Jayr de Paiva Campello nasceu em 13 de dezembro de 1934, no Rio de Janeiro, RJ. Formou-se Engenheiro Químico pela Escola de Química da Universidade Federal do Paraná, em 1959. Chegando na UNICAMP em 1968, Jayr de Paiva Campello foi contratado como Assistente-Doutor junto ao Instituto de Química. Considerado um grande pesquisador na área de Química Orgânica, faleceu no dia 10 de outubro de 1976. Dentre os títulos obtidos e cargos os quais Jayr de Paiva Campello ocupou, destacam-se: Doutorado em Bioquímica - Instituto de Bioquímica /Universidade Federal do Paraná (1967) Master in Science - Universidade de Indiana / USA (1963-1965) Engenheiro Químico - Escola de Química Universidade /Federal do Paraná (1955-1959) Professor Titular do Departamento de Química do Instituto de Química/UNICAMP Coordenador da Comissão de pós-graduação do Instituto de Química. (1972 1974 / 1974 1976) Representante dos Professores Titulares junto ao Conselho Diretor da UNICAMP (1973 1975) Representante do Instituto de Química junto a Câmara Curricular (1971 1973 / 1973 1975) Diretor Associado do Instituto de Química UNICAMP (1969 - 1975) Diretor substituto do Instituto de Química/UNICAMP (de 1 à 31 de julho de 1969 / de 1 à 31 janeiro de 1970 / de 1 de setembro à 30 de novembro de 1973) Representante do Instituto de Química junto à Comissão de Ensino/UNICAMP (1970 -?) Diretor Associado do Instituto de Química Atividades da Câmara Curricular/UNICAMP (1969 1971) Membro da Comissão de Planejamento da Cidade Universitária.
Januário Garcia Filho nasceu em Belo Horizonte no dia 16 de novembro de 1943. Januário foi um dos quatro filhos de uma família pobre, moradora da periferia da capital mineira. Seu pai morreu quando Januário tinha 4 anos, sendo então criado até os 12 anos pela mãe, quando ela faleceu ainda muito jovem, aos 36 anos, por volta de 1955. Januário Garcia chega ao Rio de Janeiro aos 13 anos, indo morar nas ruas e abrigos públicos da cidade. Levado ao Serviço de Amparo ao Menor (SAM) aos 16 anos, foi voluntário da Tropa de Paraquedista do Exército aos 17, onde fez curso de Infante Paraquedista e, completou o ensino fundamental e ensino médio. Foi nessa ocasião que comprou sua primeira câmera fotográfica, fazendo fotos dos colegas no quartel. Após sair do quartel e sobreviver de outras atividades, Januário retornou à fotografia na década de 1970, iniciando assim sua carreira profissional com o incentivo de Ana Maria Felippe, sua esposa, que o alavancou na profissionalização. Fotografou para jornais alternativos da época, prestando serviços como freelancer para a grande imprensa, começando pela Tribuna da Imprensa e, com o tempo, para outras redações: O Globo, Jornal do Brasil, O Dia, A Notícia, Revista JB e algumas publicações da Editora Bloch. Foi convidado para participar da fundação da Photo Galeria, organização voltada para a venda de fotografia de arte, onde conheceu George Racz que mais tarde o convidou para ser seu assistente. Montou um estúdio e foi trabalhar com publicidade, encontrando as travas raciais estruturais impostas à população negra ao tentar ocupar um espaço social não reservado à ela. Durante todo tempo que fotografou para publicidade, o único fotógrafo negro que encontrou, nessa área, foi Walter Firmo e, tinha, ainda, uma referência do fotógrafo negro, José Medeiros. Sua chegada ao Movimento Negro se deu na ocasião em que era assistente do Racz, pois ele havia implantado um curso de fotografia no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro onde o próprio ministrava aulas, sendo considerado um dos melhores cursos de fotografia da cidade do Rio de Janeiro. Em um determinado momento, Januário foi convidado a substituir Racz, como professor. Em 1975, havia um aluno negro no Curso, José Ricardo D´Almeida, que viu sobre sua mesa, uma revista negra americana Ebony, periódico que Januário comprava para desenvolver seu inglês e acompanhar as lutas pelos direitos civis nos Estados Unidos. Esse número da revista falava em Malcolm X. Ao ver a revista o aluno convidou Januário Garcia à uma reunião de um grupo de negros realizada aos sábados, no Centro de Estudos Afro-asiáticos na Universidade Cândido Mendes em Ipanema. Ao fim da reunião, Januário percebeu que ali estava sendo escrita uma nova história na sociedade brasileira. Voltou nas reuniões seguintes e começou a fotografar as reuniões do Movimento Negro. Essa documentação fotográfica passou a ser seu trabalho pessoal e ao mesmo tempo sua ferramenta de participação na luta e na história do Movimento Negro Brasileiro. Januário documentou brasileiros afro-descendentes nos mais diversos aspectos da vida: social, político, cultural e econômico, criando um monumental acervo fotográfico que relata a história contemporânea dos negros do Brasil demonstrada em belíssimas imagens, capturadas por sua sua lente. As imagens retratam a luta diária do negro para conseguir se inserir nessa sociedade, seu cotidiano, sua cultura, a alegria durante o carnaval entre tantos outros momentos. São registros que nos permitem adentrar suas casas e transitar pela história de lutas e conquistas do movimento negro no Brasil. Através destas imagens é possível serem encontradas, ainda nos dias de hoje, marcas e reflexos de um passado não superado. Januário estava internado no Hospital São Lucas, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, e morreu na noite de 30 de junho de 2021, em decorrência da COVID-19.
Janaína Lima nasceu em 8 de outubro de 1975 no estado do Rio Grande do Norte, sendo registrada em Araruna, Paraíba. Formou-se em pedagogia pela Universidade Paulista (Unip) de Campinas, onde residiu até o seu falecimento. Janaina Lima foi uma travesti feminina, negra, militante dos movimentos LGBTQIA+, em especial na defesa dos direitos travesti e transexuais. Além de pedagoga, foi também educadora social, vendedora autônoma e profissional do sexo. Em seu arquivo constam mais de 30 palestras realizadas em torno do tema da travestilidade por diversos estados do país, tais como Bahia, Goiás, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, entre outros. Atuou na militância política como participante do Grupo Identidade de Campinas e fez parte do Conselho Municipal de Atenção à Diversidade de São Paulo desde 19 de dezembro de 2012, sendo a primeira presidenta travesti do conselho no ano de 2014. Foi, ainda, membro da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). Janaína faleceu no dia 3 de setembro de 2021, vítima de um ataque cardíaco.
Monsenhor Jamil Nassif Abib, ou padre Jamil, nasceu em 4 de março de 1940 na cidade de Canitar, São Paulo. Foi ordenado sacerdote na Catedral de Piracicaba no dia 09 de janeiro de 1966 pelo rito Bizantino Greco-melquita, pela imposição das mãos de dom Elias Coueter. No dia 16 do mês seguinte, iniciou seu trabalho em Rio Claro. Em 1969 foi transferido para Santa Maria da Serra e, em 1973, para a Paróquia Santa Cruz e São Dimas, em Piracicaba. Em fevereiro de 1975, retornou a Rio Claro, tomando posse como pároco da Paróquia São João Batista e assumindo também a missão de Vigário Episcopal da Região Pastoral de Rio Claro. Foi agraciado com o título de Monsenhor Capelão Pontifício, nomeado pelo Papa João Paulo 2º, em 6 de setembro de 1988. Desde fevereiro de 2006 é pároco da Catedral da cidade de Piracicaba, coordenando também as capelas São Benedito, Nossa Senhora Aparecida, Divino Espírito Santo e Nossa Senhora das Graças (Dispensário dos Pobres). Possui especialização em museologia, arquivologia e arte sacra e mestrado em história. Ele se destaca na área de história, história da Igreja, museologia, patrimônio histórico e artístico e filatelia. Foi por muitos anos conselheiro do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo). Como pesquisador do Centro de Estudos e Pesquisas para a História da Igreja no Brasil CEPEHIB, atua nas questões ligadas à necessidade de definição de uma política cultural e documental voltada para os arquivos eclesiásticos e juntou, ao longo de anos de trabalho eclesiástico, imensa coleção documental sobre a Igreja Católica no Brasil.
