Área de identificação
Código de referência
Título
Data(s)
- [1973-1983] (Produção)
Nível de descrição
Fundo
Dimensão e suporte
4 caixas-arquivo e 10 pastas de documentação textual e 434 negativos fotográficos.
Área de contextualização
Nome do produtor
Biografia
Verena Stolcke nasceu na cidade de Dessau, Alemanha, em 1938. Dez anos mais tarde, emigrou com a família para Buenos Aires, na Argentina, onde viveu em uma comunidade alemã até a sua juventude. Retornou ao país natal em 1958 para viver na cidade de Munique, onde trabalhou por alguns anos como secretária multilingue. Entre 1962 e 1964, atuou como assistente de pesquisa de um grupo de economistas e sociólogos da Universidade de Stanford, Estados Unidos, onde fez um curso noturno de Antropologia e conheceu o economista Juan Martinez-Alier, com quem se casou e teve duas filhas, Nuria (1966) e Isabel (1969). Concluiu os estudos em Antropologia Social pela Universidade de Oxford, Reino Unido, em 1966, e no ano seguinte, através de um intercâmbio com a Universidade de Havana, Verena Stolcke e Juan Martinez-Alier partiram para Cuba a fim de desenvolverem suas pesquisas de doutorado. Após descobrir e trabalhar com farta documentação no Arquivo Nacional de Havana, Verena apresentou sua tese de antropologia histórica na qual analisou as proibições de casamentos inter-raciais na Cuba colonial, sob a orientação de Peter Rivière, em 1970. Neste mesmo ano, a partir de um convite de Fausto Castilho (1929-2015), foi co-fundadora do atual Departamento de Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas, juntamente com Peter Fry e Antônio Augusto Arantes. Atuou como professora na Unicamp durante nove anos, ministrando disciplinas sobre teoria antropológica, família e parentesco. Nesse mesmo período (1973-79), desenvolveu uma pesquisa de campo com trabalhadoras eventuais nas plantações de café situadas nos arredores do atual distrito de Barão Geraldo, analisando como se davam as situações de exploração, desigualdades sociais e de gênero. Também no tempo que passou em Campinas, fez parte do grupo que organizou a “I Semana da Mulher da Unicamp”, em 1978, junto de Mariza Corrêa, a quem orientou os estudos de mestrado. Deixou o Brasil em 1979 para estabelecer-se na Espanha, onde integrou o Departamento de Antropologia Social e Cultural da Universidade Autônoma de Barcelona, sendo que, a partir de 1984, como professora titular. Durante sua trajetória acadêmica, foi professora visitante e pesquisadora em diversas universidades da Europa, Américas e África. Também fez parte de um grande número de instituições, tais como, Associação Europeia de Antropólogos Sociais e Instituto Catalão de Antropologia. Ao longo de sua carreira intelectual, se dedicou a questões relacionadas às conexões entre raça, gênero e classe, além de abordar temas como nacionalismo, racismo, cidadania e biotecnologias. Atualmente aposentada, é reconhecida como uma das principais antropólogas e feministas contemporâneas, especialmente nos países iberoamericanos.
Entidade custodiadora
História do arquivo
O conjunto documental passou por uma avaliação e organização prévias a partir de trabalho que contou com a colaboração dos Bolsistas de Auxílio Social – SAE/Unicamp Eduarda Diniz e Jhonathan de Oliveira, durante o período de setembro de 2019 a março de 2020.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Doação de Verena Stolcke por intermédio da professora Maria Filomena Gregori, do Departamento de Antropologia do IFCH/Unicamp, em 23 de março de 2015.
Área de conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
O conjunto documental é constituído pelo material produzido e acumulado por Verena Stolcke ao longo da pesquisa de campo que desenvolveu, entre os anos de 1973 e 1979, com trabalhadoras eventuais das plantações de café da Fazenda Rio das Pedras, localizada no distrito de Barão Geraldo, em Campinas. A antropóloga acompanhou e registrou as rotinas, relações familiares e condições de trabalho dessas mulheres, de modo que a documentação é composta por fotografias, cadernos de campo, apontamentos, notas de leitura e documentos diversos que permitem acompanhar o desenvolvimento das diferentes etapas da pesquisa, desde a coleta de dados, consulta às fontes, até a sistematização das informações e a construção de hipóteses. O conjunto também agrega alguns documentos de autoria de Armando Boito, assistente de Verena à época. Posteriormente essa pesquisa resultou no livro intitulado “Cafeicultura: homens, mulheres e capital (1850-1980)”.
Avaliação, seleção e eliminação
Ingressos adicionais
Não são esperadas novas incorporações.
Sistema de arranjo
Documentação parcialmente organizada.
Área de condições de acesso e uso
Condições de acesso
Consulta livre.
Condiçoes de reprodução
É permitida a reprodução (cópia parcial ou integral) dos documentos do acervo do AEL mediante a assinatura do termo de responsabilidade. No caso de uso de direitos autorais e de imagem consulte a LDA - n. 9.610/98 e outras legislações pertinentes.
Idioma do material
- alemão
- catalão
- espanhol
- francês
- inglês
- italiano
- português do Brasil
Script do material
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
Instrumentos de descrição
Área de materiais associados
Existência e localização de originais
Existência e localização de cópias
Cópias dos negativos estão disponíveis para consulta no repositório digital do AEL. Mais informações pelo e-mail aeldigit@unicamp.br.
Unidades de descrição relacionadas
Nota de publicação
STOLCKE, Verena. Cafeicultura: homens, mulheres e capital (1850-1980). São Paulo, SP: Brasiliense, 1986. 410 p.
Nota de publicação
STOLCKE, Verena. “As mulheres do caminhão de turma”. Debate & Crítica, São Paulo, n. 5, 1975.
Área de notas
Identificador(es) alternativos
Pontos de acesso
Pontos de acesso de assunto
Pontos de acesso local
Ponto de acesso nome
Pontos de acesso de gênero
Área de controle da descrição
Identificador da descrição
Identificador da entidade custodiadora
Regras ou convenções utilizadas
Descrição baseada em: CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS (CIA). ISAD (G): Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2001.
Estado atual
Nível de detalhamento
Datas de criação, revisão, eliminação
05/2020 (criação)
02/2024 (revisão)
Idioma(s)
Sistema(s) de escrita(s)
Fontes
Nota do arquivista
Descrição elaborada por Lívia Cristina Corrêa, técnica da Seção de Processos Técnicos e Atendimento do AEL, em maio de 2020. Revisada por Barbara Anesi Carmo, em fevereiro de 2024.