Zona de identificação
Código de referência
Título
Data(s)
- [1993 - 1999] (Produção)
Nível de descrição
Dimensão e suporte
Textuais: 216 manuscritos/datiloscritos (eletrônicos)
Zona do contexto
Nome do produtor
História biográfica
Carlos Franchi nasceu em Jundiaí, SP, em 15 de agosto de 1932. Teve duas formações: Bacharel e Licenciado em Letras Neolatinas pela PUC-Campinas (1954) e Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da USP (1968). Franchi abraçou as duas profissões por certo tempo. Foi professor concursado de Português e Latim em Jundiaí (1951-1955) e Itatiba (1955-1957), e professor também por concurso do Colégio de Aplicação da USP - Universidade Estadual de São Paulo (1957-1971). Entre 1960 e 1961, foi Professor instrutor de didática especial do português na Faculdade de Educação da USP. Entre 1968 e 1969, Franchi regeu aulas de literatura e teoria da literatura na Universidade Nossa Senhora da Medianeira (Jesuítica) de São Paulo. Entre 1967 e 1969, coordenou a área de Português nos Ginásios Pluricurriculares do Estado de São Paulo e fez pós-graduação em Teoria Literária na USP com Antonio Candido. Com problemas em Jundiaí, desde 1964, por advogar para presos políticos, a partir de 1968 a situação começou piorar. Aconselhado por Antonio Candido, Franchi deixou a Teoria Literária, seguindo para Besançon como bolsista ao lado de Haquira Osakabe, Rodolfo Ilari e Carlos Vogt, grupo formado para estudar na França, seguindo um projeto idealizado pelo filósofo Fausto Castilho que visava organizar a área de ciências humanas na Unicamp e que englobava um projeto de formar um Departamento de Linguística. Depois de um período na Université de Franche Comté, em Besançon, onde estudou com Jean Peytard e Yves Gentilhomme e se licenciou em linguística em 1970, Carlos Franchi, ao contrário dos outros três que foram para Paris, seguiu para a Université d´Aix Marseille em Aix-en-Provence, onde estava o amigo Michel Lahud e onde estudou com Claire Blanche Benveniste, Gilles-Gaston Granger e, através de Jean Stéfanini, entrou em contato com os trabalhos de Noam Chomsky. Em 1971, defende sua dissertação de mestrado nessa instituição, sob a orientação de Blanche Benveniste: 'Hypothèses pour une recherche em Syntaxe'. No retorno ao Brasil, teve atuação decisiva na implantação do Departamento de Linguística da Unicamp, tornando-se Assistente-Mestre e Chefe do departamento, cargos que ocupou entre 1971 e 1975. Na função, coordenou a Comissão Organizadora dos Cursos de Pós-graduação em Linguística e dirigiu a primeira expansão do corpo docente em 1973, quando foram contratados professores do Programa de Pós-graduação em Linguística da UFRJ. Em 1976, após um estágio, sob orientação de Marcelo Dascal, na Universidade de Tel-Aviv para pesquisas em Lógica e Linguagem, defende sua tese de doutorado na Unicamp, 'Teoria Funcional da Linguagem', e se torna Professor Doutor. No ano seguinte, o Departamento de Linguística desligou-se do IFCH, cria-se o Departamento de Teoria Literária e é instalado o IEL. Franchi foi Diretor Associado entre 1977 e 1978, durante o mandato do Prof. Antonio Candido. Em 1979 torna-se o Diretor do IEL, cargo que exerceu até 1982, e assume o cargo de Professor Titular até a sua aposentadoria em 1989. Nesse período, foi presidente da ABRALIN - Associação Brasileira de Linguística entre 1977 e 1979, ano em que Franchi pediu afastamento temporário de suas funções de Diretor do IEL e, contando com o apoio da FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, foi Visiting scholar junto ao departamento de línguas hispânicas da State University of New York, em Albany (EUA). Entre 1980 e 1981, fez um Estágio de Pós-doutoramento na Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA). Após a aposentadoria na Unicamp foi pesquisador visitante no Departamento de Linguística da FFLCH/USP entre 1989 e 2000 e Professor convidado na Unicamp a partir de 1992. Atuou também como Professor visitante em várias universidades brasileiras: UFSC, UNESP, UFRGS, UFRJ, UFRN, UFAL e USP. 'A produção científica do Prof. Franchi é altamente informal, tendo preferido a exposição em seminário ao impresso, e o 'working paper' ao livro, mas é ampla e influente. Trata de temas à primeira vista disparatados, como a sintaxe gerativa-transformacional, o ensino de língua materna e a lógica que subjaz às operações linguísticas, mas tem, a unificá-la, as características da densidade crítica e da riqueza da informação bibliográfica, assim como o retorno sempre enriquecedor a motivos que se revelaram profícuos em vários campos da investigação linguística, como a tese da indeterminação das línguas naturais, a tese de sua historicidade e a de que sua construção depende de um trabalho coletivo que compromete com a história as competências simbólicas mais fundamentais do ser humano' (ILARI, 2002, p. 85). Franchi morreu em 25 de agosto de 2001 em Campinas, SP, 22 dias após receber o título de Professor Emérito da Unicamp.
Entidade detentora
História do arquivo
Após o falecimento do titular, o Prof. Dr. Rodolfo Ilari (DL/IEL), preocupado com a possibilidade de perda, realizou um trabalho de recuperação dos arquivos eletrônicos que se encontravam no computador pessoal de Franchi e sugeriu aos familiares a doação ao CEDAE.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Doação por Eglê Franchi em 14 nov. 2001.
Zona do conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
O fundo é composto por documentos administrativos, curriculum vitae do titular, projetos de pesquisa, relatórios de projetos de pesquisa, pareceres sobre os Parâmetros Curriculares Nacionais, material do curso 'Questões sobre o minimalismo' (Pós-Graduação da FFLCH-USP, em 1996), textos em homenagem a Antonio Candido e a Michel Lahud, além de versões de artigos científicos, anotações, resumos de livros, bibliografias, materiais de cursos, tais como roteiros, exemplos, exercícios, provas, e por uma coleção de ocorrências retiradas do NURC e de transcrições de inquéritos desse projeto.
Avaliação, seleção e eliminação
Incorporações
Sistema de arranjo
Parcialmente organizado.
Zona de condições de acesso e utilização
Condições de acesso
Consulta livre.
Condiçoes de reprodução
Consultar as normas gerais de reprodução de documentos do CEDAE.
Idioma do material
- francês
- inglês
- português do Brasil
Script do material
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
Todos os documentos estão no formato .doc
Instrumentos de descrição
Relação de materiais deixados pelo Prof. Carlos Franchi em formato eletrônico.
Zona de documentação associada
Existência e localização de originais
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
Acervo Cedae: Grupo de Estudos Linguísticos do Estado de São Paulo - GEL; Projeto de Estudo da Norma Linguística Urbana Culta do Brasil. Acervo AEL: IU IU/00045.
Zona das notas
Nota
Data(s): São pouquíssimos os documentos datados. Constam na 'Relação de materiais' as datas que provavelmente foram datas de gravação no computador, que giram em torno de 1992 e 2001, mas optou-se em colocar como baliza apenas as datas inscritas nos documentos.
Nota
Localização Física: Servidora CEDAE.
Identificador(es) alternativo(s)
Pontos de acesso
Pontos de acesso - Assuntos
Pontos de acesso - Locais
Pontos de acesso - Nomes
Pontos de acesso de género
Zona do controlo da descrição
Identificador da descrição
Identificador da instituição
Regras ou convenções utilizadas
Descrição baseada em: CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS. ISAD (G): Norma geral internacional de descrição arquivística: segunda edição, adotada pelo Comitê de Normas de Descrição,Estocolmo, Suécia, 19-22 de setembro de 1999, versão final pelo CIA - Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2001. Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Estatuto
Nível de detalhe
Datas de criação, revisão, eliminação
13/02/2014