto de Organização Racional do Trabalho (Idort), com o qual contribuiria durante muitos anos. Participou de inúmeras comissões, tais como: Comissão de Especialistas para Redação do Código de Educação, em 1933; Comissão Organizadora do Plano de Ensino Profissional, em 1934; e outras ligadas à administração da cidade de São Paulo, relativas à saneamento, urbanização, trânsito e combustíveis. Colaborou com a Escola Técnica Nacional, com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com a Escola Técnica Getúlio Vargas, com a Escola Livre de Sociologia e Política, com o Ministério da Educação e Saúde e com as administrações públicas municipal e estadual. De 1940 a 1942, organizou com líderes industriais como Roberto Simonsen e Euvaldo Lodi, a fundação do Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (Senai) e foi seu primeiro diretor, tendo exercido o cargo até falecer. Em 1947, retornou à Europa buscando novidades para as escolas técnicas. De 1945 a 1955, colaborou na construção de escolas SENAI em Campo Grande (MS), Anápolis (GO) e Porto Velho (RO), e criou o Serviço de Adaptação Profissional de Cegos para a Indústria de São Paulo, em 1953. Foi condecorado com os títulos de Cavaleiro da Legião de Honra da França, Diretor de Honra do IDORT, Professor Emérito da Politécnica de São Paulo e Mérito no grau de pioneiro por serviços prestados à prevenção de acidentes do trabalho, pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Faleceu no dia 31 de maio de 1955, em São Paulo, aos 69 anos.
Nascida na Cidade do Cabo com o nome Zainunnissa (Cissie) Abdurahman, estudou na Universidade de Londres (1918) e obteve o bacharelado em Artes pela Universidade do Cabo, o qual conseguiu concluir apenas em 1932 após diversas interrupções, entre as quais, o casamento com A. H. Gool. No ano seguinte, obteve o título de Mestra em Psicologia pela mesma instituição, fato inédito até então para uma mulher negra. Foi eleita presidente da National Liberation League (NLL), organização que combatia a segregação e o imperialismo. Em 1938, foi eleita presidente da Non-European United Front, que tinha a missão de coordenar a união de organizações congêneres. Nesse mesmo ano, foi a primeira mulher não europeia a ser eleita para o Conselho da Cidade do Cabo, cargo no qual permaneceu até sua morte, lutando pela igualdade dos não-europeus. Em 1943, tornou-se membro da Anti-CAD Organization e do Western Province Unity Movement. No mesmo ano, foi delegada do South African Indian Congress, realizado na região de Transvaal. Nos anos de 1940, participou do Cape Passive Resistance Council.
O Prof. Dr. Fortunato Antônio Badan Palhares, nascido em São Paulo–SP em 27 de junho de 1943, é um renomado médico legista, professor universitário e pesquisador com uma vasta trajetória acadêmica e profissional, especialmente na área de Medicina Legal. Sua formação acadêmica é extensa e diversificada, abrangendo cursos técnicos, graduações, especializações e doutorado. Ele concluiu o Curso Técnico de Laboratório de Análises Clínicas pela FCM/Unicamp em 1967, formou-se em Medicina pela Universidade de Coimbra, Portugal (1967-1971), e também pela FCM/Unicamp (1971-1974). Em 1985, obteve seu doutorado na Unicamp, com a tese intitulada "Efeitos Lesivos Causados pelo Uso Indiscriminado do Gás Lacrimogênio ‘CN’". Além disso, especializou-se em Medicina Legal pelo Conselho Federal de Medicina do Estado de São Paulo.
Trajetória na Unicamp
Na Unicamp, destacou-se por sua atuação tanto acadêmica quanto administrativa. Foi técnico de laboratório no Departamento de Histologia e assumiu diversas funções como docente no Departamento de Anatomia Patológica e Medicina Legal, que posteriormente originou o Departamento de Medicina Legal. Sua progressão acadêmica incluiu cargos de Professor Assistente e Professor Doutor, alcançando posições de liderança, como chefe e vice-chefe do departamento em diferentes períodos (1986-1995). Também coordenou importantes iniciativas, como a integração do Centro Regional de Maus Tratos na Infância ao departamento e o emblemático Projeto Ossadas de Perus (1990-1991), que visava identificar restos mortais de vítimas de violência política durante a ditadura militar brasileira.
Entre outras responsabilidades, foi coordenador de disciplinas na área de Medicina Legal, membro da Comissão de Ética Médica e presidente da Comissão de Revalidação de Diplomas Estrangeiros da FCM/Unicamp, além de atuar no setor pericial do departamento.
Atuação Externa
Fora da Unicamp, Dr. Badan Palhares contribuiu em instituições como o Instituto de Anatomia Patológica e Citopatologia de Campinas, Pontifícia Universidade Católica de Campinas e o Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo e Campinas, onde atuou como médico legista efetivo. Foi professor de Medicina Legal no Instituto Médico Legal de São Paulo e na Academia Nacional de Polícia de Brasília. Também ocupou cargos de liderança em entidades como a Sociedade Brasileira de Medicina Legal, sendo vice-presidente em 1986, e o Centro Regional de Atenção aos Maus Tratos na Infância.
Reconhecimentos e Impacto
Sua carreira é marcada pela excelência no ensino, pesquisa e prática médica, com contribuições significativas à Medicina Legal, perícia forense e ética médica. Foi consultor “ad hoc” de importantes órgãos de pesquisa e membro ativo em conselhos e comissões dedicadas à ética médica, evidenciando seu compromisso com a formação de profissionais e o fortalecimento da ciência no Brasil.
Dr. Badan Palhares é reconhecido como um dos principais especialistas brasileiros em Medicina Legal, com impacto relevante na formação acadêmica, perícia científica e investigações que contribuíram para a justiça e a preservação dos direitos humanos.
Estevão Maya-Maya nasceu José Estevão Maya no povoado de Pano Grosso, em Viana, Maranhão, em 1943, criado por uma tia-avó. Maestro, cantor, compositor, escritor e professor, Estevão estudou música na Academia de Música do Maranhão e nos Seminários de Música da Universidade Federal da Bahia desenvolvendo trabalhos de Canto, Piano, Rítmica, Estruturação, Análise Musical e Composição. Viveu um tempo no Rio de Janeiro antes de se estabelecer em São Paulo nos anos 1970. Bolsista da Pró-Arte no Rio de Janeiro, estudou canto com Sonia Born e análise musical com Esther Scliar. Fez parte da equipe de pesquisas musicais da Fundação de Artes de São Caetano do Sul, tornando-se técnico do Laboratório Experimental de Desenvolvimento Auditivo. Estudou composição com H.J. Koellreutter, além de outros mestres como Margarita Schack e Eugênio Kusnet. Sua rara voz de baixo profundo oferecia três oitavas de extensão, característica que lhe aferiu grande versatilidade. Era musicólogo e compositor, sendo seu maior interesse voltado para pesquisas em torno da música africana e sua contribuição à estética musical brasileira. Maya-Maya também possuía bons conhecimentos em oito idiomas, incluindo russo e dois dialetos africanos. Sua experiência como cantor lírico inclui recitais e concertos como solista ao lado de grandes pianistas e de orquestras como a Sinfônica do Estado de São Paulo – OSESP, além da passagem por palcos como o do Theatro Municipal e o do Teatro Colón, em Buenos Aires. No teatro, emprestou seu talento ao personagem Caifás, na montagem brasileira da ópera-rock “Jesus Christ Superstar”. Além disso, trabalhou no espetáculo “Hair” e no show “Síntese da História do Jazz”. No campo da literatura, tem dois livros publicados, um em parceria com o poeta Vilmar Ribeiro e ocupou a cadeira número 23 da Academia Vianense de Letras. Em 1974, liderou a fundação da Cacupro - Casa da Cultura e do Progresso, entidade negra que funcionou no bairro do Ipiranga, zona sul da capital paulista. O legado de seu estudo distribui-se ao longo de suas obras, desde o musical “Ongira: Grito Africano”, até o coral Cantafro, criação sua – grupo que foi responsável pela trilha sonora do seriado “Abolição”, da Rede Globo e registra aparição num documentário da BBC londrina. Além do Cantafro, Maya-Maya já dirigiu vários outros corais, fundando o Coral Afro-braisleiro “Melodiafro” na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Maya-Maya faleceu em 17 de setembro de 2021 de Covid-19.
Cacilda Lanuza de Godoy Silveira, filha de José De Albuquerque Silveira e Lanuza de Godoy Silveira, nasceu em Campina Grande, em 1 de setembro de 1930 e faleceu em São Paulo, em 17 de junho de 2018. Mãe de Sevani e Marcelo e avó de Amanda, Gabriel, Rafael e Tomás, Cacilda Lanuza foi atriz de rádio, cinema, televisão e teatro. Desde 1978, aposentada de sua profissão, dedicou-se integralmente às questões ambientais, principalmente à luta antinuclear. Organizou o primeiro evento público em defesa das baleias no Brasil em 1979. Autora e intérprete da peça “Verde que te Quero Verde”, em 1982 escreveu o livro “A Semente na Palma da Mão”, também de informações ecológicas. Fundou e presidiu por 13 anos o Grupo Seiva de Ecologia, cujo “boletim” também elaborava. Teve atuação decisiva na inclusão do Artigo 204, de proibição da caça, na Constituição de São Paulo em 1989, após longa e árdua batalha. Recebeu do CGE - Grupo Consciência Ecológica, o título de General na Ecologia. Foi mencionada no livro “Galeria dos Ecologistas” em 1997.
Neusa de Oliveira Bonfante, nascida em 5 de dezembro de 1948, em Barretos-SP, construiu uma carreira marcada por sua dedicação à área da saúde e à administração acadêmica, especialmente no âmbito da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. Sua trajetória profissional começou em 1968, como secretária no Ambulatório do Projeto Jardim dos Oliveiras, uma iniciativa coordenada pelos Professores Dr. José Aristodemo Pinotti e Dr. Miguel Ignácio Tobar Acosta. Após o encerramento do projeto em 1970, Neusa seguiu atuando como secretária na Clínica de Tocoginecologia e Patologia Mamária, que funcionava na Santa Casa de Misericórdia de Campinas, dirigida pelo Prof. Dr. Pinotti.
Em 1986, Neusa ingressou na Reitoria da Unicamp como secretária do Prof. Dr. Pinotti, acompanhando-o em sua trajetória institucional. Posteriormente, foi transferida para o Hospital da Mulher “Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti” (CAISM), onde também contribuiu com o Centro de Pesquisa e Controle das Doenças Materno-Infantis de Campinas como secretária do Prof. Dr. Luis Guillermo Bahamondes. Em 1996, retornou ao CAISM para atuar no Departamento de Tocoginecologia da FCM, permanecendo até sua aposentadoria em 2011. Sua atuação, pautada pela eficiência e comprometimento, foi fundamental para o suporte administrativo de importantes projetos acadêmicos e de assistência médica da Unicamp.
O Dr. José Lopes de Faria (1917-2009), natural do interior de Minas Gerais, foi um dos mais destacados anatomopatologistas do Brasil, com uma carreira que influenciou profundamente a área médica no país e no exterior. Filho de Ortiz Lopes de Faria e Maria Monteiro de Faria, era o primogênito de uma família de oito filhos. Graduou-se em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1941 e iniciou sua trajetória acadêmica como assistente voluntário na mesma instituição (1942-1943), sob a orientação do respeitado professor Baeta Viana, que o incentivou a continuar os estudos.
Ainda jovem, demonstrou inclinação para a pesquisa e a docência. Durante sua formação, trabalhou no laboratório de análises clínicas do Dr. Oromar Moreira, onde também preparava aulas práticas para o curso de Física Biológica. Ao final do curso, defendeu uma tese inovadora sobre os efeitos do tabaco descotinizado, o que chamou a atenção de importantes médicos como o Dr. Otávio Magalhães e abriu portas para sua carreira na USP.
Início de Carreira e Experiência Internacional
Após migrar para São Paulo, Dr. Lopes de Faria integrou o Departamento de Anatomia Patológica da Faculdade de Medicina da USP. Em 1954, obteve uma oportunidade marcante no Instituto de Patologia da Universidade de Freiburg, na Alemanha, sob a direção de Franz Büchner. Lá, destacou-se por suas pesquisas sobre a respiração de aviadores submetidos a grandes altitudes e morte súbita, contribuindo significativamente para o conhecimento médico global sobre o tema, até então restrito a estudos em animais.
Os elogios recebidos de Büchner em cartas enviadas à USP atestam a excelência de seu trabalho: ele foi descrito como um cientista de altíssimo nível, com profundo conhecimento da literatura científica alemã e habilidades notáveis na morfologia e patologia experimental.
Contribuição à Unicamp e Anatomopatologia no Brasil
Em 1963, Dr. Lopes de Faria ingressou na Unicamp, onde desempenhou um papel central na fundação do Departamento de Anatomia Patológica. Tornou-se professor titular em 1965 e dirigiu a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) em dois períodos (1967-1969 e 1972-1976). Sua liderança foi essencial para projetar a Unicamp como referência nacional em patologia.
Dr. Lopes de Faria foi um professor exigente e admirado, deixando um legado acadêmico baseado em ensino sólido e pesquisa experimental. Publicou mais de 80 trabalhos, com quase metade em revistas internacionais, além de cinco teses e monografias. Destacam-se suas investigações sobre lepra, esquistossomose, aneurismas dissecantes, alterações no choque e aterosclerose. Editou cinco livros, incluindo os clássicos "Tumores de Pele" e "Anatomia Patológica Geral", amplamente adotados em cursos de medicina no Brasil.
Reconhecimento e Legado
Aposentado compulsoriamente em 1987, Dr. Lopes de Faria recebeu o título de professor emérito da Unicamp em 1988, uma honraria entregue pelo reitor Paulo Renato Costa Souza. Apesar da aposentadoria, permaneceu ativo, revisando edições de suas obras e contribuindo com a ciência.
Além de ser um cientista brilhante, Dr. Lopes de Faria foi um mentor inspirador. Suas palavras de conselho refletem sua visão de vida: “Trabalhe, para chegar a um bom resultado”. Sua influência persiste, e seu nome é lembrado no Memorial de Anatomia Patológica da Unicamp.
Dr. José Lopes de Faria foi mais do que um anatomopatologista. Ele foi um pioneiro que uniu ensino, pesquisa e compromisso com a excelência, deixando um impacto indelével na medicina brasileira e formando gerações de profissionais.
O professor e médico Dr. Mario Mantovani (1940 - 2010) é figura de grande destaque na medicina brasileira. Nascido em 21 de julho de 1940, em Uberaba (MG), filho de imigrantes italianos, ele formou-se em Medicina pela Escola Paulista de Medicina, atual UNIFESP, em 1968. No ano seguinte, ingressou na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), onde consolidou sua trajetória acadêmica e profissional. Concluiu seu doutorado em 1973, tornou-se professor em 1978, quando obteve a Livre Docência em Cirurgia, e alcançou o título de Professor Titular em 1993.
Pioneirismo na Cirurgia de Trauma
Dr. Mantovani foi um entusiasta da Cirurgia de Urgência e Trauma, tendo criado, em 1987, a Disciplina de Cirurgia do Trauma na Unicamp. Este marco resultou na estruturação do atendimento a casos de urgências traumáticas e não traumáticas no Hospital de Clínicas da universidade, além da criação de uma enfermaria e um ambulatório específicos, que se tornaram referência nacional em ensino e pesquisa. Ele também foi responsável por ministrar disciplinas fundamentais, como Suporte Básico de Vida, Técnica Cirúrgica e Cirurgia do Trauma, contribuindo diretamente para a formação de gerações de médicos.
Legado Acadêmico e Científico
Dr. Mantovani desempenhou papel crucial na formação acadêmica e científica no Brasil. Criou a Residência Médica em Cirurgia do Trauma na Unicamp, voltada à especialização em atendimento a traumas e cirurgias de urgência. Fundou o LICIT (Laboratório de Investigação em Cirurgia do Trauma), localizado no Núcleo de Medicina e Cirurgia Experimental da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, que se tornou um centro de referência em pesquisas experimentais, formando diversos alunos de iniciação científica, mestres e doutores.
Sua contribuição científica é notável: publicou 230 artigos, editou 12 livros, escreveu 149 capítulos de obras, orientou 25 teses de mestrado e doutorado e participou de inúmeras bancas avaliadoras em instituições de todo o país. Organizou 20 congressos nacionais e cinco internacionais, consolidando sua liderança e influência na área.
“Pai das Ligas do Trauma”
Dr. Mantovani é reconhecido como o "pai das Ligas do Trauma" no Brasil. Ele fundou e incentivou a criação dessas ligas em diversas instituições, promovendo a especialidade de forma inovadora e eficiente. Em sua homenagem, ligas em São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro levam seu nome. Foi presidente do primeiro Congresso Brasileiro das Ligas do Trauma (CoLT), realizado em Campinas em 1999, além de presidir outros eventos de grande porte, como o X CoLT e o XXI Panamerican Trauma Congress em 2008, que marcaram a história da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado (SBAIT).
Contribuições Administrativas e Reconhecimentos
Na Unicamp, ocupou cargos administrativos de destaque, incluindo a presidência do Comitê de Ética, a direção do Departamento de Cirurgia e a superintendência do Hospital de Clínicas. Como presidente da SBAIT em três gestões e da Comissão Especial Permanente de Trauma do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, ele consolidou a relevância do Brasil no cenário internacional.
Recebeu 34 homenagens ao longo da vida, sendo 18 delas de turmas de formandos de medicina, um reflexo de seu impacto como educador. Reconhecido por sua dedicação ao ensino, ética profissional e valorização da relação médico-paciente, Dr. Mario Mantovani deixa um legado inestimável, inspirando gerações de profissionais.
Sem dúvida, sua trajetória é um exemplo de excelência e compromisso com a medicina, a pesquisa e a educação, fazendo dele uma referência nacional e internacional em Cirurgia do Trauma e Urgência.
Arlinda Rocha Camargo foi designada para exercer as funções de tesoureira no Conselho Estadual de Educação (CEE) em 1963, sob a presidência de Zeferino Vaz. Assumiu as funções de secretária executiva, ocasião em que contribuiu para os trabalhos da Comissão Organizadora da Unicamp, designada por aquele Conselho em 1965. Sua atuação na Unicamp se deu oficialmente a partir de janeiro de 1967, após a autorização do funcionamento da instituição. “Dona Arlinda”, como era conhecida, atuou à frente da Secretaria Geral (SG) até 1990. Foi responsável pelos registros legais junto a órgãos governamentais, de estruturação e instalação da Universidade, bem como atos e reuniões colegiadas superiores.
