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Repositório Digital de Documentos Arquivísticos Permanentes e Sistema Informatizado de Acervos Permanentes da Unicamp
Carta de Jessie Jane a Colombo Vieira. Associa a data (Finados) à morte de Eraldo. Diz não ter recebido nenhuma carta de Colombo e que, apesar de estarem no mesmo presídio, não teve notícias de Iná. Faz referência à “oca” (lugar que pretende viver com Colombo futuramente) e acrescenta um poema à carta. Despede-se carinhosamente.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane na época em que comemoram 6 anos de relacionamento. Diz que o fim de semana foi agitado pela vinda de visitas. Iná trouxe-lhe notícias do parecer favorável por parte do juiz. Fala da necessidade de se adequar à nova situação tendo em vista que em Ilha Grande tinha a despesa de Cr$1.200,00 por mês só com a barca. Comenta a chegada de colegas e fala da solidão de Jessie com tão poucas visitas. Fala do relacionamento com a família a partir do relato de Jessie sobre o encontro com suas tias. Fala de seus problemas de saúde: fotofobia e cáries generalizadas.
Carta de Jessie Jane a Colombo Vieira em que diz sentir-se vitoriosa por constatar que a relação de ambos fora construída com sucesso, apesar dos “desencontros próprios da prisão”. Diz que o mais importante é o filho de ambos que Jessie já sente mexer: “vida nascida da gente”. Final otimista quanto ao futuro.
Carta de Jessie Jane a Colombo Vieira em que faz alusão à ditadura e suas “bases corroídas”. A todo momento tenta tranquilizar Colombo sobre a situação de ambos. Comenta a correspondência de colegas.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane comentando a euforia dos companheiros ao receber as correspondências, a sua alegria ao receber 7 envelopes de Jessie. Lamenta o isolamento pelo qual Jessie está submetida e sua sensação de impotência. Envia notícias de Tatiana “nossa filhinha” transmitidas pela mãe de Colombo. Fala da morte do filho de Fernando, supostamente vítima da repressão.
Carta de Jessie Jane a Colombo Vieira. A carta é escrita no dia em que faz 2 anos e 8 meses que estão presos e, presumivelmente, segundo Jane, ainda faltariam 7 anos e 4 meses de prisão. Diz estar deprimida na Divisão de Saúde e classifica como “lei das selvas” a convivência com os presos do lugar.