O físico italiano Erasmo Recami (1939-2021) nasceu em Milão. Foi professor na área de mecânica quântica, matemática aplicada, física de partículas elementares, física nuclear, relatividade geral e história da Física. Ingressou na Unicamp em 1984 no Departamento de Matemática Aplicada do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (IMECC), departamento que coordenou entre 1987 e 1989. Em 1995, após sair da Universidade, passou a dar aulas na Università degli Studi di Bergamo, na Itália, onde se aposentou.
Nair Benedicto nasceu no dia 5 de janeiro de 1940, na cidade de São Paulo, filha de João Benedicto e Maria Meneghim Benedicto, sendo a mais nova entre sete irmãs e um irmão. Em 1967, já casada com o industrial francês naturalizado brasileiro, Jacques Emile Frederic Breyton (1921-2005), e mãe de três filhos, ingressou na segunda turma da faculdade de Comunicação Social, com habilitação em Rádio e Televisão, da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Em outubro de 1969, aos 29 anos, foi presa pela ditadura militar sob a acusação de praticar atividades subversivas junto à Ação Libertadora Nacional (ALN). Passou 40 dias encarcerada no Departamento Estadual de Ordem Política e Social (DEOPS) e mais nove meses no Presídio Tiradentes, local onde dividiu cela com outras opositoras do regime, entre as quais a ex-presidente Dilma Rousseff, fazendo parte do primeiro grupo de presas políticas da Torre das Donzelas, nome dado ao conjunto de celas femininas daquele presídio. Após ser libertada em julho de 1970, Nair Benedicto concluiu sua formação em Comunicação Social pela USP no ano de 1972, iniciando sua carreira profissional na capital paulista como realizadora de audiovisuais e fotógrafa freelancer do “Jornal da Tarde”. Contudo, na impossibilidade de apresentar um atestado de idoneidade moral e bons antecedentes, documento exigido à época para se trabalhar em veículos de televisão, acabou migrando definitivamente para a fotografia. Seu primeiro trabalho autônomo consistiu na documentação do cotidiano de migrantes nordestinos na cidade de São Paulo, sendo "Tesão no forró" (1978) uma das fotografias resultantes deste projeto.
Em 1979, fundou a Agência F4 de Fotojornalismo ao lado de Ricardo Malta e dos irmãos Juca e Delfim Martins. Primeira cooperativa de fotógrafos do Brasil, a F4 inseriu inovações importantes na área, como a autonomia dos profissionais em propor suas próprias pautas, além da possibilidade de manter o controle da produção e da distribuição de suas obras. Destacam-se duas publicações especiais da agência com fotografias suas: "A Greve do ABC" (1980) e "A Questão do Menor" (1980), que registraram aspectos da conjuntura política e social da época. Além disso, no final da década de 1980, Nair Benedicto foi comissionada pela UNICEF para documentar a situação de mulheres e crianças em países da América Latina, trabalho desenvolvido entre 1988 e 1989.
Após o encerramento das atividades da Agência F4 em 1991, criou o NAFoto (Núcleo dos Amigos da Fotografia), associação voltada para o estudo e debate da fotografia, junto de Stefania Bril, Rosely Nakagawa, Juvenal Pereira, Isabel Amado, Marcos Santilli, Rubens Fernandes Júnior e Fausto Chermont. Atuou como sua coordenadora geral até 1995, colaborando na organização de nove edições do "Mês Internacional da Fotografia", até 2011. Também em 1991, fundou sua própria agência, a N-Imagens, onde continuou trabalhando como fotógrafa, editora de audiovisuais e na divulgação de trabalhos de fotógrafos brasileiros. Além disso, dedicou-se à organização de exposições e ministrou cursos e palestras sobre fotografia em diversos estados do país.
Nair Benedicto cobriu uma vasta gama de temas, incluindo a construção da Transamazônica, documentação de povos indígenas como os Kayapó, Arara, Kaxinawá e Tembé, e o garimpo de Serra Pelada, no Pará. Entre seus trabalhos mais relevantes, destacam-se a ampla retratação da experiência feminina em suas múltiplas dimensões, reunindo registros que evidenciam a presença e a atuação das mulheres em diferentes contextos. Suas imagens percorrem desde as mulheres em condições de maternidade, prisão, prostituição e trabalho em suas rotinas e desafios cotidianos em diferentes regiões do Brasil e em países da América Latina, além de reflexões sobre a sexualidade feminina, como oficinas de conhecimento do corpo e autoexame ginecológico. Sua produção também documenta momentos de mobilização coletiva feminina, como debates sobre violência contra a mulher, marcha das mulheres, Congressos da Mulher Paulista, encontro de mulheres no Partido dos Trabalhadores (PT), passeatas pelo Dia Internacional da Mulher e das mães de desaparecidos na Argentina, entre outras manifestações.
Também retratou passeatas, movimentos sindicais e greves na década de 1980, reuniões e comícios do período de fundação do Partido do Trabalhadores (PT), a situação de menores internos da antiga Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor de São Paulo (FEBEM), personalidades e acontecimentos da política nacional, além de festas populares, religiosas e manifestações culturais de diversas regiões do Brasil. Entre os prêmios que recebeu ao longo de sua carreira, destacam-se o primeiro prêmio no concurso "A Cidade é Também sua Casa" (1977), promovido pela Secretaria de Planejamento e Economia do Estado de São Paulo; o Prêmio Embratur (1984); o 11º Prêmio Abril de Jornalismo (1985); e o prêmio de Melhor Fotorreportagem de Turismo da Varig/Revista Ícaro (1998). Em 2015, foi premiada no concurso Revela Bertioga. Suas obras foram publicadas em diversas revistas nacionais (“Veja”, “IstoÉ”, “Marie Claire”, “Ícaro”) e internacionais (como a “Stern”, da Alemanha, na qual "Mulheres do Sisal" (1985) foi publicada pela primeira vez; além de “Paris-Match”, “Newsweek”, “Time” e “Geo-Magazine”). Lançou livros como "As Melhores Fotos de Nair Benedicto" (1988) e "Vi Ver – fotografias de Nair Benedicto" (2012), uma compilação de sua carreira.
Luis Rocha Miranda adquiriu em 1916 a Fazenda Lagoa do Sino. Com sua morte no ano de 1934, a propriedade foi dividida entre seus filhos: Otávio, Oswaldo e Sérgio. Os outros filhos, Armênio e Renato ficaram com propriedades no Rio de Janeiro e em Petrópolis. A Fazenda Cruzeiro do Sul passou a ser de Sérgio Rocha Miranda e a Fazenda Santa Albertina ficou nas mãos de Oswaldo Rocha Miranda. A partir de 1958, Renato Rocha Miranda Filho adquiriu as Fazendas Cruzeiro do Sul e Santa Albertina e passou a chamá-las de Fazendas Reunidas. A maior parte da documentação textual é relativa à Fazenda Cruzeiro do Sul e constitui-se de documentos contábeis. Identificam-se ainda documentos das Fazendas Santa Albertina e Reunidas em pequena quantidade. De modo geral, a documentação é escassa e bastante lacunar. Destaque para a grande quantidade de fotografias, nas quais foi necessário, em sua maioria, atribuir datas, locais e títulos pelas catalogadoras. Na localidade da Fazenda Cruzeiro do Sul adotou-se o município de Itaí até 13/07/1948 e, posteriormente, o de Paranapanema, a partir de pesquisa e correspondência existente.
História arquivística: O conjunto documental foi composto em momentos distintos: uma parte deles foi recebida junto da herança de Manoel das Graças Araújo, então primeiro marido de Dona Senhorinha Barreto da Silva. Tanto a Fazenda Santa Albertina quanto esses documentos tornaram-se espólio da viúva. Outra parte foi encontrada e recolhida do lixo por José Ricardo Maciel e Senhorinha Barreto da Silva, quando do falecimento de um antigo dono da Fazenda Cruzeiro do Sul, membro da família Rocha Miranda. A tese de doutorado de Sidney Aguilar Filho “Educação, autoritarismo e eugenia: exploração do trabalho e violência à infância desamparada no Brasil (1930-1945)”, foi defendida em 2011 na Faculdade de Educação da UNICAMP e discutiu a adesão às ideologias totalitárias na região – nazismo e integralismo – a partir da preocupação com a educação dos meninos que trabalhavam na Fazenda Santa Albertina. A documentação chegou ao AEL por intermédio da Secretaria de Estado da Cultura (SEC-SP). Foi recolhida na cidade de Buri por Mário Augusto Medeiros da Silva e Adda A. P. Ungaretti, técnicos da Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico, da doação de Dona Senhorinha Barreto da Silva. A primeira remessa da documentação chegou nos dias 2 e 3 de julho e a segunda, em seguida, em 31 de julho de 2013. Uma organização preliminar foi feita pelas estagiárias do curso de História, Elisielly Falasqui da Silva, Paula Mazzaro Pavan e Renata Dell’Arriva em outubro de 2013, que resultou em um relatório detalhado do conteúdo das caixas e documentos
Benjamin Bordin nasceu em 12 de janeiro de 1942, em Santa Barbara D´Oeste, SP. Licenciou-se em Matemática pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro, em 1966. Em 1968, foi contratado como Instrutor do Instituto de Matemática, Estatística e Ciência da Computação - IMECC da Universidade Estadual de Campinas. Concluiu o Mestrado em Matemática, em 1975 e o Doutorado, em 1978, pela Universidade Estadual de Campinas. Aposentou-se em outubro de 2003. Dentre os títulos obtidos e cargos aos quais Benjamin Bordin ocupou, destacam-se: Doutorado em Matemática - Instituto de Matemática, Estatística e Ciência da Computação - IMEC/UNICAMP (1978) Mestrado em Matemática - Instituto de Matemática, Estatística e Ciencia da Computação - IMEC/UNICAMP (1975) Coordenador de Curso de Graduação em Matemática - IMECC - Unicamp (1994-1996).
Aécio Pereira Chagas, nasceu em Presidente Prudente-SP, em 9 de junho de 1940. Tornou-se Bacharel e Licenciado em Química pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo - USP, em 1964 Doutor em Ciências (Química) pela USP em 1972 e Livre-Docente em Físico-Química pela Unicamp, em 1986. Foi professor em escolas técnicas e superiores. Ingressou junto ao Instituto de Química - IQ da Unicamp, em 1969, como Professor e pesquisador na área de Físico-Química (termoquímica, equilíbrios em solução, compostos de coordenação, superfícies, calorimetria). Aposentou-se como Professor Titular, em 1994, porém continuou como Professor Convidado. Dentre os cargos aos quais Aécio Pereira Chagas ocupou, destacam-se: Chefe de Departamento de Química Inorgânica, Analítica e Físico-Química do Instituto de Química - IQ/Unicamp (1973-1976) Diretor Associado do Instituto de Química - IQ/Unicamp (1976-1978) Membro da Câmara Curricular da Unicamp (1975-1978) Diretor do Instituto de Química - IQ/Unicamp (1978-1982) Membro do Conselho Editorial da Editora da Unicamp (1987-1994) Conselheiro da Sociedade Brasileira de Química (1982-1984) e (1986-1988) Conselheiro da Sociedade Brasileira de História da Ciência (1990-1992) Editor Associado da Revista "Química Nova" (1985-1989) Membro da Coordenadoria de Química da Diretoria Científica da FAPESP (1993-1995) Coordenador Editorial da Sociedade Brasileira de Química (1993-1996) Membro Associado da Academia de Ciências do Estado de São Paulo e da Academia Brasileira de Ciências Membro do Conselho Editorial da Funcamp
Ben-Hur Wey Moreira nasceu em 28 de outubro de 1938, em Dois Corregos, SP. Formou-se Cirurgião Dentista pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba - FOP, em 1964. Fez Pós-Graduação em Saúde Publica pela Faculdade de Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo - USP, em 1966 e o Doutorado em Ciências pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Unicamp, em 1970. Recebeu o título de Livre Docente em Odontologia Preventiva e Saúde Pública, em 1980, também pela Unicamp. Foi contratado em 1965, como Instrutor em RTP junto a cadeira de Odontologia Preventiva e Saúde Pública da Faculdade de Odontologia de Piracicaba - FOP/UNICAMP, onde permaneceu até aposentar-se, em 1995. Ben-Hur Wey Moreira faleceu em maio de 2000. Dentre os cargos aos quais Ben-Hur Wey Moreira ocupou, destacam-se: Chefe de Departamento de Odontologia Social Coordenador dos Estágios Extra Muros dos Convênios firmados com as Prefeituras de Piracicaba e Paulínia.
Angelo Pires do Prado nasceu em 01 de fevereiro de 1942, em São Lourenço do Sul, RS. Concluiu o curso de Veterinária na Universidade Rural do Brasil, RJ, em 1960. Foi contratado para exercer as funções de Professor Instrutor junto ao Departamento de Parasitologia do Instituto de Biologia da Unicamp, em 1967. Após dois anos, defendeu a tese de Doutoramento intitulada: Syringogastridae, uma nova família de dípteros Acalyptratae, com a descrição de seis novas espécies de Gênero Syringogaster Cresson. Durante o tempo em que permaneceu na universidade, foi designado Professor Assistente Doutor, em 1969, Professor Colaborador, em 1976, e Professor Associado, em 2001. Participou na elaboração do curriculum dos cursos de Ciências Biológicas, desempenhou atividades de docência e pesquisa no mais alto nível científico e didático. Seu renome ultrapassou fronteiras, sendo frequentemente consultado por entidades estrangeiras. No âmbito administrativo foi Coordenador de Graduação (17.03.2003 a 24.03.2003) Coordenador de Pó-Graduação (25.03.2003 a 23.04.2003) Membro Titular da Congregação do Instituto de Biologia (1991-1992) Membro do Conselho de História Natural (1992-1993) Membro da Subcomissão de Pós-Graduação em Parasitologia (1987-1993) Coordenador da Comissão de Implantação do Museu de História Natural do Instituto de Biologia (1991) Chefe do Departamento de Parasitologia (1981 a 1983). Ângelo´Pires do Prado continua desenvolvendo suas atividades de ensino e pesquisa junto à Universidade.
Nasceu em Campinas, SP, em 24 de junho de 1944. Graduou-se em Educação Física pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da Universidade Católica de Campinas, em 1970. Defendeu a Dissertação de Mestrado intitulada: Currículo de Graduação em Educação Física A Busca de um Modelo pela Universidade Metodista de Piracicaba e o Doutorado na área de Motricidade Humana, na Universidade Técnica de Lisboa. Na Unicamp iniciou a sua carreira na função de Professor de Educação Física junto a ATREFE, no ano de 1972, época em que foi implantada a Educação Física para todo o Ensino Superior no Brasil. A partir de 1982, foi designado Coordenador de Ensino e Pesquisa da Assessoria Técnica da Reitoria para Educação Física e Esportes, tornando-se responsável pela organização das atividades esportivas do campus e implantação da Faculdade de Educação Física, inclusive da pós-graduação. Dentre os cargos ocupados destacam-se: Coordenador da Faculdade de Educação Física (1985) Diretor da Faculdade de Educação Física (1986- 1990) Assessor da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (1990-1994) Presidente da Comissão Instaladora da Sociedade Internacional de Motricidade Humana (01/1995-12/1996) Presidente da Sociedade Internacional de Motricidade Humana (10/1998-10/1999) Vice-Presidente do Conselho Federal de Educação Física (01/1999-01/2001).
Doris Kowaltowski nasceu em 01 de fevereiro de 1944, em Hamburgo, Alemanha. Concluiu o bacharelado em Arquitetura na Universidade de Melbourne, em 1969, o Mestrado e o Doutorado em Arquitetura na Universidade da Califórnia, Berkeley. Foi contratada pela Unicamp para exercer funções técnico-didáticas junto ao Departamento de Construção Civil da então Faculdade de Engenharia de Limeira, em 1988 e no ano seguinte admitida como Professora Assistente. Em 1997 tornou-se Livre Docente em Arquitetura pela Unicamp. Empenhada nas causas do ensino, pesquisa e extensão na área de Arquitetura e Urbanismo foi a responsável pela coordenação de projetos de construção e reforma de órgãos e unidades da Universidade, bem como da consolidação do processo de implantação do Curso de Arquitetura Noturno, vinculado à Faculdade de Engenharia Civil, criado em 1997. Dentre os cargos administrativos aos quais ocupou destacam-se: Coordenadora do Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo (02.10.1997-01.10.1999) Diretora Associada da FEC (2002-2006) Coordenadora da Coordenadoria de Projetos (1990 - 1994 2002-2003) Coordenadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da FEC (2006). Dentre os prêmios obtidos, destacam-se: Prêmio de Reconhecimento Acadêmico Zeferino Vaz(2003).
