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Tipo de entidade
Forma autorizada do nome
PÉRET, Benjamin
Forma(s) paralela(s) de nome
Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras
Outra(s) forma(s) de nome
identificadores para entidades coletivas
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Datas de existência
Histórico
Benjamin Péret nasce no dia 4 de julho de 1899 em Rezé, França. Dois anos depois, seus pais se separam e ele passa a viver com sua mãe. Sua trajetória nos estudos foi marcada, inicialmente, por evasão escolar e, mais tarde, apenas por uma rápida passagem no curso de Préparation aux Arts et Métiers (École Livet) entre 1912 e 1913. Um pouco antes de eclodir a I Guerra Mundial, sua mãe o obriga a se alistar no exército francês. É enviado para Lorraine, onde, após ficar doente, permanece até o final da guerra. Antes do final da mesma, publica seu primeiro poema, “Crépuscule”, na revista “La Tramontane”. Em 1920, reúne-se com os surrealistas André Breton, Louis Aragon, Paul Eluard e Philippe Soupault. No ano seguinte, participa de eventos do dadaísmo e lança seu primeiro livro “Le passager du transatlantique”, ilustrado por Arp e elogiado por Soupault. Em 1922, os surrealistas rompem com Dada e Péret publica “A travers mes yeux” na revista “Littérature”. Em 1924 sai o primeiro número da revista “La Révolution surréaliste”, dirigida por Péret e Pierre Naville, e Péret lança “Immortelle maladie”. Em 1925, em colaboração com Paul Eluard, lança “152 Proverbes mis au goût du jour” e passa a colaborar com a revista “L’Humanité”, escrevendo crítica de cinema e artigos anti-militarista e anti-clericais. Em 1927, publica pela Éditions Surréalistes “Dormir, dormir dans les pierres”, com desenhos de Yves Tanguy. No ano seguinte, vem a lume “Le Grand Jeu” pela Gallimard e Péret se casa com a cantora lírica brasileira Elsie Houston, cunhada de Mário Pedrosa, advogado, jornalista e membro do Partido Comunista Brasileiro, que Péret conhecera pouco antes do casamento. Em fevereiro de 1929 desembarca no Brasil com a esposa. Ano em que publica “Et les seins mouraient...”, com um frontispício de Joan Miró, e “1929”, em parceria com Louis Aragon e fotografias de Man Ray. No Brasil, conhece Oswald de Andrade e outros artistas e escritores vinculados ao modernismo brasileiro. Em agosto, nasce seu filho, Geyser. Em dezembro é expulso do Brasil por ser um “agitador comunista”. De volta à França, trabalha como revisor na impressão de jornais. Em outubro de 1933, separa-se de Elsie Houston, que volta ao Brasil com o filho. No ano seguinte publica "Mort aux vaches et au champ d'honneur" e “De derrière les fagots”, edição de luxo com um trabalho de Max Ernst. Em 1936 sai “Je ne mange pas de ce pain-là” e “Je sublime”. Junta-se ao POI, Parti Ouvrier Internationaliste (trotskista), e segue para Espanha onde participa da Guerra Civil: luta nas fileiras do Parti Ouvrier d'Unification Marxiste (POUM) e, após a exclusão trotskista do mesmo, na coluna do anarquista Durruti. Em Barcelona conhece a pintora Remedios Varo. Retorna à Paris em 1937. Em fevereiro de 1940, é preso por atividades políticas em Rennes. Com a chegada das tropas alemãs na região, é libertado. Em meados de dezembro de 1941, desembarca no México com Remedios Varo. Ali, em colaboração com Nathalie Trotsky e Grandizio Munis, escreve vários artigos no “Contra la Corriente”, boletim mimeografado do grupo trotskista espanhol refugiado no México. Em 1945, publica, em Paris, “Le déshonneur des poètes” e “Dernier, malheur, dernière chance”. No seguinte, lança “Main forte”, com ilustrações de Victor Brauner, e “Manifeste des exégètes”, sob o pseudônimo de Peralta. Ainda em 1946, se casa com Remedios. Em 1947, sai em Paris “Feu central”, com ilustrações de Yves Tanguy. Em 1948, retorna para Paris, separado de Varo. Nesse período, colabora em dois curtas metragens experimentais de Heisler e no “L’Invention du monde” de Jean-Louis Bédouin e Michel Zimbacca. Em 1949, lança “La Brebis Galante”, com ilustrações de Max Ernest. Em 1952, publica “Air Mexicain” com ilustrações de Rufino Tamayo. Começa a ficar com a saúde fragilizada. Em meados de 1955 volta para o Brasil, onde permanecerá até abril de 1956. Em 1959 seu est ado de saúde é preocupante. Passa por uma cirurgia e, em seguida, fica na casa de amigos em Morteau e depois em Oléron. Logo após seu retorno à Paris, falece no dia 18 de setembro de 1959. Um ano depois de sua morte, aparece “Anthologie des mythes, légendes et contes populaires d’Amérique”, fruto de mais de 17 anos de pesquisa, inclusive as que realizou no Brasil nas duas oportunidades que esteve no país. Colaborou com vários periódicos, entre eles, “Littérature”, “La Révolution surréaliste”, “Néon”, “Almanach surréaliste du demi-siècle”, “Medium”, “Combat et Arts”, “L’Age du cinema”, “Le 14 Juillet” e “Bief”.