Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane na qual demonstra-se carinhoso e fala sobre suas tarefas no presídio. Diz ter acompanhado a classificação das escolas de samba e relembra uma viagem de ambos no ano de 1970. Comenta suas leituras de Julio Cortázar e sobre o longo tempo que estão sem se ver (aprox. 1 ano). Diz ter planejado viagem à Capetiba com Jane e amigos e faz brincadeiras a respeito de Niterói e Caratinga. 1 linha censurada.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane narrando a tensão sentida no presídio por todos e da expectativa de iminência de transferência do presídio de Ilha Grande para outro no Rio de Janeiro.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane falando de sua vontade em conversar pessoalmente e da sensação de frustração e impotência que a atual circunstância impõe. Fala da complicada situação no presídio de Ilha Grande, a proximidade dos presos comuns, a dificuldade para a locomoção das famílias até a ilha. Faz comentários e dá sugestões sobre o tratamento de Jane. Faz considerações sobre a “arte intelectualizada”.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane falando da perspectiva de um encontro entre eles. Comenta sobre a rotina no presídio, as conversas com os colegas nas quais relembra dos tempos em que passou com Jessie em Niterói.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane falando das visitas de sua irmã e de sua mãe. Comenta sobre a reformulação do espaço na cadeia destinado aos presos políticos e o fato de que muitos presos comuns ainda estão enquadrados pela Lei de Segurança Nacional. Cita alguns filmes que assistiu pela televisão, fala de seu novo companheiro de cela (Gerônimo) e sobre colegas condenados e seus respectivos julgamentos.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane comentando carta enviada por Aton e da adaptação deste em novo presídio. Lamenta o fato de que não verá mais “Patrícia Mariano e outros companheiros”.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane falando da visita de Iná, de seus companheiros Cláudio, Aton e da dificuldade para que Gerônimo saísse da cadeia. Faz considerações sobre o “Julgamento em Nuremberg” e a participação da CIA e da Alemanha em acontecimentos pelo mundo.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane falando de Ivan e de Cláudio, que recebeu visita de Lúcia. Fala das atividades de seus colegas no presídio, da rotina em celas coletivas, do atraso no envio de jornais. Diz que sua transferência para o Rio de Janeiro seria muito saudável para sua mãe. Comenta sobre a condenação de colegas e também a sua que, segundo Colombo, durará ainda cinco anos e alguns meses.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane comentando a superlotação do presídio e as visitas em maior número e frequência que seus colegas de prisão tem recebido.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane respondendo uma outra de 16 de fevereiro de 1975. Contesta o tom depreciativo da carta recebida. Fala do isolamento social que está passando e da necessidade de estar junto à esposa. Comenta sobre a censura das cartas e a rotina dos dias anteriores.