Área de identificação
Código de referência
Título
Data(s)
- 1934 - 2001 (Predominantemente déc. 1960, 70 e 80) (Produção)
Nível de descrição
Fundo
Dimensão e suporte
Textuais: 60.000 recortes de jornais, 3.000 livros, 3.000 revistas, 5.000 artigos, 30.000 páginas de datiloscritos/manuscritos; Fonográficos: 60 discos em vinil (aproximadamente).
Área de contextualização
Nome do produtor
Biografia
Aloysio Biondi nasceu em 08 de julho de 1936 em Caconde, interior de São Paulo, e passou a maior parte de sua infância e adolescência em São José do Rio Pardo, outra cidade do interior do Estado, onde, aos 15 anos, ganha o 2º lugar no 'Concurso Pan-Americano', concurso de redação para estudantes, sendo seu texto publicado pela 'Folha da Noite'. Jornalista econômico, colaborou durante 44 anos com reportagens e análises para jornais e revistas. Começou na 'Folha da Manhã' (que depois se tornaria 'Folha de São Paulo') em 1956 e, em poucos meses, se tornou subchefe do Departamento de revisões. Durante o regime militar participou, com seu trabalho, ativamente da resistência. Na revista 'Direção', consolidou sua atuação como jornalista econômico e, em 1968, assume o cargo de editor de economia da revista 'Visão', onde vence um Prêmio Esso ao mostrar os impactos econômicos do desrespeito ao meio ambiente. Assume a direção da revista 'Fator' no Rio de Janeiro desde seu primeiro número, onde imprime um caráter contundente à revista, apesar dela chegar apenas até a 3ª edição, sendo extinta com a promulgação do AI -5. Em 1969 entrou para a revista 'Veja', onde desenvolveu uma cobertura pioneira do mercado de capitais. No início de 1971, mudou-se outra vez para o Rio de Janeiro, onde aceitou o desafio de produzir um caderno econômico diário no jornal 'Correio da Manhã'. Em 1972 assume a direção de redação do 'Jornal do Comércio', que sob sua direção, foi o primeiro diário a apontar a concentração de renda como um dos pilares do milagre econômico, que atingia seu auge naquele ano. Nesse mesmo período passou a escrever e editar a seção de economia do semanário alternativo de esquerda 'Opinião'. Casa-se com Ângela Leite em 1973, com quem teria três filhos entre 1976 e 1979: Pedro, Antônio e Beatriz. Entre 1974 e 1976, Biondi assumiu a chefia da sucursal do Rio de Janeiro da 'Gazeta Mercantil', se engajando num processo de remodelação e modernização do jornal até ser convidado para desenvolver seu próprio projeto de jornalismo econômico como editor chefe do 'Diário de Comércio e Indústria', onde atuou entre 1976 e 1978. A terceira passagem de Biondi pela 'Folha de São Paulo' se dá entre 1981 e 1985. Inicialmente como repórter e depois como editor de economia. Esse período foi marcado por intensos debates com economistas da Unicamp que se opunham as suas análises de que a economia dava sinais de recuperação. Durante a década de 90, foi uma das poucas vozes a se levantar contra a abertura econômica sem freios e a condução das privatizações. Colaborou, nessa época, com uma série de veículos: 'Folha de São Paulo', 'Diário Popular', 'Caros Amigos', 'Revista dos Bancários' e 'Revista Bundas', entre outros. Período que também escreveu o livro 'O 'Brasil Privatizado' - Um Balanço do Desmonte do Estado', em que calculou quanto o governo gastou e quanto obteve com a venda das estatais. Foi professor do curso de jornalismo da Faculdade Cásper Líbero, onde, pelo trabalho de editor do jornal da faculdade, o 'Esquinas', recebeu o Prêmio Líbero Badaró 2000, da 'Revista Imprensa', na categoria Jornalismo Universitário. No mesmo ano, a faculdade lhe outorgou o título de professor Honoris Causa, reconhecendo que a ausência de curso superior não o desautorizava a ensinar em uma universidade. Faleceu em 21 de julho de 2001.
Entidade custodiadora
História do arquivo
A doação do acervo de Aloysio Biondi ao Cedae faz parte de um projeto mais amplo conduzido por seus familiares, amigos e ex - alunos, intitulado 'O Brasil de Aloysio Biondi'. O projeto compreendeu ainda, a elaboração de uma biografia do jornalista e a criação de um site, com o objetivo de preservar a sua memória, prestar uma homenagem ao mesmo e oferecer uma fonte de discussão e informação para estudantes, jornalistas, economistas e pesquisadores em geral. O acervo foi parcialmente organizado por amigos e familiares antes de sua transferência ao Cedae.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Doação dos herdeiros Pedro de Oliveira Leite Biondi, Antônio de Oliveira Leite Biondi e Beatriz de Oliveira Leite Biondi em 18.09.2009.
Área de conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
O fundo é composto por uma vasta documentação, acumulada ao longo dos 44 anos de atividades do titular em diversos órgãos de imprensa, e que compreende correspondência, artigos publicados, livros, revistas, recortes de jornais, relatórios, censos e outras fontes de pesquisa e informação utilizadas pelo jornalista. Inclui ainda, carta de leitores, originais datiloscritos de artigos e de parte do livro 'O Brasil Privatizado I', documentação referente à sua atividade como professor e documentos da esfera de sua vida privada, como correspondência, fotografias, agendas, documentos pessoais e de propriedade entre outros.
Avaliação, seleção e eliminação
Ingressos adicionais
Sistema de arranjo
Parcialmente organizado.
Área de condições de acesso e uso
Condições de acesso
Consulta livre.
Condiçoes de reprodução
Consulte as normas gerais de reprodução de documentos do CEDAE.
Idioma do material
- português do Brasil
Script do material
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
É necessário aparelho toca - discos para ouvir os documentos fonográficos.
Instrumentos de descrição
Inventário Preliminar do Acervo Aloysio Biondi.
Área de materiais associados
Existência e localização de originais
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
Nota de publicação
PEREIRA, Thais Sauaya. 'Aloysio Biondi. Resistência ética e grandeza no jornalismo'. 2007. Dissertação (Mestrado) - Faculdade Cásper Líbero, São Paulo, SP, 2007.
Área de notas
Nota
Localização Física: Ar 25 D; Ar 26 A-D; Ar 27 A; Ar 30 B-D
Identificador(es) alternativos
Pontos de acesso
Pontos de acesso de assunto
Pontos de acesso local
Ponto de acesso nome
Pontos de acesso de gênero
Área de controle da descrição
Identificador da descrição
Identificador da entidade custodiadora
Regras ou convenções utilizadas
Descrição baseada em: CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS. ISAD (G): Norma geral internacional de descrição arquivística: segunda edição, adotada pelo Comitê de Normas de Descrição,Estocolmo, Suécia, 19-22 de setembro de 1999, versão final pelo CIA - Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2001. Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Estado atual
Nível de detalhamento
Completo
Datas de criação, revisão, eliminação
13/02/2014