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Tipo de entidade
Forma autorizada do nome
Michel Lahud
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Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras
Outra(s) forma(s) de nome
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Datas de existência
Histórico
Michel Lahud nasceu no dia 8 de setembro de 1949, filho de Bechara Lahud e Victória Arbid Lahud.
Fez seu estudo primário e secundário na cidade de São Paulo, entre 1956 e 1967. Em 1968 iniciou a graduação na Universidade de São Paulo, estudando nos departamentos de filosofia e de psicologia.
No ano seguinte, transfere-se para a França, onde continuou seus estudos de filosofia. Primeiramente na Université de Paris VIII, onde estudou com Michel Foucault, que o aconselhou a mudar para a Université de Provence, Aix-en-Provence, onde, orientado por Gilles Gaston Granger se licenciou em filosofia em 1972 e, no ano seguinte, recebe o título de mestre em filosofia com a dissertação Enquête autor de la notion de deixis.
Em 1974, retoma seus estudos na Universidade de São Paulo, ingressando no doutorado.
No ano seguinte, entra para o quadro de docentes do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) como professor assistente do Departamento de Linguística.
Em 1979 obtém o título de Doutor na USP e publica A propósito da noção de dêixis, tradução do mestrado que fez na França. Nesse mesmo ano, lança a tradução de dois livros que fez em parceria: Usos da linguagem de François Vanoye (tradução e adaptação com Haquira Osakabe, Clarice Madureira e Éster Gebara) e Marxismo e Filosofia da Linguagem de Mikhail Bakhtin (tradução com Yara F. Vieira).
Entre 1978 e 1981, com uma bolsa de estudos da CAPES, faz estágio no Département de Recherches Linguistiques da Université de Paris VII e, entre 1981 e 1982, na Section Sémantique, Sémiologie et Linguistique da Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (Paris).
Nesse período, publica, em conjunto com F. Franklin de Matos, o livro Matei minha mulher: o caso Althusser (1981).
Entre 1976 e 1983, foi membro do comitê de redação da revista Almanaque: Cadernos de Literatura e Ensaio.
Em 1985, faz a conferência de abertura da Mostra Pier Paolo Pasolini, realizada no Museu da Imagem e do Som em Campinas, São Paulo.
No ano seguinte, torna-se professor do Programa de Pós-graduação em Lógica e Filosofia das Ciências do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp e profere conferências no curso Os sentidos da paixão, promovido pela Funarte em quatro capitais: Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Curitiba.
Entre 1987 e 1988, com bolsa de estudos concedida pela CAPES, foi pesquisador no Fondo Pier Paolo Pasolini em Roma. Nessa estadia, participa como pesquisador convidado da mostra Pier Paolo Pasolini: um cinema di poesia, realizada junto à Mostra Internazionale del Cinema, em Veneza.
Em 1989, quando retorna ao país, transfere-se do IEL para o IFCH, tornando-se professor assistente do Departamento de Filosofia.
Em 1990 publica Os jovens infelizes: antologia de ensaios corsários de Pier Paolo Pasolini; livro que traduziu com Maria Betânia Amoroso.
Além das obras citadas, possui ensaios e traduções publicados em vários periódicos brasileiros e estrangeiros.
Faleceu em 18 de dezembro de 1992.
Fontes: LAHUD, Michel. Currículo (datilografado). 2 p.; FRANCHI, Carlos. "O caminho de Michel Lahud". Folha de S. Paulo, São Paulo, 17 jan. 1993.