Área de identificação
Tipo de entidade
Forma autorizada do nome
BIONDI, Aloysio
Forma(s) paralela(s) de nome
Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras
Outra(s) forma(s) de nome
identificadores para entidades coletivas
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Datas de existência
Histórico
Aloysio Biondi nasceu em 08 de julho de 1936 em Caconde, interior de São Paulo, e passou a maior parte de sua infância e adolescência em São José do Rio Pardo, outra cidade do interior do Estado, onde, aos 15 anos, ganha o 2º lugar no 'Concurso Pan-Americano', concurso de redação para estudantes, sendo seu texto publicado pela 'Folha da Noite'. Jornalista econômico, colaborou durante 44 anos com reportagens e análises para jornais e revistas. Começou na 'Folha da Manhã' (que depois se tornaria 'Folha de São Paulo') em 1956 e, em poucos meses, se tornou subchefe do Departamento de revisões. Durante o regime militar participou, com seu trabalho, ativamente da resistência. Na revista 'Direção', consolidou sua atuação como jornalista econômico e, em 1968, assume o cargo de editor de economia da revista 'Visão', onde vence um Prêmio Esso ao mostrar os impactos econômicos do desrespeito ao meio ambiente. Assume a direção da revista 'Fator' no Rio de Janeiro desde seu primeiro número, onde imprime um caráter contundente à revista, apesar dela chegar apenas até a 3ª edição, sendo extinta com a promulgação do AI -5. Em 1969 entrou para a revista 'Veja', onde desenvolveu uma cobertura pioneira do mercado de capitais. No início de 1971, mudou-se outra vez para o Rio de Janeiro, onde aceitou o desafio de produzir um caderno econômico diário no jornal 'Correio da Manhã'. Em 1972 assume a direção de redação do 'Jornal do Comércio', que sob sua direção, foi o primeiro diário a apontar a concentração de renda como um dos pilares do milagre econômico, que atingia seu auge naquele ano. Nesse mesmo período passou a escrever e editar a seção de economia do semanário alternativo de esquerda 'Opinião'. Casa-se com Ângela Leite em 1973, com quem teria três filhos entre 1976 e 1979: Pedro, Antônio e Beatriz. Entre 1974 e 1976, Biondi assumiu a chefia da sucursal do Rio de Janeiro da 'Gazeta Mercantil', se engajando num processo de remodelação e modernização do jornal até ser convidado para desenvolver seu próprio projeto de jornalismo econômico como editor chefe do 'Diário de Comércio e Indústria', onde atuou entre 1976 e 1978. A terceira passagem de Biondi pela 'Folha de São Paulo' se dá entre 1981 e 1985. Inicialmente como repórter e depois como editor de economia. Esse período foi marcado por intensos debates com economistas da Unicamp que se opunham as suas análises de que a economia dava sinais de recuperação. Durante a década de 90, foi uma das poucas vozes a se levantar contra a abertura econômica sem freios e a condução das privatizações. Colaborou, nessa época, com uma série de veículos: 'Folha de São Paulo', 'Diário Popular', 'Caros Amigos', 'Revista dos Bancários' e 'Revista Bundas', entre outros. Período que também escreveu o livro 'O 'Brasil Privatizado' - Um Balanço do Desmonte do Estado', em que calculou quanto o governo gastou e quanto obteve com a venda das estatais. Foi professor do curso de jornalismo da Faculdade Cásper Líbero, onde, pelo trabalho de editor do jornal da faculdade, o 'Esquinas', recebeu o Prêmio Líbero Badaró 2000, da 'Revista Imprensa', na categoria Jornalismo Universitário. No mesmo ano, a faculdade lhe outorgou o título de professor Honoris Causa, reconhecendo que a ausência de curso superior não o desautorizava a ensinar em uma universidade. Faleceu em 21 de julho de 2001.