Área de identificação
Tipo de entidade
Pessoa
Forma autorizada do nome
Elisabeth de Souza Lobo Garcia
Forma(s) paralela(s) de nome
Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras
- Garcia, Elisabeth de Souza Lobo, 1943-1991
Outra(s) forma(s) de nome
- Elisabeth Escobar de Souza Lobo
- Elisabeth Souza Lobo
identificadores para entidades coletivas
Área de descrição
Datas de existência
1943-1991
Histórico
Elisabeth de Souza Lobo Garcia, ou Elisabeth Souza Lobo, como assinava seus textos, nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, no dia 30 de agosto de 1943. Graduou-se em Letras pela Faculdade de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1965. Esteve em Paris entre os anos de 1967 e 1969, onde pode acompanhar os seminários de Lucien Goldmann (“Sociologie de la Philosophie et de la Littérature”), de Anouar Abdel-Malek (“Sociologie des mouvements sociaux”) e de Louis Althusser (“Philosophie spontanée des savants”). Após retornar ao Brasil, foi professora de literatura no ensino médio por um breve período antes de seguir para o Chile em 1970, onde vinculou-se como docente de metodologia das ciências sociais na Escola de Estudos Econômicos Latino-Americanos (ESCOLATINA) até o golpe de estado de 1973. Por essa época, integrou a Universidade de Paris VIII lecionando nos departamentos de Sociologia e Ciências Políticas, onde também defendeu a tese de doutorado em Sociologia sob a orientação do filósofo Jean-Marie Vincent, em 1979. Durante a década de 1980, trabalhou como docente na Universidade Metodista de Piracicaba (1980), na Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" – Marília (1981-1982), na Universidade de São Paulo (1982-1991), como professora visitante na Universidade de Québec – Canadá (1989) e na Universidade Estadual de Campinas (1989-1991). Em 1983, publicou seu primeiro livro, uma biografia da anarquista lituana Emma Goldman (1869-1940). Destaca-se ainda "A classe operária tem dois sexos", de 1991. Publicou também diversos artigos nos jornais "Em Tempo", "Mulherio", "Leia" e "O Estado de S. Paulo", e nas revistas "Desvios", "Teoria e Debate" e "Tempo e Presença". Projetou uma agenda de pesquisa feminista, marxista e heterodoxa. Sua produção intelectual está voltada para a questão da divisão sexual do trabalho, do trabalho feminino e das relações de gênero na sociedade capitalista. Morreu em 15 de março de 1991, vítima de um acidente automobilístico, quando dirigia-se para Campina Grande, Paraíba, em visita a trabalhadores rurais.