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Registro de autoridade
Entidade coletiva

13 de Maio - Núcleo de Educação Popular

  • Entidade coletiva
  • 1982-1999

O 13 de Maio – Núcleo de Educação Popular iniciou suas atividades na cidade de São Paulo em 13 de maio de 1982, fundado a partir do racha com a Federação dos Órgãos para Assistência Social (FASE). A entidade de natureza anticapitalista, desenvolvia cursos de formação política para trabalhadores no intuito de capacitá-los para a militância. Por meio de diversos educadores por ela formados propagava essa formação para outros locais do país. O curso incluía assuntos tais como: comunicação de militantes, sindicatos, história do movimento operário, história das revoluções, dentre outros. Nesse sentido, acumulou materiais que fomentaram esse curso, bem como documentos sobre o funcionamento da instituição. Apesar da extinção da entidade, muitos dos monitores formados ainda se reúnem e mantêm-se atuantes. Alguns materiais de seu acervo encontram-se com seus participantes.

Instituto Gallup de Opinião Pública

  • Entidade coletiva
  • 1967-1997

Fundado em 1935 nos Estados Unidos pelo estatístico George Gallup como AIPO - American Institute of Public Opinion (Instituto Americano de Opinião Pública), o Instituto Gallup foi precursor nas pesquisas de opinião pelo método de pesquisa por amostragem, ganhando reconhecimento por suas previsões na pesquisa eleitoral norte-americana. Já em 1948, o Instituto estava presente em diversos países, chegando ao Brasil em 1967. Conhecido originalmente por suas pesquisas de opinião pública conduzidas internacionalmente, a partir da década de 80, a Gallup Organization passa a focar no oferecimento de análises e consultorias para empresas do setor privado. No Brasil, o Instituto se destaca pela pesquisa eleitoral para a eleição presidencial conduzida em 1989, primeira eleição direta para presidente após 21 anos de regime autoritário. Em 1997, o Instituto deixou de existir.

Mo.Le.Ca. – Movimento Lésbico de Campinas

  • Entidade coletiva
  • 2000-2010

O grupo Mo.Le.Ca. – Movimento Lésbico de Campinas foi fundado em maio de 2000 por um conjunto de mulheres dissidentes de outro coletivo militante, o Identidade – Grupo de Luta pela Diversidade Sexual, também de Campinas. A iniciativa, de acordo com suas fundadoras, nasceu da necessidade de criação de um espaço para acolhimento e promoção de discussões voltadas especificamente à população lésbica da cidade. Um local seguro em que pudessem compartilhar experiências da vivência lésbica, evidenciar suas demandas, lutar contra os preconceitos que sofriam e que promovesse a inclusão dessas mulheres na sociedade de forma igualitária. Após a realização de uma reunião entre lésbicas, bissexuais e interessadas, em que discutiram suas impressões a respeito da criação do grupo, ficou decidido que o mesmo seria formado e dirigido exclusivamente por mulheres. O Mo.Le.Ca. se constituiu como organização sem fins lucrativos e, de acordo com suas integrantes, sua orientação baseava-se em princípios feministas. Entre seus objetivos estavam a promoção da visibilidade de mulheres homossexuais e seu fortalecimento social, educacional e político; incentivo da autoestima das mulheres lésbicas e bissexuais através da realização de atividades artístico-culturais e de ajuda mútua; além da reivindicação de políticas públicas favoráveis à afirmação política e social dessa população. Nesse sentido, durante os dez anos em que esteve ativo, produziu cinco edições da Mostra de Arte Lésbica, três edições do Curso de Cidadania Lésbica, dois curta-metragens, foi integrante da comissão organizadora das quatro primeiras edições da Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais de São Paulo, organizou junto dos grupos Identidade e NuDU a IV Manifestação Sáfica – Evento de Mulheres Lésbicas e Bissexuais de Campinas (em 28 de junho de 2008), participou da fundação da Liga Brasileira de Lésbicas (LBL), atuou em conjunto a outros grupos militantes no Orçamento Participativo do Município de Campinas e na organização das primeiras edições da Parada do Orgulho Homossexual (atualmente Parada do Orgulho LGBT) realizadas na cidade. Apesar de ter desenvolvido diversos projetos relevantes para a militância lésbica e bissexual de Campinas, tendo inclusive se tornado Ponto de Cultura da cidade, o Mo.Le.Ca. encerrou suas atividades em 2010 devido a impossibilidade de suas integrantes se dedicarem integralmente ao grupo.

Quilombhoje Literatura

  • Entidade coletiva
  • 1980-

Fundado em 1980 por Cuti (Luiz Silva), Oswaldo de Camargo, Paulo Colina, Abelardo Rodrigues e outros, o grupo Quilombhoje nasceu com o objetivo de discutir e aprofundar a experiência afro-brasileira na literatura. O grupo tem como proposta incentivar o hábito da leitura e promover a difusão de conhecimentos e informações, bem como desenvolver e incentivar estudos, pesquisas e diagnósticos sobre literatura e cultura negra. As primeiras reuniões do grupo eram informais e ocorriam no extinto bar Mutamba, reduto de boêmios e intelectuais no centro da cidade de São Paulo. Ao longo do tempo as ações do Quilombhoje foram se diversificando. Em 1982, com a entrada de Esmeralda Ribeiro, Márcio Barbosa, Miriam Alves e Oubi Inaê Kibuko, o grupo assumiu a organização dos “Cadernos Negros”, cuja edição, na época, era de responsabilidade de Cuti com apoio de Jamu Minka. Fundado em 1978 pelos escritores Cuti, Oswaldo de Camargo, Hugo Ferreira e Mário Jorge Lescano, os “Cadernos Negros” publicaram ou revelaram, intelectuais como Abdias do Nascimento, José Benedito Correia Leite, Lélia González, Conceição Evaristo, Míriam Alves, entre muitos outros. Ao longo do tempo, o grupo ficou mais conhecido pela organização da série. O Quilombhoje já organizou diversos livros, incluindo o livro de ensaios “Reflexões Sobre a Literatura Afro-brasileira”, cuja primeira edição foi lançada no III Congresso de Cultura Negra das Américas, além de novelas, peças de teatro, livros de contos e poemas. A fim de estimular o debate de ideias, o grupo elaborou, junto com o AMMA - Psique e Negritude, o livro “Gostando Mais de Nós Mesmos”, que aborda questões de relações raciais e autoestima. Desde a década de 90, o grupo promoveu diversas rodas de poemas, criou o Sarau Afro Mix, em 2002, e já organizou palestras, cursos e debates sobre literatura afro-brasileira. O trabalho desenvolvido pelo Quilombhoje tem colaborado para provocar o surgimento de outras atividades. Cursos, seminários e debates sobre literatura afro têm sido organizados por faculdades de letras e entidades interessadas nas questões literárias e raciais em vários lugares do Brasil. Editoras pretas foram surgindo e autores negros publicam cada vez mais. É a herança de escritores como Luís Gama, Cruz e Souza, Auta de Souza, Lima Barreto, Solano Trindade e Carolina de Jesus que se atualiza. Desde 1999, o grupo é organizado por Esmeralda Ribeiro e Márcio Barbosa, que contam com o apoio de alguns colaboradores.

Instituto de Organização Racional do Trabalho

  • Entidade coletiva
  • 1931-

Criado em 1931, o Instituto de Organização Racional do Trabalho (IDORT) estruturou-se nos moldes da Taylor Society, dos Estados Unidos, e divulgou o processos racionalista de trabalho, em andamento nos grandes centros industriais, articulando a implementação do taylorismo no Brasil. Contou com o apoio dos empresários paulistas organizados pela Associação Comercial de São Paulo, tendo à frente o engenheiro Armando de Salles Oliveira, diretor do jornal "O Estado de S. Paulo", além do professor Roberto Mange, da Escola Técnica Liceu de Artes e Ofícios e da Escola Politécnica. Preocupado com os aspectos organizacionais e de formação profissional, realizou seus primeiros projetos em empresas particulares. Considerada a primeira empresa de treinamento no Brasil, a partir de 1934 dirigiu suas atividades para a administração pública, implantando a Reorganização Administrativa do Governo do Estado (Rage), inicialmente em São Paulo, e depois nos estados do Paraná, Pernambuco e Goiás. Em 1941, foi responsável pela estruturação do Centro Ferroviário de Ensino e Seleção Profissional (Cfesp) e, em 1942, pela criação do Curso de Organização Racional do Trabalho e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística

  • Entidade coletiva
  • 1945-2021

O Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) foi fundado em 1942, em São Paulo, pelo paulista Auricélio Penteado, proprietário da Rádio Kosmos, que pretendia conhecer os índices de audiência de sua emissora. Ao constatar que sua rádio não era a das mais ouvidas, passou a dedicar-se exclusivamente às pesquisas. A partir de então, o Ibope passou a realizar pesquisas de mídia, opinião pública, política, consumo, comportamento, mercado, marca, propaganda e internet, caracterizando-se como fornecedor de informações para a tomada de decisões de marketing, propaganda e mídia, nas esferas empresarial, política e governamental. Data de 1986 a criação das duas empresas de pesquisa que classificam o material desse arquivo: Ibope Mídia e Ibope Opinião. Em janeiro de 2002, o Grupo Ibope extinguiu a emissão dos relatórios de pesquisa em papel, que passaram a ser enviados aos clientes exclusivamente via internet (Client Center). O grupo atuou amplamente no território brasileiro e foi uma multinacional de destaque nesse ramo na América Latina. Em 2015, após parte da empresa ser vendida, as atividades de pesquisas de opinião e de mercado do antigo Ibope deram origem ao Ibope Inteligência. Contudo, em janeiro de 2021, a empresa encerrou definitivamente suas atividades após o fim do contrato de cessão da marca com a Kantar Ibope Media.

Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos

  • Entidade coletiva
  • 1955-

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) é uma instituição de pesquisa, assessoria e educação do movimento sindical brasileiro. Teve sua origem em 22 de dezembro de 1955, quando 20 dirigentes sindicais de São Paulo decidiram criar um órgão para assessoria técnica aos trabalhadores, além de desenvolver atividades de pesquisa e educação nos temas relacionados ao mundo do trabalho. Trata-se de entidade civil sem fins lucrativos, mantida pela contribuição das entidades sindicais filiadas, onde estão representadas todas as correntes do movimento sindical brasileiro. Possui abrangência nacional, com sede em São Paulo e escritórios regionais em 17 estados da federação.

Sociedade Cultural e Beneficente 28 de Setembro

  • Entidade coletiva
  • 1945-

A Sociedade Cultural e Beneficente 28 de Setembro foi fundada em 28 de setembro de 1945 por um grupo de quatorze trabalhadores ferroviários da antiga companhia Estrada de Ferro Sorocabana e da Companhia Nacional de Estamparia (Cianê). Sem fins lucrativos, a Sociedade surgiu com o intuito de promover atividades beneficentes, recreativas e culturais entre a população negra de Sorocaba, uma vez que outros clubes da cidade, como o União Recreativo, o Sorocaba Clube e o próprio Estrada de Ferro Sorocabana Futebol Clube, não permitiam, ou dificultavam, o ingresso de pessoas negras. Veio também a ocupar um espaço como sucessora da representação local da Frente Negra Brasileira (FNB), extinta em dezembro de 1937 logo após a instauração do Estado Novo. Seu nome, como de outros clubes sociais negros do mesmo período, faz alusão à data de promulgação da Lei do Ventre Livre (28 de setembro de 1871), bem como ao Dia da Mãe Preta. As primeiras reuniões e festas do “28 de Setembro” aconteceram ainda em um espaço provisório, localizado na Rua Miranda de Azevedo. Em 1950, no entanto, conquistou sede própria após a doação de um terreno pelo então governador Adhemar de Barros, passando a localizar-se na rua Machado de Assis, a partir do ano seguinte. Foram seus dirigentes no período de inauguração Luiz Leopoldino Mascarenhas (Luiz Pequeno), os irmãos Benedito e Mário Trindade, Lucídio de Moraes Leite, Jorge de Oliveira (o “Onça”) e José Marciano. Para além dos tradicionais bailes e apresentações de renomados artistas, as festas mais importantes do calendário da Sociedade aconteciam nas comemorações de seu aniversário durante o mês de setembro; no famoso Baile da Aparecidinha, realizado no segundo sábado de julho, véspera da tradicional romaria e maior festa religiosa da cidade; e nos concursos de “Miss Colored”, “Miss Afro” e “Mister Afro”, que de tanta repercussão, movimentavam caravanas de outras cidades da região. Em 1978, a Sociedade reformulou seu estatuto para permitir a formação de organismos que cuidassem especificamente da parte cultural de seus objetivos. Surgiu então a Escola de Samba 28 de Setembro que, através de seus enredos, passou a contar um pouco da participação do negro na história do país. Vale mencionar os sambas “100 anos abolição: verdade ou mentira?” e “Valeu Zumbi”, composto por ocasião dos trezentos anos de sua morte. Fruto da mesma reformulação estatutária, em 28 de setembro de 1979, foi instalado na sede social da Sociedade o Instituto de Cultura Afro-Brasileira (Icab), ali permanecendo até 1992, quando foi transformado em órgão complementar da atual Universidade de Sorocaba (Uniso), passando a denominar-se Núcleo de Cultura Afro-Brasileira (Nucab). Em 5 de maio de 1990, foi criada dentro do Instituto a Fundação Cafuné, a qual oferecia um programa de bolsas de estudos para negros universitários de baixa renda. A Sociedade também sediou a formação do MOMUNES – Movimento de Mulheres Negras de Sorocaba, criado em meados de 1999 pela iniciativa das integrantes Maria José de Almeida Lima (Mazé), Vera Lúcia Torquato Pires e Rosângela Cecília da Silva Alves (1963-2017). A entidade surge como um desdobramento da atuação do Coral de Mulheres Negras de Sorocaba, tendo como objetivos principais o acolhimento de mulheres, seus filhos e dependentes em situação de vulnerabilidade; o oferecimento de orientação educacional e capacitação profissional, principalmente, à comunidade jovem; além da conscientização e promoção dos valores da cultura e história afro-brasileira em diversos ambientes da sociedade, contribuindo para a eliminação de todas as formas de discriminação racial, social e de gênero. Funcionou durante um tempo diretamente vinculada ao “28 de Setembro”, até conquistar sede própria no ano de 2010. Apesar de ter enfrentado períodos de dificuldades financeiras e de quase perder o imóvel da sede por questões judiciais, a Sociedade Cultural e Beneficente 28 de Setembro continua em pleno funcionamento, realizando eventos e participando ativamente das discussões e políticas públicas da cidade de Sorocaba, especialmente aquelas voltadas à população negra.

Fábrica de Tecidos Carioba

  • Entidade coletiva
  • 1875-1976

A Fábrica de Tecidos Carioba foi fundada em 1875 na cidade de Americana, estado de São Paulo. Estava localizada próxima às vias férreas e fluviais (Estação Santa Bárbara, Rio Piracicaba e Ribeirão Quilombo), onde encontrou os requisitos básicos para a sua instalação e desenvolvimento, alcançando importância relevante entre as indústrias que nasceram no final do século XIX na região de Campinas e marcando o início das grandes tecelagens paulistas.

Em 1901, após dificuldades financeiras, a tecelagem foi adquirida pelo comendador alemão Franz Müller (depois Franz Müller Carioba) e outros. A Vila Operária ali existente foi ampliada em sua infraestrutura e no início da década de 1920 a fábrica empregou mais de 700 operários, a maioria imigrantes italianos, chegando a 2 mil no início da década de 1940. O pequeno centro fabril, que se expandiria no futuro, inovou com tecnologia e criatividade, destacando-se o fornecimento de energia elétrica para a região, gerada na própria usina, e a preocupação com maior rendimento das sementes de algodão e de outros grãos.

Desde sua fundação até 1976, data de sua extinção, a fábrica obteve várias denominações e proprietários de diversas nacionalidades, a saber: Souza Queirós, Ralston & Cia.; Clement H. Wilmot &Cia. (1882); Jorge & Clement Wilmot e outros; Cia. de Tecidos Carioba (1889); Rawlinson, Müller & Cia. (1901); Fiação e Fábrica de Tecidos de Algodão "Carioba" (1911); Müller Carioba & Cia. (1930); Grupo J. J. Abdalla (1944).

Curtume Brasil

  • Entidade coletiva
  • 1915-1996

O Curtume Brasil, também conhecido como Curtume Firmino Costa, foi fundado em 1915 na cidade de Campinas, estado de São Paulo. Localizava-se na Vila Industrial, primeiro bairro operário da cidade, próximo aos curtumes Cantúsio e Companhia Curtidora Campineira de Calçados, bem como das Companhias de Estradas de Ferro Paulista e Mogiana.

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