Área de identificação
Tipo de entidade
Forma autorizada do nome
RODRIGUES, Ada Natal
Forma(s) paralela(s) de nome
Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras
Outra(s) forma(s) de nome
identificadores para entidades coletivas
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Datas de existência
Histórico
Ada Natal Rodrigues nasce em Sacramento, Minas Gerais, no dia 19 de fevereiro de 1930. Filha de Eulógio Natal e Guiomar Natal. Faz o curso primário na Escola Normal Municipal de Sacramento entre 1937 e 1941. Logo em seguida se transfere para o Colégio Estadual e Escola Normal de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, onde termina o clássico em 1948. Mesmo ano em que conclui o Curso de Formação de Professor Primário no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, na mesma cidade. Durante esse período Participa do grêmio estudantil. Entre 1949 e 1952 cursa Licenciatura em Línguas Neolatinas na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) da Universidade de São Paulo (USP). No ano em que se forma, faz três especializações na mesma faculdade: 'Filosofia Românica', 'Língua e Literatura' e 'Literatura Brasileira', e começa a dar aula de português em escolas estaduais. Após concluir sua formação, Ada foi convidada para trabalhar como instrutora voluntária na USP. Devido a necessidade de um trabalho remunerado, recusou o convite e iniciou o trabalho como professora numa escola de primeiro e segundo graus. Neste último nível atuando também em cursos de formação para professores de primeiro grau. Em 1962, afasta-se do cargo e inicia um trabalho na Universidade de Brasília, tornando-se a responsável por planejar a instalação do Ensino de Nível Médio nessa universidade. Em 1963, recebe o certificado de Pós-graduação em Linguística e, no ano seguinte, o de Pós-graduação em Teoria Literária, ambos pela Universidade de Brasília (UnB). Entre 1963 e 1965, torna-se auxiliar do Prof. Nelson Rossi no Curso de Língua Portuguesa na UnB, lecionando em uma série de cursos. Após o golpe de 1964, e à invasão do campus pelo Exército em 9 de abril de 1964, a liberdade de ação dos professores foi bastante cerceada, com vários professores sendo presos e departamentos sendo desmantelados. Em 1965 seu afastamento no cargo como professora estadual não foi renovado e ela precisa se afastar da UNB, regressando a São Paulo. Em 1966, não suportando as pressões policiais feitas contra sua família, muda-se para Lisboa onde consegue um financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian, com um plano de estudos para realizar, na Universidade de Lisboa, uma edição crítica da obra 'História da Língua Portuguesa' de Serafim da Silva Neto, sob orientação dos professores Nelson Rossi e L. F. Lindley Cintra. No ano seguinte, ganha uma bolsa de 'Cooperation Technique' da Association pour l´Organisation des Stages Techniques en France (Governo Francês) para fazer, por dois anos, estudos de especialização em linguística geral na Universidade de Paris, sob orientação dos professores B. Pottier e I. S. Révah. Nesse período, faz o curso 'Problème de Linguistique Générale' com Émile Benveniste no Collège de France. Além de participar, em outras instituições, de cursos com os professores André Martinet, J. Dubois, A. Greimas, O. Ducrot, A. Gross e Salkoff. De retorno ao Brasil, trabalha como auxiliar de ensino no Departamento de Linguística da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP entre 1969 e 1971. Em 1971 é aposentada por motivos políticos em seu cargo no ensino médio e, em complemento, em qualquer cargo público que estivesse ocupando. Entre 1970 e 1973, é técnica de pesquisa junto ao 'Projeto de Estudo da Norma Linguística Culta', patrocinado pelo Programa Interamericano de Linguística e Ensino de Idiomas (PILEI). Em 1973, doutora-se em Linguística pela USP com a tese 'O dialeto caipira na região de Piracicaba'. Publica-a no ano seguinte e conquista o Prêmio 'Francisco Alves' da Academia Brasileira de Letras como melhor monografia sobre língua portuguesa. Ministrou cursos, conferências e seminários em várias instituições do país. Trabalhou como assessora e consultora para a Fundação para o Livro do Cego do Brasil, a Fundação Maranhense de Televisão Educativa, a Secretaria da Educação da Bahia, a Fundação Roberto Marinho e Fundação Padre Anchieta (Telecurso 2º Grau) e para a Fundação Carlos Chagas. Era professora da Universidade Federal de São Carlos, quando faleceu com seu marido, num acidente automobilístico em São Carlos, interior de São Paulo, no dia 10 de outubro de 1991.