Área de identidad
Código de referencia
Título
Fecha(s)
- 1964-1974 (Creación)
Nivel de descripción
Volumen y soporte
1.053 documentos iconográficos (924 fotografias, 88 contatos, 39 negativos e 2 cartazes) e 439 documentos textuais (191 críticas teatrais).
Área de contexto
Nombre del productor
Historia biográfica
João Apolinário Teixeira Pinto nasceu na freguesia de Belas, concelho de Sintra, Portugal, em 18 de janeiro de 1924. Concluiu o ensino secundário em Lisboa, onde frequentou o Colégio Valsassina e o Liceu Camões. Apesar de ter se graduado em Direito pelas Universidades de Coimbra e Lisboa em 1945, optou por dedicar-se ao jornalismo e à poesia. Aos 21 anos foi para a França como correspondente da agência espanhola de informações Logos, onde teve a oportunidade de frequentar a universidade Sorbonne e conhecer intelectuais e artistas como Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, Antonin Artaud, Jean Genet, Marcel Marceau e Édith Piaf. Após retornar a Portugal, casou-se com Maria Fernanda Gonçalves Talline Carneiro em março de 1949, com quem teve dois filhos, João Ricardo e Maria Gabriela. Ambos seguiram, posteriormente, carreiras profissionais no Brasil, o primeiro como compositor, cantor e fundador do grupo brasileiro Secos & Molhados, e a segunda como docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Em novembro de 1950, João Apolinário fez parte do grupo de intelectuais que, reunidos por Manuel Breda Simões, viria a ser responsável pela criação do Teatro Experimental do Porto (TEP). Em 1958, desempenhou o cargo de Secretário na delegação do Porto da Associação Portuguesa de Escritores. Perseguido e preso pela polícia política da ditadura portuguesa devido a uma produção engajada e apartidária, partiu para o exílio no Brasil em dezembro de 1963. Fixou-se na cidade de São Paulo, onde encontrou emprego no jornal “Última Hora”, do qual viria a ser redator, colunista, crítico de teatro e editor de variedades. Após o golpe militar de 1964, como forma de manter a liberdade de seus textos, fez questão de não receber pelas críticas publicadas naquele jornal e também em “O Globo”. Durante o regime de exceção, escreveu sobre um teatro brasileiro que buscava construir uma identidade nacional em meio aos conflitos sociais e políticos daquele período. Conviveu com uma reconhecida geração de diretores, dramaturgos e atores brasileiros, tais como Oduvaldo Viana Filho, Ademar Guerra, Gianfrancesco Guarnieri, José Celso Martinez Corrêa, Augusto Boal, Plínio Marcos, entre outros. Em sua crítica, Apolinário acompanhou e escreveu sobre o trabalho de importantes grupos teatrais do país, como o Teatro Brasileiro de Comédia, o Teatro de Arena e o Teatro Oficina. Em consonância com sua ideia de criação de uma política cultural para São Paulo, foi co-fundador da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) em 1972, ano em que foi eleito presidente da entidade. Retornou a Portugal em 1975, já com a sua segunda esposa, Maria Luiza Teixeira Vasconcelos, logo após a restauração da democracia no país. Morreu de câncer, aos 64 anos, em 22 de outubro de 1988, na vila portuguesa de Marvão.
Institución archivística
Historia archivística
Todo o material entregue ao AEL foi reunido ao longo de cinco anos pela viúva de João Apolinário, Maria Luiza Teixeira Vasconcelos, que conduziu um trabalho de recuperação da obra do crítico teatral a partir do arquivo pessoal do jornalista e de pesquisa no acervo e banco de imagens do jornal “Última Hora”, disponíveis no Arquivo Público do Estado de São Paulo e em posse do jornal “Folha de S. Paulo”. O conjunto documental passou por uma organização preliminar realizada por Gabrielle Alessandra de Paula (Bolsista de Auxílio Social – SAE/Unicamp) entre fevereiro de 2019 e março de 2020. Esta organização segue cronologicamente a produção das críticas teatrais de João Apolinário. As fotografias relacionadas às peças criticadas estão inseridas nesta organização. As demais fotografias estão localizadas no Grupo 1, Subgrupo 4, Série 3.
Origen del ingreso o transferencia
Doação de Maria Luiza Teixeira Vasconcelos em 15 de maio de 2013.
Área de contenido y estructura
Alcance y contenido
O conjunto documental é constituído por críticas teatrais, análises de temporadas, ensaios e artigos produzidos por João Apolinário durante o período em que viveu exilado no Brasil (entre 1964 e 1974), e que foram publicados nos jornais “Última Hora” e “O Globo”. Contém ainda grande quantidade de fotografias, programas de espetáculos, fichas técnicas e outros materiais relacionados a companhias teatrais do Brasil e do exterior.
Valorización, destrucción y programación
Acumulaciones
Não são esperadas novas incorporações.
Sistema de arreglo
Documentação parcialmente organizada.
Área de condiciones de acceso y uso
Condiciones de acceso
Consulta livre.
Condiciones
É permitida a reprodução (cópia parcial ou integral) dos documentos do acervo do AEL mediante a assinatura do termo de responsabilidade. No caso de uso de direitos autorais e de imagem consulte a LDA - n. 9.610/98 e outras legislações pertinentes.
Idioma del material
- portugués de Brasil
Escritura del material
Notas sobre las lenguas y escrituras
Características físicas y requisitos técnicos
Instrumentos de descripción
Área de materiales relacionados
Existencia y localización de originales
Existencia y localización de copias
Unidades de descripción relacionadas
Consulte também no AEL outros conjuntos documentais relacionados ao teatro brasileiro: Teatro Oficina, Vanda Lacerda e Zilco Ribeiro.
Nota de publicación
APOLINÁRIO, João. A crítica de João Apolinário: memória do teatro paulista de 1964 a 1971. Organização de Maria Luiza Teixeira Vasconcelos. São Paulo, SP: Imagens, 2013. 2 v.
Nota de publicación
SILVA, Alessandro. “O crítico que avisava toda a gente”. Jornal da Unicamp, Campinas, 3 a 9 de junho de 2013.
Área de notas
Identificador/es alternativo(os)
Puntos de acceso
Puntos de acceso por materia
Puntos de acceso por lugar
Puntos de acceso por autoridad
Tipo de puntos de acceso
Área de control de la descripción
Identificador de la descripción
Identificador de la institución
Reglas y/o convenciones usadas
Descrição baseada em: CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS (CIA). ISAD (G): Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2001.
Estado de elaboración
Nivel de detalle
Fechas de creación revisión eliminación
05/2020 (criação)
Idioma(s)
Escritura(s)
Fuentes
Nota del archivista
Descrição elaborada por Lívia Cristina Corrêa, técnica da Seção de Processos Técnicos e Atendimento do AEL, em maio de 2020.