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Repositório Digital de Documentos Arquivísticos Permanentes e Sistema Informatizado de Acervos Permanentes da Unicamp
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane comentando uma das cartas recebidas e sobre as leituras realizadas. Refere-se a Jessie de forma carinhosa e recorda o tempo em que estavam juntos e em liberdade.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane falando da alegria que sentiu ao receber boas notícias da família de Jessie no Chile. Fala de seu crescimento pessoal nos últimos três anos de cárcere.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane falando de sua vontade em conversar pessoalmente e da sensação de frustração e impotência que a atual circunstância impõe. Fala da complicada situação no presídio de Ilha Grande, a proximidade dos presos comuns, a dificuldade para a locomoção das famílias até a ilha. Faz comentários e dá sugestões sobre o tratamento de Jane. Faz considerações sobre a “arte intelectualizada”.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane falando de sua estadia no hospital e da expectativa de que ela consiga o tratamento que resolva seus problemas de saúde. Fala do excesso de chuva na região de Caratinga, de seus estudos de francês com o colega Cataldo, seus estudos de História do Brasil e sua diversão ao assistir a novela “O Bem Amado”. Fala do julgamento de Zenaide e comenta cartas anteriores de Jessie. Faz uma longa crítica a Antônio Callado, fala de “Madame Satã” como o “mais famoso cidadão que Ilha Grande já teve”. Carta com muitas linhas censuradas o que dificulta a compreensão de alguns parágrafos.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane falando de suas atividades no presídio, do recebimento de visitas e da soltura de dois companheiros. Diz que para superar a falta de “vivência” é necessário que ambos acreditem em viver o futuro juntos.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane respondendo uma outra de 16 de fevereiro de 1975. Contesta o tom depreciativo da carta recebida. Fala do isolamento social que está passando e da necessidade de estar junto à esposa. Comenta sobre a censura das cartas e a rotina dos dias anteriores.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane. Diz preocupar-se com a estadia de Jane no hospital, além de falar sobre o cotidiano do presídio, como acompanhar jogos de futebol pelo rádio e receber visita de parentes.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane falando das restrições no presídio a que foram submetidos, mas que aos poucos estão sendo suprimidas. Fala do Golpe no Chile e sobre como todos ficaram apreensivos com as poucas notícias. Sobre a frustração de Jane, Colombo justifica-se dizendo “que não sabe se expor como se faz necessário”, mas que ambos podem analisar a vida em comum, além da vivência na cadeia e a possibilidade de viverem juntos em liberdade. Diz que isso deve-se ao fato de ter se transformado muito e não ter compreendido sua transformação ainda.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane falando das transferências de colegas para outros presídios, da possibilidade de sua própria transferência e de como este ambiente de incerteza o intranquiliza. Comenta brevemente a situação de seus colegas transferidos. Cita Grécia e Portugal por “terem permitido às massas se expressarem”.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane falando da visita de Iná, de seus companheiros Cláudio, Aton e da dificuldade para que Gerônimo saísse da cadeia. Faz considerações sobre o “Julgamento em Nuremberg” e a participação da CIA e da Alemanha em acontecimentos pelo mundo.