Heitor Ferreira Lima nasceu em Corumbá, Mato Grosso, no ano de 1905, filho de Vicente Ferreira Lima e Isabel Pereira Ferreira Lima. Chegou ao Rio de Janeiro em 1922 e logo integrou a União dos Alfaiates, onde iniciou sua carreira política. Filiou-se ao Partido Comunista do Brasil (PCB) em 1923, do qual foi membro até 1942. Iniciou em 1924 sua atividade jornalística no mensário "O Alfaiate", órgão de divulgação da categoria. Foi o primeiro brasileiro a participar da Escola Leninista Internacional de Moscou, onde residiu de 1927 a 1930. Tornou-se um elo entre o PCB e a Internacional Comunista. Observou a realidade econômica soviética, durante a transição da NEP para os planos quinquenais, período em que se interessou pelos temas da industrialização e do planejamento econômico. Após retornar ao Brasil, esteve preso por duas vezes, entre 1933 e 1939. A partir de 1942, afastado da militância política, firmou-se no meio jornalístico, literário e de tradução e colaborou com vários jornais e revistas do Rio de Janeiro e de São Paulo, entre os quais a "Revista Brasiliense". Em 1944, foi convidado por Roberto Simonsen a integrar o Conselho de Economia Industrial da recém criada Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), onde permaneceu até 1953. Tornou-se especialista em assuntos econômicos e de desenvolvimento industrial e comercial. Dirigiu as revistas "O Observador Econômico e Financeiro" (1942-1955), "Revista Industrial de São Paulo" (1944-1949) e "Boletim Informativo da Fiesp" (1950-1951). Publicou biografia e outros livros sobre política econômica e desenvolvimento industrial, destacando-se as obras "História Político-Econômica e Industrial do Brasil" (1970, 1976) e "História do Pensamento Econômico no Brasil" (1976, 1978). Morreu em 1989 na cidade de São Paulo.
Heinz Ostrower nasceu na Alemanha em 29 de maio de 1912. Ainda jovem ingressou no Partido Comunista de Oposição (KPO). Lutou contra a ascensão do nazismo e contra a política stalinista imposta ao Partido Comunista Alemão. Estudava medicina quando foi preso em 1934 em função de sua militância política. Depois de passar 3 anos na prisão foi deportado, vindo parar no Rio de Janeiro onde já morava seu irmão, Kurt. Para sobreviver, trabalhou no comércio local e retomou a atividade política ministrando cursos de formação marxista e conferências sobre as grandes questões da história contemporânea. Após casar-se com a artista plástica Fayga Perla Krakowski em 1941, ambos naturalizaram-se brasileiros. No final da década de 1970, centrou suas atividades no Centro de Estudos e Ação Comunitária (CEAC), entidade sediada em Nova Iguaçu e voltada para o apoio aos movimentos sociais das populações carentes da Baixada Fluminense e Jacarepaguá. Foi presidente do centro no período entre 1983 e 1989. Morreu em 30 de abril de 1992