A estrutura da diretoria foi estabelecida pelo regimento do Centro Acadêmico Bernardo Sayão em aprovado em assembleia em 04 de novembro de 2004. Dentre as suas competências
I. Administrar o CABS
II. Desautorizar quem agir ou falar em nome dos estudantes do curso de Engenharia Elétrica da Unicamp ou do CABS, exceção feita aos componentes de cargo de eleição, ou de nomeação.
III. Cumprir e fazer cumprir este Estatuto, as decisões da Assembleia Geral e da própria Diretoria
IV. Designar os sócios que irão ocupar os cargos de nomeação, bem como os membros do Conselho Consultivo
V. Criar todas as comissões que julgar de utilidade
VI. Designar o suplente a substituir interinamente o Diretor Administrativo e o diretor Financeiro em função de ausência e impedimento
VII. Dar ou não, licença a qualquer pessoa estranha para assistir às reuniões do CABS
VIII. Manter os sócios informados sobre os trabalhos realizados na Diretoria
A Assessoria de Relações Públicas (ARP) foi criada em 2001 e, hoje, é responsável por colaborar na formulação, orientação e coordenação da política de comunicação interna e externa da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e na organização e coordenação de eventos médicos, culturais, técnicos e acadêmicos.
As principais atividades da Assessoria de Relações Públicas são: elaboração de um calendário anual de eventos acadêmicos e científicos da FCM com o agendamento e organização de palestras, simpósios, seminários e apresentações no Salão Nobre e no Auditório; organização de eventos e aniversários comemorativos dos departamentos da FCM; elaboração de um programa de visitas para convidados nacionais e estrangeiros; participação na comissão de Cerimonial e Protocolo da Unicamp; contatos com laboratórios para fins de patrocínio; atualização constante do cadastro de hospitais, faculdades de medicina e outros órgãos afins do Brasil; assessoria de comunicação atuando como interface entre a FCM e a Secretaria Municipal de Saúde, os hospitais da cidade, outras faculdades e laboratórios e a Secretaria de Promoção Social; divulgação de defesas de teses, aula inaugural, concursos e cursos; edição mensal do Boletim da FCM; elaboração de press-releases e contato com a imprensa para divulgação dos eventos; gerenciamento do convênio celebrado entre a FCM e o Banco Real; cobertura jornalística de eventos da FCM e da área de saúde para o Espaço Real Médico, Portal, Jornal da Unicamp e TV Universitária com encaminhamento de pauta e redação de textos.
Durante a comemoração dos anos anos da FCM foi constuída uma Comissão dos 40 anos da FCM, conforme Portaria DFCMN. 081/02, responsável pelas respectivas atividades culturais e científicas.
Hélio Waldman nasceu em 20 de junho de 1944, na cidade de São Paulo, SP. Graduou-se em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica, São José dos Campos-SP, em 1966. Concluiu o Mestrado e o Doutorado em Engenharia Elétrica pela Stanford University, SU, Estados Unidos. Iniciou a sua carreira como Professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1972. Na UNICAMP foi contratado como Professor Livre Docente junto ao Departamento de Eletrônica e Comunicações da então Faculdade de Engenharia de Campinas, em 1974, onde participou de suas atividades de organização. Empenhou-se na modernização dos tópicos tradicionais do Eletromagnetismo e Ondas Guiadas. Aposentou-se em 2006 e atualmente é Professor Colaborador Voluntário.
Dentre os títulos obtidos e cargos ocupados, destacam-se: Coordenador de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (1975-1976); Chefe de Departamento de Engenharia Elétrica e Coordenador do Curso de Engenharia Elétrica (1978-1980); Diretor Associado (1980-1982); Diretor da Faculdade de Engenharia de Campinas (1982- 1986); Pró-Reitor de Pesquisa (1986-1990) Em 1990, foi reconhecido com o título honorífico de Senior Member do IEEE; recebeu a Bolsa de Reconhecimento Acadêmico "Zeferino Vaz (1996).
Peter Eisenberg nasceu na cidade de Nova York, Estados Unidos, em 1940. Graduou-se em Filosofia na Yale University, em 1961, e concluiu o mestrado em estudos hispano-americanos e luso-brasileiros pela Standford University, no ano seguinte. Doutorou-se em História da América Latina pela Columbia University, em 1969, com trabalho intitulado "The Sugar Industry of Pernambuco, 1850-1888". Iniciou sua carreira docente em Nova Jersey, onde lecionou de 1964 até 1975. Dividiu o final deste período com o cargo de Lecturer in History, na Univerty of the West Indies, e como Professor Assistente Doutor no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, para onde se transferiu definitivamente em 1975, atendendo à docência, orientação e demais funções. Sua obra abraça o tema do trabalho escravo, especialmente a passagem do trabalho escravo para o trabalho livre. Foi autor de um clássico da história econômica e social brasileira: "Modernização Sem Mudança: a indústria açucareira em Pernambuco, 1840-1910", publicado pela editora Paz e Terra, em 1977.
O início do que viria a ser o Grupo SOMOS, considerado o primeiro coletivo paulista de militância homossexual, remonta à maio de 1978 quando um pequeno grupo de homens homossexuais decidiu se reunir periodicamente a fim de discutir questões relacionadas à homossexualidade. A proposta era possibilitar o encontro desses indivíduos para além dos ambientes habituais de sociabilidade e proporcionar um espaço em pudessem relatar suas histórias, trocar experiências e desenvolver uma maior conscientização sobre a própria sexualidade. Os encontros foram denominados “reuniões de identificação” e aconteciam, na maioria das vezes, nas residências dos próprios integrantes. A primeira manifestação pública desse grupo ocorreu através da divulgação de uma carta de protesto dirigida ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, na qual reclamavam da forma sensacionalista e preconceituosa com que a imprensa retratava os homossexuais. Receosos de se exporem ao grande público, seus membros optaram por assinar o documento com o nome coletivo “Núcleo de Ação pelos Direitos dos Homossexuais”. Em fins de agosto de 1978, o grupo promoveu uma reunião ampliada para outros homossexuais no Teatro da Praça, no bairro paulistano de Santa Cecília. Como forma de acolher novos participantes, foi proposta a criação de vários subgrupos de identificação sendo que, periodicamente, haveria uma reunião geral com a participação de todos. Em dezembro do mesmo ano, foi rebatizado como Grupo SOMOS de Afirmação Homossexual, em alusão ao título da primeira revista homossexual da América Latina, publicada em 1973 pela Frente de Liberación Homosexual da Argentina. Em fevereiro de 1979, participou de um debate público sobre grupos sociais discriminados no Brasil (negros, mulheres, indígenas e homossexuais), realizado no campus da Universidade de São Paulo (USP). Sua atuação nas discussões sobre homossexualidade foi um grande marco na história do grupo, que nessa época estava próximo de completar um ano de existência. A partir desse evento, mais pessoas passaram a fazer parte do SOMOS, inclusive mulheres e, ao final do primeiro semestre daquele ano, suas reuniões juntavam quase uma centena de participantes. O grupo fazia ampla divulgação de suas atividades no jornal carioca “Lampião da Esquina”, criado um mês antes do SOMOS e que também contava entre seus editores com um membro fundador do grupo, o escritor João Silvério Trevisan. No entanto, o relacionamento de alguns integrantes do SOMOS com o periódico acabou se tornando um dos muitos focos de tensão que começaram a surgir dentro do grupo. Apesar de seu aspecto positivo, o crescimento do número de participantes tornava cada vez mais evidente a pluralidade de opiniões e posições políticas entre seus membros. Entravam em conflito duas visões de como deveria ser, de fato, a atuação do coletivo: se ater às questões exclusivamente relacionadas à experiência homossexual ou alinhar-se também às demais pautas do campo da esquerda junto de outras organizações políticas. Além disso, as mulheres, que já haviam organizado um subgrupo lésbico-feminista dentro do SOMOS, reclamavam da falta de representação de suas demandas específicas enquanto mulheres lésbicas e também do comportamento machista por parte de diversos homens do grupo. Logo após a realização do “I Encontro Brasileiro de Homossexuais” e do “I Encontro de Grupos Homossexuais Organizados” em abril de 1980, o SOMOS sofre um grande racha onde diversos integrantes comunicam a sua saída do grupo. Os dissidentes seriam responsáveis pela criação de dois novos coletivos: o Grupo Ação Lésbica Feminista (GALF) e o Grupo Outra Coisa – Ação Homossexualista. Após esse episódio e nova reestruturação interna, o SOMOS finalmente conseguiu estabelecer-se em uma sede na Rua Abolição, no bairro da Bela Vista, local onde promoveu inúmeras atividades como festas, debates e até um clube de cinema. Também passou a publicar o boletim “O Corpo” e participou de ações conjuntas do movimento homossexual como manifestações em repúdio à violência policial contra homossexuais e a campanha pela desclassificação da homossexualidade como “desvio e transtorno sexual”, adotada pelo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS). Contudo, a falta de um rumo ideológico mais concreto, problemas financeiros e dificuldades em conseguir novos membros levaram o Grupo SOMOS a entregar sua sede e encerrar as atividades em meados de 1984.