A história do Grupo Ação Lésbica Feminista (GALF) começa em fevereiro de 1979, quando mulheres lésbicas passaram a participar das reuniões do Grupo SOMOS, coletivo militante homossexual pioneiro da cidade de São Paulo. Dois meses depois, em abril, os editores do jornal carioca “Lampião da Esquina” fizeram um convite para que as mulheres do SOMOS produzissem um artigo sobre homossexualidade feminina, matéria que foi publicada na edição de maio daquele ano sob o título “Nós também estamos aí”. Logo após esse evento, algumas integrantes do grupo que se reuniu para a elaboração do texto decidiram formar um subgrupo exclusivamente de mulheres dentro do SOMOS, oficializando-o como subgrupo Lésbico-Feminista em junho de 1979. As razões para essa decisão estariam na necessidade de se dar continuidade às discussões especificamente lésbicas, episódios de machismo vivenciados nos subgrupos mistos do SOMOS e o fato de o grupo não tomar posição quanto a dupla discriminação sofrida pelas lésbicas, como mulheres e homossexuais. A partir de então, o subgrupo Lésbico-Feminista passou a desenvolver uma série de atividades autônomas, aproximando-se também do movimento feminista: elaborou um roteiro lésbico da cidade de São Paulo a partir de entrevistas sobre locais abertos às mulheres homossexuais; participou da II Semana Feminista de Campinas realizada em outubro de 1979; integrou as reuniões de organização do II Congresso da Mulher Paulista, realizado nos dias 8 e 9 de março de 1980 no Teatro da PUC-SP, onde pôde enriquecer as discussões sobre a sexualidade feminina; participou do I Encontro Brasileiro de Grupos Homossexuais Organizados (I EBHO) e do I Encontro Brasileiro de Homossexuais, realizados nos dias 4, 5 e 6 de abril de 1980, onde levantou a questão do machismo gay e da importância da formação de coletivos compostos exclusivamente por mulheres. Contudo, o acirramento das divergências com os demais integrantes do SOMOS levaram a grande maioria das mulheres do subgrupo à declarar sua autonomia em 17 de maio de 1980, dando início ao Grupo Lésbico-Feminista (LF). Por essa época, o coletivo participou das manifestações em repúdio à violência policial empreendida contra homossexuais e prostitutas no centro de São Paulo; do I Encontro dos Grupos Feministas de São Paulo (mais conhecido como encontro de Valinhos), realizado nos dias 21 e 22 de junho de 1980; e dividia uma sede localizada no bairro Vila Madalena com o grupo feminista Brasil-Mulher. Em outubro de 1980, o Grupo Lésbico-Feminista sofre um racha devido a uma série de conflitos internos, o que resulta na saída de algumas militantes. Entre as dissidentes, uma parte criaria o grupo Terra Maria – Opção Lésbica (de curta duração) e outras passariam a atuar em organizações feministas como o SOS Mulher. Mesmo reduzido e abalado por conta dessas saídas, o grupo conseguiu persistir, com altos e baixos, até meados do ano seguinte. Nos dias 8 e 9 de março de 1981, participou do III Congresso da Mulher Paulista, onde realizou o lançamento do jornal “Chanacomchana”. Em 25 e 26 de abril, participou do I Encontro Paulista de Grupos Homossexuais Organizados (I EPHO), realizado na Faculdade de Ciências Sociais da USP. Seguiu ainda com algumas atividades de menor relevância até julho de 1981, quando suas militantes se dispersaram. Em 17 de outubro de 1981, as remanescentes do LF Míriam Martinho e Rosely Roth (1959-1990) decidiram então fundar o Grupo Ação Lésbica Feminista (GALF) com novas colaboradoras. O grupo retoma a publicação do periódico “Chanacomchana” em dezembro de 1982, desta vez em formato de boletim. Dividiram uma sede por três anos com o Grupo Outra Coisa – Ação Homossexualista. Em 1984, tentaram dividir um espaço com o Centro Informação Mulher (CIM), o que acabou não funcionando. A partir de 1985, o GALF passou a reunir-se na casa de uma de suas integrantes e assim permaneceu até o seu final em 1990. Junto dos demais grupos do Movimento Homossexual Brasileiro (MHB), participou da campanha vitoriosa pela desclassificação da homossexualidade como transtorno e desvio sexual, adotada pelo INAMPS. Em 1990, em um novo ciclo de ativismo, integrantes do já extinto GALF (Luíza Granado e Míriam Martinho) fundaram a Rede de Informação Um Outro Olhar, que foca seu trabalho na coleta e veiculação de informações sobre lesbianidade, homossexualidade e feminismo como instrumentos de conscientização lésbica e de conquista de cidadania.
O Departamento de Tocoginecologia (DTG) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp foi fundado em 1966, após um concurso público que elegeu o Prof. Dr. Bussâmara Neme como seu primeiro professor titular. Inicialmente instalado no subsolo do Hospital Irmãos Penteado (anexo à Santa Casa de Campinas), o departamento contava com apenas 36 leitos e uma equipe reduzida de médicos, muitos atuando de forma voluntária. A estrutura modesta incluía salas para partos, pronto-atendimento e um gabinete improvisado para o diretor, que permanecia no local até mesmo durante a noite.
O DTG combina tradição acadêmica com inovação, sendo essencial para a formação de profissionais, produção de conhecimento e assistência à saúde da mulher. Sua atuação no CAISM e parcerias institucionais reforçam seu papel como referência nacional em tocoginecologia.
Principais Atividades
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Ensino e Formação Profissional
O DTG oferece programas de graduação, pós-graduação e residência médica, com foco em áreas como Saúde Materna e Perinatal, Oncologia Ginecológica e Mamária, e Fisiopatologia Ginecológica. Seu programa de pós-graduação visa formar pesquisadores-docentes capazes de produzir ciência de alto nível, atraindo profissionais como médicos, enfermeiros e psicólogos.
Além disso, realiza reuniões científicas semanais (às quintas-feiras) para difundir conhecimento sobre saúde da mulher, disponibilizadas online no YouTube. -
Pesquisa Clínica e Ética
Desde 1985, a Comissão de Pesquisa do DTG, vinculada ao Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM), avalia projetos de pesquisa com rigor ético. Pioneira nesse processo, a Profa. Ellen Hardy desenvolveu diretrizes ainda utilizadas hoje, como o documento "Conteúdos mínimos que um protocolo de pesquisa deve fornecer". Em 2019, por exemplo, 82 projetos foram analisados, sendo 81 submetidos à Plataforma Brasil, sistema nacional de registro de pesquisas. -
Assistência à Saúde
O DTG opera em conjunto com o CAISM, hospital referência em saúde da mulher, integrando ensino, pesquisa e atendimento. O CAISM oferece serviços especializados em obstetrícia, ginecologia, oncologia e neonatologia, além de colaborar com redes municipais de saúde e o Hospital de Clínicas da Unicamp.
Relevância Institucional
O DTG é um pilar da FCM/Unicamp, destacando-se por:
- Integração Multidisciplinar: Articula-se com departamentos como Pediatria e Enfermagem, além de serviços complementares como laboratórios e diagnóstico.
- Inovação Científica: Publicações em periódicos nacionais e internacionais reforçam sua contribuição para avanços em saúde feminina.
- Impacto Social: Programas como o Planejamento Familiar (atuante no Jardim das Oliveiras) e tecnologias para redução da prematuridade demonstram seu compromisso com a comunidade.
Liderança Atual
Em 2021, a chefia do departamento estava sob responsabilidade da Profa. Dra. Fernanda Garanhani de Castro Surita, mantendo a tradição de excelência iniciada por figuras como José Aristodemo Pinotti, um dos primeiros colaboradores do Prof. Neme.
A Câmara de Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, também conhecida como Comissão de Pesquisa, foi criada por meio da Portaria DFCM n.º 05/86. Sua função inicial era implementar a política de pesquisa definida pela Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) da Unicamp e administrar o Fundo de Apoio à Pesquisa (FAP), um recurso financeiro destinado a fomentar a pesquisa na unidade.
Reestruturação e Ampliação das Atividades
Em julho de 1994, a Comissão de Pesquisa passou por uma reestruturação significativa, que ampliou substancialmente suas atribuições e objetivos. Desde então, sua missão principal tem sido oferecer suporte à comunidade científica da FCM. Entre suas atividades destacam-se:
- Apoio Financeiro à Pesquisa: A Comissão passou a gerenciar programas específicos para financiar a execução de projetos científicos desenvolvidos por docentes e pesquisadores da unidade.
- Criação e Organização de Banco de Dados: Outra atribuição importante é a coleta e organização de informações acadêmicas relevantes, formando um banco de dados que auxilia na gestão e na divulgação do conhecimento científico.
Com essas iniciativas, a Comissão vem cumprindo seu papel de estimular a pesquisa e promover a divulgação das atividades acadêmicas realizadas na FCM.
Colaboração com a Pró-Reitoria de Pesquisa
Em parceria com a PRP, a Comissão de Pesquisa atua como suporte para os docentes da FCM no acesso e na gestão de recursos financeiros alocados para atividades de pesquisa. Por meio de sua secretaria, oferece um ponto de apoio estratégico para a utilização desses recursos, garantindo que estejam alinhados às diretrizes institucionais.
Serviços Complementares Oferecidos
A Comissão também é responsável por coordenar e facilitar serviços que potencializam a produção acadêmica da FCM. Alguns desses serviços incluem:
- Correção e Tradução de Textos Científicos:
- Traduções do português para inglês, francês e espanhol.
- Revisão de textos em inglês, francês e espanhol.
- Consultoria para adequação de artigos às normas de periódicos científicos.
- Contatos com autores, tradutores e editores, quando necessário.
- Pareceres Técnicos:
A Comissão avalia os trabalhos submetidos a premiações, como o Prêmio Lopes de Faria, emitindo pareceres técnicos detalhados. - Serviço de Bioestatística:
Para atender às demandas de docentes e discentes, a Câmara de Pesquisa disponibiliza um serviço especializado de bioestatística. Dois profissionais graduados em Estatística auxiliam na elaboração e análise de dados para projetos de pesquisa em todos os departamentos da FCM.
Relevância para a FCM
A Câmara de Pesquisa desempenha um papel essencial para a Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, funcionando como um pilar de suporte à produção científica. Sua atuação estimula a excelência acadêmica, promove a captação de recursos e contribui para a visibilidade e o impacto das pesquisas realizadas na unidade, consolidando a FCM como referência no cenário científico nacional e internacional.
Dentre destas novas atribuições, a Câmara de Pesquisa busca estimular a pesquisa e a divulgação de atividades acadêmicas.
O Grêmio Recreativo Familiar Flor de Maio foi fundado em 4 de maio de 1928, na cidade de São Carlos, interior do estado de São Paulo, por um grupo de trabalhadores da antiga Companhia Paulista de Estradas de Ferro (posteriormente, Fepasa). Idealizado por Alfredo Gonçalves, negro e ferroviário, sua criação veio atender às necessidades dos cidadãos negros por ambientes de lazer e sociabilidade, já que eram impedidos de frequentar os demais clubes recreativos da cidade. Seu primeiro estatuto foi aprovado em 4 de maio de 1932, pontuando, entre seus artigos, ser um clube composto por pessoas negras, voltado para o engrandecimento da raça negra no Brasil, com vistas a promover sua educação moral, social e intelectual. Apesar disso, o ingresso de brancos era eventualmente permitido durante grandes festividades como bailes de carnaval, por exemplo. Esse preceito mudaria somente em 1974, quando houve a reformulação do estatuto e a não mais distinção de raça entre seus associados. Como muitos dos clubes negros surgidos no início do século XX, houve também por parte do Grêmio Flor de Maio uma forte preocupação com atividades socioeducativas e a busca por uma efetiva integração da população negra à sociedade. Nesse sentido, em 1937, articulou a criação de uma escola de ensino primário que funcionava com professores cedidos pela prefeitura de São Carlos, inclusive com aulas noturnas. Teve diversas sedes, sempre alugadas, e somente no final da década de 1940, o então prefeito Luiz Augusto de Oliveira fez a doação de um terreno para a construção de seu prédio atual, tombado pelo Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Ambiental de São Carlos (COMDEPHAASC), em 17 de novembro de 2011. Além dos tradicionais bailes e eventos sociais que promovia em sua sede, o Grêmio Flor de Maio esteve intimamente ligado à história do carnaval de São Carlos. A sambista Odette dos Santos, filha dos sócios fundadores José e Nair Balthazar dos Santos, criou com a diretoria do clube a primeira escola de dança de salão de São Carlos, além de ter sido responsável pela fundação da primeira escola de samba da cidade, “Odette e sua Escola de Samba”, passando a ser reconhecida como a principal carnavalesca são-carlense. O Flor de Maio também se voltou ao combate à discriminação racial participando de protestos locais e elaborando eventos culturais ao longo dos anos. Em julho de 1973, promoveu um ciclo de conferências sobre a situação do negro na sociedade brasileira, colocando em pauta a transição da condição de escravizado a cidadão, a marginalização do negro no mercado de trabalho e as problemáticas que atingem especificamente as mulheres negras. Já em 1995, organizou uma passeata em protesto contra a discriminação sofrida por uma menina impedida de frequentar a escola por ser negra. Ainda em atividade, o Grêmio Recreativo Familiar Flor de Maio vem desempenhando importante papel na formação e desenvolvimento cultural da cidade de São Carlos, realizando e apoiando atividades de teatro, grupos de maracatu, a semana da consciência negra, exposições de livros e trabalhos de artistas plásticos, orquestra sinfônica, campeonatos de futebol, bailes, entre outros.
Em 19 de maio de 1901, Luiz Dias Araújo, mais um grupo de pessoas, fundou a Sociedade Beneficente Antônio Bento, em Piracicaba, interior de São Paulo. O objetivo inicial era recolher fundos para a comemoração anual do 13 de Maio. Sem uma sede própria, realizavam festas no largo da Igreja Santa Cruz e no pátio da Escola Agrícola. Em 1908, os estatutos da associação foram reformulados e esta passou a denominar-se Sociedade Beneficente 13 de Maio. A mudança do nome é em parte atribuída à resistência da sociedade local à figura de Antônio Bento, identificado com a ala radical do movimento abolicionista. Mas também é possível que a inscrição da data da abolição no nome da entidade acompanhasse um movimento feito, naquele momento, por outras agremiações no estado de São Paulo. A aproximação com a tônica mais geral que envolvia a organização das sociedades negras nesse período também se revela no novo estatuto, que define ajuda mútua (de socorros médicos, pecuniários e funerários), estímulo à instrução e educação, além de auxílio jurídico como as metas principais da entidade. Sendo assim, ampliando suas atividades, a Sociedade passou a oferecer serviços médicos e farmacêuticos, assistência jurídica, bem como ajuda financeira e funerária aos sócios e suas famílias. Havia também a preocupação em garantir aos negros e negras de Piracicaba um espaço de convivência, onde pudessem desenvolver ações culturais, esportivas e de lazer. Durante toda a sua trajetória, a Sociedade enfrentou dificuldades. Em 1914, problemas financeiros e disputas políticas internas levaram à desativação da agremiação, que foi refundada em 1921. Um marco importante desse momento foi a criação do jornal “O Patrocínio”, empreendimento que envolveu membros destacados da Sociedade, como Alberto de Almeida. Conseguiu ter uma sede própria somente em 1948, localizada na Rua 13 de Maio. Muitos membros da Sociedade trabalharam na construção da sede, o que demonstra sua importância para a população negra piracicabana. Em 1948, depois da sede própria, a Sociedade ganhou também um novo estatuto. Naquele momento, o enfoque maior era a educação, com destaque para a criação do Curso Musical Luiz Gama e do Curso de Alfabetização de Adultos, em funcionamento desde 1935. Além disso, foi pensada a construção de um jardim de infância e de escolas de educação doméstica para os filhos e filhas dos associados. Esse interesse pela instrução dos sócios teve continuidade no estatuto de 1963. A promoção de festas em comemoração à abolição da escravidão sempre permaneceu como atividade importante da Sociedade Beneficente 13 de Maio, constituindo momento de destacada visibilidade pública da entidade. A realização de eventos, como desfiles de escolas de samba e concursos de beleza, constam nas atividades promovidas pela Sociedade 13 de Maio entre as décadas de 1940 e 1980. Atualmente, a Sociedade continua em funcionamento, apesar de contar com redução drástica no número de sócios, principalmente entre os mais jovens, sendo necessário o aluguel de partes da sede para a manutenção do espaço.
Fundado em 1935 nos Estados Unidos pelo estatístico George Gallup como AIPO - American Institute of Public Opinion (Instituto Americano de Opinião Pública), o Instituto Gallup foi precursor nas pesquisas de opinião pelo método de pesquisa por amostragem, ganhando reconhecimento por suas previsões na pesquisa eleitoral norte-americana. Já em 1948, o Instituto estava presente em diversos países, chegando ao Brasil em 1967. Conhecido originalmente por suas pesquisas de opinião pública conduzidas internacionalmente, a partir da década de 80, a Gallup Organization passa a focar no oferecimento de análises e consultorias para empresas do setor privado. No Brasil, o Instituto se destaca pela pesquisa eleitoral para a eleição presidencial conduzida em 1989, primeira eleição direta para presidente após 21 anos de regime autoritário. Em 1997, o Instituto deixou de existir.
A área de Arquivo e Protocolo da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp desempenha um papel essencial na gestão documental da unidade. O setor de Protocolo foi instituído junto com a criação da faculdade, em 1963, enquanto a área de Arquivo foi estruturada apenas na década de 1990, durante um processo de descentralização administrativa da universidade.
Origem e Função
Antes da descentralização, todos os processos administrativos da Unicamp eram centralizados na Diretoria Geral e posteriormente geridos pelo Arquivo Central da Unicamp, órgão responsável por definir normas técnicas e diretrizes para os arquivos e protocolos das diferentes unidades. Com a descentralização, cada instituto ou faculdade passou a ser responsável por sua própria gestão documental, seguindo as orientações técnicas do Sistema de Arquivos da Unicamp (SIARQ).
Na FCM, a área de Arquivo foi criada para organizar, registrar e preservar os documentos da faculdade. Essa gestão inclui o registro de documentos e expedientes, autuação e tramitação de processos, além do arquivamento e destinação final de documentos, garantindo que a documentação atenda aos requisitos legais e institucionais.
Estrutura e Evolução
Com a criação da área de Arquivo na década de 1990, os processos passaram a ser classificados em três categorias principais: pessoal, consumo e diversos. Inicialmente, os documentos eram armazenados em caixas de madeira, que representavam a infraestrutura da época. Em 2009, essas caixas foram substituídas por arquivos deslizantes, modernos e mais eficientes para a conservação e organização documental. Três amostras das caixas de madeira foram preservadas no Centro de Memória da FCM, simbolizando a transição e a evolução da gestão documental da unidade.
Importância Atual
A área de Arquivo e Protocolo da FCM desempenha uma função estratégica ao garantir a organização e preservação da memória institucional, além de facilitar o acesso e a tramitação de documentos necessários para o funcionamento administrativo e acadêmico da faculdade. Essa estrutura reflete o compromisso da Unicamp com a eficiência e a preservação histórica, alinhada às normas técnicas estabelecidas pelo SIARQ/Unicamp.
A Turma XXXIV de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp compreendeu os estudantes que cursaram a graduação entre 1996 e 2001, período marcado pelo envolvimento acadêmico e participação em atividades extracurriculares. Além das disciplinas teóricas e práticas que consolidaram sua formação médica, os estudantes contribuíram para a produção científica e as atividades de extensão promovidas pela FCM, fortalecendo a relação da Universidade com a comunidade.
Os integrantes da turma também desempenharam papel ativo em iniciativas culturais, esportivas e políticas. Por meio da Associação Atlética Adolfo Lutz (AAAL), participaram de práticas esportivas e eventos que incentivavam a integração e o bem-estar. Já no Centro Acadêmico Adolfo Lutz (CAAL), estiveram engajados em ações de representação estudantil e confraternizações que promoveram o diálogo e o fortalecimento dos laços entre os colegas. Esses momentos contribuíram para uma vivência universitária rica e plural, complementando a formação técnica e humana dos futuros médicos.
O Departamento de Ortopedia e Traumatologia (DOT) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp foi fundado em 1967, completando 50 anos de atividades em 2017. Durante sua trajetória, consolidou-se como um centro de referência nacional em ensino, pesquisa e assistência na área de ortopedia e traumatologia, reunindo gerações de profissionais e contribuindo para avanços significativos na medicina.
Principais Atividades
- Ensino e Formação Profissional
- Graduação: Oferece disciplinas como Anatomia Aplicada à Prática Médica III e Atenção Clínica Cirúrgica Integrada, com foco em ortopedia, coordenadas por professores como Rodrigo G. Pagnano e Sérgio Rocha Piedade.
- Residência Médica: Programa credenciado pela CNRM e SBOT, com 9 vagas anuais e duração de 3 anos, supervisionado por preceptores como Guilherme Grisi Mouraria.
- Pós-Graduação: Participa de programas como Ciências da Cirurgia e Ciência Aplicada à Qualificação Médica, com linhas de pesquisa em biomecânica, cirurgia do joelho, tumores osteomusculares e desenvolvimento de próteses.
- Pesquisa e Inovação
O DOT destaca-se por laboratórios especializados, como o LABIMO (Laboratório de Biomecânica Ortopédica), que estuda biomateriais e regeneração de tecidos ósseos e cartilaginosos, sob a coordenação de William Dias Belangero. Além disso, projetos multidisciplinares abordam desde substitutos ósseos até qualificação de processos assistenciais, com contribuições de pesquisadores como João Batista de Miranda (cirurgia do joelho) e Maurício Etchebehere (tumores do aparelho locomotor). - Assistência e Serviços
Mantém a Unidade de Órteses e Próteses, vinculada ao Hospital de Clínicas (HC), responsável pelo desenvolvimento e adaptação de dispositivos médicos, com contato direto via equipe liderada por Eduardo Paiva Magalhães.
Relevância Institucional
O DOT é um pilar da FCM/Unicamp, integrando ensino de excelência, pesquisa translacional e atendimento clínico de alta complexidade. Sua relevância é evidenciada pela formação de profissionais qualificados, publicações científicas e participação em redes internacionais de cooperação, como mencionado durante as comemorações de seu cinquentenário. Além disso, o departamento contribui para a redução de desigualdades na saúde, promovendo acesso a tecnologias inovadoras, como próteses e técnicas cirúrgicas avançadas.
O Departamento de Patologia Clínica (DPC) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp foi oficialmente implantado em 1982 e, até 2020, funcionou como uma unidade independente. Em novembro de 2020, após aprovação pelo Conselho Universitário (CONSU), fundiu-se com o Departamento de Anatomia Patológica (DAP) para formar o atual Departamento de Patologia, visando integração acadêmica e operacional.
Origem e Estrutura
O DPC surgiu com a missão de unir ciência básica e aplicada, contando atualmente com 10 docentes em regime de RDIDP, incluindo professores titulares, associados e doutores, além de colaboradores e pesquisadores. Antes da fusão, era liderado pela Profa. Dra. Célia Regina Garlipp, com infraestrutura que incluía laboratórios estratégicos para análises clínicas e pesquisa.
Principais Atividades
- Ensino e Formação:
O departamento ministra disciplinas para cursos de graduação (Medicina, Enfermagem, Farmácia) e pós-graduação, além de programas de residência médica e aprimoramento. Sua abordagem integrada, reforçada após a fusão, promove a interdisciplinaridade entre áreas como diagnóstico laboratorial e patologia cirúrgica. - Pesquisa Científica:
Desenvolve projetos em colaboração com outras unidades da Unicamp e instituições internacionais, focando em linhas consolidadas como imunologia, microbiologia e bioquímica clínica. Essas pesquisas são financiadas por agências como FAPESP e CNPq, com resultados publicados em periódicos nacionais e internacionais. - Serviços Clínicos:
Coordena a Divisão de Patologia Clínica do Hospital de Clínicas (HC), realizando cerca de 190.000 exames/mês. Essa rotina inclui técnicas avançadas como imunofluorescência e métodos moleculares, garantindo alta precisão diagnóstica.