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Registro de autoridade
Hílio de Lacerda Manna
Pessoa · 1910-1987

Hílio de Lacerda Manna nasceu no Rio de Janeiro em 1910. Médico de formação, foi professor catedrático de Histofisiologia Experimental da Faculdade Fluminense de Medicina e Veterinária e diretor do Instituto Paulista de Endocrinologia. Atuou na juventude comunista do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e no Socorro Vermelho. Conhecido pelos pseudônimos Luís, Xavier, Dr. Amaral e Horacio Mello, foi diretor da Comissão de Agitação e Propaganda do Comitê Regional do PCB, em São Paulo. Em 1937, foi expulso da organização sob a acusação de fraccionismo trotskista, ao lado dos também militantes Hermínio Sacchetta e Heitor Ferreira Lima. Foi membro do Centro Paulista de Estudos do Petróleo, destacando-se na campanha pelo monopólio estatal do petróleo, em São Paulo. Publicou livros na área de sua atuação profissional e, durante a década de 1950, escreveu nos periódicos "Panfleto", "Jornal da Semana" e "Semanário". Em 1951, foi enviado especial da Presidência da República para África e Oriente Médio. Morreu em 7 de junho de 1987.

Hospital Psiquiátrico do Juqueri
Entidade coletiva · 1898-2021

O Asilo de Alienados do Juqueri foi inaugurado em 1898, no atual município de Franco da Rocha, região metropolitana de São Paulo, por uma iniciativa do governo do estado. Teve como idealizador e primeiro diretor o médico psiquiatra Francisco Franco da Rocha, que buscou nas colônias agrícolas de reabilitação francesas a inspiração para o empreendimento. As obras, iniciadas em 1895, ocuparam uma área de 150 hectares, com projetos dos arquitetos Emílio Olivier e Francisco de Paula Ramos de Azevedo. No início de seu funcionamento, o Asilo Hospital de Juqueri possuía fama de excelência, atendendo não apenas aos cidadãos mais humildes como também pessoas da alta sociedade. No entanto, logo passou a ter problemas com o rápido crescimento do número de pacientes, ultrapassando a capacidade máxima pela primeira vez em 1909. Após mudanças de conduta que passaram a separar pessoas com doenças mentais daquelas condenadas e internadas por ordem judicial, o Asilo passou a denominar-se Hospital e Colônia de Juqueri, em 1929. Apesar disso, continuou enfrentando a superlotação, chegando a ter cerca de 14 mil internos entre os anos de 1960 e 1970. Na década de 1980, denúncias de maus tratos e desvios de verba eram frequentes. Por conta disso, nos anos seguintes, teve sua estrutura funcional redefinida, quadro de profissionais aumentado e o protocolo de confinamento abolido, optando-se pela não hospitalização, pelo atendimento ambulatorial e pela inserção na sociedade. Encerrou as atividades em 1 de abril de 2021, com a transferência dos nove últimos pacientes que ali viviam.

Entidade coletiva · 1955-

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) é uma instituição de pesquisa, assessoria e educação do movimento sindical brasileiro. Teve sua origem em 22 de dezembro de 1955, quando 20 dirigentes sindicais de São Paulo decidiram criar um órgão para assessoria técnica aos trabalhadores, além de desenvolver atividades de pesquisa e educação nos temas relacionados ao mundo do trabalho. Trata-se de entidade civil sem fins lucrativos, mantida pela contribuição das entidades sindicais filiadas, onde estão representadas todas as correntes do movimento sindical brasileiro. Possui abrangência nacional, com sede em São Paulo e escritórios regionais em 17 estados da federação.

Antonio Piccarolo
Pessoa · 1863-1947

Nasceu em 01 de março de 1863, na província de Alessandria, Piemonte. Cursou Direito na Faculdade de Letras e Filosofia da Universidade de Turim. Participou da constituição do Partito dei Lavorati Italiani (depois Partido Socialista Italiano) e ocupou a posição de administrador do periódico socialista de Turim, Il Grido del Popolo. Em 1904 é convidado pelo Partido Socialista para dirigir o jornal Avanti! em São Paulo. Em 1º- de janeiro de 1906, funda o seu próprio jornal, Il Secolo, e iniciava uma polêmica com outros socialistas, então reunidos em torno do Avanti!, que só terminaria em 1923, através da coalizão antifascista.Em 1908, fundou em São Paulo, o Centro Socialista Paulistano, do qual resultou como manifesto de criação a obra O socialismo no Brasil.
Piccarolo atuou ativamente na área da educação como professor de latim e criador de cursos e escolas diversas. Fundou o primeiro órgão antifascista de São Paulo, La Difesa, e o orientou até 1926. Participou também, como membro e simpatizante da “Sociedade Amigos da América”, entidade anti-fascista e de apoio aos Aliados durante a 2ª- Guerra Mundial.

Mário Morel
Pessoa · 1937-2014

Mário Morel nasceu em Santos, São Paulo, no ano de 1937. Jornalista, ficou conhecido por uma série de reportagens que denunciavam a corrupção na polícia do Rio de Janeiro e que foram publicadas em 1958. Trabalhou nos jornais "Última Hora" e "Diário da Noite". Durante três décadas acompanhou a vida familiar, social e política de Luiz Inácio Lula da Silva para publicar, em 1981, um ano após a fundação do PT, o livro Lula o metalúrgico: anatomia de uma liderança.

Relação do Rio de Janeiro
Entidade coletiva · 1751-1808

O regimento de 13/10/1751 criou a Relação do Rio de Janeiro para atender às causas e requerimentos "dos povos da parte sul do estado do Brasil", pois devido à distância, a Relação da Bahia não os atendia de forma satisfatória. Sua criação reflete a transferência do centro do poder econômico para a região sul-sudeste da colônia, devido ao fluxo de ouro, diamantes e a necessidade da criação de um porto para a região, ficando a Relação da Bahia responsável pela região norte-nordeste. Este mesmo regimento estabelecia como sua atribuição "a mais reta e pronta administração da justiça". A relação era administrada pelo governador da capitania do Rio de Janeiro e composta pelo chanceler da relação e desembargadores. A partir de 1763, com a administração do Marques de Pombal a capital da colônia foi transferida para o Rio de Janeiro, tornando a Relação do Rio de Janeiro o órgão responsável por julgar os processos de primeira e segunda instância da região sul-sudeste, e o Desembargo do Paço como órgão de última instância, julgando os processos de toda a colônia. O alvará de 10/05/1808 estabeleceu que a Relação do Rio de Janeiro passava a denominar-se Casa da Suplicação do Brasil, sendo considerada como superior tribunal de justiça "para se findarem ali todos os pleitos em última instância". Em 18/09/1828 é criado o Supremo Tribunal de Justiça, substituindo o Tribunal da Mesa do Desembargo do Paço e a Mesa da Consciência e Ordens, como órgão de última instância, levando voltando a Relação do Rio de Janeiro a atuar órgão de primeira e segunda instância, até 1890, quando é criada a Corte de Apelação.

Maurício Paiva de Lacerda
Pessoa · 1888-1959

Maurício Paiva de Lacerda nasceu em Vassouras, Rio de Janeiro, no ano de 1888. Filho de Sebastião Eurico Gonçalves de Lacerda (Ministro da Indústria, Viação e Obras do governo Prudente de Morais e Ministro do Supremo Tribunal Federal), foi advogado e jornalista. Em 1910 tornou-se oficial do Gabinete da Presidência de Hermes da Fonseca. Elegeu-se deputado federal pelo Rio de Janeiro em 1912, tendo sido reeleito em 1915. Envolvido com a causa tenentista, participou dos levantes de 1922 e 1924, períodos nos quais também esteve preso. Fundou a Liga Socialista do Estado do Rio de Janeiro e em 1930 elegeu-se novamente deputado federal, agora pela Aliança Nacional Libertadora (ANL). Com a extinção da ANL, em 1935, fundou a Aliança Popular por Pão, Terra e Liberdade. Em 1939 tornou-se advogado-chefe da Caixa Econômica do Distrito Federal. No ano de 1945 aderiu a UDN, cuja seção carioca presidiu até 1946. Aposentou-se no serviço público, no qual trabalhou de 1939 a 1958. Colaborou em jornais e escreveu livros, destaque para: “História de uma Covardia”, “Entre duas Revoluções”, “Política Profissional”, “A Evolução Legislativa do Direito Social Brasileiro” etc. Morreu em 1959, no Rio de Janeiro.

Lourenço Moreira Lima
Pessoa · 1881-1940

Lourenço Moreira Lima nasceu em Itambé, Pernambuco. Formou-se bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Fortaleza e exerceu a advocacia por dez anos no Acre. A partir da década de 1920, participou do movimento tenentista e, em 1925, tornou-se membro da Coluna Prestes. Exerceu as funções de secretário e de comandante do 4º Destacamento. Nesta época, dirigiu o jornal “O Combate”, periódico revolucionário que divulgava os objetivos do movimento. Com a dissolução da Coluna Prestes, permaneceu em Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul, de 1928 a 1930, de onde saiu em marcha com as tropas em direção ao Rio de Janeiro a fim de participar da Revolução de Outubro de 1930. Após a vitória de Getúlio Vargas, retornou ao Rio Grande do Sul. Em 1935 foi acusado de participar do levante organizado pelo Partido Comunista do Brasil (PCB) e desligado do cargo que ocupava no Ministério do Trabalho. Depois, viveu clandestinamente em São Paulo, onde faleceu no ano de 1940. Publicou “A Coluna Prestes: marchas e combates da coluna invicta e A Revolução de Outubro de 1930” (1934) e “A Coluna Prestes (marchas e combates)” (1945).