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Repositório Digital de Documentos Arquivísticos Permanentes e Sistema Informatizado de Acervos Permanentes da Unicamp
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane falando da perspectiva de um encontro entre eles. Comenta sobre a rotina no presídio, as conversas com os colegas nas quais relembra dos tempos em que passou com Jessie em Niterói.
Carta de Colombo Vieira a Jessie Jane falando da necessidade que sente em vê-la, da visita de Iná e de sua conversa com ela sobre o estado de saúde de Jessie e sobre os sobrinhos. Comenta cartas recebidas de Jessie, Padre Nilson e André, além de carta que Fernando recebeu de Jessie. Fala da perda da espontaneidade dos colegas de prisão, que estão amedrontados diante de pessoas de fora de seu círculo, reflexo das dificuldades criadas pela instituição. Comenta carta enviada aos deputados sobre a situação desumana das prisões e suas consequências: divulgação pela imprensa dos problemas, ida de comissão do MDB ao Secretário de Justiça. Mas nenhuma resposta às reivindicações: violência, falta de assistência médica, trabalho árduo, má alimentação, dificuldade no transporte das visitas etc. Comenta sobre a produção de vestidos de Jessie junto às companheiras e sobre moda e gostos. Fala de leituras realizadas e sobre os sequestros de crianças no Vietnã como “onda de salvar órfãos”.
Carta de Jessie Jane a Colombo Vieira contando sobre sua permanência no hospital e a coleta de exames. Fala sobre leituras feitas no presídio e da situação judicial da colega Wanda.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane na qual comenta a soltura do companheiro Lenos. Fala de seus cuidados com a higiene pessoal e do espaço físico. Fala da situação de familiares e dos planos de ambos para terem filhos futuramente. Dá notícias de Nielsen e diz como obtém, através de visitas suas e dos outros, notícias de Jessie. Fala das experiências adquiridas na cadeia, do restabelecimento da confiança entre eles, além da morte do tio Rubem, filhinha e Erta. Na carta, Colombo diz que está na cadeia desde os 20 anos.
Carta de Jessie Jane a Colombo Vieira dizendo que está deprimida e doente, além de sentir-se cansada por estar constantemente deitada. Fala sobre o cubículo em que está: pequeno e não lhe permite movimentar-se muito. Diz suspeitar de boicote de correspondências, além de estar sendo privada de visitas aos sábados. Apesar de tudo demonstra resistência e encoraja o companheiro.
Carta de Jessie Jane a Colombo Vieira falando da tristeza com sua transferência da aeronáutica e de estar longe de Colombo que encontra-se em um alojamento coletivo que, no entanto, segundo Jessie, é preferível à Ilha Grande. Diz que apesar da bagunça, Colombo deixou muito de si nos objetos da cela e que todas gostaram da presença dos colegas no presídio e dos objetos que deixaram. Jessie diz ter recebido livros e roupas que Colombo deixou.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane falando do “encontro relâmpago” entre os dois, da transferência de Aton para o julgamento e de sua preocupação quanto à demora no tratamento de Jessie.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane falando do clima de tensão na prisão, da reunião de rotina para distribuição de tarefas, da chegada de outros 9 companheiros e o sentimento de alegria e preocupação com os problemas gerados pelas más condições estruturais do presídio. Apesar das notícias de jornais sobre transferências de presos e envio de comissões de Constituintes, na prática nada ocorre. Persistem os problemas de superlotação e falta de cuidados com os presos doentes. Fala do aniversário da esposa e sobre carta recebida de Jessie em 30/03. Diz ser solidário ao “furacão Fifi” (Norma) e que o aumento populacional no presídio da esposa serve para “aumentar a descontração”. Colombo está febril e com garganta inflamada. Despede-se carinhosamente.