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Registro de autoridade

Stanley Julian Stein

  • Pessoa
  • 1920-2019

Stanley Julian Stein nasceu em Nova York, Estados Unidos, no dia 08 de junho de 1920, filho de Joseph Louis Stein e Rose Epstein, judeus imigrantes da Polônia e Ucrânia. Graduou-se pelo City College de Nova York em 1941. Logo em seguida, deu início ao curso de pós-graduação pela Universidade de Harvard, inicialmente com interesse nas áreas de estudos da linguagem e literatura. Em 1942, com financiamento de uma bolsa do Programa Roosevelt, fez sua primeira viagem de pesquisa ao Brasil. Interrompeu temporariamente os estudos para servir na Marinha americana durante a Segunda Guerra Mundial. Antes de partir em missão para o Mediterrâneo, casou-se, em setembro de 1943, com a também historiadora e bibliógrafa de assuntos ibéricos e latino-americanos Barbara Ballou Hadley (1916-2005), a quem havia conhecido no Brasil. Terminado o conflito, Stanley Stein retornou à Harvard em 1946, dessa vez decidindo-se pelo campo da História, e tornou-se aluno de Clarence H. Haring (1885-1960), importante acadêmico de história latino-americana. Influenciado pelos estudos sobre os ciclos econômicos, delimitou o tema de sua tese: o desenvolvimento das fazendas de café no século XIX. Viajou para o Rio de Janeiro em junho de 1948, onde permaneceu até setembro de 1949. Escolheu como objeto de estudo o município de Vassouras que, na segunda metade do século XIX, havia sido o maior produtor mundial de café. Além disso, dispunha da farta documentação no Arquivo da Câmara Municipal e nos cartórios públicos para realizar sua pesquisa. Uma contribuição importante no repertório de fontes e na perspectiva do trabalho se deu após o contato com os antropólogos Melville Jean Herskovits (1895-1963) e Frances S. Herskovits (1897-1972), a quem Barbara havia conhecido anos antes durante suas pesquisas na região Nordeste do Brasil. Essa experiência fez com que Stanley Stein acrescentasse à sua análise documentos dos arquivos particulares das famílias locais, entrevistas com pessoas que viveram no período da escravidão, gravações de jongos entoados por habitantes da região de Vassouras, além do rico inventário fotográfico que realizou. Defendida em 1951, a tese foi publicada em 1957 com o título "Vassouras, a Brazilian Coffee Country, 1850-1900". O livro foi reimpresso e reeditado várias vezes nos Estados Unidos e no Brasil, sendo considerado um clássico dos estudos sociais e econômicos no que tange às origens, apogeu e declínio do café. A partir de 1970, Stanley J. Stein e Barbara H. Stein publicaram em conjunto uma série de trabalhos sobre a Espanha e sua relação com os territórios ultramarinos, e que trouxeram a ambos um alto reconhecimento acadêmico. O primeiro e mais conhecido deles, "The Colonial Heritage of Latin America". Em seguida, suas pesquisas resultaram em mais três importantes publicações: "Silver, trade, and war: Spain and America in the Making of Early Modern Europe" (2000), "Apogee of Empire: Spain and New Spain in the Age of Charles III, 1759–1789" (2003) e "Edge of Crisis: War and Trade in the Spanish Atlantic, 1789-1808" (2009). Os trabalhos significativos dos Steins renderam-lhes o maior prêmio da American Historical Association para acadêmicos seniores. Em 2018, a Universidade de Princeton, onde Stanley J. Stein lecionou até a sua aposentadoria, adquiriu uma valiosa coleção de manuscritos brasileiros, uma homenagem às contribuições de Stanley e Barbara Stein para as coleções latino-americanas da biblioteca e também para os estudos em Princeton.

Stein

STEIN, Stanley J., 1920-

O historiador Prof. Stanley Julian Stein nasceu em New York, NY, nos Estados Unidos, em 08.06.1920. Formou-se na Harvard University na década de 1950. Em 1942 Stein com uma bolsa do Programa Roosevelt fez sua primeira viagem para o Brasil. Especializou-se em História da América Latina e influenciado pelos estudos sobre os “ciclos econômicos”, delimitou o tema de sua tese: o desenvolvimento das fazendas de café no século XIX. Viajou para o Rio de Janeiro em 1948, onde permaneceu até 1949. Escolheu como objeto de estudo o município de Vassouras que na segunda metade do século XIX havia sido o maior produtor de café do mundo e, além disso, dispunha da documentação necessária no Arquivo da Câmara Municipal e nos cartórios públicos para realizar sua pesquisa. A essas fontes Stein associou ainda documentos guardados nos arquivos particulares das famílias locais, jornais locais, entrevistou pessoas que viveram no período da escravidão. Stein gravou jongos, entoados por habitantes da região de Vassouras. O material recolhido pelo pesquisador passou muitos anos adormecido em uma bobina de arame em seu arquivo pessoal, mas em 1999, motivado pela curiosidade do antropólogo Gustavo Pacheco, a bobina foi localizada e doada ao AEL. Stein fotografou fazendas de café e aspectos da cidade de Vassouras, bem como alguns de seus entrevistados. Essas fotografias foram guardadas juntamente com imagens doadas pelo Arquivo Nacional e reproduções de litografias de Victor Frond que ele utilizou em sua pesquisa e depois como ilustração para seu livro sobre Vassouras. Esse material iconográfico foi localizado em 2007 e posteriormente doado ao Arquivo Edgard Leuenroth. Boa parte das imagens recolhidas pelo autor faz parte do álbum fotográfico que ilustrava sua tese de doutorado sobre economia cafeeira em Vassouras-RJ. Defendida em 1951, a tese foi publicada em 1957 com o título: Vassouras, a Brazillian Coffee Country, 1850-1900. Esse livro foi reimpresso e reeditado várias vezes nos Estados Unidos e no Brasil.
A produção acadêmica de Stanley J. Stein abrange, além de estudos sobre Brasil, México ou América Latina, importantes trabalhos sobre a história da Espanha e da América espanhola.

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