Área de identificação
Tipo de entidade
Pessoa
Forma autorizada do nome
João Antônio Mascarenhas
Forma(s) paralela(s) de nome
Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras
- Mascarenhas, João Antônio de Souza, 1927-1998
Outra(s) forma(s) de nome
- João Antônio de Souza Mascarenhas
identificadores para entidades coletivas
Área de descrição
Datas de existência
1927-1998
Histórico
João Antônio de Souza Mascarenhas nasceu na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, em 24 de outubro de 1927. Filho de Balbino de Souza Mascarenhas e Inês Leite Mascarenhas, graduou-se Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade do Rio Grande do Sul (atual UFRGS), em 1950. Em 1956, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde passou o resto de sua vida. Entre as décadas de 1950 e 1970, trabalhou como funcionário público em diversos órgãos federais, tais como Campanha Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (atual CAPES), Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP), Serviço Social Rural (SSR), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), entre outros. Seu primeiro contato com o ativismo ocorreu no início da década de 1970, através da leitura de publicações estrangeiras. Em 1977, organizou a vinda ao Brasil de Winston Leyland, diretor da editora norte-americana Gay Sunshine Press. Em decorrência desse encontro, um grupo de escritores e intelectuais reunidos na casa do pintor Darcy Penteado decidiu criar o jornal "Lampião da Esquina" (1978-1981), considerada a primeira publicação homossexual de grande circulação do país. João Antônio foi um dos fundadores, figurando no Conselho Editorial nos primeiros números. Manteve intensa correspondência com o movimento homossexual internacional. Foi o primeiro latino-americano a filiar-se à ILGA (International Lesbian and Gay Association) como pessoa física, participando de congressos e produzindo relatórios sobre a situação do movimento no Brasil. No início de 1985, criou o grupo Triângulo Rosa (1985-1988), cujo objetivo era a defesa dos direitos e liberdades individuais dos homossexuais. Devido a sua formação jurídica, Mascarenhas frequentemente prestava assessoria legal a outros grupos, tanto em relação ao registro dessas entidades, quanto nos casos de discriminação relacionados à sexualidade. Em associação com outros grupos, liderou uma forte campanha pela inclusão da proibição de discriminação por orientação sexual na Constituição de 1988, e na sua revisão de 1993. Em 1997, lançou o livro A tríplice conexão: machismo, conservadorismo político, falso moralismo, onde denuncia a corrupção de muitos políticos que combateram a inclusão, tudo documentado por recortes de jornais. Faleceu em 12 de junho de 1998 em decorrência de complicações de uma pneumonia.