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Tipo de entidade
Forma autorizada do nome
Sérgio Buarque de Holanda
Forma(s) paralela(s) de nome
Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras
Outra(s) forma(s) de nome
identificadores para entidades coletivas
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Datas de existência
Histórico
Sérgio Buarque de Holanda, jornalista, crítico literário, sociólogo e historiador, nasceu na cidade de São Paulo em 1902. Fez o curso primário na Escola Caetano de Campos e o secundário no Ginásio de São Bento. Formou-se na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em 1925. Embora não tivesse participado da Semana de Arte Moderna em 1922, tornou-se o representante da revista Klaxon, editada em São Paulo pelos modernistas. Com Prudente de Moraes Neto e Afonso Arinos de Melo Franco, publicou a revista Estética (1924). Colaborou com regularidade no Jornal do Brasil e na Revista do Brasil (2ª fase). Permaneceu na Alemanha, de 1928 a 1930, como correspondente dos Diários Associados. Inaugurando a Coleção Documentos Brasileiros dirigida por Gilberto Freyre, publica em 1936, seu primeiro livro, Raízes do Brasil. Foi professor da Universidade Federal do Distrito Federal (1936), chefe da Seção de Publicações do Instituto Nacional do Livro (1937-1944), diretor da Divisão de Consultas da Biblioteca Nacional (1946-1958), professor de História da Civilização Brasileira da USP (1956) - função em que se aposentou exercendo o cargo de chefe do Departamento de História do Brasil (1968). Foi presidente da Associação Brasileira de Escritores (1946 e 1947) e da Seção Regional de São Paulo da mesma entidade (1950). Trabalhou como crítico literário do Diário de Notícias (1943-1944) e do Diário Carioca (1951-1952). Reuniu em volume uma seleção de artigos de jornal, sob o título Cobra de vidro (1944) e publicou em 1945 o livro Monções, sobre a história paulista. Participou, sucessivamente, de três comitês da Unesco, em Paris, e pronunciou uma série de conferências na Sorbonne. Participou, também, em 1950, do Primeiro Seminário Internacional de Estudos Luso-Brasileiros, em Washington, além dos Colóquios Luso-Brasileiros, em Salvador (1959), e nas Universidades de Harvard e Columbia (1966). Na Itália (1953-1954) lecionou na Universidade de Roma, na cadeira de Estudos Brasileiros. Participou do IX Rencontres Internationales de Geneve, com a conferência L´ Europe et le Nouveau Monde. Publicou em 1957, o livro Caminhos e Fronteiras. Entrou para a Academia Paulista de Letras, em 1958, na vaga de Afonso de E. Taunay. Com a tese Visão do Paraíso (os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil), efetiva-se por concurso na Faculdade de Filosofia da USP, para reger a cátedra de História da Civilização. O texto corrigido e ampliado foi editado em 1959 pela Coleção Documentos Brasileiros. Foi diretor do Instituto de Estudos Brasileiros da USP (1962-1964). A convite da Universidade do Chile (Centro de Investigações de História Americana), ministrou curso e organizou seminários de História do Brasil. A convite do governo norte-americano, em 1965, percorreu várias universidades fazendo conferências e participando de seminários nas universidades de Columbia, Harvard e Califórnia (Los Angeles). Como Professor Visitante esteve na Universidade de Indiana e na New York State University. Aposentado em 1969, não interrompeu suas atividades como escritor, continuando à frente de publicações como a História Geral da Civilização Brasileira, da História do Brasil e da História da Civilização (coleção Sérgio Buarque de Holanda), entre outras atividades. Publicou, em 1975, Velhas Fazendas e, em 1979, Tentativas de Mitologias. Recebeu em 1980 dois prêmios: o Juca Pato, da União Brasileira dos Escritores, e o Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro. Em 1986 foi publicado a sua obra póstuma O Extremo Oeste. Foi casado com Maria Amélia Alvim Buarque de Holanda e teve sete filhos: Heloísa Maria, Sérgio, Álvaro Augusto, Francisco, Maria do Carmo, Ana Maria e Maria Cristina. Faleceu na cidade de São Paulo, onde residia, em 24 de abril de 1982.